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Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,92% em agosto

25/09/2019 09h00 | Atualizado em 25/09/2019 14h04

Os preços da indústria variaram 0,92% em agosto de 2019, resultado superior ao observado em julho (-1,20%). O acumulado no ano ficou em 2,48% e nos últimos 12 meses em 1,43%. Em agosto de 2019, das 24 atividades pesquisadas, 20 apresentaram alta de preços. Consulte o material de apoio do Índice de Preços ao Produtor (IPP) para mais informações.

Período Taxa
Agosto de 2019 0,92%
Julho de 2019 -1,20%
Agosto de 2018 0,86%
Acumulado no ano 2,48%
Acumulado em 12 meses 1,43%

As quatro maiores variações observadas em agosto de 2019 foram nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (7,67%), outros equipamentos de transporte (3,65%), fumo (3,29%) e metalurgia (1,99%). Já em termos de influência, os destaques foram nas indústrias extrativas (0,38 p.p.), em alimentos (0,20 p.p.), em metalurgia (0,12 p.p.) e em outros produtos químicos (0,08 p.p.).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções -
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JUN/19 JUL/19 AGO/19 JUN/19 JUL/19 AGO/19 JUN/19 JUL/19 AGO/19
Indústria Geral -1,13 -1,20 0,92 2,78 1,55 2,48 3,76 1,37 1,43
B - Indústrias Extrativas -0,10 -1,27 7,67 22,63 21,07 30,36 28,62 24,04 31,44
C - Indústrias de Transformação -1,18 -1,19 0,57 1,91 0,70 1,27 2,70 0,40 0,15
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Em agosto de 2019, o acumulado no ano (agosto de 2019 contra dezembro de 2018) atingiu 2,48%, contra 1,55% em julho de 2019. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (30,36%), refino de petróleo e produtos de álcool (7,91%),papel e celulose (-7,84%) e farmacêutica (7,39%). Já os setores de maior influência foram: indústrias extrativas
(1,27 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,74 p.p.), outros produtos químicos
(-0,33 p.p.) e papel e celulose (-0,28 p.p.).

No acumulado em 12 meses (comparação entre agosto de 2019 e agosto de 2018), a variação de preços foi de 1,43%, contra 1,37% em julho de 2019. As quatro maiores variações ocorreram em indústrias extrativas (31,44%), papel e celulose (-9,07%), farmacêutica (8,85%) e fabricação de máquinas e equipamentos (7,23%).

Entre as grandes categorias econômicas, a variação de 0,92% na comparação entre agosto e julho deste ano repercutiu da seguinte forma: 1,14% em bens de capital; 1,28% em bens intermediários; e 0,36% em bens de consumo (-0,48% em bens de consumo duráveis e 0,54% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis). Já a influência foi: 0,09 p.p. de bens de capital, 0,69 p.p. de bens intermediários e 0,14 p.p. de bens de consumo (0,17 p.p. de bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,03 p.p. nos bens de consumo duráveis).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JUN/19 JUL/19 AGO/19 JUN/19 JUL/19 AGO/19 JUN/19 JUL/19 AGO/19
Indústria Geral -1,13 -1,20 0,92 2,78 1,55 2,48 3,76 1,37 1,43
Bens de Capital (BK) -0,56 0,12 1,14 2,77 2,89 4,07 7,77 6,25 6,12
Bens Intermediários (BI) -1,16 -1,80 1,28 2,58 0,73 2,03 3,26 -0,12 0,04
Bens de consumo(BC) -1,19 -0,59 0,36 3,07 2,46 2,83 3,55 2,64 2,72
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,04 0,14 -0,48 2,80 2,94 2,45 6,44 6,10 4,64
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) -1,45 -0,75 0,54 3,12 2,36 2,91 2,63 1,62 2,07
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

As variações acumuladas no ano das grandes categorias econômicas foram: 4,07% de bens de capital (com influência de 0,30 p.p.), 2,03% de bens intermediários (1,11 p.p.) e 2,83% de bens de consumo (1,07 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,16 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,91 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Em relação aos últimos 12 meses, as variações foram: bens de capital (6,12%), bens intermediários (0,04%) e bens de consumo (2,72%).

A seguir os principais destaques:

Indústrias extrativas: em agosto de 2019, os preços do setor aumentaram 7,67% em relação a julho. O acumulado no ano ficou em 30,36%. Na comparação com agosto de 2018, houve variação positiva de 31,44%. As indústrias extrativas se destacaram com as maiores variações observadas no mês para os três indicadores da pesquisa. Na influência, destacaram-se a variação mensal (0,38 p.p.) e a acumulada no ano (1,27 p.p.). As variações foram impactadas principalmente pelos preços dos minérios de ferro influenciados pelo mercado internacional da commodity.

Alimentos: na comparação com julho, o resultado de agosto (0,89%) é o primeiro positivo depois de dois negativos. O acumulado no ano voltou a um patamar positivo (0,58% em agosto e -0,31% em julho), mas inferior ao de agosto de 2018 (8,21%). Na comparação com agosto de 2018, a variação também voltou para o campo positivo (0,61% em agosto e -0,73% em julho). Na comparação mês contra mês anterior, o setor apresentou a segunda maior influência (0,20 p.p.). A primeira é das indústrias extrativas (0,38 p.p.)

Entre os produtos de maior influência na comparação agosto e julho de 2019, apenas “carnes e miudezas de aves congeladas” teve influência negativa. A influência dos quatro produtos destacados (os demais são “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “leite esterilizado / UHT / Longa Vida” e “óleo de soja em bruto, mesmo degomado”) foi de 0,54 p.p., ou seja, os demais produtos do setor tiveram influência de 0,35 p.p.

Papel e celulose: a fabricação de papel e celulose apresentou variação negativa (- 1,07%) na comparação entre agosto e julho deste ano, levando a um resultado acumulado de -7,84% em 2019. A atividade apresentou a quarta maior influência (em módulo) no acumulado no ano, ou a terceira maior influência considerando apenas atividades da indústria de transformação. Em relação aos últimos 12 meses, a variação foi de -9,07%.

Na comparação mês contra mês anterior, se destacaram os seguintes produtos: “pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato, exceto pastas para dissolução”, e “papel-cartão ou cartolina não revestido, ou revestido com substâncias inorgânicas”, com variações negativas. Já os produtos “caixas de papelão ondulado ou corrugado” e “sacos, sacolas e bolsas de papel” se destacaram pelas suas variações positivas. Esses quatro produtos somados representaram - 1,37 p.p. do indicador da atividade.

Refino de petróleo e produtos de álcool: nos últimos três meses, na comparação mês contra mês anterior, os preços do setor tiveram variação negativa (-0,33% em agosto). O acumulado no ano foi de 7,91%, resultado menor que todos apresentados entre março (12,51%) e julho (8,26%). Na comparação com agosto de 2018, pelo segundo mês consecutivo, o resultado é negativo (-1,03%). O setor teve a segunda maior variação no acumulado do ano (7,91%), e, com isso, a segunda influência neste indicador (0,74 p.p.), perdendo apenas para indústrias extrativas, 1,27 p.p.

Em termos de influência, tanto na comparação mês contra mês anterior, quanto no acumulado do ano, a lista de produtos é muito similar. A diferença está que, na comparação mês contra mês anterior aparece “gás liquefeito de petróleo (GLP)” (influência negativa), mas não aparece “gasolina, exceto para aviação” e, no acumulado do ano, aparece “gasolina, exceto para aviação” (influência positiva) e não “gás liquefeito de petróleo (GLP)”. Assim, na comparação mês contra mês anterior, “gás liquefeito de petróleo (GLP)” e “óleo diesel” (influência positiva), “óleo combustível, exceto diesel” (influência negativa) e “álcool etílico (anidro ou hidratado)” (influência positiva) tiveram influência de -0,02 p.p., em -0,33% (ou seja, -0,31 p.p. foi a influência total dos demais seis produtos).

Outros produtos químicos: na comparação agosto contra julho, os preços do setor variaram 0,92%, quinto resultado positivo no ano. Apesar da maior quantidade de resultados positivos de preços no ano, a variação acumulada em 2019 foi de -3,81% (que sucede a de julho, de -4,68%). Na comparação mês contra o mesmo mês do ano anterior, pela segunda vez desde julho de 2017 (-0,16%), o acumulado em dozes meses é negativo (-7,11%), resultado compatível com o nível de importação crescente de produtos químicos. Terceira maior contribuição no cálculo do índice (8,63%), o destaque do setor se deu pelas seguintes razões: a quarta influência, na perspectiva da comparação agosto contra julho (0,08 p.p., em 0,92%) e a terceira no acumulado (-0,33 p.p., em 2,48%).

Com influência de 0,29 p.p., observa-se que, dos quatro produtos destacados na comparação agosto contra julho, três apresentaram resultados positivos; são eles: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “benzeno” e “inseticidas para uso na agricultura”. O único produto que é destaque em termos de influência, porém com resultado negativo é o “propeno (propileno) não saturado”.

Metalurgia: ao comparar os preços de agosto contra julho, houve uma variação de 1,99%, revertendo em parte a variação negativa de julho, que foi a maior queda de toda a série histórica. O resultado foi obtido graças, principalmente, aos produtos cujos preços dependem dos valores praticados no mercado internacional, da taxa de câmbio e dos produtos do grupo de metalurgia de matérias não ferrosos. São eles: “alumínio não ligado em formas brutas”, “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm” e “ouro para usos não monetários”, todos com influência positiva. Esses três produtos e mais o “ferronióbio” representaram 1,79 p.p. da variação no mês, e os demais 20 produtos, 0,20 p.p.

Considerando os acumulados no ano, os preços variaram, ao longo de 2019, -0,28%, valor distante do acumulado em julho de 2018 (14,74%). No acumulado em 12 meses a variação também foi negativa (-1,35%). Dos quatro produtos que são destaques em termos de influência, dois também impactaram negativamente o índice: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e “óxido de alumínio (alumina calcinada)”. Já os produtos “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm” e “ouro para usos não monetários” tiveram impacto positivo no indicador acumulado no ano.