Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017: taxa de sobrevivência foi de 84,8%
17/10/2019 10h00 | Atualizado em 17/10/2019 14h05
A taxa de sobrevivência das empresas ativas no Brasil foi de 84,8% em 2017, o que representa 3,8 milhões de empresas. Já a taxa de entrada ficou em 15,2% e a de saída, 15,7%. Com isso, o saldo de empresas foi negativo (menos 22,9 mil).
O Sul (86,6%) e o Sudeste (85,0%) registraram as maiores taxas de sobrevivência, enquanto as maiores taxas de entrada e saída foram observadas nas regiões Norte (19,0% e 18,8%), Centro-Oeste (17,2% e 16,4%) e Nordeste (16,9% e 16,9%).
Eletricidade e gás foi a atividade que apresentou a maior taxa de entrada (23,3%), enquanto Construção registrou a maior taxa de saída (20,8%).
Do total de pessoas ocupadas (38,4 milhões), 95,6% estavam nas empresas sobreviventes; 4,4%, nas entrantes; e 3,6%, nas que saíram do mercado. O percentual de pessoal ocupado assalariado masculino foi maior nas empresas sobreviventes (60,9%) do que nas entrantes (57,6%) e nas que saíram (59,5%). Já a participação do pessoal assalariado sem nível superior foi de 85,7% nas sobreviventes; 91,3% nas que entraram no mercado e 92,4% nas que saíram.
Em relação ao empreendedorismo, o número de empresas de alto crescimento (20.306) foi o menor da série iniciada em 2008 (30.954), enquanto o maior foi registrado em 2012 (35.206). Entre 2016 e 2017, houve redução do número de empresas de alto crescimento, tanto em termos absolutos (692 empresas) como relativos (3,3%),
As empresas de alto crescimento representavam 0,5% das empresas ativas, 0,8% das empresas com pessoas ocupadas assalariadas e 4,5% das empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas.
A região Sudeste apresentou a maior concentração de unidades locais e de pessoal ocupado, tanto nas empresas de alto crescimento (49,2% e 50,8%) como nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (49,5% e 52,9%).
Do total de empresas de alto crescimento, 11,9% eram gazelas (2.422), que empregavam 198,8 mil pessoas assalariadas. A maioria dessas empresas estava na faixa de 10 a 49 assalariados (59,9%). Entre os assalariados, a maior participação era de homens (64,5%) e de pessoas sem nível superior completo (89,7%).
Estes são alguns dos destaques do estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2017. A pesquisa analisa a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, pessoal ocupado assalariado, estatísticas das empresas de alto crescimento e gazelas, além de indicadores relativos às unidades locais das empresas e atividades.
Saiba mais sobre o estudo no material de apoio que está nesta página.
Tabela 2 - Número de empresas e pessoal ocupado assalariado e respectivas taxas, por tipos de eventos demográficos - Brasil - 2008-2017 | ||||||||
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Ano | Tipos de eventos demográficos | |||||||
Ativas | Sobreviventes | Entradas | Saídas | Saldos (Entradas - Saídas) | ||||
Total | Taxas (%) |
Total | Taxas (%) |
Total | Taxas (%) |
|||
Número de empresas | ||||||||
2008 | 4 077 662 | 3 188 176 | 78,2 | 889 486 | 21,8 | 719 915 | 17,7 | 169 571 |
2009 | 4 268 930 | 3 322 254 | 77,8 | 946 676 | 22,2 | 755 154 | 17,7 | 191 522 |
2010 | 4 530 583 | 3 531 460 | 77,9 | 999 123 | 22,1 | 736 428 | 16,3 | 262 695 |
2011 | 4 538 347 | 3 666 543 | 80,8 | 871 804 | 19,2 | 864 035 | 19,0 | 7 769 |
2012 | 4 598 919 | 3 738 927 | 81,3 | 859 992 | 18,7 | 799 419 | 17,4 | 60 573 |
2013 | 4 775 098 | 3 903 435 | 81,7 | 871 663 | 18,3 | 695 748 | 14,6 | 175 915 |
2014 | 4 557 411 | 3 831 140 | 84,1 | 726 271 | 15,9 | 943 958 | 20,7 | - 217 687 |
2015 | 4 552 431 | 3 843 787 | 84,4 | 708 644 | 15,6 | 713 628 | 15,7 | - 4 984 |
2016 | 4 481 596 | 3 833 122 | 85,5 | 648 474 | 14,5 | 719 551 | 16,1 | - 71 077 |
2017 | 4 458 678 | 3 782 234 | 84,8 | 676 444 | 15,2 | 699 376 | 15,7 | - 22 932 |
Pessoal ocupado assalariado | ||||||||
2008 | 26 978 086 | 26 160 232 | 97,0 | 817 854 | 3,0 | 414 908 | 1,5 | 402 946 |
2009 | 28 238 708 | 27 373 575 | 96,9 | 865 133 | 3,1 | 452 208 | 1,6 | 412 925 |
2010 | 30 821 123 | 29 797 370 | 96,7 | 1 023 753 | 3,3 | 363 848 | 1,2 | 659 905 |
2011 | 32 706 200 | 31 726 069 | 97,0 | 980 131 | 3,0 | 410 407 | 1,3 | 569 724 |
2012 | 33 915 323 | 32 964 847 | 97,2 | 950 476 | 2,8 | 453 082 | 1,3 | 497 394 |
2013 | 35 050 524 | 34 162 830 | 97,5 | 887 694 | 2,5 | 524 159 | 1,5 | 363 535 |
2014 | 35 220 894 | 34 373 780 | 97,6 | 847 114 | 2,4 | 525 652 | 1,5 | 321 462 |
2015 | 33 623 393 | 32 845 567 | 97,7 | 777 826 | 2,3 | 492 182 | 1,5 | 285 644 |
2016 | 32 011 930 | 31 272 598 | 97,7 | 739 332 | 2,3 | 507 051 | 1,6 | 232 281 |
2017 | 31 877 046 | 31 047 640 | 97,4 | 829 406 | 2,6 | 469 406 | 1,5 | 360 000 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastro e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2005-2017. |
Em 2017, o Cadastro Central de Empresas (Cempre) somava 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,4 milhões de pessoas, sendo 31,9 milhões (83,1%) como assalariadas e 6,5 milhões (16,9%) como sócio ou proprietário. Na comparação com 2016, houve uma queda de 0,5% no número de empresas (menos 22,9 mil) e de 0,4%, tanto no pessoal ocupado total (menos 163,0 mil), quanto nos assalariados (menos 134,9 mil).
O saldo de empresas foi negativo (menos 22,9 mil), assim como em 2016 (menos 71,1 mil), 2015 (menos 5,0 mil) e 2014 (menos 217,7 mil). Do total de empresas ativas, 84,8% (3,8 milhões) eram sobreviventes e 15,2% correspondiam a entradas (676,4 mil), das quais 11,3% referentes a nascimentos (503,2 mil) e 3,9%, a reentradas (173,2 mil). As empresas que saíram do mercado totalizaram 15,7% (699,4 mil empresas).
As entradas representaram 829,4 mil pessoas assalariadas no mercado de trabalho formal, um ganho de 2,6%. E as saídas corresponderam a um total de 469,4 mil pessoas assalariadas, o que gerou uma perda de 1,5%. A diferença entre entradas e saídas resultou em um saldo positivo de pessoal assalariado de 360,0 mil pessoas.
Em comparação com 2016, as entradas foram 4,3% maiores e ocasionaram um acréscimo de pessoal ocupado assalariado de 12,2%. Já as saídas de empresas foram 2,8% menores, com uma redução de 7,4% no pessoal ocupado assalariado.
96,6% das empresas com 10 ou mais ocupados sobreviveram em 2017
Em 2017, entre as empresas que entraram no mercado, 73,9% não tinham pessoal ocupado assalariado, mas apenas sócios e proprietários, e 23,9% possuíam de 1 a 9 pessoas assalariadas. Em relação às saídas, 82,8% não tinham pessoal ocupado assalariado, e 16,2% registravam de 1 a 9 pessoas assalariadas.
Entre as empresas sem pessoal assalariado 75,7% sobreviveram, naquelas com 1 a 9 pessoas ocupadas assalariadas esta taxa alcançou 91,7%, chegando a atingir 96,6% nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas.
Homens e pessoas sem nível superior eram maioria entre os assalariados
Nas empresas ativas em 2017, 60,8% do pessoal ocupado assalariado eram homens e 39,2%, mulheres, percentual próximo ao das empresas sobreviventes: 60,9% e 39,1%. Considerando o pessoal assalariado vinculado à entrada de empresas no mercado, 57,6% eram homens e 42,4%, mulheres e, em relação àquele ligado às empresas que saíram do mercado, 59,5% eram homens e 40,5%, mulheres.
Considerando o nível de escolaridade, a participação do pessoal assalariado sem nível superior foi de 85,8% nas empresas ativas; 85,7% nas empresas sobreviventes; 91,3% nas empresas que entraram no mercado e 92,4% nas que saíram.
Eletricidade e gás apresentou a maior taxa de entrada (23,3%) e Construção, a maior taxa de saída (20,8%)
Entre as atividades econômicas, as maiores taxas de entrada foram observadas em: Eletricidade e gás (23,3%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (20,7%), Atividades profissionais, científicas e técnicas (20,1%), Atividades imobiliárias (20,0%), Construção (19,7%) e Informação e comunicação (19,3%).
Por outro lado, as menores taxas foram registradas em: Indústrias de transformação (11,0%), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (13,0%), e Indústrias extrativas (13,1%). Essas foram as atividades que apresentaram as maiores taxas de sobrevivência de empresas: 89,0%, 87,0% e 86,9%, respectivamente.
Já as maiores taxas de saída foram: Construção (20,8%), Outras atividades de serviços (19,1%) e Informação e comunicação (18,3%). As menores foram: Saúde humana e serviços sociais (9,1%), Educação (12,5%) e Indústrias de transformação (13,7%).
Empresas que nasceram em 2008 tiveram as maiores taxas de sobrevivência
Entre as empresas que nasceram em 2012, a taxa de sobrevivência foi de 78,9% após 1 ano de funcionamento (2013), 64,5% após 2 anos (2014), 55,0% após 3 anos (2015), 47,2% após 4 anos (2016) e 39,8% após 5 anos (2017).
As empresas que nasceram em 2008 tiveram as maiores taxas de sobrevivência num período de cinco anos. Do total de empresas que nasceram em 2008 (558,6 mil), 81,5% sobreviveram até 2009, 70,8% sobreviveram após dois anos, 61,0% após três anos e 47,8% após cinco anos. Já as menores taxas de sobrevivência foram observadas dentre as empresas que nasceram em 2013: 71,9% sobreviveram após 1 ano, 61,0% após 2 anos, 51,5% após 3 anos e 42,6% após cinco anos.
86,3% das empresas sobreviventes se mantiveram na faixa de pessoal ocupado assalariado
Em 2016, 38,6% das empresas estavam na faixa de 0 pessoas ocupadas assalariadas; 50,4%, na faixa de 1 a 10; 9,1%, na faixa de 11 a 49; e 1,8%, na faixa de 50 ou mais. Já em 2017, o percentual era: 40,7% (faixa de 0 pessoas ocupadas assalariadas), 47,7% (faixa de 1 a 10), 8,6% (faixa de 11 a 49) e 1,7% (faixa de 50 ou mais).
Com relação à mobilidade das empresas sobreviventes de 2016 para 2017, 86,3% das empresas se mantiveram na faixa de pessoal ocupado assalariado, 5,0% mudaram para faixa superior e 7,3% caíram para faixa inferior de pessoal assalariado.
Sul e Sudeste registraram as maiores taxas de sobrevivência
Em 2017, existiam 4,9 milhões de unidades locais ativas, das quais 50,0% estavam localizadas na região Sudeste; 22,5%, na região Sul; 15,5%, na região Nordeste; 8,3%, na região Centro-Oeste; e 3,7%, na região Norte.
As regiões Sul (86,6%) e Sudeste (85,0%) registraram as maiores taxas de sobrevivência, enquanto as maiores taxas de entrada e saída foram observadas nas regiões Norte (19,0% e 18,8%), Centro-Oeste (17,2% e 16,4%) e Nordeste (16,9% e 16,9%). O Sul teve a menor taxa de saída do Brasil (13,8%). Mas a redução mais significativa (2,8 p.p.) foi observada no Nordeste entre 2012 (19,7%) e 2017 (16,9%).
As maiores taxas de sobrevivência entre as unidades da federação foram: Rio Grande do Sul (87,4%), Santa Catarina (87,2%), Minas Gerais (86,2%) e Paraná (85,5%). Já, Amazonas (78,5%), Maranhão (80,1%), Pará (80,5%) e Amapá (81,1%) registraram as menores.
Tabela 14 - Número de unidades locais, por tipos de eventos demográficos, com as respectivas distribuições percentuais e taxas, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2017 | ||||||||||
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Grandes Regiões e Unidades da Federação |
Número de unidades locais | |||||||||
Ativas | Sobreviventes | Entradas | Saídas | |||||||
Total | Distri- buição percen- tual (%) |
Taxas (%) | Total | Distri- buição percen- tual (%) |
Taxas (%) | Total | Distri- buição percen- tual (%) |
Taxas (%) | ||
Brasil | 4 881 337 | 4 137 395 | 100,0 | 84,8 | 743 942 | 100,0 | 15,2 | 762 944 | 100,0 | 15,6 |
Norte | 179 939 | 145 721 | 3,5 | 81,0 | 34 218 | 4,6 | 19,0 | 33 787 | 4,4 | 18,8 |
Rondônia | 31 125 | 26 045 | 0,6 | 83,7 | 5 080 | 0,7 | 16,3 | 5 168 | 0,7 | 16,6 |
Acre | 8 033 | 6 561 | 0,2 | 81,7 | 1 472 | 0,2 | 18,3 | 1 629 | 0,2 | 20,3 |
Amazonas | 31 153 | 24 461 | 0,6 | 78,5 | 6 692 | 0,9 | 21,5 | 6 667 | 0,9 | 21,4 |
Roraima | 6 297 | 5 125 | 0,1 | 81,4 | 1 172 | 0,2 | 18,6 | 1 125 | 0,1 | 17,9 |
Pará | 70 259 | 56 580 | 1,4 | 80,5 | 13 679 | 1,8 | 19,5 | 13 090 | 1,7 | 18,6 |
Amapá | 7 346 | 5 959 | 0,1 | 81,1 | 1 387 | 0,2 | 18,9 | 1 755 | 0,2 | 23,9 |
Tocantins | 25 726 | 20 990 | 0,5 | 81,6 | 4 736 | 0,6 | 18,4 | 4 353 | 0,6 | 16,9 |
Nordeste | 755 503 | 627 791 | 15,2 | 83,1 | 127 712 | 17,2 | 16,9 | 127 461 | 16,7 | 16,9 |
Maranhão | 62 134 | 49 764 | 1,2 | 80,1 | 12 370 | 1,7 | 19,9 | 11 590 | 1,5 | 18,7 |
Piauí | 44 646 | 37 501 | 0,9 | 84,0 | 7 145 | 1,0 | 16,0 | 6 093 | 0,8 | 13,6 |
Ceará | 128 754 | 107 279 | 2,6 | 83,3 | 21 475 | 2,9 | 16,7 | 22 554 | 3,0 | 17,5 |
Rio Grande do Norte | 53 517 | 44 426 | 1,1 | 83,0 | 9 091 | 1,2 | 17,0 | 9 537 | 1,3 | 17,8 |
Paraíba | 52 790 | 44 520 | 1,1 | 84,3 | 8 270 | 1,1 | 15,7 | 8 268 | 1,1 | 15,7 |
Pernambuco | 122 116 | 100 909 | 2,4 | 82,6 | 21 207 | 2,9 | 17,4 | 21 637 | 2,8 | 17,7 |
Alagoas | 37 094 | 30 712 | 0,7 | 82,8 | 6 382 | 0,9 | 17,2 | 6 344 | 0,8 | 17,1 |
Sergipe | 28 915 | 24 215 | 0,6 | 83,7 | 4 700 | 0,6 | 16,3 | 4 932 | 0,6 | 17,1 |
Bahia | 225 537 | 188 465 | 4,6 | 83,6 | 37 072 | 5,0 | 16,4 | 36 506 | 4,8 | 16,2 |
Sudeste | 2 438 800 | 2 074 014 | 50,1 | 85,0 | 364 786 | 49,0 | 15,0 | 383 300 | 50,2 | 15,7 |
Minas Gerais | 526 543 | 453 758 | 11,0 | 86,2 | 72 785 | 9,8 | 13,8 | 76 174 | 10,0 | 14,5 |
Espírito Santo | 97 610 | 83 038 | 2,0 | 85,1 | 14 572 | 2,0 | 14,9 | 14 721 | 1,9 | 15,1 |
Rio de Janeiro | 350 103 | 297 681 | 7,2 | 85,0 | 52 422 | 7,0 | 15,0 | 55 176 | 7,2 | 15,8 |
São Paulo | 1 464 544 | 1 239 537 | 30,0 | 84,6 | 225 007 | 30,2 | 15,4 | 237 229 | 31,1 | 16,2 |
Sul | 1 099 673 | 952 617 | 23,0 | 86,6 | 147 056 | 19,8 | 13,4 | 151 385 | 19,8 | 13,8 |
Paraná | 411 669 | 351 838 | 8,5 | 85,5 | 59 831 | 8,0 | 14,5 | 59 032 | 7,7 | 14,3 |
Santa Catarina | 281 534 | 245 532 | 5,9 | 87,2 | 36 002 | 4,8 | 12,8 | 34 394 | 4,5 | 12,2 |
Rio Grande do Sul | 406 470 | 355 247 | 8,6 | 87,4 | 51 223 | 6,9 | 12,6 | 57 959 | 7,6 | 14,3 |
Centro-Oeste | 407 422 | 337 252 | 8,2 | 82,8 | 70 170 | 9,4 | 17,2 | 67 011 | 8,8 | 16,4 |
Mato Grosso do Sul | 65 680 | 55 397 | 1,3 | 84,3 | 10 283 | 1,4 | 15,7 | 10 157 | 1,3 | 15,5 |
Mato Grosso | 90 434 | 74 185 | 1,8 | 82,0 | 16 249 | 2,2 | 18,0 | 15 420 | 2,0 | 17,1 |
Goiás | 167 267 | 138 460 | 3,3 | 82,8 | 28 807 | 3,9 | 17,2 | 26 848 | 3,5 | 16,1 |
Distrito Federal | 84 041 | 69 210 | 1,7 | 82,4 | 14 831 | 2,0 | 17,6 | 14 586 | 1,9 | 17,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastro e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2014-2017. |
Empreendedorismo: Número de empresas de alto crescimento foi o menor da série histórica
Em 2017, existiam, no Brasil, 20.306 empresas de alto crescimento (crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano por um período de três anos e com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação). Esse foi o menor número da série iniciada em 2008 (30.954) e o maior foi em 2012 (35.206).
Essas empresas representavam 0,5% das empresas ativas, 0,8% das empresas com pessoas ocupadas assalariadas e 4,5% das empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas. Elas foram responsáveis pela absorção de 7,9% das pessoas assalariadas (2,5 milhões) e pelo pagamento de 6,9% dos salários e outras remunerações.
Entre 2016 e 2017, houve redução do número de empresas de alto crescimento, tanto em termos absolutos (692 empresas) como relativos (3,3%), com a queda abrangendo 8 das 11 seções analisadas. Educação registrou a maior queda tanto em termos absolutos (217 empresas) como em termos relativos (19,1%). Construção apresentou a segunda maior retração (185 empresas e 9,0%), seguida por Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (159 empresas e 2,9%).
No triênio 2015-2017, houve queda no número de empresas de alto crescimento (menos 5.490), o que representa uma redução de 21,3%. As maiores perdas em valores absolutos foram nas seções Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (1.570) e Construção (1.030). Construção (-35,5%) e Educação (-31,4%) destacaram-se em termos relativos. Informação e comunicação apresentou a menor redução (-4,5%).
Quase metade das unidades locais das empresas de alto crescimento encontrava-se na região Sudeste (49,2%), seguida pelas regiões Sul (19,3%), Nordeste (17,5%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,3%). A distribuição das unidades locais das empresas ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas apresentou um padrão semelhante, com as regiões Sul e Sudeste respondendo, juntas, por 70,2% de tais unidades.
55,2% das empresas de alto crescimento estavam na faixa de 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas
O conjunto das empresas com pessoas assalariadas apresentou uma variação relativa de 1,4% no pessoal ocupado assalariado (446,0 mil novos postos) de 2014 (31,4 milhões) para 2017 (31,9 milhões). Entre empresas de alto crescimento, esse aumento foi de 171,0% (1,6 milhão de novos postos).
Em relação ao porte, em 2017, 55,2% das empresas de alto crescimento estavam na faixa de 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas; 36,7%, de 50 a 249; e 8,1%, de 250 ou mais. As empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas representavam 13,9% do total de assalariados e pagava 11,2% dos salários e outras remunerações. Por outro lado, nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, esses percentuais eram de 56,5% e 61,4%.
A distribuição das empresas de alto crescimento em relação à faixa de idade foi: maior que 10 a 20 anos (33,7%), maior que 5 a 10 anos (33,5%), maior que 20 até 30 (13,9%), de 3 até 5 anos (11,9%), maior que 30 até 40 anos (4,4%) e maior que 40 anos (2,6%).
Homens ainda são maioria entre os assalariados das empresas de alto crescimento, mas participação feminina vem crescendo
Nas empresas de alto crescimento, em 2017, o percentual de homens (62,4%) no total de pessoal ocupado assalariado era maior que o de mulheres (37,6%). Mas, no período de 2009 a 2017, houve um aumento da participação feminina, tanto nas empresas de alto crescimento (de 31,0% para 37,6%) quanto nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas (de 33,5% para 37,6%).
A participação do pessoal ocupado assalariado com ensino superior completo nas empresas de alto crescimento passou de 9,6% (2009) para 15,1% (2017), o que representa um avanço de 5,5 p.p. Já nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, essa variação foi de 10,2% para 15,6% (5,4 p.p.).
11,9% das empresas de alto crescimento eram gazelas
Em 2017, havia 2.422 empresas gazelas (empresas de alto com faixa de idade entre três e cinco anos no ano de referência). Esse número foi o menor da série histórica, iniciada em 2008, enquanto o maior número de empresas gazelas foi observado em 2012 (4.671). As empresas gazelas, em 2017, representavam 11,9% das empresas de alto crescimento e empregavam 198,8 mil pessoas assalariadas. Na comparação com 2016, houve uma queda de 11,1% no número de empresas e de 17,3% no pessoal ocupado assalariado.
A maioria das empresas gazelas estavam concentradas na faixa de 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas (59,9%), seguidas pela faixa de 50 a 249 pessoas (35,3%) e de 250 ou mais pessoas (4,8%). Entre as pessoas assalariadas, era maior a participação masculina (64,5%) e de pessoas sem nível superior completo (89,7%).