Em abril, setor de serviços cresce 0,3%
13/06/2019 09h00 | Atualizado em 13/06/2019 11h37
Em abril, o setor de serviços no Brasil mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal), após acumular perda de 1,8% nos três primeiros meses do ano. Em relação a abril de 2018 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços recuou 0,7%, segunda taxa negativa seguida neste tipo de comparação. O acumulado do ano cresceu 0,6%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 0,6% em março para 0,4% em abril de 2019, prosseguiu assinalando redução no ritmo de crescimento observada desde fevereiro deste ano (0,7%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Abril de 2019 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Abril 19 / Março 19* | 0,3 | 0,8 |
Abril 19 / Abril 18 | -0,7 | 3,4 |
Acumulado Janeiro-Abril | 0,6 | 4,0 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 0,4 | 3,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
Em termos setoriais, três das cinco atividades cresceram em abril frente a março, com destaque para serviços de informação e comunicação (0,7%), que recupera, assim, parte da perda de 1,8% registrada no mês anterior. Os demais avanços foram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) e serviços prestados às famílias (0,1%). Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,6%) e os outros serviços (-0,7%) mostraram os resultados negativos desse mês.
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Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral caiu 0,3% em abril frente a março, mantendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2019. Entre os setores, os outros serviços (-1,6%) tiveram a queda mais intensa, seguidos por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%) e por serviços de informação e comunicação (-0,2%). Em contrapartida, os crescimentos vieram de serviços prestados às famílias (0,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).
Em relação a abril de 2018, o volume de serviços recuou 0,7%, com queda em duas das cinco atividades e em metade dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,0%) foi a influência negativa mais relevante, pressionado pela queda na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, de aéreo de passageiros, de operação de aeroportos e de ferroviário de cargas. O outro resultado negativo veio de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,8%), explicado pelos decréscimos de receita vindos das empresas de soluções de pagamentos eletrônicos, de limpeza geral, de transporte de valores, de gestão de ativos intangíveis não financeiros e de vigilância e segurança privada.
Já as contribuições positivas desse mês ficaram com os serviços de informação e comunicação (2,1%), serviços prestados às famílias (3,6%) e outros serviços (1,2%), impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no primeiro setor; de hotéis e de empresas promotoras de entretenimento, no segundo; e de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no último.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 0,6%, com expansão em três das cinco atividades e em 48,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,0%) tiveram o principal impacto positivo. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,3%) e de outros serviços (2,7%). Em contrapartida, as influências negativas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%).
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Abril 2019 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) |
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FEV | MAR | ABR | FEV | MAR | ABR | JAN-FEV | JAN-MAR | JAN-ABR | Até FEV | Até MAR | Até ABR | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,4 | -0,8 | 0,3 | 3,8 | -2,3 | -0,7 | 2,9 | 1,1 | 0,6 | 0,7 | 0,6 | 0,4 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,8 | 1,5 | 0,1 | 4,5 | 4,6 | 3,6 | 4,4 | 4,5 | 4,3 | 1,6 | 1,9 | 2,1 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -0,5 | 1,8 | -0,8 | 4,9 | 6,0 | 2,2 | 4,9 | 5,3 | 4,5 | 2,3 | 2,6 | 2,6 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -1,4 | 1,4 | 4,7 | 2,3 | -2,7 | 12,0 | 1,6 | 0,0 | 2,9 | -2,2 | -2,0 | -0,8 |
2. Serviços de informação e comunicação | 0,5 | -1,8 | 0,7 | 6,2 | 0,7 | 2,1 | 4,7 | 3,3 | 3,0 | 1,2 | 1,3 | 1,6 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,6 | -0,8 | -0,1 | 7,2 | 1,8 | 3,0 | 5,9 | 4,5 | 4,1 | 2,0 | 2,2 | 2,5 |
2.1.1 Telecomunicações | -1,5 | -1,3 | 0,1 | 1,1 | -1,4 | -1,3 | 1,1 | 0,3 | -0,1 | -1,3 | -1,0 | -0,8 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 4,6 | -1,7 | 0,2 | 21,6 | 8,5 | 12,8 | 17,1 | 13,9 | 13,7 | 9,5 | 9,2 | 9,8 |
2.2 Serviços audiovisuais | 0,3 | 0,0 | 1,0 | -0,5 | -7,0 | -3,9 | -2,9 | -4,3 | -4,2 | -4,3 | -4,2 | -4,6 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,0 | 0,0 | 0,2 | 1,5 | -2,7 | -0,8 | 0,4 | -0,7 | -0,7 | -1,4 | -1,4 | -1,6 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 1,4 | -0,3 | 0,4 | 4,0 | -3,8 | 2,9 | 1,0 | -0,7 | 0,3 | -0,8 | -0,9 | -1,2 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,5 | -1,1 | 1,9 | 0,6 | -2,3 | -2,1 | 0,2 | -0,7 | -1,0 | -1,6 | -1,5 | -1,7 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -2,6 | 0,5 | -0,6 | 2,4 | -7,2 | -5,0 | 1,5 | -1,6 | -2,5 | 1,1 | 0,5 | -0,2 |
4.1 Transporte terrestre | -0,6 | -2,3 | -1,0 | 3,7 | -6,5 | -3,1 | 2,4 | -0,8 | -1,4 | 2,2 | 1,5 | 0,8 |
4.2 Transporte aquaviário | -0,7 | -2,2 | 0,9 | 5,8 | 0,8 | -1,8 | 3,5 | 2,5 | 1,4 | -1,9 | -2,0 | -1,5 |
4.3 Transporte aéreo | -11,1 | 8,4 | -9,9 | 10,7 | -8,7 | -18,0 | 7,9 | 2,0 | -3,5 | 6,9 | 7,7 | 5,4 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -4,8 | 1,6 | 0,0 | -2,5 | -9,9 | -5,1 | -2,1 | -4,8 | -4,9 | -1,7 | -2,4 | -3,1 |
5. Outros serviços | -3,7 | -0,2 | -0,7 | 5,5 | -1,2 | 1,2 | 5,6 | 3,2 | 2,7 | 2,5 | 2,2 | 1,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, entre março e abril (série com ajuste), a maior parte (19) das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume dos serviços. Entre os locais com crescimento, destacam-se o Rio Grande do Sul (5,4%) e São Paulo (0,3%). Em contrapartida, os principais resultados negativos foram no Espírito Santo (-1,2%), Rio de Janeiro (-0,1%) e Tocantins (-7,1%).
Na comparação com abril de 2018 (série sem ajuste), o recuo do volume de serviços no Brasil (-0,7%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com Rio de Janeiro (-5,8%), com dois dos cinco setores pesquisados mostrando recuo no volume de serviços: informação e comunicação (-16,0%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-3,0%). Vale citar ainda os recuos vindos do Paraná (-5,0%) e de Mato Grosso (-13,1%). Por outro lado, a contribuição positiva mais importante veio de São Paulo (2,3%), que teve crescimento em duas das cinco atividades investigadas, com destaque absoluto para os ganhos dos serviços de informação e comunicação (11,4%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (0,6%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 10 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,0%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,8%) registrou a influência negativa mais relevante, seguido por Paraná (-3,3%) e Mato Grosso (-6,5%).
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
Em abril de 2019, o índice de atividades turísticas caiu 1,5% frente a março (4,7%). Regionalmente, nove das 12 unidades da federação investigadas acompanharam este movimento de queda, com destaque para os recuos vindos do Rio de Janeiro (-5,6%), Santa Catarina (-11,6%) e Distrito Federal (-9,5%). Em sentido contrário, as principais contribuições positivas vieram do Rio Grande do Sul e de Goiás, ambos com expansão de 1,1% e emplacando a segunda taxa positiva seguida.
Na comparação com abril de 2018, o índice de atividades turísticas apresentou estabilidade (0,0%), após assinalar oito taxas positivas seguidas. Os serviços turísticos que exerceram as contribuições positivas mais importantes foram a locação de automóveis e os hotéis. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros foi a principal influência negativa. Em termos regionais, nove das 12 unidades da federação mostraram recuo, com destaque para o Distrito Federal (-14,3%), Santa Catarina (-12,8%) e Rio de Janeiro (-1,8%). Em contrapartida, o impacto positivo mais importante veio do São Paulo (5,1%).
No indicador acumulado, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 2,7% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Por outro lado, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, apenas cinco dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (8,6%) e Ceará (9,4%). Já Distrito Federal (-6,1%) e Santa Catarina (-5,4%) foram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.