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Produção industrial cresce 0,8% em outubro

04/12/2019 09h00 | Atualizado em 04/12/2019 15h24

Em outubro de 2019, a produção industrial cresceu 0,8% frente a setembro (série com ajuste sazonal). Essa foi a terceira taxa positiva seguida, acumulando alta de 2,4% no período. Na comparação com outubro de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria avançou 1,0%, após alta de 1,1% em setembro, quando interrompeu três meses de resultados negativos consecutivos: junho (-5,8%), julho (-2,6%) e agosto (-2,1%).

Período Produção industrial
Outubro / Setembro 2019 0,8%
Outubro 2019 / Outubro 2018 1,0%
Acumulado em 2019 -1,1%
Acumulado em 12 meses -1,3%
Média móvel trimestral 0,8%

O setor industrial acumulou queda de 1,1% nos dez meses de 2019. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,3% em outubro de 2019, prosseguiu com a redução na intensidade de queda iniciada em agosto de 2019 (-1,6%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Brasil. Veja a publicação completa e mais informações no material de apoio.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Outubro de 2019
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Outubro 2019/
Setembro 2019*
Outubro 2019/
Outubro 2018
Acumulado
Janeiro-Outubro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital -0,3 -2,9 0,4 0,2
Bens Intermediários 0,3 0,1 -2,2 -2,2
Bens de Consumo 1,0 4,1 1,1 0,5
  Duráveis 1,3 6,9 2,2 0,6
  Semiduráveis e não Duráveis 1,0 3,3 0,7 0,4
Indústria Geral 0,8 1,0 -1,1 -1,3
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria*Série com ajuste sazonal  

14 dos 26 ramos pesquisados crescem em outubro

Na alta de 0,8% da indústria na passagem de setembro para outubro de 2019, 3 das 4 grandes categorias econômicas e 14 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram registradas por produtos alimentícios (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%), com o primeiro revertendo a queda verificada no mês anterior (-0,3%); e o segundo eliminando a redução de 9,1% acumulada nos meses de agosto e setembro.

Outros impactos positivos relevantes foram observados nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,9%), de celulose, papel e produtos de papel (2,4%), de impressão e reprodução de gravações (15,3%), de máquinas e equipamentos (1,4%), de outros produtos químicos (1,1%), de produtos de minerais não-metálicos (1,8%) e de bebidas (1,6%).

Por outro lado, entre os dez ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância foram: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%), metalurgia (-3,2%) e indústrias extrativas (-1,1%). O primeiro intensificou o recuo verificado no mês anterior (-1,3%); o segundo acumulou perda de 7,1% em cinco meses consecutivos de queda na produção; e o terceiro marcou a segunda taxa negativa seguida, com perda acumulada de 2,9% nesse período. Vale destacar também os recuos registrados por confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,4%), móveis (-5,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (1,3%) e bens de consumo semi e não-duráveis (1,0%) assinalaram as altas mais elevadas em outubro de 2019, com ambos apontando o segundo mês seguido de crescimento e acumulando nesse período expansão de 4,1% e 1,7%, respectivamente. O segmento de bens intermediários (0,3%) também mostrou avanço e manteve o comportamento positivo de agosto (1,6%) e setembro (0,2%). Por outro lado, o setor de bens de capital (-0,3%) apontou a única taxa negativa em outubro de 2019, após também recuar em setembro (-0,4%).

Média móvel trimestral avança 0,8%

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 0,8% no trimestre encerrado em outubro de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve, dessa forma, a trajetória ascendente iniciada em julho de 2019.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (1,0%) assinalou o resultado positivo mais elevado em outubro de 2019, intensificando, assim, o crescimento observado em setembro (0,9%). Bens intermediários (0,7%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) também apontaram taxas positivas, com o primeiro prosseguindo com a trajetória ascendente iniciada em junho de 2019; e o último avançando pelo segundo mês consecutivo, acumulando nesse período expansão de 1,1%. Por outro lado, bens de capital (-0,2%) apontou o único recuo nesse mês e permaneceu com o comportamento negativo iniciado em julho de 2019, acumulando nesse período redução de 0,8%.

Produção industrial avança 1,0% em relação a outubro de 2018

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 1,0% em outubro de 2019, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 48,2% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2019 (23 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (22).

Entre as atividades, produtos alimentícios (12,3%) exerceu a maior influência positiva. Vale destacar também: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,9%), produtos de metal (4,9%), bebidas (3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%).

Por outro lado, entre as treze atividades que apontaram redução na produção, as principais influências foram registradas por indústrias extrativas (-7,3%) e metalurgia (-8,0%). Outros impactos negativos importantes foram: celulose, papel e produtos de papel (-4,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,4%), impressão e reprodução de gravações (-12,8%) e outros produtos químicos (-1,4%).

Bens de consumo duráveis (6,9%) assinalou, em outubro de 2019, a expansão mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (3,3%) também apontou avanço mais intenso do que o observado na média nacional (1,0%), enquanto o segmento de bens intermediários (0,1%) mostrou ligeira variação positiva. Por outro lado, o setor produtor de bens de capital, com queda de 2,9%, assinalou o único resultado negativo nesse mês.

O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 6,9%, após avançar 8,6% em setembro. Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pela expansão na fabricação de automóveis (5,2%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (14,6%). Vale citar também os avanços de: eletrodomésticos da “linha marrom” (2,8%), motocicletas (9,4%) e móveis (3,0%) e outros eletrodomésticos (14,8%).

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis avançou 3,3%, após crescer 1,8% em setembro. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pelas expansões observadas nos grupamentos de carburantes (15,4%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,0%). Por outro lado, os subsetores de semiduráveis (-1,9%) e de não-duráveis (-0,7%) apontaram as taxas negativas nessa categoria.

Bens intermediários, ao variar 0,1%, marcou a primeira taxa positiva desde maio de 2019 (3,2%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de: produtos alimentícios (22,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (8,1%), produtos de metal (2,4%), máquinas e equipamentos (2,2%) e produtos de minerais não-metálicos (1,0%), enquanto as pressões negativas foram em: indústrias extrativas (-7,3%), metalurgia (-8,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,3%), celulose, papel e produtos de papel (-4,7%), outros produtos químicos (-1,3%), produtos de borracha e de material plástico (-1,9%) e produtos têxteis (-0,8%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos de: insumos típicos para construção civil (1,5%) e embalagens (0,1%), com ambos apontando o segundo mês seguido de crescimento na produção: 2,1% e 1,7%, respectivamente.

O setor de bens de capital recuou 2,9%, após avançar 1,8% em setembro. Nesse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pelas reduções nos grupamentos de bens de capital agrícolas (-19,9%) e para equipamentos de transporte (-3,1%). Bens de capital para construção (-1,9%) e para energia elétrica (-0,8%) também mostraram resultados negativos nesse mês. Por outro lado, os impactos positivos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (5,8%) e de uso misto (0,7%).

Em 2019, indústria acumula queda de 1,1%

No índice acumulado para janeiro-outubro de 2019, frente a igual período do ano anterior, a indústria recuou 1,1%, com resultados negativos em 1 das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 53,8% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-9,5%) exerceu a maior influência negativa. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas por: celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,8%), outros equipamentos de transporte (-9,9%), metalurgia (-1,6%), de produtos de madeira (-5,7%), produtos de borracha e de material plástico (-1,9%), impressão e reprodução de gravações (-8,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,5%).

Por outro lado, entre as dez atividades que cresceram, as principais influências foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (2,8%), produtos alimentícios (1,6%), produtos de metal (5,4%) e bebidas (3,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens intermediários (-2,2%) mostrou menor dinamismo, pressionado, sobretudo, pela redução em indústrias extrativas (-9,5%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (2,2%) assinalou a alta mais acentuada, impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de eletrodomésticos da “linha branca” (12,5%). Bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%) e bens de capital (0,4%) também apontaram taxas positivas.