Em 2018, abate de bovinos e suínos continua em alta
14/03/2019 09h00 | Atualizado em 14/03/2019 09h00
O abate de bovinos cresceu 3,4% em 2018, atingindo 31,90 milhões de cabeças. Foi a segunda alta consecutiva na série histórica anual, após três anos de queda. O abate de suínos aumentou 2,4% e atingiu novo recorde, chegando a 44,20 milhões de cabeças. Já o abate de frangos caiu 2,5% em 2018, segunda queda consecutiva após o recorde anual de 2016, totalizando 5,70 bilhões de cabeças de frango.
A aquisição de leite chegou a 24,45 bilhões de litros, com alta de 0,5%. A aquisição de couro atingiu 35,10 milhões de peças e cresceu 3,0% em relação a 2017. Já a produção de ovos aumentou 8,6% e chegou a 3,6 bilhões de dúzias, novo recorde na série histórica iniciada em 1987. A publicação completa pode ser acessada à direita.
Número de animais abatidos por espécie e variação, segundo os meses - Brasil - 2017 - 2018 | |||||||||
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Mês | Número de animais abatidos (mil cabeças) e variação (%) | ||||||||
Bovinos | Suínos | Frangos | |||||||
2017 | 2018 | Variação | 2017 | 2018 | Variação | 2017 | 2018 | Variação | |
Total do ano | 30 867 | 31 901 | 3,4 | 43 185 | 44 201 | 2,4 | 5 842 721 | 5 698 494 | -2,5 |
Total do 1º Trimestre | 7 398 | 7 745 | 4,7 | 10 480 | 10 719 | 2,3 | 1 496 769 | 1 478 794 | -1,2 |
Janeiro | 2 474 | 2 667 | 7,8 | 3 529 | 3 684 | 4,4 | 505 532 | 511 752 | 1,2 |
Fevereiro | 2 324 | 2 426 | 4,4 | 3 223 | 3 329 | 3,3 | 459 310 | 464 629 | 1,2 |
Março | 2 600 | 2 652 | 2,0 | 3 728 | 3 706 | -0,6 | 531 927 | 502 413 | -5,5 |
Total do 2º Trimestre | 7 423 | 7 734 | 4,2 | 10 617 | 10 826 | 2,0 | 1 433 965 | 1 376 796 | -4,0 |
Abril | 2 125 | 2 608 | 22,7 | 3 141 | 3 671 | 16,9 | 447 663 | 484 736 | 8,3 |
Maio | 2 740 | 2 304 | -15,9 | 3 825 | 3 096 | -19,0 | 510 562 | 406 447 | -20,4 |
Junho | 2 558 | 2 822 | 10,3 | 3 651 | 4 059 | 11,2 | 475 740 | 485 613 | 2,1 |
Total do 3º Trimestre | 7 986 | 8 281 | 3,7 | 11 036 | 11 559 | 4,7 | 1 482 651 | 1 426 424 | -3,8 |
Julho | 2 676 | 2 840 | 6,1 | 3 667 | 4 005 | 9,2 | 486 053 | 470 995 | -3,1 |
Agosto | 2 805 | 2 921 | 4,1 | 3 870 | 4 077 | 5,3 | 520 673 | 506 899 | -2,6 |
Setembro | 2 506 | 2 520 | 0,6 | 3 498 | 3 477 | -0,6 | 475 925 | 448 530 | -5,8 |
Total do 4º Trimestre | 8 059 | 8 142 | 1,0 | 11 053 | 11 097 | 0,4 | 1 429 337 | 1 416 479 | -0,9 |
Outubro | 2 646 | 2 800 | 5,8 | 3 758 | 3 885 | 3,4 | 480 419 | 501 885 | 4,5 |
Novembro | 2 603 | 2 650 | 1,8 | 3 644 | 3 631 | -0,4 | 470 715 | 464 697 | -1,3 |
Dezembro | 2 810 | 2 692 | -4,2 | 3 651 | 3 581 | -1,9 | 478 203 | 449 898 | -5,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais Nota: Os dados relativos ao ano de 2018 são preliminares. |
Abate de bovinos cresce 3,4% e tem segunda alta consecutiva anual
Em 2018, foram abatidas 31,90 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 3,4% (1,03 milhões de cabeças) em relação a 2017. Essa foi a segunda alta consecutiva na série histórica anual. O crescimento foi impulsionado por aumentos em 17 das 27 Unidades da Federação, sendo os mais expressivos em Mato Grosso (+414,73 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+205,13 mil), Paraná (+157,50 mil), Rondônia (+125,93 mil), São Paulo (+122,73 mil), Tocantins (+86,94 mil), Santa Catarina (+44,32 mil), Minas Gerais (+33,88 mil) e Goiás (+27,90 mil). As quedas mais intensas ocorreram no Mato Grosso do Sul (-142,20 mil cabeças), Pará (-27,89 mil), Maranhão (-25,60 mil) e Espírito Santo (-23,15 mil).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs, com 16,4% da participação nacional, seguido por seus vizinhos do Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (10,3%) e Goiás (10,1%).
Já no 4º trimestre de 2018, foram abatidas 8,14 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 1,0% maior que a do 4° trimestre de 2017 e 1,7% inferior à do 3º trimestre.
Abate de suínos aumenta 2,4% e atinge novo recorde em 2018
Em 2018, foram abatidas 44,20 milhões de cabeças de suínos, um aumento de 2,4% (+1,02 milhões de cabeças) em relação ao ano de 2017. A série anual mostra que houve crescimentos ininterruptos dessa atividade, culminando em novo patamar recorde em 2018.
O abate cresceu em 19 das 26 UFs participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, houve aumentos no Mato Grosso do Sul (+296,40 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+194,72 mil), São Paulo (+181,64 mil), Paraná (+86,80 mil), Santa Catarina (+80,43 mil), Mato Grosso (+69,34 mil), Minas Gerais (+62,69 mil) e Goiás (+46,73 mil).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2018, com 26,2% da participação nacional, seguido por Paraná (21,0%) e Rio Grande do Sul (18,6%).
No 4º trimestre de 2018, foram abatidas 11,10 milhões de cabeças de suínos, queda de 4,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2017. Após o recorde da série histórica (iniciada em 1997) no trimestre anterior, este foi o melhor resultado para um 4º trimestre. Além disso, outubro de 2018 foi melhor mês de outubro da série histórica.
Abate de frangos cai 2,5% em 2018, segunda queda consecutiva
Em 2018, foram abatidas 5,70 bilhões de cabeças de frango, queda de 2,5% (-144,23 milhões de cabeças) em relação a 2017. Essa foi a segunda queda consecutiva, após o recorde anual alcançado em 2016.
Houve reduções no abate em 13 das 24 UFs que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Santa Catarina (-93,55 milhões de cabeças), Paraná (-50,50 milhões), São Paulo (-18,44 milhões), Minas Gerais (-17,04 milhões), Mato Grosso do Sul (-6,00 milhões) e Distrito Federal (-62,96 mil cabeças). Já os aumentos ocorreram em: Mato Grosso (+13,20 milhões de cabeças), Goiás (+12,87 milhões), Pará (+9,29 milhões), Bahia (+6,47 milhões) e Rio Grande do Sul (+5,40 milhões).
O Paraná continuou liderando amplamente na participação nacional, com 31,4%, seguido por Rio Grande do Sul (15,0%) e Santa Catarina (13,4%).
No 4º trimestre de 2018, foram abatidas 1,42 bilhão de cabeças de frangos, uma queda de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 0,9% na comparação com o mesmo período de 2017. Em volume de cabeças abatidas, este foi o segundo melhor mês de outubro da série histórica, sendo superado apenas por outubro de 2015.
Aquisição de leite mantém estabilidade com crescimento de 0,5%
Em 2018, os laticínios sob serviço de inspeção sanitária captaram 24,45 bilhões de litros, um acréscimo de 0,5% em relação a 2017, mantendo certa estabilidade em relação a 2017, quando a produção voltou a subir após dois anos seguidos de queda na série histórica anual.
A aquisição de 116,60 milhões de litros de leite a mais em nível nacional resultou do aumento no volume captado em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Os maiores aumentos ocorreram no Paraná (+156,94 milhões de litros), Minas Gerais (+82,17 milhões), Bahia (+66,95 milhões) e Goiás (+58,89 milhões). Houve quedas em 10 UFs, sendo a mais expressiva em São Paulo (-144,84 milhões de litros).
Minas Gerais manteve a liderança, com 24,8% de participação nacional, seguida por Rio Grande do Sul (13,9%) e Paraná (12,6%).
Já no 4º trimestre de 2018, a aquisição de leite foi de 6,70 bilhões de litros, um aumento de 2,4% em relação ao 4º trimestre de 2017. Quanto ao trimestre imediatamente anterior, o volume foi 7,1% maior. Comparando o 4º trimestre de 2018 com o mesmo período em 2017, houve acréscimo de 157,41 milhões de litros de leite em nível nacional.
Aquisição de couro cresce 3% em relação a 2017
Em 2018, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que curtem pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 35,10 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, uma alta de 3,0% em relação a 2017, ou mais 1,03 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional.
Essa alta resultou do aumento do recebimento de peles bovinas em 12 das 20 UFs que possuem pelo menos um curtume ativo enquadrado no universo da pesquisa. Os principais aumentos foram registrados em Rondônia (+624,00 mil peças), Mato Grosso (+352,05 mil), Goiás (+272,41 mil) e Rio Grande do Sul (+229,01 mil). Enquanto isso, as maiores quedas ocorreram em Bahia (-466,95 mil peças), Minas Gerais (-177,84 mil), São Paulo (-118,73 mil) e Espírito Santo (-104,74 mil peças).
Entre as UFs, Mato Grosso continua liderando em 2018, com 16,5% de participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,0%) e São Paulo (11,9%).
No 4º trimestre de 2018, os curtumes investigados declararam ter recebido 9,0 milhões de peças de couro, uma redução de 1,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior e alta de 2,8% frente ao 4° trimestre de 2017. O comparativo entre os 4° trimestres de 2017 e 2018 indicam aumento de 247,53 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos.
Produção de ovos aumenta 8,6% e chega a 3,6 bilhões de dúzias
Em 2018, a produção de ovos de galinha foi de 3,60 bilhões de dúzias, representando aumento de 8,6% em relação ao ano anterior, um recorde da série histórica, iniciada em 1987.
O aumento veio de 23 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Assim como em 2017, os aumentos mais expressivos ocorreram em São Paulo (+74,46 milhões de dúzias) e Espírito Santo (+52,16 milhões), seguidos por Ceará (+25,67 milhões), Pernambuco (+23,17 milhões), Goiás (+21,29 milhões) e Mato Grosso (+20,79 milhões). A redução mais significativa ocorreu no Distrito Federal (-1,34 milhões de dúzias).
O estado de São Paulo seguiu liderando o ranking das UFs, com 29,4% da produção nacional, seguido pelo Espírito Santo (9,5%), Minas Gerais (9,1%) e Paraná (8,7%).
Foram produzidas 936,32 milhões de dúzias de ovos de galinha no 4º trimestre de 2018, um aumento de 1,6% em relação à produção do 3º trimestre e 9,1% acima do 4º trimestre de 2017. A produção de ovos do 4º trimestre de 2018 foi um recorde da série histórica, iniciada em 1987.