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Índice de Preços ao Produtor varia -1,54% em novembro

04/01/2019 09h00 | Atualizado em 04/01/2019 11h15

Os preços da indústria variaram -1,54% em novembro, resultado inferior ao de outubro (-0,68%). Na mesma comparação, 11 das 24 atividades tiveram variações positivas de preços, contra 8 no mês anterior. Em novembro de 2017, o resultado foi 1,40%. O acumulado no ano chegou a 11,47% e nos 12 meses, a 11,94%. O material de apoio da divulgação do Índice de Preços ao Produtor está disponível nesta página. 

Período Taxa
Novembro 2018 -1,54%
Outubro 2018 -0,68%
Novembro 2017 1,40%
Acumulado no ano 11,47%
Acumulado 12 meses 11,94%

Na passagem de outubro para novembro deste ano, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral) variaram -1,54%, número inferior ao observado na comparação entre setembro e outubro de 2018 (-0,68%). Essa é a maior variação negativa da série histórica, iniciada em janeiro de 2014.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/18 OUT/18 NOV/18 SET/18 OUT/18 NOV/18 SET/18 OUT/18 NOV/18
Indústria Geral 2,91 -0,68 -1,54 14,00 13,22 11,47 18,17 15,30 11,94
B - Indústrias Extrativas 12,82 -2,24 -0,49 41,64 38,47 37,79 56,90 40,19 44,11
C - Indústrias de Transformação 2,45 -0,60 -1,60 12,87 12,19 10,40 16,70 14,28 10,69
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

As quatro maiores variações na comparação entre outubro e novembro de 2018, ocorreram entre os produtos das seguintes atividades: refino de petróleo e produtos de álcool (-7,23%), outros produtos químicos (-4,18%), impressão (2,65%) e produtos de metal (-2,03%).

Em termos de influência, na mesma comparação, sobressaíram: refino de petróleo e produtos de álcool (-0,93 p.p.), outros produtos químicos (-0,46 p.p.), alimentos (-0,22 p.p.) e fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 p.p.).

O indicador acumulado no ano (novembro/2018 contra dezembro/2017) atingiu 11,47%, contra 13,22% em outubro/2018, o maior resultado para um mês de novembro da série histórica, iniciada em 2014. Entre as atividades com as maiores variações percentuais neste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (37,79%), outros produtos químicos (24,13%), refino de petróleo e produtos de álcool (17,72%) e metalurgia (15,68%). Já os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (2,32 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (2,03 p.p.), indústrias extrativas (1,48 p.p.) e metalurgia (1,26 p.p.).

O indicador acumulado em 12 meses (outubro/2018 contra outubro/2017) chegou a 11,94%, contra 15,30% em outubro/2018. Foi a sexta maior taxa da série, sendo que todas as seis estão dentro do intervalo que vai de junho a novembro de 2018. As quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (44,11%), outros produtos químicos (24,26%), refino de petróleo e produtos de álcool (18,69%) e metalurgia (16,54%). Já os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (2,34 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (2,13 p.p.), indústrias extrativas (1,65 p.p.) e metalurgia (1,32 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, em novembro, a variação de preços de -1,54% repercutiu da seguinte maneira: 0,85% em bens de capital; -1,90% em bens intermediários; e -1,49% em bens de consumo, sendo que -0,04% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -1,95% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Do resultado da indústria geral (-1,54%), a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: 0,07 p.p. de bens de capital, -1,13 p.p. de bens intermediários e -0,48 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,48 p.p. deveu-se às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,00 p.p. nos bens de consumo duráveis.

No acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até novembro, variação de 11,47%, sendo 9,58% a variação de bens de capital (com influência de 0,82 p.p.), 16,49% de bens intermediários (9,39 p.p.) e 3,66% de bens de consumo (1,26 p.p.). No último caso, o resultado foi influenciado em 0,46 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,81 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (M/M-12), a variação de preços da indústria alcançou, em novembro, 11,94%, com as seguintes variações: bens de capital, 10,43% (0,89 p.p.); bens intermediários, 17,27% (9,81 p.p.); e bens de consumo, 3,60% (1,25 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,48 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,76 p.p.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/18 OUT/18 NOV/18 SET/18 OUT/18 NOV/18 SET/18 OUT/18 NOV/18
Indústria Geral 2,91 -0,68 -1,54 14,00 13,22 11,47 18,17 15,30 11,94
Bens de Capital (BK) 2,01 -2,13 0,85 11,02 8,66 9,58 14,69 11,04 10,43
Bens Intermediários (BI) 3,76 -0,77 -1,90 19,67 18,75 16,49 26,04 21,77 17,27
Bens de consumo(BC) 1,56 -0,14 -1,49 5,38 5,23 3,66 6,56 5,87 3,60
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,80 0,85 -0,04 4,68 5,57 5,53 5,27 6,06 5,86
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 1,80 -0,44 -1,95 5,59 5,12 3,07 6,96 5,81 2,89
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        

Tiveram destaque nos resultados, os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em novembro, os preços das indústrias extrativas tiveram variação negativa (-0,49%). Esta foi a segunda queda seguida observada após uma sequência de altas que vinha desde dezembro de 2017.

Com o resultado, o acumulado do ano permaneceu positivo, alcançando 37,79% em novembro. Na comparação com novembro de 2017, houve variação positiva de 44,11%, destacando-se como a maior variação observada para a indústria geral.

Alimentos: em novembro, os preços do setor variaram -1,24%, a quinta variação negativa da série no ano e a segunda mais intensa. No entanto, o setor acumula uma variação positiva ao longo dos 11 meses de 2018, 6,05%, menor que a de setembro (9,04%), o pico da série no ano, e na direção oposta da que se percebeu em novembro de 2017, quando o acumulado até o mês havia ficado em -7,11%.

No confronto com novembro de 2017, os preços em novembro de 2018 se mostraram, em média, 5,85% maiores (em setembro, o ponto mais alto do ano, a diferença era de 10,18%). Vale dizer que este acumulado em 12 meses é o menor valor desde junho de 2018, quando a comparação mês contra mesmo mês do ano anterior apontava para uma variação de 5,83%.

Na comparação de novembro de 2018 contra outubro do mesmo ano, dois produtos derivados do leite se destacaram em termos de magnitude de variação negativa de preços, “leite pasteurizado, inclusive desnatado” e “leite esterilizado/UHT/Longa vida”, sendo que o último também é um dos destaques em influência no resultado da atividade.

Os outros produtos de maior influência (os quatro responderam por -1,68 p.p. em -1,24%) foram: “resíduos da extração de soja”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “farinha de trigo”. Sobre o preço dos quatro produtos pesa a apreciação média do Real, nos dois últimos meses da ordem de 8,0% (foram 8,7% em outubro e -0,7% em novembro). Porém, no caso de carnes bovinas, em outubro e novembro foi observada uma maior oferta de bois para os frigoríficos, que, no caso do mercado interno, ainda se depararam com uma demanda arrefecida. Já em relação ao leite houve a elevação da produção em muitas bacias leiteiras.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em novembro, a variação média dos produtos do setor foi de -7,23%, a maior variação em módulo entre todas as atividades analisadas. O valor é a maior variação negativa da atividade deste janeiro de 2010 (início da série). Com o resultado, o acumulado no ano atingiu 17,72%, valor praticamente igual ao acumulado até novembro de 2017, 17,73%.

Por fim, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa recuou de 35,48%, em outubro, para 18,69%, em novembro. Vale dizer que, nessa comparação, de maio de 2018 a outubro do mesmo ano, as variações estiveram acima dos 30%.

Três dos produtos listados como destaque em termos de variação também foram os mesmos em termos de influência, todos com variação negativa em seus preços: “naftas”, “gasolina automotiva” e "óleo diesel e outros óleos combustíveis".

O setor foi destaque em todos os tipos de análise, ou seja, variação, influência e contribuição: maior variação de preços no mês (-7,23%), no acumulado do ano a terceira maior (17,72%) e nos 12 meses também a terceira maior (18,69%). Na influência seus resultados foram os maiores no mês contra mês anterior (-0,93 p.p em -1,54%), a segunda maior no acumulado do ano (2,03 p.p. em 11,47%) e a segunda maior no acumulado em 12 meses (2,13 p.p. em 11,94%).

Outros produtos químicos: a indústria química, em novembro, apresentou uma variação média de preços, em relação a outubro, de -4,18%, menor variação da série histórica, iniciada em janeiro de 2010, interrompendo, assim, sucessão de quatorze meses de elevação de preços. Ainda assim, houve uma variação positiva de 24,13% no acumulado no ano e 24,26% nos 12 últimos meses.

Em relação aos quatro produtos de maior influência, todos apresentaram valores negativos, sendo eles: “etileno (eteno) não saturado”, “polipropileno(PP)”, “superfosfatos” e “propeno (propileno) não saturado”. Em relação ao acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, a situação é inversa: todos os produtos tiveram resultados positivos e foram coincidentes: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “herbicidas para uso na agricultura” e “polipropileno (PP)”.

Metalurgia: ao comparar os preços de novembro de 2018 contra outubro de 2018, houve variação de -0,06%, terceira variação negativa no ano, porém, mesmo com este resultado, a atividade acumulou no ano uma variação de 15,68% e, nos últimos 12 meses, de 16,54%. Uma análise dos números-índices da série indica que, entre dezembro de 2013 (base da série) e novembro de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 50,92%.

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, todos tiveram variações positivas de preços, o que indica que o resultado negativo do mês foi causado por produtos com variações de preços mais modestas, porém com pesos maiores. No caso o grande destaque foi o produto “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, produto de maior peso no setor e com variação negativa em seus preços no mês.

O outro produto com influência negativa em destaque foi “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”. Os outros dois produtos com destaque na influência foram “alumínio não ligado em formas brutas” e “folhas-de-flandres”, ambos com variações positivas. Os quatro produtos de maior influência no mês representaram em relação a variação total -3,21 p.p., ou seja, 0,02 p.p. é a influência dos demais 18 produtos.

Máquinas e equipamentos: a atividade registrou 1,59% de variação de preços em novembro frente a outubro, invertendo trajetória registrada no mês anterior, cuja variação havia sido de -0,60% frente a setembro. Com o resultado, o setor acumulou 7,74% no ano e 8,48% nos últimos 12 meses. Nesse indicador, o percentual mais alto da série histórica havia sido registrado em setembro 2018 com 10,05%, recuando em outubro (8,24%) para voltar a crescer neste mês de novembro. A variação de preços na atividade também apresentou a quarta maior influência entre as atividades no comparativo M/M-1. Pode-se destacar ainda que, entre as quatro maiores influências nesse indicador, foi a única com variação positiva e responsável por 0,06 p.p. dos -1,54% registrados neste mês.

Os quatro produtos de maior destaque no indicador mensal somaram 1,52 p.p. de um total de 1,59%. Todos os produtos que mais contribuíram na variação mensal apresentaram variação positiva e se destacaram em termos de influência nos três indicadores calculados. São eles: “tratores agrícolas”, “compressores para aparelhos de refrigeração e de compressores de ar rebocáveis” e “máquinas para colheita”.