Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em junho, IBGE prevê alta de 4,2% na safra de grãos de 2019

11/07/2019 09h00 | Atualizado em 11/07/2019 09h00

Em junho, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 236,0 milhões de toneladas, 4,2% superior à safra de 2018 (mais 9,5 milhões de toneladas) e 0,6% acima da divulgada em maio (mais 1,3 milhão de toneladas). Já a estimativa da área a ser colhida foi de 62,8 milhões de hectares, 3,0% maior que a de 2018 (mais 1,8 milhão de hectares) e 0,3% maior do que a do mês anterior (mais 171,8 mil hectares).

Estimativa de junho para 2019  236,0 milhões de toneladas
Variação safra 2019/safra 2018 4,2% (+ 9,5 milhões de toneladas)
Variação junho 2019 / maio 2019 0,6% (+ 1,3 milhão de toneladas)

O arroz, o milho e a soja representam 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,3% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 6,8% na área do milho e de 2,2% na da soja, e queda de 10,1% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,5% para a soja e de 11,2% para o arroz, e aumento de 17,1% para o milho. Acesse o material de apoio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) para mais informações.

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição regional: Centro-Oeste (106,8 milhões de toneladas), Sul (78,4 milhões de toneladas), Sudeste
(22,1 milhões de toneladas), Nordeste (19,2 milhões de toneladas) e Norte (9,5 milhões de toneladas). Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 6,4% na Região Norte, 5,7% na Região Centro-Oeste, 5,2% na Região Sul e de 0,5% na Região Nordeste, e decréscimo de 3,4% na Região Sudeste.

Destaques na estimativa de junho de 2019

Em junho, destacaram-se as seguintes variações percentuais de produção: batata-inglesa
(3ª safra (8,2%), café canephora (2,9%), feijão 3ª safra (2,2%), sorgo (1,8%), mandioca (1,8%), milho 2ª safra (1,7%), milho 1ª safra (0,2%), soja (0,1%), batata-inglesa 1ª safra
(-0,3%), feijão 1ª safra (-0,3%), batata-inglesa 2ª safra (-0,7%), café arábica (-1,3%), laranja (-1,5%), feijão 2ª safra (-2,2%), tomate (-2,9%) e cana-de-açúcar (-3,1%).

Em números absolutos, os destaques foram para as variações de: milho 2ª safra (1.143.173 t), mandioca (355.220 t), batata-inglesa 3ª safra (75.100 t), soja (72.144 t), sorgo (44.336 t), milho 1ª safra (42.779 t), café canephora (26.197 t), feijão 3ª safra (9.941 t), feijão 1ª safra (-4.350 t), batata-inglesa 1ª safra (-4.481 t), batata-inglesa 2ª safra (-8.781 t), feijão 2ª safra (-27.671 t), café arábica (-29.053 t), tomate (-115.676 t), laranja (-254.348 t) e cana-de-açúcar (-21.191.306 t).

BATATA-INGLESA – Em relação ao mês anterior, houve crescimento de 1,6% na estimativa da produção, que deve alcançar 3,9 milhões de toneladas. A 1ª safra foi estimada em 1,7 milhão de toneladas, declínio de 0,3% em relação a maio. São Paulo foi o principal responsável por esse resultado, com queda de 2,0% em sua estimativa de produção.

Para a 2ª safra, a produção estimada alcançou 1,2 milhão de toneladas, declínio de 0,7% em relação a maio. No Paraná, a estimativa da produção apresentou retração de 3,5% e deve alcançar 323,1 mil toneladas. Na Bahia, a produção estimada foi reduzida em 0,2%, enquanto em São Paulo houve crescimento de 0,9%.

Com relação à 3ª safra, a estimativa da produção foi de 996,3 mil toneladas, crescimento de 8,2% em relação ao mês anterior. Os bons preços do produto devem incentivar aumentos de áreas de plantio em Minas Gerais (2,7%), São Paulo (3,1%) e Goiás (22,7%), com as produções devendo crescer, nesses estados em 2,7%, 4,9% e 28,0%, respectivamente.

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção foi de 3,2 milhões de toneladas, ou 52,6 milhões de sacas de 60 kg, redução de 12,2% em relação à 2018. Em relação a maio, houve queda de 0,1% na produção. Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,2 milhões de toneladas, ou 37,2 milhões de sacas de 60 kg, queda de 1,3% em relação ao mês anterior (29,1 mil toneladas ou 484,2 mil sacas de 60 kg). Em Minas Gerais, a estimativa da produção caiu 1,4%, com a produção devendo alcançar 1.590,6 mil toneladas, contra 1.613,6 mil toneladas do mês anterior, declínio de 23,0 mil toneladas ou 384,0 mil sacas de 60 kg. A área a ser colhida está apresentando uma diminuição de 1,4%. Em São Paulo, a estimativa da produção caiu 3,0% e a produção deve alcançar 288,2 mil toneladas, ou 4,8 milhões de sacas de 60 kg. No Paraná, a estimativa da produção declinou 0,5%. Para o Espírito Santo, a produção foi estimada em 172,2 mil toneladas, ou 2,9 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,7% em relação ao mês anterior. Em relação ao ano anterior, a produção do café arábica caiu 17,1%, representando um “ano de baixa” devido à bienalidade negativa.

Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a produção estimada, de 920,0 mil toneladas, ou 15,3 milhões de sacas de 60 kg, cresceu 2,9% em relação a maio. A estimativa da produção do Espírito Santo foi de 632,3 mil toneladas, ou 10,5 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 4,0%. O estado é responsável por 68,7% da produção nacional desse tipo de café. Em Minas Gerais, a produção estimada foi de 18,6 mil toneladas, ou 309,4 mil sacas de 60 kg, crescimento de 9,5% em relação ao mês anterior.  

CANA-DE-AÇÚCAR – A estimativa da produção foi de 665,0 milhões de toneladas, uma redução de 3,1% em relação a maio devido a menor área destinada a colheita (-2,7%). São Paulo continua sendo o maior produtor nacional, responsável por 51,1% da produção. As principais alterações em junho ocorreram em Minas Gerais e São Paulo, que reduziram suas estimativas de produção em 4,7% e 4,9%, respectivamente. Minas Gerais é o terceiro maior produtor de cana, sendo responsável por 11,1% do total, com 73,6 milhões de toneladas, um recorde para o estado. Em relação a 2018, a estimativa da produção caiu 1,4%, com redução de 2,9% na área em produção e aumento de 1,6% no rendimento médio.

FEIJAO (em grão) – A estimativa da produção foi de 3,0 milhões de toneladas, caindo 0,7% em relação a maio. Em relação à safra de 2018, a produção total de feijão deve crescer 1,7%.

A 1ª safra de feijão está estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 0,3% frente à estimativa de maio, o que representa 4.350 toneladas. O destaque negativo coube ao Ceará, que reduziu sua estimativa de produção em 8,7% ou 12.266 toneladas. Rio Grande do Norte (-2,1%), Pernambuco (-1,4%) e Goiás (-0,2%) também tiveram quedas em suas estimativas de produção. Em São Paulo, a produção estimada cresceu 7,0%. A comparação anual para a produção da 1ª safra mostra uma redução de 11,7%. Diversos estados reduziram suas estimativas, entre eles: São Paulo (-31,6%), Paraná (-19,8%), Goiás (-29,7%), Santa Catarina (-17,6%), Minas Gerais (-7,9%) e Rio Grande do Sul (-9,7%).

A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, declínio de 2,2% frente a maio. As estimativas de Goiás, São Paulo e Pernambuco cresceram 6,3%, 49,0% e 5,2%, respectivamente, enquanto em Minas Gerais caiu 0,1%. Em relação a 2018, a estimativa da produção para a 2ª safra cresceu 22,1%. A Região Nordeste teve influência nesse resultado, visto os aumentos na expectativa de produção de Paraíba (41,1%), Alagoas (152,0%), Ceará (36,3%) e Bahia (478,5%). Os estados do Centro-Sul também apresentaram aumentos na produção do feijão “da seca”, com destaques para Paraná (31,5%), Rio Grande do Sul (32,7%), Santa Catarina (22,2%), São Paulo (49,0%), e Minas Gerais (16,0%).

Com relação à 3ª safra de feijão, a produção estimada foi de 463,1 mil toneladas, aumento de 2,2% em relação a maio, o que representa 9.941 toneladas.  São Paulo foi o estado com maior influência nesse resultado, com sua estimativa de produção crescendo 53,6%, o que representa 15.700 toneladas. Goiás e Paraná informaram declínios em suas estimativas de produção, de 4,8% e 2,4%, respectivamente. Os estados responsáveis por esses aumentos foram Mato Grosso (29,8% ou 20.384 toneladas), Distrito federal (233,0% ou 12.600 toneladas), Minas Gerais (3,4% ou 5.552 toneladas) e Paraná (51,4% ou 1.050 toneladas).

LARANJA – A estimativa da produção foi de 16,5 milhões de toneladas, caindo 1,5% em relação a maio. Em São Paulo, principal estado citrícola, responsável por 75,5% do total nacional, a produção estimada foi de 12,4 milhões de toneladas, ou 304,8 milhões de caixas de 40,8 kg, declínio de 2,1%. Em Minas Gerais, a produção estimada cresceu 3,8% em relação ao mês anterior. A produção mineira, de 979,0 mil toneladas, corresponde a 5,9% da produção nacional. Outros estados importantes, Bahia e Paraná, com estimativas de produção de 785,5 e 795,0 mil toneladas, respectivamente, mantiveram os dados do mês anterior. Em relação ao ano anterior, a produção de laranja caiu 1,2%, sendo influenciada pela produção paulista, que teve retração nesse mesmo valor.

MANDIOCA (raiz) – A estimativa da produção foi de 20,2 milhões de toneladas, crescendo 1,8% em relação a maio. Os aumentos mais expressivos de produção foram no Pará (5,3% ou 205,1 mil toneladas) e em São Paulo (20,8% ou 249,5 mil toneladas), tendo o Paraná apresentado queda de 3,1% ou 109,3 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção cresceu 4,2%, em decorrência, principalmente, do avanço de 6,5% no rendimento médio.

MILHO (em grão) – A estimativa da produção totalizou 95,3 milhões de toneladas, crescendo 1,3% em relação a maio, o que representa 1,2 milhão de toneladas a mais. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção cresceu 17,1%. Na 1ª safra de milho, a estimativa da produção alcançou 26,0 milhões de toneladas, acréscimo de 0,2% em relação a maio. Em Goiás e no Paraná, a produção foi estimada com crescimentos de 3,9% e 0,2%, respectivamente. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 0,8% maior. Devido ao aumento de 13,3% no rendimento médio, que deve alcançar 5.489 kg/ha. A estimativa da produção encontra-se em 69,3 milhões de toneladas, aumento de 1,7% em relação a estimativa de maio e de 24,7% em relação a 2018. Esse volume de produção de milho 2ª safra é recorde da série histórica do IBGE, tendo suplantado o da safra de 2017, até então, a maior produção obtida pelo País, quando registrou 67,6 milhões de toneladas. Os aumentos mais expressivos em volume de produção, em relação ao mês anterior, foram no Pará (31,6% ou 76,9 mil toneladas), Maranhão (6,6% ou 50,8 mil toneladas), São Paulo (6,2% ou 135,8 mil toneladas), Paraná (3,9% ou 499,2 mil toneladas) e Goiás (4,4% ou 376,2 mil toneladas).

SOJA (em grão) – A produção estimada foi de 112,5 milhões de toneladas, aumento de 0,1% em relação a maio. Em relação a 2018, a produção declinou 4,5%, com reduções mais expressivas na Bahia (-20,9% ou 1,3 milhão de toneladas), Minas Gerais (-7,3% ou 395,0 mil toneladas), São Paulo (-11,5% ou 393,1 mil toneladas), Paraná (-15,8% ou 3,0 milhões de toneladas), Mato Grosso do Sul (-14,5% ou 1,4 milhão de toneladas) e Goiás (-4,0% ou 455,1 mil toneladas). Houve aumentos relevantes nas produções do Mato Grosso (1,5% ou 460,2 mil toneladas) e do Rio Grande do Sul (5,5% ou 958,7 mil toneladas).

SORGO (em grão) - A estimativa da produção alcançou 2,5 milhões de toneladas, crescimento de 1,8% em relação a maio. O maior aumento de produção, em termos de volume, foi informado por Goiás, principal produtor do cereal e responsável por 42,5% do total nacional. A produção estimada foi de 1,1 milhão de toneladas, crescimento de 3,7% em relação ao mês anterior. Outro estado que reajustou suas estimativas foi o Pará, com aumento de 61,4%, devendo alcançar 16,1 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção apresenta crescimento de 11,2%, embora a área plantada com esse cereal esteja com redução de 4,1%.

TOMATE – A estimativa da produção brasileira foi de 3,9 milhões de toneladas, redução de 2,9% em relação a maio. A estimativa de área plantada, de 56,1 mil hectares, caiu 3,5%, apesar do crescimento de 0,6% no rendimento médio. Minas Gerais e São Paulo tiveram quedas de 2,4% e 12,8%, respectivamente, em suas estimativas de produção, em decorrência da constatação de menor área plantada. Em relação a 2018, a produção de tomate apresenta declínio de 5,3%, tendo a área plantada decrescido 6,1%.