Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA foi de 0,43% em fevereiro

12/03/2019 09h00 | Atualizado em 12/03/2019 11h55

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de fevereiro foi de 0,43%, enquanto em janeiro a taxa havia sido de 0,32%. O acumulado no ano foi para 0,75%, acima dos 0,61% registrados no mesmo período de 2018. Nos últimos doze meses, o acumulado foi de 3,89%, acima dos 3,78% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2018, a taxa fora de 0,32%.
O material de apoio do IPCA está à direita desta página.

Período TAXA
Fevereiro de 2019 0,43%
Janeiro de 2019 0,32%
Fevereiro de 2018 0,32%
Acumulado no ano 0,75%
Acumulado nos 12 meses 3,89%

Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, de janeiro para fevereiro, com destaque para Educação (3,53%), grupo responsável pelo segundo maior impacto positivo no IPCA de fevereiro, com 0,17 ponto percentual (p.p.), atrás apenas de Alimentação e Bebidas (0,78% e 0,19 p.p.). As outras altas ficaram por conta de: Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% e 0,06 p.p.), Habitação (0,38% e 0,06 p.p.), Artigos de Residência (0,20% e 0,01 p.p.) e Despesas Pessoais (0,18% e 0,02 p.p.). Por outro lado, dois grupos tiveram deflação: Transportes (-0,34% e -0,06 p.p.) e Vestuário (-0,33% e -0,02 p.p.). Já o grupo de Comunicação ficou estável no período (0,00% e 0,00 p.p.).

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro
Índice Geral 0,32 0,43 0,32 0,43
Alimentação e Bebidas 0,90 0,78 0,22 0,19
Habitação 0,24 0,38 0,04 0,06
Artigos de Residência 0,32 0,20 0,01 0,01
Vestuário -1,15 -0,33 -0,07 -0,02
Transportes 0,02 -0,34 0,01 -0,06
Saúde e Cuidados Pessoais 0,26 0,49 0,03 0,06
Despesas Pessoais 0,61 0,18 0,07 0,02
Educação 0,12 3,53 0,01 0,17
Comunicação 0,04 0,00 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 Responsável pela maior variação entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, o grupo Educação (3,53%) reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, em especial nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram, em média, 4,58%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,15 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre os 2,60% de Brasília e os 7,17% de Aracaju.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Região Variação (%)
Fevereiro
Aracaju 5,93
Salvador 4,66
Rio de Janeiro 4,65
Recife 4,63
Fortaleza 4,18
Porto Alegre 4,14
Belém 4,13
Goiânia 3,79
São Paulo 3,04
Rio Branco 3,03
Campo Grande 3,00
Vitória 2,87
Curitiba 2,81
São Luís 2,67
Belo Horizonte 2,62
Brasília 1,96
Brasil 3,53

Alimentação e bebidas, grupo com o maior impacto no IPCA de fevereiro (0,19 p.p.), mostrou desaceleração, ao passar de 0,90% em janeiro para 0,78% em fevereiro. O grupamento da alimentação no domicílio subiu 1,24%, impulsionado, especialmente, pelas altas observadas nos preços do feijão-carioca (51,58%), da batata-inglesa (25,21%), das hortaliças (12,13%) e do leite longa vida (2,41%). No lado das quedas, destacam-se as carnes (-1,23%), o arroz (-1,23%), o frango inteiro (-1,69%) e o tomate (-5,95%). A alimentação fora recuou 0,04% influenciada, principalmente, pelo item refeição (-0,22%).

O item energia elétrica, com alta de 1,14%, foi o principal impacto (0,04 p.p.) do grupo Habitação (0,38%) no índice do mês, em razão dos aumentos nas alíquotas do PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas. As variações ficaram entre os -2,35% de Aracaju e os 14,99% de Rio Branco, cuja alta contempla o reajuste médio de 21,29% nas tarifas, em vigor desde 13 de dezembro de 2018, suspenso pela justiça no dia 3 de janeiro, voltando a vigorar no dia 29 de janeiro. Ressalta-se ainda que permanece, desde de dezembro de 2018, a bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional por quilowatt-hora consumido.

Ainda em Habitação, a variação de 4,11% no item gás encanado ocorreu em razão do reajuste médio de 11% na tarifa em São Paulo (10,64%), em vigor desde 1º de fevereiro. Cabe destacar o reajuste de 1,04% concedido pela Petrobras, nas refinarias, no preço do gás de botijão (-0,72%), a partir do dia 5 de fevereiro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,49%) os destaques são os itens plano de saúde (0,79%) e higiene pessoal (0,74%). No lado das quedas, o Vestuário (-0,33%) sofreu influência, principalmente, dos calçados (-0,54%) e das roupas femininas (-0,56%).

Nos Transportes, a deflação de 0,34% foi impulsionada pelas quedas registradas nos itens passagem aérea (-16,65%) – maior impacto individual negativo no mês (-0,08 p.p.) – e gasolina (-1,26%). À exceção de Goiânia, que registrou alta de 3,21% na gasolina, as demais áreas apresentaram quedas que variaram entre os -4,26% da região metropolitana de Porto Alegre e o -0,37% das regiões metropolitanas de Recife e Salvador.

O etanol também apresentou queda de preços de janeiro para fevereiro (-0,81%), enquanto registraram altas o óleo diesel (0,36%) e o gás veicular (7,75%). Este último sob influência do reajuste de 40,11% em São Paulo (21,12%) em vigor desde 1º de fevereiro.

A maior contribuição positiva no grupo dos Transportes (-0,34%) ficou com o item ônibus urbano (1,50% e 0,04 p.p.), por conta de reajustes nas tarifas em cinco das dezesseis regiões pesquisadas durante o período de referência da pesquisa.

Ainda em Transportes destaca-se o ônibus intermunicipal (0,27%) que incorpora o reajuste médio de 6,00% nas tarifas em São Paulo (2,62%) a partir de 20 de janeiro e a redução média de 3,00% nas tarifas no Rio de Janeiro (-2,31%) desde 11 de fevereiro. Destaca-se, também, a alta de 3,85% no trem em razão do reajuste de 9,52% nas tarifas no Rio de Janeiro (8,57%) em vigor desde 02 de fevereiro e em São Paulo (3,37%), cujo reajuste foi de 7,50% a partir de 13 de janeiro. Com a mesma vigência, o item metrô (2,53%) apropria o mesmo reajuste em São Paulo (3,37%).

Ônibus urbano   
Região Variação (%) Reajuste (%) Data 
São Paulo 1,90 7,50 07/01
Vitória 4,55 10,51 13/01
Fortaleza 5,72 5,88 26/01
São Luís 8,28 9,68 26/01
Rio de Janeiro 2,28 2,53 02/02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 Quanto aos índices regionais (tabela a seguir), apenas Brasília (-0,18%) teve deflação em fevereiro, em razão das quedas nos preços da passagem aérea (-18,33%) e da gasolina (-1,63%). O maior índice ficou com o município de Rio Branco (1,12%), influenciado, principalmente, pelo feijão-carioca (69,46%) e pela energia elétrica (14,99%) em função do reajuste médio de 21,29% nas tarifas, em vigor desde 13 de dezembro de 2018, suspenso pela justiça no dia 3 de janeiro, voltando a vigorar no dia 29 de janeiro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Rio Branco 0,42 -0,09 1,12 1,03 4,51
Belém 4,23 0,30 0,93 1,23 3,59
São Luís 1,87 0,09 0,43 0,52 3,18
Fortaleza 2,91 0,16 0,69 0,85 3,42
Recife 4,20 0,27 0,59 0,86 3,41
Aracaju 0,79 0,29 0,54 0,84 3,50
Salvador 6,12 0,37 0,18 0,55 3,68
Belo Horizonte 10,86 0,70 0,51 1,22 4,55
Vitória 1,78 0,28 0,58 0,86 4,19
Rio de Janeiro 12,06 0,49 0,48 0,97 4,12
São Paulo 30,67 0,37 0,44 0,82 4,01
Curitiba 7,79 0,02 0,18 0,21 3,22
Porto Alegre 8,40 0,08 0,15 0,23 4,07
Campo Grande 1,51 0,20 0,52 0,72 3,40
Goiânia 3,59 -0,17 0,87 0,70 3,74
Brasília 2,80 0,05 -0,18 -0,13 2,89
Brasil 100,00 0,32 0,43 0,75 3,89

INPC varia 0,54% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC em fevereiro foi de 0,54%, 0,18 p.p. acima da taxa de 0,36% registrada em janeiro. O acumulado do ano está em 0,90% e o dos últimos doze meses foi de 3,94%, contra 3,57% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2018 a taxa foi de 0,18%.

Os produtos alimentícios subiram 0,94% em fevereiro, contra 0,90% no mês anterior. O agrupamento dos não alimentícios subiu 0,37%, contra 0,13% em janeiro.

Regionalmente, o menor índice foi na região metropolitana de Porto Alegre (0,05%) em razão das quedas nos itens gasolina (-4,26%) e carnes (-2,99%). O maior índice ficou com Rio Branco (1,17%), influenciado, principalmente, pelo feijão-carioca (69,46%) e pela energia elétrica (15,16%) em função do reajuste de 21,29%, em vigor desde 13 de dezembro, suspenso pela justiça em 3 de janeiro, voltando a vigorar em 29 de janeiro.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Rio Branco 0,59 -0,13 1,17 1,04 4,81
Belém 6,44 0,36 0,97 1,33 3,30
São Luís 3,11 0,17 0,52 0,69 3,07
Fortaleza 5,42 0,26 0,75 1,01 3,30
Recife 5,88 0,38 0,60 0,99 3,21
Aracaju 1,29 0,47 0,63 1,09 3,44
Salvador 8,75 0,23 0,22 0,46 3,63
Belo Horizonte 10,60 0,84 0,58 1,42 4,80
Vitória 1,83 0,31 1,04 1,35 4,60
Rio de Janeiro 9,51 0,31 0,72 1,03 4,32
São Paulo 24,24 0,55 0,53 1,08 4,30
Curitiba 7,29 -0,02 0,29 0,27 3,36
Porto Alegre 7,38 0,08 0,05 0,13 4,07
Campo Grande 1,64 0,30 0,65 0,94 3,53
Goiânia 4,15 -0,09 0,88 0,79 3,77
Brasília 1,88 0,11 0,07 0,18 2,54
Brasil 100,00 0,36 0,54 0,90 3,94

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.