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Produção industrial varia 0,3% em setembro

01/11/2019 09h00 | Atualizado em 01/11/2019 15h28

Em setembro de 2019, a produção industrial variou 0,3% frente a agosto (série com ajuste sazonal). Essa foi a segunda taxa positiva seguida, com acumulo de 1,5% nesse período. Na comparação com setembro de 2018 (série sem ajuste sazonal),  houve alta de 1,1%, interrompendo, assim, três meses de resultados negativos consecutivos: junho (-5,9%), julho (-2,5%) e agosto (-2,1%).

Período Produção industrial
Setembro / agosto 2019 0,3%
Setembro 2019 / Setembro 2018 1,1%
Acumulado em 2019 -1,4%
Acumulado em 12 meses -1,4%
Média móvel trimestral 0,4%

Nos nove meses de 2019, o setor industrial acumulou queda de 1,4%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,4%, mostrou redução na intensidade de perda frente ao resultado de agosto (-1,7%), o que interrompe a trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,2%).

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Brasil. Veja a publicação completa e mais informações no material de apoio.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas Brasil - Setembro de 2019
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Setembro 2019/
Agosto 2019*
Setembro 2019/
Setembro 2018
Acumulado
Janeiro-Setembro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital -0,5 0,7 0,7 1,3
Bens Intermediários 0,2 0,1 -2,4 -2,3
Bens de Consumo 1,3 3,2 0,6 0,2
  Duráveis 2,3 8,7 1,6 0,6
  Semiduráveis e não Duráveis 0,5 1,9 0,4 0,1
Indústria Geral 0,3 1,1 -1,4 -1,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

11 dos 26 ramos pesquisados crescem em setembro

Na alta de 0,3% da indústria na passagem de agosto para setembro de 2019, 3 das 4 grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (4,3%), que reverteu o recuo de agosto (2,4%).

Outros impactos positivos relevantes foram: confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,6%), bebidas (3,5%), produtos de metal (3,7%), móveis (9,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,0%) e produtos de borracha e de material plástico (1,4%). Vale ressaltar que essas atividades apontaram taxas negativas em agosto último: -7,5%, -2,8%, -0,7%, -5,3%, -0,4% e -1,6%, respectivamente.

Entre os quatorze ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância foram: impressão e reprodução de gravações (-28,6%), indústrias extrativas (-1,2%), máquinas e equipamentos (-2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%) e produtos do fumo (-7,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (2,3%) mostrou a expansão mais acentuada. Esse resultado eliminou o recuo de 1,4% de agosto. Bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) e bens intermediários (0,2%) também assinalaram taxas positivas, com o primeiro revertendo a variação negativa de agosto (-0,1%); e o último marcando o segundo mês consecutivo de crescimento e acumulando ganho de 1,8% nesse período. Por outro lado, o setor de bens de capital (-0,5%) apontou a única taxa negativa, mantendo o comportamento negativo iniciado em junho de 2019, com perda acumulada de 1,3% nesse período.

Média móvel trimestral sobe 0,4%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel trimestral para o total da indústria subiu 0,4% no trimestre encerrado em setembro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após variar 0,1% no mês anterior, quando interrompeu a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,6%), bens de consumo duráveis (0,6%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) assinalaram os resultados positivos de setembro, com o primeiro intensificando os avanços observados em julho (0,3%) e agosto (0,3%); o segundo voltando a crescer após dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 0,9%; e o último marcando a primeira taxa positiva desde maio de 2019. Por outro lado, o segmento de bens de capital (-0,3%) apontou o único recuo nesse mês e permaneceu com o comportamento negativo iniciado em julho de 2019, acumulando nesse período queda de 0,7%.

Produção industrial cresce 1,1% em relação a setembro de 2018

Na comparação com setembro de 2018, o setor industrial cresceu 1,1%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 51,9% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2019 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (19).

Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%) e produtos alimentícios (3,2%) exerceram as maiores influências positivas. Vale destacar também as seguintes contribuições positivas: bebidas (10,4%), produtos de metal (8,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,0%), máquinas e equipamentos (3,8%) e móveis (11,4%).

Por outro lado, entre as 13 atividades que apontaram redução na produção, as principais influências foram registradas por metalurgia (-6,6%), indústrias extrativas (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-7,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,1%), impressão e reprodução de gravações (-26,0%) e outros produtos químicos (-2,5%).

Bens de consumo duráveis (8,7%) assinalou o crescimento mais acentuado entre as grandes categorias econômicas. Bens de consumo semi e não-duráveis (1,9%) também apontou avanço mais intenso do que o observado na média nacional (1,1%), enquanto os bens de capital (0,7%) e bens intermediários (0,1%) completaram os resultados positivos nesse mês.

Bens de consumo duráveis cresceu 8,7%, após recuar 5,3% em agosto. O setor foi particularmente impulsionado pela expansão na fabricação de automóveis (4,9%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (15,9%) e da “linha marrom” (10,9%). Vale citar também os avanços de: motocicletas (16,4%), móveis (14,0%) e outros eletrodomésticos (4,8%).

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis avançou 1,9%, após recuar 0,6% em agosto. O desempenho em setembro foi explicado, em grande parte, pela alta no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (2,9%). Vale citar também os resultados positivos de semiduráveis (5,1%) e de carburantes (5,0%). Por outro lado, o subsetor de não-duráveis (-4,9%) apontou a única taxa negativa nessa categoria.

Bens de capital avançou 0,7%, após recuar 3,5% em agosto. O segmento foi influenciado, em grande medida, pela alta de bens de capital para fins industriais (10,3%), impulsionado, principalmente, pelos bens não-seriados (51,9%), já que os bens seriados (1,9%) apontaram crescimento mais moderado. As demais taxas positivas foram: bens de capital de uso misto (1,5%) e para energia elétrica (0,5%). Por outro lado, os impactos negativos foram: bens de capital agrícolas (-15,2%), equipamentos de transporte (-0,3%) e construção (-2,8%).

Bens intermediários, ao mostrar variação positiva de 0,1%, interrompeu três meses de taxas negativas consecutivas: junho (-6,2%), julho (-5,2%) e agosto (-1,9%). O resultado de setembro foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (11,5%), produtos alimentícios (5,8%), produtos de metal (5,8%), máquinas e equipamentos (3,5%) e produtos têxteis (1,1%). As pressões negativas foram registradas por metalurgia (-6,6%), indústrias extrativas (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-8,5%), outros produtos químicos (-2,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-0,9%). Vale citar também os resultados positivos de insumos típicos para construção civil (2,2%) e de embalagens (1,9%), com ambos revertendo os recuos observados no mês anterior: -0,1% e -0,3%.

Indústria recua 1,2% no terceiro trimestre de 2019

A indústria, ao recuar 1,2% no terceiro trimestre de 2019, permaneceu com o comportamento negativo observado desde o último trimestre de 2018 (-1,3%), comparações contra igual período do ano anterior. O aumento na intensidade de perda na passagem do segundo (-0,8%) para o terceiro (-1,2%) trimestre de 2019 foi explicado pela queda de ritmo de  três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de 6,9% para 1,1%) e bens de capital (de 5,0% para 1,1%), pressionadas, em grande parte, pela menor fabricação de automóveis (de 6,0% para -4,3%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (de 4,9% para -0,1%), na segunda. Bens de consumo semi e não-duráveis (de 1,6% para 0,8%) também fez esse movimento entre os dois períodos. Bens intermediários (de -3,0% para -2,4%) foi o único que mostrou ganho, mas ainda assim permaneceu com resultado negativo pelo quarto trimestre consecutivo.

Em 2019, indústria acumula queda de 1,4%

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial recuou 1,4%, com resultados negativos em 1 das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 26 ramos, 44 dos 79 grupos e 54,3% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-9,8%) exerceu a maior influência negativa. Vale destacar também as contribuições negativas de: celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), outros equipamentos de transporte (-10,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%), produtos de madeira (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-1,9%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%).

Por outro lado, entre as onze atividades que aumentaram a produção, a principal influência foi registrada de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%). Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos de metal (5,0%) e de bebidas (3,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, houve menor dinamismo para bens intermediários (-2,4%), pressionada, sobretudo, pela redução verificada em indústrias extrativas (-9,8%). Por outro lado, bens de consumo duráveis (1,6%), bens de capital (0,7%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) assinalaram as taxas positivas.