IPCA de junho fica em 0,01%
10/07/2019 09h00 | Atualizado em 11/07/2019 11h43
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho teve variação de 0,01% e ficou 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,13%). A variação acumulada no ano foi de 2,23% e a dos últimos doze meses recuou para 3,37%, abaixo dos 4,66% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2018, a taxa fora de 1,26%.
Período | TAXA |
---|---|
Junho de 2019 | 0,01% |
Maio de 2019 | 0,13% |
Junho de 2018 | 1,26% |
Acumulado no ano | 2,23% |
Acumulado nos 12 meses | 3,37% |
Os grupos Alimentação e bebidas e Transportes respondem, juntos, por cerca de 43% das despesas das famílias e apresentaram deflação em junho, respectivamente, -0,25% e -0,31%, ambos com -0,06 p.p. de impacto. Comunicação (-0,02%) também teve variação negativa de preços. Já Saúde e cuidados pessoais (0,64%) foi o grupo com a maior variação e o maior impacto (0,08 p.p.), conforme mostra a tabela a seguir.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Maio | Junho | Maio | Junho | |
Índice Geral | 0,13 | 0,01 | 0,13 | 0,01 |
Alimentação e Bebidas | -0,56 | -0,25 | -0,14 | -0,06 |
Habitação | 0,98 | 0,07 | 0,15 | 0,01 |
Artigos de Residência | -0,10 | 0,02 | 0,00 | 0,00 |
Vestuário | 0,34 | 0,30 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | 0,07 | -0,31 | 0,01 | -0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,59 | 0,64 | 0,07 | 0,08 |
Despesas Pessoais | 0,16 | 0,15 | 0,02 | 0,01 |
Educação | -0,04 | 0,14 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | -0,03 | -0,02 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Apesar das altas do tomate (de -15,08% em maio para 5,25% em junho) e das carnes (de 0,25% em maio para 0,47% em junho) o grupo Alimentação e bebidas teve queda (-0,25%) em junho, acumulando variação de 2,89% em 2019. Essa deflação deveu-se à intensificação na queda dos preços de frutas (-6,14%) e feijão-carioca (-14,80%). Os dois itens já haviam recuado em abril e maio: respectivamente, -0,71% e -2,87% para as frutas e de -9,09% e -13,04% para o feijão-carioca.
O grupo Transportes (-0,31%) concentrou os impactos mais intensos sobre o IPCA de junho, em ambos os sentidos. No lado positivo está o item passagem aérea com 18,90% de variação e 0,07 p.p. de impacto. Influenciando negativamente estão os combustíveis (-2,41%) com destaque para a gasolina (-2,04% e -0,09 p.p.).
Regionalmente, a gasolina variou entre os -4,66% da região metropolitana de Porto Alegre e o 0,57% de São Luís. Tanto o óleo diesel (-0,83%) quanto o etanol (-5,08%) ficaram mais baratos, sendo que o etanol recuou em todas as áreas pesquisadas: de -8,51% na região metropolitana de Belo Horizonte até -0,35% na de Salvador. Já o gás veicular (2,38%) subiu, principalmente pelo aumento de 8,38% em São Paulo, por conta de reajuste em vigor desde 31 de maio.
Outro destaque nos Transportes foi o item ônibus urbano, cuja variação de 0,39% deveu-se ao reajuste 9,09% nas tarifas em Belém (7,27%) em vigor desde 5 de junho. A alta dos ônibus intermunicipais (0,43%) considera o reajuste de 6,66% nas passagens na região metropolitana de Porto Alegre (0,28%), em vigor desde 1º de junho; o reajuste de 10,00% na região metropolitana de Fortaleza (7,91%), a partir de 25 de maio, e os reajustes entre 3,30% e 7,50% na região metropolitana de Salvador (0,97%), desde 6 de maio.
O grupo Habitação desacelerou de maio (0,98%) para junho (0,07%), especialmente por conta do item energia elétrica (-1,11%) que exerceu pressão de -0,04 p.p. no IPCA. Isto se deve à vigência, em junho, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional para o consumidor. Em maio vigorava a bandeira tarifária amarela, com custo adicional de R$ 0,01 por quilowatt-hora consumido.
Os preços da energia elétrica recuaram em quase todas as áreas pesquisadas, exceto nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (4,42%) e de Vitória (4,81%). A primeira reflete o reajuste de 7,89% em vigor desde 28 de maio e a segunda, a alta da alíquota de PIS/COFINS. Adicionalmente, na região metropolitana de Porto Alegre (-2,82%), duas das suas três concessionárias se fundiram e, para unificar as tarifas, houve reajustes de 3,61% e 6,19% a partir de 19 de junho. Em Curitiba (-1,67%) o reajuste foi de 1,99%, com vigência desde 24 de junho.
Ainda no grupo Habitação, o gás encanado subiu (7,33%), devido ao reajuste de até 27% nas tarifas em São Paulo (19,93%), desde 31 de maio. Já o item taxa de água e esgoto (1,56%) reflete os seguintes reajustes: 4,72% em São Paulo (1,60%), desde 11 de maio; de 3,45% em Brasília (3,23%), desde 1º de junho (em complemento ao de 2,99% em 1º de abril) e de 4,70% em Salvador (2,62%), desde 12 de junho. Na região metropolitana de Curitiba (8,38%) houve a apropriação integral do reajuste de 8,38% com vigência desde 24 de maio e não incorporado anteriormente.
O grupo Saúde e cuidados pessoais foi o responsável pela maior variação e o maior impacto (0,64% e 0,08 p.p.) sobre o IPCA, entre os grupos pesquisados, devido à alta de 1,50% do item higiene pessoal, cujo impacto no IPCA foi de 0,04 p.p.
Quanto aos índices regionais, a região metropolitana de Vitória (0,54%) apresentou a maior variação, em função das altas observadas nas passagens aéreas (20,21%) e na energia elétrica (4,81%) devido ao reajuste na alíquota do PIS/COFINS. O menor índice ficou com a região metropolitana de Porto Alegre (-0,41%), influenciado pela queda nos preços das frutas (-14,37%) e da gasolina (-4,66%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Maio | Junho | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,78 | 0,09 | 0,54 | 2,22 | 3,67 |
Fortaleza | 2,91 | 0,21 | 0,26 | 3,31 | 3,85 |
Curitiba | 7,79 | -0,03 | 0,21 | 1,81 | 2,63 |
Campo Grande | 1,51 | 0,42 | 0,18 | 2,57 | 2,95 |
Belém | 4,23 | 0,05 | 0,16 | 2,57 | 3,56 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,21 | 0,14 | 2,30 | 3,08 |
Brasília | 2,80 | -0,05 | 0,13 | 1,66 | 2,91 |
Rio de Janeiro | 12,06 | -0,05 | 0,05 | 2,26 | 3,48 |
Salvador | 6,12 | 0,11 | 0,01 | 2,28 | 3,33 |
São Paulo | 30,67 | 0,13 | -0,04 | 2,20 | 3,74 |
Recife | 4,20 | 0,33 | -0,08 | 2,54 | 2,83 |
Goiânia | 3,59 | 0,48 | -0,10 | 1,82 | 3,23 |
Aracaju | 0,79 | 0,34 | -0,12 | 3,10 | 4,07 |
Rio Branco | 0,42 | 0,67 | -0,14 | 2,41 | 4,71 |
São Luís | 1,87 | 0,25 | -0,24 | 2,77 | 3,22 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,12 | -0,41 | 1,97 | 3,07 |
Brasil | 100,00 | 0,13 | 0,01 | 2,23 | 3,37 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 1º e 29 de maio de 2019 (base).
INPC de junho fica em 0,01%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de junho teve variação de 0,01%, 0,14 p.p. abaixo da taxa de maio (0,15%). A variação acumulada no ano ficou em 2,45% e o acumulado dos últimos doze meses recuou para 3,31%, abaixo dos 4,78% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2018, a taxa fora de 1,43%.
Os produtos alimentícios (-0,18%) recuaram em junho, embora menos intensamente que no mês anterior (-0,59%). O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,09%, enquanto em maio havia registrado 0,48%.
A região metropolitana de Vitória (0,56%) teve a maior variação entre as localidades pesquisadas, por conta do item energia elétrica (4,80%). O menor índice foi de São Luís (-0,42%), influenciado pela queda nos preços do tomate (-6,91%) e das carnes (-2,21%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Maio | Junho | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,83 | 0,19 | 0,56 | 2,95 | 3,98 |
Fortaleza | 5,42 | 0,05 | 0,40 | 3,41 | 3,98 |
Belém | 6,44 | 0,01 | 0,31 | 2,76 | 3,42 |
Curitiba | 7,29 | -0,01 | 0,21 | 2,03 | 2,62 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,18 | 0,20 | 2,58 | 3,14 |
Campo Grande | 1,64 | 0,38 | 0,09 | 2,50 | 2,63 |
Brasília | 1,88 | 0,13 | 0,04 | 1,75 | 1,93 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,06 | -0,05 | 2,60 | 3,28 |
Goiânia | 4,15 | 0,36 | -0,07 | 1,99 | 3,58 |
Aracaju | 1,29 | 0,26 | -0,08 | 3,22 | 4,03 |
Salvador | 8,75 | 0,11 | -0,08 | 2,33 | 3,43 |
São Paulo | 24,24 | 0,22 | -0,08 | 2,37 | 3,72 |
Recife | 5,88 | 0,22 | -0,13 | 2,54 | 2,75 |
Rio Branco | 0,59 | 0,67 | -0,17 | 2,21 | 4,69 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,14 | -0,36 | 2,01 | 2,80 |
São Luís | 3,11 | 0,12 | -0,42 | 2,65 | 2,86 |
Brasil | 100,00 | 0,15 | 0,01 | 2,45 | 3,31 |
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 1º e 29 de maio de 2019 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.