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Em janeiro, IPCA varia 0,32%

08/02/2019 09h00 | Atualizado em 08/02/2019 11h18

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,32%, acima dos 0,15% de dezembro. Em janeiro de 2018, o índice tinha sido de 0,29%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,78%, pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O material de apoio desta divulgação pode ser acessado à direita.

Período TAXA
Janeiro de 2019 0,32%
Dezembro de 2018 0,15%
Janeiro de 2018 0,29%
Acumulado em 12 meses 3,78%

Conforme pode ser observado na tabela a seguir, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário (-1,15%) apresentou deflação de dezembro para janeiro. A maior variação positiva ficou com Alimentação e bebidas (0,90%), que apresentou também o maior impacto no índice do mês, 0,22 ponto percentual (p.p.). A segunda maior alta ficou com Despesas pessoais (0,61%), cuja contribuição foi de 0,07 p.p. Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 90% do índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Transportes e o 0,32% de Artigos de residência.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
     
Índice Geral 0,15 0,32 0,15 0,32
     
Alimentação e Bebidas 0,44 0,90 0,11 0,22
Habitação -0,15 0,24 -0,02 0,04
Artigos de Residência 0,57 0,32 0,02 0,01
Vestuário 1,14 -1,15 0,06 -0,07
Transportes -0,54 0,02 -0,10 0,01
Saúde e Cuidados Pessoais 0,32 0,26 0,04 0,03
Despesas Pessoais 0,29 0,61 0,03 0,07
Educação 0,21 0,12 0,01 0,01
Comunicação 0,01 0,04 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Alimentação e bebidas acelerou de dezembro para janeiro, ao passar de 0,44% para 0,90%, contribuindo para elevar o IPCA no mês. O grupamento da alimentação no domicílio subiu 0,97% em janeiro, especialmente em função das altas nos preços do feijão-carioca (19,76%), da cebola (10,21%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,78%). O leite longa vida, após cinco meses consecutivos de quedas, subiu 2,10%, contribuindo com 0,02 p.p. no IPCA de janeiro. No lado das quedas, verificou-se redução expressiva nos preços do tomate (-19,46%), o que ajudou a conter a alta dos itens alimentícios.

A alimentação fora também acelerou e subiu 0,79%, frente à alta de 0,33% em dezembro. O destaque ficou com as altas do lanche, que passou de 0,72% para 0,91%, e da refeição, que atingiu 0,90%, quando havia registrado 0,08% no mês anterior.

As Despesas pessoais, por sua vez, apresentaram alta de 0,61% no IPCA do mês, acelerando em relação à variação de 0,29% observada em dezembro. Contribuíram para esse resultado a alta de itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%) e de alguns serviços como manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%).

Nos Transportes, após a deflação de 0,54% em dezembro, observou-se leve alta em janeiro, de 0,02%. Embora os combustíveis (-2,09%) tenham caído pelo terceiro mês consecutivo, essa queda foi menos intensa que a do mês anterior (-4,25%). Ainda assim, o maior impacto individual no índice do mês (-0,11 p.p) veio da gasolina (-2,41%). À exceção da região metropolitana de Salvador, que registrou alta de 1,50% no preço desse combustível, as demais áreas apresentaram quedas que variaram entre os -5,98% de Aracaju e os -0,31% da região metropolitana do Rio de Janeiro. O etanol e o óleo diesel também caíram: -0,75% e -1,61%, respectivamente. Além disso, as passagens aéreas, que haviam subido 29,12% em dezembro, caíram 3,59% em janeiro, com impacto de -0,02 p.p.

A maior contribuição positiva no grupo dos Transportes ficou com os ônibus urbanos (2,67% e 0,07 p.p.), por conta de reajustes nas tarifas em cinco das dezesseis regiões pesquisadas durante o período de referência da pesquisa, conforme mostra a tabela a seguir:

IPCA - Reajustes dos ônibus urbanos
Região Variação (%) Reajuste (%) Data
Belo Horizonte 10,12 11,00 30/12
São Paulo 5,50 7,50 07/01
Vitória 5,70 10,51 13/01
Fortaleza 0,30 5,88 26/01
São Luís 1,29 9,68 26/01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Ainda em Transportes, destacam-se, na região metropolitana de São Paulo, os reajustes de 7,50% nas tarifas de trem (4,00%) e de metrô (4,00%), em vigor desde o dia 13 de janeiro. Os ônibus intermunicipais também tiveram suas tarifas reajustadas: 6,00%, em média, em São Paulo (3,02%), a partir de 20 de janeiro; e 6,78% em Belo Horizonte (3,00%), a partir de 30 de dezembro. No Rio de Janeiro, houve reajuste médio de 4,26% nas tarifas de táxi, vigente desde o dia 1º de janeiro.

No grupo Habitação (0,24%), que havia apresentado deflação de 0,15% em dezembro, o destaque ficou com as altas dos itens aluguel residencial (0,42%) e condomínio (0,77%). A energia elétrica (-0,13%) apresentou queda menos intensa em comparação com o mês anterior, quando registrou -1,96%. As áreas apresentaram variação entre os -8,24% do município de Rio Branco e os 3,92% da região metropolitana de Fortaleza. Em Rio Branco, apesar do reajuste médio de 21,29% nas tarifas a partir do dia 13 de dezembro, houve redução de impostos no período de referência da pesquisa. Adicionalmente, o reajuste foi suspenso pela Justiça no dia 3 de janeiro e só voltou a vigorar no dia 29. Ressalta-se, ainda, que permanece em vigor desde o início de dezembro a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional por quilowatt-hora consumido.

Ainda em Habitação, a variação de 3,53% no item gás encanado ocorreu em razão do reajuste de 7,20% na tarifa no Rio de Janeiro (6,53%), em vigor desde 1º de janeiro. O item taxa de água e esgoto (0,31%), por sua vez, reflete os reajustes de 8,60% em Porto Alegre (2,32%), a partir de 16 de dezembro, de 4,00% em Campo Grande (3,41%), vigente desde 3 de janeiro, e de 6,04% no Rio de Janeiro (0,38%), em vigor desde 1º de dezembro.

O grupo Vestuário (-1,15%) foi o único com deflação de dezembro para janeiro e ajudou a conter a taxa do mês, com impacto de -0,07 p.p. Foram registradas variações negativas nas roupas femininas (de 2,34% em dezembro para -2,00% em janeiro), roupas infantis (de 0,91% em dezembro para -1,06% em janeiro) e roupas masculinas (de 1,57% em dezembro para -0,99% em janeiro). Além disso, os calçados também registraram queda, de -0,65%.

Quanto aos índices regionais, apenas os municípios de Rio Branco (-0,09%) e Goiânia      (-0,17%) apresentaram deflação no IPCA de janeiro, conforme mostra a tabela a seguir. O resultado de Goiânia deveu-se, especialmente, às quedas observadas nos preços da gasolina (-4,97%) e do tomate (-20,89%). O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (0,70%), cujo resultado foi influenciado principalmente pelo reajuste de 11,00% na tarifa dos ônibus urbanos (10,12%), vigente desde 30 de dezembro.

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belo Horizonte 10,86 0,01 0,70 4,36
Rio de Janeiro 12,06 0,40 0,49 4,37
Salvador 6,12 0,56 0,37 4,06
São Paulo 30,67 0,03 0,37 3,85
Belém 4,23 0,48 0,30 3,23
Aracaju 0,79 0,67 0,29 2,94
Vitória 1,78 -0,01 0,28 3,75
Recife 4,20 0,18 0,27 3,08
Campo Grande 1,51 0,06 0,20 3,08
Fortaleza 2,91 0,07 0,16 2,71
São Luís 1,87 0,25 0,09 2,74
Porto Alegre 8,40 0,26 0,08 4,00
Brasília 2,80 0,32 0,05 3,27
Curitiba 7,79 -0,17 0,02 3,14
Rio Branco 0,42 0,63 -0,09 3,35
Goiânia 3,59 -0,03 -0,17 2,91
     
Brasil 100,00 0,15 0,32 3,78
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (base).

INPC varia 0,36% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,36% em janeiro, acima dos 0,14% de dezembro. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 3,57%, acima dos 3,43% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2018, a taxa atingiu 0,23%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,90% em janeiro enquanto, no mês anterior, registraram 0,45%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,13% enquanto, em dezembro, havia registrado 0,01%.

No que diz respeito aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, três das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram deflação de dezembro para janeiro: Curitiba      (-0,02%), Goiânia (-0,09%) e Rio Branco (-0,13%). Nesta última, a queda ocorreu principalmente por conta do item energia elétrica (-7,89%). Apesar do reajuste médio de 21,29% nas tarifas a partir do dia 13 de dezembro, houve redução de impostos que incidem sobre a conta de luz no período de referência da pesquisa. Adicionalmente, o reajuste foi suspenso pela Justiça no dia 3 de janeiro e só voltou a vigorar no dia 29. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Belo Horizonte (0,84%), em função do reajuste de 11,00% na tarifa dos ônibus urbanos (10,12%), vigente desde 30 de dezembro, e da alta do leite longa vida (9,30%) e das frutas (13,47%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belo Horizonte 10,60 0,03 0,84 4,34
São Paulo 24,24 0,01 0,55 3,84
Aracaju 1,29 0,83 0,47 2,80
Recife 5,88 0,28 0,38 2,67
Belém 6,44 0,44 0,36 2,84
Vitória 1,83 -0,27 0,31 3,62
Rio de Janeiro 9,51 0,13 0,31 4,25
Campo Grande 1,64 0,10 0,30 2,86
Fortaleza 5,42 0,14 0,26 2,57
Salvador 8,75 0,63 0,23 3,66
São Luís 3,11 0,34 0,17 2,54
Brasília 1,88 0,04 0,11 2,51
Porto Alegre 7,38 0,20 0,08 4,04
Curitiba 7,29 -0,32 -0,02 3,13
Goiânia 4,15 -0,10 -0,09 2,83
Rio Branco 0,59 0,56 -0,13 3,60
     
Brasil 100,00 0,14 0,36 3,57
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (base).