Em agosto, IPCA fica em 0,11%
06/09/2019 09h00 | Atualizado em 06/09/2019 12h46
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou 0,11%, ficando 0,08 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de julho (0,19%).
A variação acumulada no ano ficou em 2,54% e, nos últimos 12 meses, em 3,43%, acima dos 3,22% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em agosto de 2018, a taxa havia sido de -0,09%.
Período | TAXA |
---|---|
Agosto de 2019 | 0,11% |
Julho de 2019 | 0,19% |
Agosto de 2018 | -0,09% |
Acumulado no ano | 2,54% |
Acumulado nos 12 meses | 3,43% |
De julho para agosto, houve deflação em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. As variações negativas mais intensas vieram dos grupos Alimentação e bebidas (-0,35%) e Transportes (-0,39%), que contribuíram com -0,09 p.p. e -0,07 p.p., respectivamente. Além disso, o grupo Saúde e cuidados pessoais também recuou (-0,03%), embora com menos intensidade que no mês anterior (-0,20%). No lado das altas, destaca-se o grupo Habitação (1,19%), principal impacto no IPCA de agosto (0,19 p.p.), cuja variação ficou próxima à de julho (1,20%). Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,09% em Comunicação e de 0,56% em Artigos de residência, como mostra a tabela abaixo.
IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Julho | Agosto | Julho | Agosto | |
Índice Geral | 0,19 | 0,11 | 0,19 | 0,11 |
Alimentação e Bebidas | 0,01 | -0,35 | 0,00 | -0,09 |
Habitação | 1,20 | 1,19 | 0,19 | 0,19 |
Artigos de Residência | 0,29 | 0,56 | 0,01 | 0,02 |
Vestuário | -0,52 | 0,23 | -0,03 | 0,01 |
Transportes | -0,17 | -0,39 | -0,03 | -0,07 |
Saúde e Cuidados Pessoais | -0,20 | -0,03 | -0,02 | 0,00 |
Despesas Pessoais | 0,44 | 0,31 | 0,05 | 0,04 |
Educação | 0,04 | 0,16 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | 0,57 | 0,09 | 0,02 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
A queda em Alimentação e bebidas (-0,35%) deveu-se, especialmente, ao grupamento da alimentação no domicílio (-0,84%). A contribuição negativa mais intensa no grupo veio do tomate (-24,49% e -0,08 p.p. de impacto), cujos preços já haviam recuado em julho
(-11,28%). Além disso, a batata-inglesa (-9,11%), as hortaliças e verduras (-6,53%) e as carnes (-0,75%) também recuaram em agosto, contribuindo para a variação negativa do grupo observada no mês. No lado das altas, os destaques foram as frutas (2,14%) e a cebola (7,05%), que contribuíram com impactos de 0,02 p.p. e 0,01 p.p., respectivamente.
A alimentação fora, por sua vez, acelerou de julho (0,15%) para agosto (0,53%), influenciada pelas altas na refeição (0,52%) e no lanche (0,47%), item cujos preços haviam recuado no mês anterior (-0,34%).
Nos Transportes (-0,39%), o impacto negativo mais intenso (-0,08 p.p.) veio das passagens aéreas, que caíram 15,66%, após as altas de 18,90% e 18,63% em junho e julho, respectivamente. Quanto aos combustíveis (0,01%), a gasolina (-0,45%) e o óleo diesel (-0,76%) recuaram menos do que o mês anterior (-2,80% e -1,76%, respectivamente). Já o etanol, cujos preços haviam recuado 3,13% em julho, subiu 2,30% em agosto.
Ainda em Transportes, o resultado do item ônibus intermunicipal (0,38%) foi influenciado pelo reajuste médio de 4,48% nas passagens intermunicipais de longo curso em Porto Alegre (3,69%), vigente desde 1º de agosto.
Em Saúde e cuidados pessoais (-0,03%), houve desaceleração no item plano de saúde (de 0,79% em julho para 0,03% em agosto), decorrente da apropriação da fração mensal do reajuste de 7,35% autorizado, em 23 de julho, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com vigência retroativa a maio, a ser aplicado nos planos individuais novos – aqueles com contratos vigentes a partir de 1999. O resultado é a fração mensal do reajuste, descontando a variação apropriada nos meses de maio, junho e julho. Já o item higiene pessoal (-0,75%) teve queda menos intensa do que no mês anterior (-2,01%) e contribuiu com -0,02 p.p.
O maior impacto individual no IPCA de agosto veio do grupo Habitação (1,19%). O item energia elétrica, que já havia registrado alta de 4,48% no mês anterior, subiu 3,85%, contribuindo com 0,15 p.p. no índice do mês. Após a vigência, em julho, da bandeira tarifária amarela, que onera as contas de luz em R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, passou a vigorar, em agosto, a bandeira vermelha patamar 1, em que há cobrança adicional de R$ 4,00 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
À exceção de Vitória (-8,64%) e Salvador (-1,37%), todas as demais regiões pesquisadas apresentaram variações positivas, que vão desde os 1,44% registrados em Campo Grande até os 9,01% observados em Fortaleza. Em Vitória, houve redução de 6,48% no valor das tarifas, a partir de 7 de agosto e, em Salvador, a variação negativa deveu-se à redução da alíquota de PIS/COFINS. Destacam-se também os reajustes de 1,94% nas tarifas em Belém (4,64%), vigente desde 7 de agosto, e de 7,03% nas tarifas de uma das concessionárias em São Paulo (5,06%), em vigor desde o dia 4 de julho.
Ainda em Habitação, o resultado do item gás encanado (0,46%) é consequência do reajuste de 0,99% nas tarifas no Rio de Janeiro (0,93%), vigente desde 1º de agosto. No que diz respeito ao item gás de botijão (-0,93%), ressalta-se que a Petrobras anunciou uma redução de 8,17% no preço do botijão de gás de 13 kg, nas refinarias, a partir de 5 de agosto.
O resultado da taxa de água e esgoto (1,34%), por sua vez, decorre da apropriação dos seguintes reajustes: Goiânia (0,35%) – reajuste de 5,79%, a partir de 1º de julho; Porto Alegre (0,23%) – reajuste de 7,69% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir de 1º de julho; Belo Horizonte (8,13%) – reajuste de 8,73%, a partir de 1º de agosto; Vitória (4,59%) – reajuste de 4,93%, a partir de 1º de agosto; Recife (0,02%) – reajuste médio de 6,70%, vigente desde 12 de agosto.
Além disso, em Fortaleza (3,79%), houve redução, no dia 2 de julho, de 15,86% para 4,31%, do reajuste concedido inicialmente em fevereiro. No entanto, a partir do dia 9 de julho, a redução foi cancelada e o reajuste de 15,86% voltou a vigorar.
Quanto aos índices regionais, as maiores variações foram nas regiões metropolitanas de Fortaleza e de São Paulo, ambas com 0,33%. Esses dois resultados foram influenciados pela alta do item energia elétrica (9,01% em Fortaleza e 5,06% em São Paulo). O menor índice foi na região metropolitana de Vitória (-0,50%), também por conta da energia elétrica (-8,64%), em função da redução de 6,48% no valor das tarifas, vigente desde 7 de agosto (tabela a seguir).
IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 30,67 | 0,28 | 0,33 | 2,83 | 3,60 |
Fortaleza | 2,91 | -0,15 | 0,33 | 3,50 | 4,43 |
Curitiba | 7,79 | 0,04 | 0,18 | 2,04 | 2,78 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,23 | 0,13 | 2,67 | 3,29 |
Goiânia | 3,59 | -0,22 | 0,11 | 1,71 | 2,86 |
Rio Branco | 0,42 | -0,21 | 0,10 | 2,30 | 3,80 |
Brasília | 2,80 | 0,22 | 0,08 | 1,97 | 3,36 |
Salvador | 6,12 | -0,14 | 0,04 | 2,17 | 3,27 |
Recife | 4,20 | 0,19 | 0,01 | 2,74 | 3,20 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,54 | -0,04 | 2,47 | 3,63 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,30 | -0,06 | 2,50 | 3,51 |
Belém | 4,23 | 0,03 | -0,20 | 2,40 | 3,52 |
Campo Grande | 1,51 | -0,01 | -0,21 | 2,34 | 3,29 |
São Luís | 1,87 | -0,16 | -0,31 | 2,29 | 3,56 |
Aracaju | 0,79 | 0,13 | -0,47 | 2,76 | 3,75 |
Vitória | 1,78 | 0,04 | -0,50 | 1,75 | 3,05 |
Brasil | 100,00 | 0,19 | 0,11 | 2,54 | 3,43 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de julho a 27 de agosto de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 29 de julho de 2019 (base).
INPC varia 0,12%
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,12%, ficando 0,02 p.p. acima da taxa de julho (0,10%). A variação acumulada no ano ficou em 2,68% e, no acumulado dos últimos doze meses, o índice acelerou para 3,28%, acima dos 3,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2018, a taxa foi de 0,00%.
INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 24,24 | 0,16 | 0,38 | 2,92 | 3,28 |
Brasília | 1,88 | 0,04 | 0,32 | 2,12 | 2,51 |
Curitiba | 7,29 | -0,06 | 0,29 | 2,27 | 2,65 |
Rio Branco | 0,59 | -0,26 | 0,25 | 2,20 | 3,36 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,21 | 0,22 | 3,03 | 3,42 |
Fortaleza | 5,42 | -0,10 | 0,21 | 3,53 | 4,44 |
Goiânia | 4,15 | -0,18 | 0,19 | 2,00 | 3,21 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,07 | 0,07 | 2,75 | 2,99 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,55 | 0,06 | 2,63 | 3,46 |
Recife | 5,88 | 0,23 | -0,01 | 2,77 | 3,20 |
Campo Grande | 1,64 | -0,12 | -0,07 | 2,30 | 2,94 |
Salvador | 8,75 | 0,06 | -0,18 | 2,21 | 3,28 |
Belém | 6,44 | -0,04 | -0,24 | 2,47 | 3,26 |
São Luís | 3,11 | -0,16 | -0,36 | 2,11 | 3,30 |
Aracaju | 1,29 | 0,11 | -0,45 | 2,86 | 3,78 |
Vitória | 1,83 | -0,15 | -0,52 | 2,26 | 3,04 |
Brasil | 100,00 | 0,10 | 0,12 | 2,68 | 3,28 |
Em agosto, os produtos alimentícios (-0,49%) tiveram queda mais intensa do que no mês anterior (-0,05%). O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,39%, enquanto em julho havia registrado 0,17%.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi na região metropolitana de São Paulo (0,38%), devido à alta em energia elétrica (5,06%). Já o menor índice foi na região metropolitana de Vitória (-0,52%), também por conta da energia elétrica, que recuou 8,62%, após a redução de 6,48% nas tarifas, vigente desde 7 de agosto.
Para o cálculo do INPC foram comparados os preços coletados de 30 de julho a 27 de agosto de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 29 de julho de 2019 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.