PNAD Contínua Trimestral: desocupação fica estável em 25 das 27 unidades da federação no 3° trimestre de 2019
19/11/2019 09h00 | Atualizado em 19/11/2019 14h58
A taxa de desocupação do país no 3º trimestre de 2019 foi de 11,8%, com redução de 0,2 ponto percentual (p.p.) frente ao 2° trimestre de 2019 (12,0%) e estabilidade em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,9%). Considerando-se as variações estaticamente significativas em relação ao trimestre anterior, a taxa recuou em São Paulo (-0,8 p. p.) e aumentou em Rondônia (1,5 p. p.), permanecendo estável nas demais 25 unidades da federação. Já em relação ao mesmo trimestre de 2018, a taxa subiu em Goiás (1,9 p. p.) e Mato Grosso (1,3 p. p.). Houve quedas em três UFs: São Paulo (-1,1 p. p.) Alagoas (-1,7 p. p.) e Sergipe (-2,8 p. p.), com estabilidade nas demais 22 unidades da federação.
As maiores taxas foram observadas na Bahia (16,8%), Amapá (16,7%), e Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8,0%).
No 3º trimestre de 2019, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,0%. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%. Por outro lado, os estados onde foram observadas as menores taxas foram: Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).
O número de desalentados no 3º trimestre de 2019 foi de 4,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 3º trimestre de 2019 foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do país era de 73,6%. O maior percentual estava em Santa Catarina (87,7%) e o menor, no Maranhão (49,9%).
Já a proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 26,4%. As UFs com os maiores percentuais foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%) e as menores taxas estavam no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 26,0%. Os maiores percentuais foram registrados no Amapá (36,7%), Pará (35,7%) e Amazonas (33,3%). Já os menores foram no Distrito Federal (20,7%), Mato Grosso do Sul (21,2%) e Santa Catarina (21,7%).
Em relação ao tempo de procura, no Brasil, 46,9% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho e 25,2% há dois anos ou mais. No Brasil, 1,8 milhão de desocupados buscavam trabalho há menos de um mês, enquanto 3,2 milhões procuravam uma ocupação há 2 anos ou mais O material de apoio desta divulgação está à direita.
Bahia (16,8%) teve a maior taxa de desocupação no 3° trimestre de 2019
A taxa de desocupação do país no 3º trimestre de 2019 foi de 11,8%, variando -0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao 2° trimestre de 2019 (12,0%) e apresentando estabilidade na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (11,9%).
As maiores taxas foram observadas na Bahia (16,8%), Amapá (16,7%), e Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8,0).
Considerando-se as variações estaticamente significativas em relação ao trimestre anterior, a taxa recuou em São Paulo (-0,8 p. p.) e aumentou em Rondônia (1,5 p. p.), permanecendo estável nas demais 25 unidades da federação. Já em relação ao mesmo trimestre de 2018, a taxa subiu em Goiás (1,9 p. p.) e Mato Grosso (1,3 p. p.). Houve quedas em três UFs: São Paulo (-1,1 p. p.) Alagoas (-1,7 p. p.) e Sergipe (-2,8 p. p.), com estabilidade nas demais 22 unidades da federação.
Taxas de desocupação por UF, no 3° trimestre de 2019,
em relação ao 2° trimestre de 2019 e ao 3° trimestre de 2018
Maranhão (41,6%) tem a maior taxa de subutilização da força de trabalho
No 3º trimestre de 2019, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 24,0%. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam as maiores estimativas, ambas acima de 40%. Já as menores taxas foram em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).
Taxa composta de subutilização da força de trabalho no 3° tri/2019
Amapá (36,7%) tem maior percentual de trabalhadores por conta própria
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria no 3° trimestre de 2019 era de 26,0%. Os maiores percentuais foram registrados no Amapá (36,7%), Pará (35,7%) e Amazonas (33,3%). Já os menores foram no Distrito Federal (20,7%), Mato Grosso do Sul (21,2%) e Santa Catarina (21,7%).
Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana
de referência, na categoria CONTA PRÓPRIA do trabalho principal (%), segundo
as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 3º Trimestre 2018/2019
Maranhão (50,1%) tem maior percentual de trabalhadores sem carteira
A proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado do país no 3° trimestre de 2019 foi de 26,4%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%) e as menores taxas estavam no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).
Santa Catarina (87,7%) tem maior percentual de trabalhadores com carteira
No 3° trimestre de 2019, 73,6% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre as unidades da federação, Santa Catarina (87,7%), Paraná (80,8%) e Rio Grande do Sul (81,9%) tinham os maiores percentuais, enquanto que os menores estavam em Maranhão (49,9%), Piauí e Pará (ambos com 50,1%).
Taxa de desocupação é maior para mulheres em todas as Grandes Regiões
No 3º trimestre de 2019, a taxa de desocupação para o Brasil foi estimada em 11,8%. Na divisão por sexo, a taxa ficou em 10,0% para os homens e 13,9% para as mulheres. Entre as Grandes Regiões, a taxa de desocupação mais alta para mulheres foi registrada no Nordeste (16,7%) e a mais baixa no Sul (9,8%).
No 3º trimestre de 2019, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 64,6% e o das mulheres, em 45,9%. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (22,7 pontos percentuais), e Sudeste e Sul, com as menores diferenças (18,0 pontos percentuais).
Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao de homens. No 3º trimestre de 2019 elas representavam 53,3% dessa população. Em todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens. Na Região Centro-Oeste, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 54,8% das pessoas desocupadas.
Taxas de desocupação de pretos (14,9%) e pardos (13,6%) ficam acima da média nacional
A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos que se declararam brancos (9,2%) ficou abaixo da média nacional; porém a dos pretos (14,9%) e a dos pardos (13,6%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era 6,6%.
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi estimado em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população; seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 3º trimestre de 2019, esse contingente subiu para 12,4 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 52,9%; a dos brancos reduziu para 34,3% e dos pretos subiu para 12,8%.
Na comparação trimestral, rendimento permanece estável em 26 das 27 UFs
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.298. Este resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.297) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.295).
Entre as unidades da federação, apenas Rondônia apresentou variação (4,8 p. p.), passando de R$ 1.941 no 2° trimestre de 2019 para R$ 2.035 no 3° trimestre. As demais unidades da federação tiveram estabilidade nesse indicador. O maior valor foi registrado no Distrito Federal (R$ 3.887) e o menor no Maranhão (R$ 1.333).
Brasil tem 3,2 milhões de pessoas procurando trabalho há dois anos ou mais
Em relação ao tempo de procura, no Brasil, no 3º trimestre de 2019, 46,9% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho. Entre 2012 e 2015, houve redução da proporção de desocupados que buscavam trabalho há 2 anos ou mais. Contudo, a partir de 2016, esse contingente apresentou crescimentos sucessivos, atingindo o maior percentual (25,6%) no 3º trimestre de 2018 e decrescendo para 25,2% no 3° trimestre de 2019.
Em números absolutos, 1,8 milhão de desocupados buscavam trabalho há menos de um mês, enquanto 3,2 milhões procuravam uma ocupação há 2 anos ou mais (tabela a seguir).