Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA fica em 0,57% em abril

10/05/2019 09h00 | Atualizado em 10/05/2019 11h37

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de abril foi de 0,57% e ficou 0,18 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,75%). A variação acumulada no ano foi de 2,09%. Essas duas variações são as maiores para um mês de abril desde 2016 (0,61% e 3,25%, respectivamente). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,94%, contra os 4,58% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,22%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.

Período Taxa
Abril de 2019 0,57%
Março de 2019 0,75%
Abril de 2018 0,22%
Acumulado no ano 2,09%
Acumulado nos 12 meses 4,94%

O resultado do IPCA de abril sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (0,63%), Transportes (0,94%) e Saúde e cuidados pessoais (1,51%). Juntos, estes três grupos responderam por 89,5% do índice do mês, com impactos de 0,16 p.p., 0,17 p.p. e 0,18 p.p., respectivamente. O grupo Artigos de residência, com -0,24%, foi o único que apresentou deflação em abril. Os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
 
Índice Geral 0,75 0,57 0,75 0,57
 
Alimentação e Bebidas 1,37 0,63 0,34 0,16
Habitação 0,25 0,24 0,04 0,04
Artigos de Residência 0,27 -0,24 0,01 -0,01
Vestuário 0,45 0,18 0,02 0,01
Transportes 1,44 0,94 0,26 0,17
Saúde e Cuidados Pessoais 0,42 1,51 0,05 0,18
Despesas Pessoais 0,16 0,17 0,02 0,02
Educação 0,32 0,09 0,02 0,00
Comunicação -0,22 0,03 -0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Saúde e cuidados pessoais se destacou com a maior variação (1,51%) e o maior impacto (0,18 p.p.) dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. As principais altas foram nos grupamentos de remédios (2,25%), refletindo o reajuste anual, em vigor desde 31 de março, com teto de 4,33%; higiene pessoal (2,76%), com destaque para os perfumes (de 1,45% em março para 6,56% em abril) e plano de saúde (0,80%).

Mesmo com a desaceleração no nível de preços de março (1,44%) para abril (0,94%), o grupo dos Transportes foi o segundo com maior variação e impacto (0,17 p.p.) no IPCA de abril. A gasolina foi o principal impacto individual no mês (2,66% mais cara, em média). As variações ficaram entre o - 0,58% na região metropolitana de Salvador e a alta de 5,98% na região metropolitana de Porto Alegre.

Outras contribuições positivas no grupo dos Transportes vêm da passagem aérea (5,32%) e do ônibus urbano (0,74%), ambos com 0,02 p.p. de impacto no índice. Este último contempla os reajustes de 9,30% nas tarifas em Porto Alegre (3,98%), em vigor desde 13 de março, de 7,81% em Recife (0,58%) e de 5,88% em Curitiba (0,45%), ambos a partir de 02 de março. Os índices de Salvador (7,30%) e de Goiânia (2,75%) refletem os reajustes de 8,11%, desde 02 de abril e de 7,50%, desde 19 de abril, respectivamente.

Ainda nos Transportes, o ônibus intermunicipal (0,18%) considera os reajustes de 3,78% em Campo Grande (3,07%), a partir de 1º de abril, e de 19,57% em São Luís (15,91%), desde 23 de março. O trem (1,56%) leva em conta o reajuste de 27,30% em Porto Alegre (10,82%), em vigor desde 13 de março, e o metrô (1,52%) reflete o reajuste de 6,98% no Rio de Janeiro (6,28%) a partir de 02 de abril.

O grupo Alimentação e bebidas desacelerou de março (1,37%) para abril (0,63%). Os alimentos para consumo no domicílio saíram da alta de 2,07% no mês passado para 0,62% no mês corrente, influenciados pelas quedas no feijão-carioca (-9,09%) e nas frutas (-0,71%), mesmo com a pressão exercida pelo tomate (28,64%), pelo frango inteiro (3,32%), pela cebola (8,62%) e pelas carnes (0,46%). Por outro lado, a alimentação fora foi de 0,10% para 0,64%.

No grupo Habitação (0,24% e impacto 0,04 p.p.), destacam-se energia elétrica (0,10%), taxa de água e esgoto (0,49%) e gás encanado (1,38%). Este último reflete os reajustes da região metropolitana de Curitiba (16,48%), onde houve a apropriação integral do reajuste de 16,48% nas tarifas, vigente desde 28 de fevereiro, e que ainda não havia sido apropriado nos índices. Já na região metropolitana de São Paulo, a queda de 0,20% é reflexo da redução de 11,00% para 9,00% no reajuste aplicado, sendo o primeiro percentual vigente desde 1º de fevereiro e, o segundo, desde 1º de março.

Ainda no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto (0,49%) considera os reajustes de 2,99% a partir de 1º de abril em Brasília (2,81%); 15,86%, a partir de 24 de março, em Fortaleza (12,39%) e 5,89% desde 1º de março em Aracaju (0,36%).

O resultado da energia elétrica (0,10%) reflete a variação média apresentada nas regiões pesquisadas, que oscilou entre os -5,40% da região metropolitana de Vitória e os 6,65% de Campo Grande. Os principais reajustes incorporados ao índice ocorreram em: Campo Grande (6,65%), de 12,39% a partir de 08 de abril; Rio de Janeiro (4,20%): 11,53% e 9,72% nas concessionárias, a partir de 15 de março, sendo reduzido para 8,80% e 7,30%, respectivamente, a partir de 1º de abril; Fortaleza (2,91%): 7,39% a partir de 22 de abril; Recife (2,64%): 5,56% a partir de 29 de abril; Salvador (1,70%): 6,21% a partir de 22 de abril; e Aracaju (1,50%): 3,04% a partir de 22 de abril. Os destaques das quedas foram em Rio Branco (-2,60%), com redução de 3,16% nas tarifas a partir de 1º de abril, e na região metropolitana de Vitória (-5,40%), motivada pela redução na alíquota do PIS/COFINS.

Quanto aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, Rio Branco (0,05%) apresentou a menor variação no IPCA de abril, em razão da queda na energia elétrica (-2,60%), decorrente da redução de 3,16% nas tarifas desde 1º de abril. O maior índice ficou com a região metropolitana de Fortaleza (0,91%), cujo resultado foi influenciado, principalmente, pelo item taxa de água e esgoto (12,39%), referente ao reajuste de 15,86%, em vigor desde 24 de março.

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Fortaleza 2,91 1,04 0,91 2,82 4,91
São Luís 1,87 1,36 0,87 2,77 5,49
Porto Alegre 8,40 1,18 0,83 2,26 5,63
Salvador 6,12 0,76 0,83 2,16 5,26
Aracaju 0,79 1,21 0,80 2,87 5,59
Brasília 2,80 0,93 0,77 1,58 4,21
Belém 4,23 0,49 0,62 2,35 4,35
Goiânia 3,59 0,12 0,62 1,44 4,67
Recife 4,20 0,82 0,59 2,28 4,86
Curitiba 7,79 0,83 0,57 1,63 4,50
Campo Grande 1,51 0,70 0,52 1,95 4,27
São Paulo 30,67 0,78 0,49 2,10 4,99
Rio de Janeiro 12,06 0,83 0,46 2,27 5,02
Belo Horizonte 10,86 0,29 0,42 1,94 4,82
Vitória 1,78 0,39 0,32 1,57 5,02
Rio Branco 0,42 0,78 0,05 1,88 5,38
 
Brasil 100,00 0,75 0,57 2,09 4,94
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 30 de abril de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (base).

INPC em abril foi de 0,60%

Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de abril apresentou variação de 0,60%, 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,77%). A variação acumulada no ano ficou em 2,29%. Tanto a variação mensal quanto a anual são as maiores para um mês de abril desde 2016 (0,64% e 3,58%, respectivamente). O acumulado dos últimos doze meses foi para 5,07%, contra 4,67% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,21%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,64% em abril, contra 1,50% em março. O agrupamento dos não alimentícios foi para 0,58%, frente a 0,45% em março.

Regionalmente, conforme a seguir, Rio Branco (0,00%) mostrou, na média, estabilidade no nível de preços. O maior índice ficou com a região metropolitana de Salvador (1,08%), influenciado, principalmente, pelo ônibus urbano (7,30%), reflexo do reajuste de 8,11% nas tarifas, em vigor desde 02 de abril.

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Salvador 8,75 0,75 1,08 2,30 5,45
Fortaleza 5,42 1,02 0,89 2,95 4,93
São Luís 3,11 1,39 0,85 2,96 5,39
Aracaju 1,29 1,08 0,84 3,04 5,43
Porto Alegre 7,38 1,27 0,81 2,22 5,65
Brasília 1,88 0,72 0,67 1,58 3,40
Belém 6,44 0,45 0,64 2,43 3,97
Curitiba 7,29 0,92 0,63 1,82 4,93
Rio de Janeiro 9,51 0,91 0,61 2,58 5,28
Goiânia 4,15 0,32 0,58 1,70 5,07
Recife 5,88 0,99 0,45 2,46 4,78
São Paulo 24,24 0,70 0,42 2,22 5,19
Belo Horizonte 10,60 0,35 0,41 2,19 5,06
Campo Grande 1,64 0,67 0,40 2,02 4,52
Vitória 1,83 0,53 0,29 2,19 5,50
Rio Branco 0,59 0,66 0,00 1,71 5,50
 
Brasil 100,00 0,77 0,60 2,29 5,07
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 30 de abril de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.