IPCA-15 varia 0,09% em outubro
22/10/2019 09h00 | Atualizado em 22/10/2019 09h08
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,09% em outubro, mesmo percentual registrado em setembro. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,69% e, em 12 meses, de 2,72%, abaixo dos 3,22% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2018, a taxa foi de 0,58%.
Período | TAXA |
---|---|
Outubro de 2019 | 0,09% |
Setembro de 2019 | 0,09% |
Outubro de 2018 | 0,58% |
Acumulado no ano | 2,69% |
Acumulado nos 12 meses | 2,72% |
O grupo Saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação, 0,85%, e o maior impacto, 0,10 ponto percentual (p.p.), entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A segunda maior variação positiva ficou com os Transportes (0,35%), que contribuíram com 0,06 p.p. no índice do mês. No lado das quedas, o destaque foi o grupo Alimentação e bebidas (-0,25%), que apresentou deflação pelo terceiro mês consecutivo. Os preços de Habitação (-0,23%) e Artigos de residência (-0,21%) também recuaram na comparação com o mês anterior, enquanto Comunicação (0,00%) apresentou estabilidade. Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,09% em Educação e de 0,16% em Despesas pessoais.
IPCA-15 - Grupos - Variação e Impacto | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,09 | 0,09 | 0,09 | 0,09 |
Alimentação e Bebidas | -0,34 | -0,25 | -0,08 | -0,06 |
Habitação | 0,76 | -0,23 | 0,12 | -0,04 |
Artigos de Residência | -0,40 | -0,21 | -0,02 | -0,01 |
Vestuário | 0,58 | 0,14 | 0,03 | 0,01 |
Transportes | 0,09 | 0,35 | 0,02 | 0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,09 | 0,85 | 0,01 | 0,10 |
Despesas Pessoais | 0,10 | 0,16 | 0,01 | 0,02 |
Educação | 0,04 | 0,09 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | -0,06 | 0,00 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Após a alta de 0,09% em setembro, o grupo Saúde e cuidados pessoais acelerou para 0,85% em outubro, especialmente por conta da alta observada nos itens de higiene pessoal (2,35%), maior impacto individual no índice do mês (0,06 p.p.). Além disso, os produtos farmacêuticos, que haviam apresentado queda no mês anterior (-0,23%), passaram para alta de 0,54%, contribuindo com 0,02 p.p. no resultado de outubro.
Os Transportes também aceleraram na comparação com o mês anterior, passando de 0,09% para 0,35%. A gasolina, que havia apresentado ligeira queda em setembro (-0,06%), registrou alta de 0,76% em outubro, com as áreas variando entre o 0,18% da região metropolitana de Porto Alegre e os 2,15% da região metropolitana de Fortaleza. Os preços do óleo diesel (3,33%), do etanol (0,52%) e do gás veicular (0,23%) também subiram, levando o resultado dos combustíveis a uma alta de 0,77%.
A deflação observada em Alimentação e bebidas (-0,25%) resulta da queda nos preços do grupamento alimentação no domicílio, que recuaram 0,38%. Os principais impactos negativos vieram da cebola (-17,65%), com -0,04 p.p., e da batata-inglesa (-14,00%), com -0,03 p.p. Os preços do tomate (-6,10%) também recuaram, embora a queda tenha sido menos intensa que a registrada no mês anterior (-24,83%). No lado das altas, destacam-se as carnes, cujos preços subiram 0,59%, frente à queda de 0,38% registrada em setembro.
A alimentação fora do domicílio ficou estável (0,00%) na comparação com o mês anterior. Se, por um lado, a refeição teve queda (-0,13%), por outro, o lanche veio com alta de 0,20%.
O grupo Habitação (-0,23%) apresentou a segunda maior variação negativa no índice do mês, influenciado pela queda observada no item energia elétrica (-1,43%). À exceção das regiões metropolitanas do Recife (0,14%) e de Salvador (2,52%), todas as demais áreas apresentaram queda de preços, que vão desde o -0,95% na região metropolitana de Porto Alegre até os -3,31% na região metropolitana de Fortaleza. Cabe destacar que, em outubro, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, em que há cobrança adicional de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em setembro, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, em que a cobrança adicional é de R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora.
Ainda em Habitação, o resultado de 0,18% da taxa de água e esgoto decorre do reajuste de 4,87%, vigente desde o dia 1º de outubro, nas tarifas praticadas na região metropolitana do Rio de Janeiro (1,85%).
No que concerne aos índices regionais, três das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação de setembro para outubro, conforme mostra a tabela a seguir. O menor resultado foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (-0,08%), em função da queda observada no item energia elétrica (-3,31%). Já o maior índice ficou com a região metropolitana de Belém (0,28%), influenciado pelas altas dos itens higiene pessoal (1,89%) e gás de botijão (3,58%), ambos com 0,07 p.p. de impacto.
IPCA-15 - Regiões | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Belém | 4,65 | 0,04 | 0,28 | 3,03 | 3,56 |
Goiânia | 4,44 | 0,54 | 0,22 | 2,15 | 2,37 |
Salvador | 7,35 | -0,04 | 0,20 | 2,78 | 2,59 |
Brasília | 3,46 | -0,02 | 0,20 | 2,02 | 1,97 |
Rio de Janeiro | 12,46 | -0,10 | 0,18 | 2,50 | 2,66 |
Belo Horizonte | 11,23 | -0,04 | 0,15 | 2,81 | 2,73 |
São Paulo | 31,68 | 0,19 | 0,06 | 2,94 | 2,91 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,02 | 0,00 | 2,65 | 2,72 |
Curitiba | 7,79 | 0,21 | -0,07 | 1,93 | 1,86 |
Recife | 5,05 | 0,10 | -0,07 | 2,76 | 2,81 |
Fortaleza | 3,49 | 0,24 | -0,08 | 3,51 | 3,70 |
Brasil | 100,00 | 0,09 | 0,09 | 2,69 | 2,72 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de setembro a 11 de outubro de 2019 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 12 de setembro de 2019 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.