IPCA foi de 0,75% em março de 2019
10/04/2019 09h00 | Atualizado em 10/04/2019 12h20
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de março foi de 0,75% e ficou 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,43%). Esta foi a maior taxa para um mês de março desde março de 2015 (1,32%). A variação acumulada no ano foi de 1,51%, a maior para o período desde 2016 (2,62%). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,58%, contra os 3,89% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2018, a taxa foi de 0,09%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período | Taxa |
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Março de 2019 | 0,75% |
Fevereiro de 2019 | 0,43% |
Março de 2018 | 0,09% |
Acumulado no ano | 1,51% |
Acumulado nos 12 meses | 4,58% |
O resultado do IPCA de março sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (1,37%) e Transportes (1,44%). Juntos, estes dois grupos, que representam cerca de 43% das despesas das famílias, responderam por 80% do índice do mês, com impactos de 0,34 p.p. e 0,26 p.p., respectivamente. Comunicação, com -0,22%, foi o único grupo que apresentou deflação em março. Os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.
IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Fevereiro | Março | Fevereiro | Março | |
Índice Geral | 0,43 | 0,75 | 0,43 | 0,75 |
Alimentação e Bebidas | 0,78 | 1,37 | 0,19 | 0,34 |
Habitação | 0,38 | 0,25 | 0,06 | 0,04 |
Artigos de Residência | 0,20 | 0,27 | 0,01 | 0,01 |
Vestuário | -0,33 | 0,45 | -0,02 | 0,02 |
Transportes | -0,34 | 1,44 | -0,06 | 0,26 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,49 | 0,42 | 0,06 | 0,05 |
Despesas Pessoais | 0,18 | 0,16 | 0,02 | 0,02 |
Educação | 3,53 | 0,32 | 0,17 | 0,02 |
Comunicação | 0,00 | -0,22 | 0,00 | -0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo Alimentação e bebidas se destacou com o maior impacto (0,34p.p.) e a segunda maior variação (1,37%) dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio registrou alta de 2,07%, com as regiões variando desde o 0,80% de Rio Branco ao 3,38% de São Luís. Os itens que sobressaíram são: o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca (12,93%) e as frutas (4,26%).
Nos Transportes, após a deflação (-0,34%) de fevereiro, o índice apresentou forte aceleração (1,44%), a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Os combustíveis (3,49%) foram os principais responsáveis pela alta, com a gasolina custando, em média, 2,88% a mais. As variações ficaram entre os -2,47% de Goiânia e os 8,54% da região metropolitana de Fortaleza. Quanto ao etanol, cuja alta foi de 7,02%, novamente Goiânia foi a única área a registrar queda de preços (-4,37%). A maior variação foi de 8,57% na região metropolitana de São Paulo.
Outras contribuições positivas no grupo dos Transportes vêm dos itens passagem aérea (7,29%) e do ônibus urbano (0,90%), ambos com 0,03 p.p. Este último contempla os reajustes de 9,30% nas tarifas em Porto Alegre (5,12%), em vigor desde 13 de março, de 7,81% em Recife (7,19%) e de 5,88% em Curitiba (5,41%), ambos a partir de 02 de março. Destaca-se também o trem (2,07%), em razão do reajuste de 27,30% nas tarifas em Porto Alegre (14,85%), em vigor desde 13 de março.
No item energia elétrica (0,04%), do grupo Habitação (0,25%), as regiões pesquisadas apresentaram variações entre a queda (-5,89%) na região metropolitana de Belo Horizonte, motivada, principalmente, pela redução na alíquota do PIS/COFINS, e a alta de 4,72% da região metropolitana do Rio de Janeiro, em virtude dos reajustes médios de 11,53% e de 9,72% nas concessionárias, partir de 15 de março. Cabe destacar que permanece vigente a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional por quilowatt-hora consumido.
Ainda em Habitação, a variação de -0,79% no item gás encanado ocorreu devido à redução do reajuste na tarifa em São Paulo (-2,10%). O reajuste médio inicial era de 11,00% a partir de 1º de fevereiro e passou a ser de 9,00% em 1º de março.
No item taxa de água e esgoto (0,46%), também do grupo Habitação, ocorreu a apropriação da variação de 22,29%, em São Luís, que reproduz o reajuste médio de 22,29%, em vigor desde 09 de fevereiro, ainda não apropriado nos índices. Considere-se também os reajustes de 15,86%, em Fortaleza (3,07%), em vigor desde 24 de março, e de 5,89% em Aracaju (5,51%), a partir de 1º de março.
O grupo Vestuário também deixou para trás a queda de fevereiro (-0,33%), registrando, em março, alta de 0,45%. Os destaques são as roupas masculinas (de -0,01% em fevereiro para 0,68% em março), roupas femininas (de -0,56% em fevereiro para 0,34% em março), roupas infantis (de -0,16% em fevereiro para 0,41% em março) e os calçados (-0,54% em fevereiro para 0,38% em março).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,42%), o destaque fica com o item plano de saúde (0,80%).
Em Comunicação (-0,22%), a variação negativa do mês deveu-se à queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,44%) e ao item telefone fixo (-0,75%), por conta da redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel, a partir de 25 de fevereiro. Já o resultado do item correio (2,23%) reflete os reajustes de 13,90% e 5,47%, em vigor a partir de 06 de março, em um dos serviços no Rio de Janeiro (2,60%) e em Vitória (0,43%), respectivamente.
Quanto aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, Goiânia (0,12%) apresentou a menor variação no IPCA de março, em razão das quedas observadas nos preços do etanol (-4,37%) e da gasolina (-2,47%). O maior índice ficou com o município de São Luís (1,36%), cujo resultado foi influenciado, principalmente, pelo item taxa de água e esgoto (22,29%), que reproduz o reajuste médio de 22,29%, em vigor desde 09 de fevereiro, ainda não apropriado nos índices, e pela gasolina (4,11%).
IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Fevereiro | Março | Ano | 12 meses | ||
São Luís | 1,87 | 0,43 | 1,36 | 1,88 | 4,58 |
Aracaju | 0,79 | 0,54 | 1,21 | 2,05 | 4,75 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,15 | 1,18 | 1,41 | 5,18 |
Fortaleza | 2,91 | 0,69 | 1,04 | 1,89 | 4,26 |
Brasília | 2,80 | -0,18 | 0,93 | 0,80 | 3,83 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,48 | 0,83 | 1,80 | 4,85 |
Curitiba | 7,79 | 0,18 | 0,83 | 1,05 | 3,99 |
Recife | 4,20 | 0,59 | 0,82 | 1,69 | 4,59 |
Rio Branco | 0,42 | 1,12 | 0,78 | 1,82 | 5,32 |
São Paulo | 30,67 | 0,44 | 0,78 | 1,61 | 4,59 |
Salvador | 6,12 | 0,18 | 0,76 | 1,32 | 4,75 |
Campo Grande | 1,51 | 0,52 | 0,70 | 1,42 | 4,49 |
Belém | 4,23 | 0,93 | 0,49 | 1,72 | 4,07 |
Vitória | 1,78 | 0,58 | 0,39 | 1,25 | 4,89 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,51 | 0,29 | 1,52 | 4,61 |
Goiânia | 3,59 | 0,87 | 0,12 | 0,82 | 3,84 |
Brasil | 100,00 | 0,43 | 0,75 | 1,51 | 4,58 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 (base).
INPC em março foi de 0,77%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de março apresentou variação de 0,77%, 0,23 p.p. acima da taxa de 0,54% registrada em fevereiro. Foi a maior taxa para um mês de março desde março de 2015 (1,51%). O acumulado no ano foi para 1,68%, o maior para o período desde 2016 (2,93%). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,67%, contra 3,94% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2018, a taxa foi de 0,07%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,50% em março, contra 0,94% em fevereiro. O agrupamento dos não alimentícios foi para 0,45%, contra 0,37% em fevereiro.
Regionalmente, conforme mostra a tabela a seguir, o menor índice foi em Goiânia (0,32%), em razão das quedas nos preços do etanol (-4,37%) e da gasolina (-2,47%). O maior índice ficou com o município de São Luís (1,39%), influenciado, principalmente, pela taxa de água e esgoto (22,29%), que reproduz o reajuste médio de 22,29%, em vigor desde 09 de fevereiro, ainda não apropriado nos índices, e pelo tomate (27,20%).
INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Fevereiro | Março | Ano | 12 meses | ||
São Luís | 3,11 | 0,52 | 1,39 | 2,09 | 4,50 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,05 | 1,27 | 1,40 | 5,29 |
Aracaju | 1,29 | 0,63 | 1,08 | 2,18 | 4,55 |
Fortaleza | 5,42 | 0,75 | 1,02 | 2,04 | 4,23 |
Recife | 5,88 | 0,60 | 0,99 | 1,99 | 4,60 |
Curitiba | 7,29 | 0,29 | 0,92 | 1,19 | 4,32 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,72 | 0,91 | 1,96 | 4,93 |
Salvador | 8,75 | 0,22 | 0,75 | 1,21 | 4,68 |
Brasília | 1,88 | 0,07 | 0,72 | 0,90 | 3,10 |
São Paulo | 24,24 | 0,53 | 0,70 | 1,79 | 4,79 |
Campo Grande | 1,64 | 0,65 | 0,67 | 1,62 | 4,85 |
Rio Branco | 0,59 | 1,17 | 0,66 | 1,71 | 5,50 |
Vitória | 1,83 | 1,04 | 0,53 | 1,89 | 5,46 |
Belém | 6,44 | 0,97 | 0,45 | 1,78 | 3,63 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,58 | 0,35 | 1,78 | 4,90 |
Goiânia | 4,15 | 0,88 | 0,32 | 1,11 | 4,19 |
Brasil | 100,00 | 0,54 | 0,77 | 1,68 | 4,67 |
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.