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Em março, vendas no varejo variam 0,3%

09/05/2019 09h00 | Atualizado em 09/05/2019 17h13

Em março de 2019, o volume de vendas do varejo variou 0,3%, frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, após ficar estável (0,0%) em fevereiro. A média móvel trimestral também variou 0,3%, depois de cair 0,6% em fevereiro.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Março / Fevereiro* 0,3 0,8 1,1 1,6
Média móvel trimestral* 0,3 0,7 0,5 0,9
Março 2019 / Março 2018 -4,5 0,2 -3,4 0,3
Acumulado em  2019 0,3 4,0 2,3 5,3
Acumulado em 12 meses 1,3 4,7 3,9 6,6
*Série COM ajuste sazonal

Frente a março de 2018, o comércio varejista caiu 4,5%, interrompendo sete meses de alta com a variação negativa mais acentuada desde dezembro de 2016 (-4,9%). O acumulado no ano foi 0,3%. O acumulado nos últimos doze meses (1,3%) desacelerou em relação a fevereiro (2,3%) e se mantém decrescente desde agosto de 2018.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, teve alta de 1,1%, em relação a fevereiro de 2019, após recuar 0,5% no mês anterior. A média móvel do trimestre cresceu 0,5%, acelerando em relação à média móvel trimestral de fevereiro (-0,4%).

O comércio varejista ampliado caiu 3,4% frente a março de 2018, interrompendo uma série de vinte e duas taxas positivas. Assim, o varejo ampliado acumulou 2,3% no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses (3,9%) também desacelerou em relação ao de fevereiro (4,9%). A publicação completa está à direita nesta página.

Varejo recua em cinco das oito atividades, na série com ajuste sazonal

Na série com ajuste sazonal do comércio varejista, cinco das oito atividades pesquisadas mostraram taxas negativas. Os destaques negativos, por ordem de peso no varejo, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%), Combustíveis e lubrificantes (-0,8%), Móveis e eletrodomésticos (-0,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,5%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,1%).

Entre as atividades em alta nessa comparação, destacam-se Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%), além de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,9%).

Frente a março de 2018, o comércio varejista caiu 4,5% com taxas negativas em seis das oito atividades pesquisadas. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,7%) respondeu por mais de 60% do resultado geral do varejo. As demais quedas foram em Combustíveis e lubrificantes (-4,3%), Móveis e eletrodomésticos (-4,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,3%), Tecidos, vestuário e calçados (-5,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,7%).

Por outro lado, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) foram os setores em alta nessa comparação.

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas avançou 1,1% em março, frente a fevereiro de 2019, na série com ajuste sazonal, com Veículos, motos, partes e peças registrando crescimento de 4,5% e Material de construção com taxa de 2,1%

O comércio varejista ampliado, com recuo de 3,4% frente a março de 2018, teve a primeira taxa negativa após vinte e dois meses de crescimento. A maior influência sobre esse resultado veio do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,7%), seguido por Veículos, motos, partes e peças (-1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,3%) e Móveis e Eletrodomésticos (-0,4%).

BRASIL - VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES - Março 2019
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA   COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO 
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global -4,5 -4,5 -3,4 -3,4
1 - Combustíveis e lubrificantes -4,3 -0,5 -4,3 -0,3
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -5,7 -2,9 -5,7 -2,0
3 - Tecidos, vest. e calçados -5,7 -0,4 -5,7 -0,3
4 - Móveis e eletrodomésticos -4,8 -0,5 -4,8 -0,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 3,8 0,3 3,8 0,2
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -36,7 -0,3 -36,7 -0,2
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 0,6 0,0 0,6 0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -3,3 -0,4 -3,3 -0,3
9 - Veículos e motos, partes e peças     -1,2 -0,3
10- Material de construção     -0,4 0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. 
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 5,7% frente a março de 2018, sua primeira queda após vinte e três meses consecutivos de taxas positivas, nessa comparação. Foi a queda mais acentuada desde março de 2017 (-7,0%), e o impacto negativo mais intenso sobre o varejo. Nesse mês, as vendas do segmento foram prejudicadas pelo deslocamento do feriado da Páscoa para abril.

Outra pressão negativa sobre as vendas do setor veio da alta dos preços da alimentação no domicílio, segundo o IPCA. Com isso, o acumulado no ano recuou 0,9%, sua primeira queda em dezoito meses. Já o acumulado nos últimos doze meses avançou 1,9%, mas permanece em desaceleração desde setembro de 2018 (4,4%).

O volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes recuou 4,3% em relação a março de 2018 e exerceu a segunda maior contribuição negativa para o varejo. O acumulado no ano ficou praticamente estável (0,1%) enquanto o acumulado nos últimos doze meses (-3,7%) praticamente repetiu o recuo de fevereiro (-3,8%) e permanece negativo há 49 meses.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com recuo de 4,8% no volume de vendas em relação a março de 2018, respondeu também pelo segundo impacto negativo mais intenso sobre a taxa do varejo, após subir 2,7% em fevereiro. O setor acumulou perda de 1,9% no ano. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,0% até fevereiro para -2,1% em março, ficou praticamente estável pelo terceiro mês.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., recuou 3,3% em relação a março de 2018 e perdeu ritmo em relação a fevereiro (10,7%), exercendo a terceira contribuição negativa mais intensa sobre o varejo. O acumulado no ano avançou 4,0%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 6,1% e recuou em relação a fevereiro (7,5%).

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, registrou recuo de 5,7% em relação a março de 2018. Com a perda de ritmo em março, o acumulado para os três primeiros meses do ano apresentou variação de 0,5%. O indicador acumulando nos últimos doze meses, ao passar de -0,8% em fevereiro para -1,1% em março, acentuou a trajetória de queda iniciada em outubro de 2018 (-0,1%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 36,7% o volume de vendas frente a março de 2018. Com uma perda de ritmo dessa magnitude, o acumulado para os três primeiros meses do ano ficou em -29,4%, recuo mais elevado dentre todas as atividades do varejo. O indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -19,6% para -21,7%, acentuou a trajetória de queda, o que mantém essa atividade em trajetória descendente desde março de 2014.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 3,8% nas vendas frente a março de 2018, exerceu a única contribuição positiva na taxa global do varejo, registrando o vigésimo terceiro resultado positivo consecutivo, na comparação com igual mês do ano anterior. Com isso, o indicador acumulado para os três primeiros meses do ano registrou ganho de 6,9%, maior variação entre as atividades do varejo. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,4% até fevereiro para 6,3% em março, o setor manteve-se praticamente estável.

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou acréscimo de 0,6% em relação a março de 2018. Em termos acumulados, a variação ficou em 3,9% no ano, enquanto o acumulado nos últimos doze meses (0,7%) sinaliza  trajetória de recuperação nos últimos três meses.

O setor de Veículos, motos, partes e peças caiu 1,2% em relação a março de 2018, sua primeira taxa negativa após vinte e dois meses. Com isso, o indicador acumulado no ano subiu 8,3%. O acumulado nos últimos doze meses cresceu 12,7% até março, mas desacelerou em relação a fevereiro (14,3%).

Material de Construção voltou a cair (-0,4%) após os resultados positivos de janeiro (2,2%) e fevereiro (9,5%), nessa comparação. O acumulado no ano ficou em 3,5%. O acumulado nos últimos doze meses (3,5%) ficou praticamente estável em relação a fevereiro (3,4%).

No trimestre, cinco das oito atividades acumularam alta frente a 2018

No acumulado do ano, frente a igual período de 2018, o comércio varejista variou 0,3% com resultados positivos em cinco das oito atividades. Os destaques, em contribuição sobre a taxa global, foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,9%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,0%).

O comércio varejista variou 0,3% no primeiro trimestre de 2019 e completou oito trimestres seguidos de taxas positivas, porém com perda de ritmo em relação aos demais trimestres, todas as comparações contra igual período de 2018.

A redução na intensidade nas vendas na passagem do quarto trimestre de 2018 (2,2%) para o primeiro trimestre de 2019 (0,3%) também ocorreu em cinco das oito atividades, com destaque para: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 7,2% para 6,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (de -28,5% para -29,4%), Tecidos, vestuário e calçados (de 1,6% para 0,5%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 2,2% para -0,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 8,5% para 4,0%).

Já os ganhos de ritmo em relação ao igual trimestre de 2019 foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de 0,8% para 3,9%), Combustíveis e lubrificantes (de -2,7% para 0,1%), Móveis e eletrodomésticos (de -2,0% para -1,9%).

O comércio varejista ampliado avançou 2,3% no primeiro trimestre de 2019, com taxas positivas em sete das dez atividades e a maior contribuição vinda de Veículos, motos, partes e peças (8,3%). Houve perda de ritmo nas vendas entre o quarto trimestre de 2018 e o primeiro trimestre de 2019 (de 4,4% para 2,3%) com ganhos em Material de construção (de 2,5% para 3,5%) e com perdas em Veículos, motos, partes e peças (de 13,2% para 8,3%), conforme mostra Tabela 2.

VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA E VAREJISTA AMPLIADO
Indice Trimestral ( base:  igual trimestre do ano anterior ) 
Atividades  2018 2019
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre 1º Trimestre
COMÉRCIO VAREJISTA  4,3 1,6 1,1 2,2 0,3
Combustíveis e lubrificantes -5,1 -6,9 -5,1 -2,7 0,1
Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 6,7 4,0 2,4 2,2 -0,9
Tecidos, vest. e calçados -1,6 -5,3 -1,7 1,6 0,5
 Móveis e eletrodomésticos 1,7 -0,6 -4,1 -2,0 -1,9
 Artigos farmacêuticos, med., ortop. e de perfumaria 5,0 6,3 4,9 7,2 6,9
 Livros, jornais, rev. e papelaria -8,3 -9,6 -13,7 -28,5 -29,4
 Equip. e mat. para escritório informática e comunicação 1,1 -1,9 0,3 0,8 3,9
 Outros arts. de uso pessoal e doméstico 10,9 5,2 6,0 8,5 4,0
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO  6,9 4,7 4,0 4,4 2,3
 Veículos e motos, partes e peças 17,9 15,1 14,5 13,2 8,3
 Material de construção 3,7 6,1 2,2 2,5 3,5

Na série com ajuste sazonal, o varejo subiu em 18 das 27 unidades da federação

Na série com ajuste sazonal, a variação de 0,3% no comércio varejista decorre de resultados positivos em 18 das 27 unidades da federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa para: Tocantins (5,3%) e Amazonas (4,4%). Entre as nove unidades da federação em queda, o destaque  foi Mato Grosso (-3,9%).

Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve alta de 1,1%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 unidades da federação, com destaque para o Acre (5,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram seis unidades da federação, com destaque para o Amapá (-1,9%). O Ceará ficou estável (0,0).

Frente a março de 2018, a variação das vendas do comércio varejista nacional registrou recuo de 4,5%, com predomínio de resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (-10,7%), Paraná (-9,3%) e Piauí (-7,7%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram sete das 27 Unidades da Federação, destaca-se, em termos de magnitude de taxa, o estado do Acre (4,6%), conforme mostra Gráfico 6. Quanto à participação na composição da taxa do varejo os destaques foram para: Minas Gerais (-6,6%), Rio de Janeiro (-6,8%) e São Paulo (-4,0%). Por outro lado, pressionando positivamente, destacaram-se, Espírito Santo (2,6%), Santa Catarina (0,5%) e Pará (1,1%).

Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com março de 2018, o recuo de  3,4% foi acompanhado por 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de volume de vendas, para: Paraíba (-10,6%), Alagoas (-9,7%) e Bahia (-8,0%).  Por outro lado, pressionando positivamente, figuram cinco das 27 Unidades da Federação, com destaque para o estado do Amapá (5,5%), conforme mostra Gráfico 7. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se: Rio de Janeiro (-7,8%), Minas Gerais (-6,4%) e Paraná (-6,1%).  Por outro lado, pressionando positivamente, destacaram-se, Santa Catarina (0,5%), Goiás (0,8%) e Mato Grosso (0,5%).