Em maio, setor de serviços fica estável (0,0%)
12/07/2019 09h00 | Atualizado em 12/07/2019 15h13
O volume de serviços no Brasil ficou estável (0,0%) em maio de 2019, na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal), após ter avançado 0,5% em abril, quando interrompeu três taxas negativas seguidas (perda acumulada de 1,6%). Em relação a maio de 2018 (série sem ajuste), o volume de serviços avançou 4,8%, taxa mais elevada desde fevereiro de 2014 (7,0%).
O acumulado do ano cresceu 1,4%, com ganho de dinamismo frente aos acumulados até março (1,1%) e abril (0,6%). Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,4% em abril para 1,1% em maio de 2019, registrou o resultado mais intenso desde janeiro de 2015 (1,8%).
Em termos setoriais, quatro das cinco atividades cresceram em maio frente a abril, com destaque para o ramo de serviços de informação e comunicação (1,7%), que assinala a segunda taxa positiva seguida, com ganho acumulado de 2,6%.
Os demais avanços foram em outros serviços (2,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,5%). Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, ao repetirem o resultado de abril (-0,6%), mostraram a única taxa negativa.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Consulte o material de apoio para mais informações.
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Maio de 2019 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Maio 19 / Abril 19* | 0,0 | 0,6 |
Maio 19 / Maio 18 | 4,8 | 9,2 |
Acumulado Janeiro-Maio | 1,4 | 5,1 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 1,1 | 4,3 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
A evolução do índice de média móvel trimestral (série com ajuste sazonal) caiu 0,1% em maio frente a abril e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2019. Entre os setores, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) assinalou a única taxa negativa, mantendo, assim, o comportamento iniciado em novembro de 2018. Já os aumentos vieram dos setores de serviços prestados às famílias (0,8%), de outros serviços (0,6%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e de serviços de informação e comunicação (0,3%).
Em relação a maio de 2018, o volume de serviços avançou 4,8%, com expansão em todas as cinco atividades e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os ramos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,7%) e de serviços de informação e comunicação (4,7%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes desse mês, impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, no primeiro setor; e de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, consultoria em tecnologia da informação e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no último. Vale destacar que o bom desempenho do segmento de transporte terrestre (10,1%) está diretamente atrelado à incidência da greve dos caminhoneiros em maio de 2018, na medida em que a interrupção do fluxo de mercadorias nas rodovias brasileiras provocou perdas importantes de receita das empresas que realizam os fretes.
Os demais avanços vieram de outros serviços (8,7%), de serviços prestados às famílias (6,4%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 1,4%, com expansão em três das cinco atividades de divulgação e em 51,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,4%) exerceram o principal impacto positivo, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis e de consultoria em tecnologia da informação.
Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,7%) e de outros serviços (3,9%). Em contrapartida, as influências negativas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Maio 2019 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
MAR | ABR | MAI | MAR | ABR | MAI | JAN-MAR | JAN-ABR | JAN-MAI | Até MAR | Até ABR | Até MAI | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,7 | 0,5 | 0,0 | -2,3 | -0,7 | 4,8 | 1,1 | 0,6 | 1,4 | 0,6 | 0,4 | 1,1 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,6 | 0,2 | 0,5 | 4,6 | 3,6 | 6,4 | 4,5 | 4,3 | 4,7 | 1,9 | 2,1 | 2,7 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 1,7 | -0,7 | 0,3 | 6,0 | 2,2 | 5,6 | 5,3 | 4,5 | 4,7 | 2,6 | 2,6 | 3,1 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,2 | 4,2 | 2,0 | -2,7 | 11,8 | 10,8 | 0,0 | 2,8 | 4,4 | -2,0 | -0,8 | 0,4 |
2. Serviços de informação e comunicação | -1,6 | 0,9 | 1,7 | 0,7 | 2,1 | 4,7 | 3,3 | 3,0 | 3,4 | 1,3 | 1,6 | 2,1 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -0,6 | -0,1 | 1,9 | 1,8 | 3,1 | 5,8 | 4,5 | 4,1 | 4,5 | 2,2 | 2,5 | 3,2 |
2.1.1 Telecomunicações | -1,3 | 0,2 | 0,1 | -1,4 | -1,3 | -1,2 | 0,3 | -0,1 | -0,3 | -1,0 | -0,8 | -0,5 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -1,6 | 0,8 | 5,4 | 8,5 | 13,1 | 21,3 | 13,9 | 13,7 | 15,3 | 9,2 | 9,8 | 11,0 |
2.2 Serviços audiovisuais | 0,0 | 1,0 | -0,1 | -7,0 | -3,9 | -2,3 | -4,3 | -4,2 | -3,8 | -4,2 | -4,6 | -4,8 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,2 | 0,2 | 0,7 | -2,7 | -0,7 | 1,8 | -0,7 | -0,7 | -0,2 | -1,4 | -1,6 | -1,2 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -0,4 | 0,4 | -1,0 | -3,8 | 3,0 | -1,5 | -0,7 | 0,3 | -0,1 | -0,9 | -1,2 | -1,5 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,3 | 2,2 | 0,6 | -2,3 | -2,0 | 3,0 | -0,7 | -1,0 | -0,2 | -1,5 | -1,7 | -1,1 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 0,3 | -0,6 | -0,6 | -7,2 | -5,0 | 5,7 | -1,6 | -2,5 | -0,9 | 0,5 | -0,2 | 0,9 |
4.1 Transporte terrestre | -2,2 | -1,0 | -0,6 | -6,5 | -3,1 | 10,1 | -0,8 | -1,4 | 0,8 | 1,5 | 0,8 | 2,5 |
4.2 Transporte aquaviário | -1,7 | 0,6 | 1,9 | 0,8 | -1,8 | 3,3 | 2,5 | 1,4 | 1,8 | -2,0 | -1,5 | -0,7 |
4.3 Transporte aéreo | 8,7 | -10,1 | 10,9 | -8,7 | -18,0 | -3,6 | 2,0 | -3,5 | -3,5 | 7,7 | 5,4 | 4,3 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,7 | 0,1 | 0,0 | -9,9 | -5,1 | 2,4 | -4,8 | -4,9 | -3,4 | -2,4 | -3,1 | -2,4 |
5. Outros serviços | -0,1 | -0,8 | 2,6 | -1,2 | 1,0 | 8,7 | 3,2 | 2,7 | 3,9 | 2,2 | 1,6 | 2,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Resultados Regionais
Regionalmente, no confronto de maio contra abril de 2019 (série com ajuste), houve equilíbrio de taxas negativas (13) e positivas (12) entre as 27 unidades da federação, que registrou ainda duas estabilidades no volume de serviços, mesmo resultado observado no nível nacional (0,0%).
Entre os locais que apontaram resultados negativos, destaque para Mato Grosso (-4,9%) e Bahia (-1,9%), com ambos eliminando integralmente o avanço registrado em abril (2,1% e 0,5%, respectivamente). Em contrapartida, os principais resultados positivos em termos regionais vieram de São Paulo (1,3%), do Rio de Janeiro (0,9%) e de Santa Catarina (2,3%), com o primeiro acumulando ganho de 1,6% no período abril-maio; e os dois últimos alcançando a terceira taxa positiva seguida.
Na comparação com maio de 2018, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) foi acompanhado por 18 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (8,3%), que teve todos os cinco setores pesquisados mostrando crescimento no volume de serviços, com destaque para: informação e comunicação (15,4%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%). Vale citar ainda os avanços vindos de Minas Gerais (5,0%), de Santa Catarina (11,7%) e do Paraná (5,5%).
Por outro lado, a influência negativa mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,0%), pressionado, exclusivamente, por apenas uma das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (-13,7%).
No acumulado de janeiro a maio de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,4%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 10 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,9%), seguido por Santa Catarina (4,2%) e Minas Gerais (1,4%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,4%) registrou a influência negativa mais relevante.
Agregado especial de atividades turísticas
Em maio de 2019, o índice de atividades turísticas subiu 1,6% frente ao mês anterior, após recuar 1,3% em abril. Regionalmente, onze das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento, com destaque para os avanços vindos de São Paulo (2,1%), seguido por Rio de Janeiro (2,1%), Minas Gerais (3,3%), Bahia (5,1%) e Ceará (7,5%). O único resultado negativo veio do Paraná (-1,2%).
Na comparação maio de 2019 contra maio de 2018, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 5,1%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de locação de automóveis e de hotéis. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística. Em termos regionais, nove das doze unidades da federação investigadas mostraram crescimento nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (8,4%). Já os impactos negativos mais importantes vieram do Distrito Federal (-6,6%) e de Santa Catarina (-4,8%).
No indicador acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 3,2% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de hotéis, de locação de automóveis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, sete dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (8,6%), seguido por Ceará (9,9%). Por outro lado, Distrito Federal (-6,2%) e Santa Catarina (-5,3%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.