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Contas Regionais 2016: entre as 27 unidades da federação, somente Roraima teve crescimento do PIB

16/11/2018 10h00 | Atualizado em 16/11/2018 16h22

Apenas Roraima (0,2%) teve resultado positivo no PIB em 2016. O Distrito Federal registrou estabilidade (0,0%) e os outros 25 estados tiveram quedas no PIB, sendo que em 10 deles a variação ficou acima da média nacional (-3,3%). Estes 12 estados representaram 68,3% do PIB brasileiro em 2016. As maiores quedas foram de Amazonas (-6,8%), Mato Grosso e Piauí, ambos com -6,3%.

Apenas cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) concentraram 64,4% do PIB do país em 2016. Este mesmo grupo tinha 68,1% de participação em 2002, ano de início da série. Entre 2002 e 2016, os maiores crescimentos acumulados são de Tocantins (103,4%, 5,2% a.a. em média), Mato Grosso (89,1%, 4,7% a.a.), Roraima (79,5%, 4,3% a.a.), Acre (76,8%, 4,2% a.a.) e Piauí (72,7%, 4,0% a.a.). Por outro lado, os piores desempenhos ficam com Minas Gerais (34,1%, 2,1% a.a.), Rio Grande Sul (27,6%, 1,8% a.a.) e o Rio de Janeiro (25,3%, 1,6% a.a.).

O maior PIB per capita (R$ 79.099,77) foi o do Distrito Federal, e o Maranhão teve o menor (R$ 12.264,28). O DF mantém essa posição desde o começo da série e o seu PIB per capita é 2,6 vezes o do Brasil. São Paulo ganhou participação no PIB pelo segundo ano consecutivo, 0,2 p.p. em relação a 2015 e 0,3 p.p. em relação a 2014, algo inédito na série. Ainda assim é o estado com a maior perda acumulada neste aspecto entre 2002 e 2016: 2,4 p.p., em 2002 participava com 34,9% e passa para os 32,5% em 2016.

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil teve queda no volume do PIB: de 3,3% em 2016, contra 3,5% em 2015. Entre 2014 e 2016, o país acumulou redução de 6,7% no PIB. Essas são algumas informações do Sistema de Contas Regionais 2016, elaboradas em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. O material de apoio desta divulgação encontra-se à direita.

Roraima foi o único estado que teve crescimento em volume do PIB (0,2%)

Em 2016, o PIB nacional variou em volume -3,3%, com quedas em quase todas as unidades federativas, com exceção de Roraima (0,2%) e Distrito federal (0,0%). Os resultados mostraram também, pelo segundo ano consecutivo, queda para a atividade Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-6,7%), atividade importante em todas as unidades da federação, que influenciou negativamente seus resultados. A atividade da Agropecuária que teve queda em 2016 (-5,2%), primeira queda em três anos, foi também responsável pelas variações em volume negativas, principalmente nos estados em que a atividade é relevante. Os resultados de Roraima e Distrito Federal devem-se ao peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente, nestas Unidades da Federação.

Alagoas (-1,4%), Minas Gerais e Santa Catarina (-2,0%), além do Acre (-2,4%), também tiveram desempenhos melhores que o nacional (-3,3%). Por outro lado, o menor resultado foi do Amazonas (-6,8%), influenciado pelo baixo desempenho das Indústrias de transformação (–11,9%), que têm peso de 27% na economia do estado. Também entre os menores resultados estão Piauí (-6,3%), Mato Grosso (-6,3%), Bahia (-6,2%), com contribuição importante da Agricultura. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), condições climáticas adversas afetaram o desempenho de importantes culturas, como o milho e a soja, cujas produções recuaram 24,8% e 1,1%, respectivamente.

Valor corrente, participação percentual, posição relativa e variação em volume do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2016
Unidades da Federação Produto Interno Bruto
Valor corrente 
(R$ 1 000 000)
Participação
(%)
Posição relativa da variação em volume Variação em volume
(%)
Roraima    11 011             0,2     0,2
Distrito Federal    235 497             3,8     0,0
Alagoas    49 456             0,8 -    1,4
Minas Gerais    544 634             8,7 -    2,0
Santa Catarina    256 661             4,1 -    2,0
Acre    13 751             0,2 -    2,4
Rio Grande do Sul    408 645             6,5 -    2,4
Paraná    401 662             6,4 -    2,6
Mato Grosso do Sul    91 866             1,5 -    2,7
Pernambuco    167 290             2,7 10º -    2,9
São Paulo   2 038 005           32,5 11º -    3,1
Paraíba    59 089             0,9 12º -    3,1
12 Unidades da Federação com variação em volume acima do Brasil   4 277 568           68,3   -    2,6
               Brasil   6 267 205     -    3,3
15 Unidades da Federação com variação em volume abaixo do Brasil   1 989 637           31,7   -    4,9
Goiás    181 692             2,9 13º -    3,5
Pará    138 068             2,2 14º -    4,0
Rio Grande do Norte    59 661             1,0 15º -    4,0
Ceará    138 379             2,2 16º -    4,1
Tocantins    31 576             0,5 17º -    4,1
Rondônia    39 451             0,6 18º -    4,2
Rio de Janeiro    640 186           10,2 19º -    4,4
Amapá    14 339             0,2 20º -    4,9
Sergipe    38 867             0,6 21º -    5,2
Espírito Santo    109 227             1,7 22º -    5,3
Maranhão    85 286             1,4 23º -    5,6
Bahia    258 649             4,1 24º -    6,2
Mato Grosso     123 834             2,0 25º -    6,3
Piauí    41 406             0,7 26º -    6,3
Amazonas    89 017             1,4 27º -    6,8
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Cinco estados concentravam 64,4% do PIB em 2016

Os cinco estados com maior participação no PIB do país em 2016 foram São Paulo (32,5%), Rio de Janeiro (10,2%), Minas Gerais (8,7%), Rio Grande do Sul (6,5%) e Paraná (6,4%). Juntos, eles concentravam 64,4% da economia brasileira, proporção 0,3 p.p. menor que em 2015 e 0,5 p.p menor que 2014. Essa redução foi causada pela perda de 0,8 p.p. do Rio de Janeiro em relação a 2015, acumulando baixa de 1,4 p.p. em relação a 2014. O resultado do Rio de Janeiro foi influenciado pela queda dos preços internacionais do petróleo, atividade importante para o estado. São Paulo, por sua vez, registrou pela primeira vez crescimento de participação por dois anos seguidos na série iniciada em 2002. Diferentemente do Rio, São Paulo foi influenciado pela recuperação do Refino de petróleo e coque, favorecido pela queda do preço do petróleo. O resultado do refino influenciou as Indústrias de transformação, que recuperaram participação na economia por dois anos consecutivos. Em 2016, Indústrias de transformação participava com 12,5%, contra 12,2% em 2015 e 12,0% em 2014.

As cinco maiores economias mantiveram suas posições desde 2002, exceto em 2013, quando o Rio Grande do Sul alternou sua posição relativa com o Paraná, mas voltou ao quarto lugar em 2014. As outras 22 unidades da federação, que representavam 31,9% do PIB nacional em 2002, passaram a somar 35,6% em 2016. O grupo também ganhou 0,3 p.p. de participação em relação a 2015. O Mato Grosso foi o que mais ganhou participação na série (0,7 p.p.), seguido de Paraná e Santa Catarina, que avançaram 0,5 p.p. e 0,4 p.p., respectivamente. Em 2016, foram registradas alterações de posições relativas de participação no PIB em relação a 2015: a Bahia assumiu a 6ª posição, trocando com Santa Catarina, agora 7ª. O Ceará (11ª) trocou de posição com o Pará (12ª); Mato Grosso (13ª) com Espírito Santo (14ª); Mato Grosso do Sul (15ª) com Amazonas (16ª) e Rondônia (22ª) com Sergipe (23ª). Não houve mudanças entre as menores economias: Tocantins (24ª), Amapá (25ª), Acre (26ª) e Roraima (27ª).

Participação percentual e posição relativa do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2002-2016
Unidades
da
Federação
Produto Interno Bruto
2002 2003 2004 2005 2006
Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa
São Paulo 34,9 34,4 33,4 34,2 34,2
Rio de Janeiro 12,4 11,8 12,3 12,4 12,4
Minas Gerais 8,3 8,4 8,8 8,7 8,8
Rio Grande do Sul 6,6 6,9 6,7 6,3 6,1
Paraná 5,9 6,4 6,3 5,9 5,7
1ª a 5ª posição 68,1   68,0   67,5   67,5   67,3  
Bahia 4,0 3,9 4,0 4,1 4,0
Santa Catarina 3,7 3,7 3,8 3,8 3,8
Distrito Federal 3,6 3,4 3,4 3,5 3,5
Goiás 2,6 2,7 2,6 2,5 2,5
Pernambuco 2,4 10º 2,3 10º 2,3 10º 2,3 10º 2,3 10º
Ceará 1,9 11º 1,9 11º 1,9 13º 1,9 12º 1,9 12º
Pará 1,8 13º 1,8 13º 1,9 12º 1,9 13º 1,9 13º
Mato Grosso  1,3 15º 1,6 14º 1,7 14º 1,6 14º 1,3 15º
Espírito Santo 1,8 12º 1,8 12º 2,0 11º 2,2 11º 2,2 11º
Mato Grosso do Sul 1,1 16º 1,3 16º 1,2 16º 1,1 17º 1,1 17º
Amazonas 1,5 14º 1,5 15º 1,6 15º 1,6 15º 1,7 14º
Maranhão 1,1 17º 1,1 17º 1,1 17º 1,2 16º 1,2 16º
Rio Grande do Norte 0,9 18º 0,9 18º 0,9 18º 0,9 18º 1,0 18º
Paraíba 0,9 19º 0,9 19º 0,8 19º 0,8 19º 0,9 19º
Alagoas 0,8 20º 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º
Piauí 0,5 23º 0,5 23º 0,5 23º 0,5 23º 0,6 22º
Rondônia 0,5 22º 0,5 22º 0,6 22º 0,6 22º 0,5 23º
Sergipe 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º
Tocantins 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º
Amapá 0,2 25º 0,2 25º 0,2 25º 0,2 25º 0,2 25º
Acre 0,2 26º 0,2 26º 0,2 26º 0,2 26º 0,2 26º
Roraima 0,2 27º 0,2 27º 0,1 27º 0,1 27º 0,2 27º
6ª a 27ª posição 31,9   32,0   32,5   32,5   32,7  
(continuação) 
Participação percentual e posição relativa do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2002-2016
Unidades
da
Federação
Produto Interno Bruto
2007 2008 2009 2010 2011
Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa
São Paulo 34,4 33,5 33,8 33,3 32,8
Rio de Janeiro 11,9 12,2 11,8 11,6 11,7
Minas Gerais 8,8 9,0 8,6 9,0 9,1
Rio Grande do Sul 6,2 6,1 6,1 6,2 6,1
Paraná 6,1 6,0 5,9 5,8 5,9
1ª a 5ª posição 67,4   66,7   66,2   65,9   65,6  
Bahia 4,0 3,9 4,1 4,0 3,8
Santa Catarina 3,8 3,9 3,9 4,0 4,0
Distrito Federal 3,4 3,5 3,7 3,7 3,5
Goiás 2,6 2,7 2,8 2,7 2,8
Pernambuco 2,3 10º 2,3 11º 2,4 10º 2,5 10º 2,5 10º
Ceará 1,9 13º 1,9 13º 2,0 12º 2,0 13º 2,0 13º
Pará 1,9 12º 2,0 12º 1,9 13º 2,1 12º 2,3 12º
Mato Grosso  1,4 15º 1,6 14º 1,6 14º 1,5 15º 1,6 15º
Espírito Santo 2,2 11º 2,3 10º 2,1 11º 2,2 11º 2,4 11º
Mato Grosso do Sul 1,1 17º 1,2 17º 1,2 17º 1,2 16º 1,3 16º
Amazonas 1,6 14º 1,5 15º 1,5 15º 1,6 14º 1,6 14º
Maranhão 1,1 16º 1,2 16º 1,2 16º 1,2 17º 1,2 17º
Rio Grande do Norte 1,0 18º 0,9 18º 0,9 18º 0,9 18º 0,9 18º
Paraíba 0,8 19º 0,9 19º 0,9 19º 0,9 19º 0,8 19º
Alagoas 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º
Piauí 0,5 23º 0,5 23º 0,6 23º 0,6 23º 0,6 23º
Rondônia 0,5 22º 0,6 22º 0,6 22º 0,6 22º 0,6 22º
Sergipe 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º
Tocantins 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º 0,4 24º
Amapá 0,2 25º 0,2 25º 0,2 25º 0,2 26º 0,2 25º
Acre 0,2 26º 0,2 26º 0,2 26º 0,2 25º 0,2 26º
Roraima 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º
6ª a 27ª posição 32,6   33,3   33,8   34,1   34,4  
(continuação)  
Participação percentual e posição relativa do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2002-2016
Unidades
da
Federação
Produto Interno Bruto
2012 2013 2014 2015 2016
Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa Partici-pação
(%)
Posição relativa
São Paulo 32,4 32,2 32,2 32,4 32,5
Rio de Janeiro 11,9 11,8 11,6 11,0 10,2
Minas Gerais 9,2 9,2 8,9 8,7 8,7
Rio Grande do Sul 6,0 6,2 6,2 6,4 6,5
Paraná 5,9 6,3 6,0 6,3 6,4
1ª a 5ª posição 65,4   65,6   64,9   64,7   64,4  
Bahia 3,8 3,8 3,9 4,1 4,1
Santa Catarina 4,0 4,0 4,2 4,2 4,1
Distrito Federal 3,4 3,3 3,4 3,6 3,8
Goiás 2,9 2,8 2,9 2,9 2,9
Pernambuco 2,7 10º 2,6 10º 2,7 10º 2,6 10º 2,7 10º
Ceará 2,0 13º 2,0 13º 2,2 12º 2,2 12º 2,2 11º
Pará 2,2 12º 2,3 11º 2,2 13º 2,2 11º 2,2 12º
Mato Grosso  1,7 14º 1,7 14º 1,8 14º 1,8 14º 2,0 13º
Espírito Santo 2,4 11º 2,2 12º 2,2 11º 2,0 13º 1,7 14º
Mato Grosso do Sul 1,3 16º 1,3 16º 1,4 16º 1,4 16º 1,5 15º
Amazonas 1,5 15º 1,6 15º 1,5 15º 1,4 15º 1,4 16º
Maranhão 1,3 17º 1,3 17º 1,3 17º 1,3 17º 1,4 17º
Rio Grande do Norte 1,0 18º 1,0 18º 0,9 18º 1,0 18º 1,0 18º
Paraíba 0,9 19º 0,9 19º 0,9 19º 0,9 19º 0,9 19º
Alagoas 0,7 20º 0,7 20º 0,7 20º 0,8 20º 0,8 20º
Piauí 0,6 23º 0,6 22º 0,7 21º 0,7 21º 0,7 21º
Rondônia 0,6 22º 0,6 23º 0,6 23º 0,6 23º 0,6 22º
Sergipe 0,7 21º 0,7 21º 0,6 22º 0,6 22º 0,6 23º
Tocantins 0,4 24º 0,4 24º 0,5 24º 0,5 24º 0,5 24º
Amapá 0,2 25º 0,2 25º 0,2 26º 0,2 25º 0,2 25º
Acre 0,2 26º 0,2 26º 0,2 25º 0,2 26º 0,2 26º
Roraima 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º 0,2 27º
6ª a 27ª posição 34,6   34,4   35,1   35,3   35,6  
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
Nota: A série 2002 a 2009 refere-se à série retropolada das Contas Regionais tendo por referência o ano de 2010 e, a partir de 2010 a série é estimada.

PIB per capita do Distrito Federal é cerca de 2,6 vezes o do Brasil em 2016

Por unidade da federação, o maior PIB per capita continua sendo o do Distrito Federal (R$ 79.099,77), cerca de 2,6 vezes maior que o nacional. Os outros maiores PIB per capita são, na ordem, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso, que assumiu a quarta posição de Santa Catarina, agora quinto. Na sequência estão Rio Grande do Sul e Paraná, seguido de Mato Grosso do Sul que também está acima da média brasileira desde 2013. O Mato Grosso foi o estado que mais avançou nessa classificação, passando de 11º em 2002 para 4º em 2016.

Por outro lado, Maranhão (27º) e Piauí (26º) continuam os menores PIB per capitas. Ao longo da série, os dois estados alternaram posições, mas nunca subiram na classificação. O PIB per capita de ambos, no entanto, passou de 30% do nacional para 40% em 2016. O Piauí foi o estado em que o valor do PIB per capita mais cresceu dentre todos as unidades da federação, cerca de 5,3 vezes entre 2002 e 2016 (de R$ 2.440,70 para R$ 12.890,25). O Mato Grosso também se destacou neste quesito, crescendo cerca de 5,2 vezes. Outros estados que se destacaram no crescimento do PIB per capita ao longo da série foram Tocantins (4,7 vezes) e Maranhão e Mato Grosso do Sul (4,5 vezes).

 

Valor corrente, variação nominal, posição relativa e a razão do PIB per capita das Unidades da Federação e o PIB per capita do Brasil - 2002 e 2016
Unidades
da
Federação
2002 2016 Variação nominal 2016/2002 Posição relativa da variação nominal 2016/2002
PIB per capita
(R$)
Razão entre o PIB per capita da UF e o PIB per capita do Brasil Posição relativa PIB per capita
(R$)
Razão entre o PIB per capita da UF e o PIB per capita do Brasil Posição relativa
Distrito Federal 24.721,18 2,9 79.099,77 2,6               3,2 22º
São Paulo 13.443,91 1,6 45.542,32 1,5               3,4 20º
Rio de Janeiro 12.414,77 1,5 38.481,96 1,3               3,1 25º
Mato Grosso 7.265,37 0,9 11º 37.462,74 1,2               5,2
Santa Catarina 9.745,87 1,2 37.140,47 1,2               3,8 15º
Rio Grande do Sul 9.423,79 1,1 36.206,54 1,2               3,8 14º
Paraná 8.927,46 1,1 35.726,38 1,2               4,0 11º
Mato Grosso do Sul 7.599,05 0,9  34.247,79 1,1               4,5
BRASIL 8.440,27 1,0   30.411,30 1,0                 3,6  
Espírito Santo 8.348,80 1,0 27.487,45 0,9               3,3 21º
Goiás 7.307,95 0,9 10º 27.135,06 0,9 10º               3,7 17º
Minas Gerais 6.703,46 0,8 13º 25.937,96 0,9 11º               3,9 12º
Amazonas 7.353,15 0,9 22.245,02 0,7 12º               3,0 27º
Rondônia 5.147,41 0,6 16º 22.072,99 0,7 13º               4,3
Roraima 6.736,70 0,8 12º 21.413,52 0,7 14º               3,2 23º
Tocantins 4.344,12 0,5 21º 20.598,73 0,7 15º               4,7
Amapá 5.977,03 0,7 14º 18.329,19 0,6 16º               3,1 26º
Pernambuco 4.426,56 0,5 19º 17.777,25 0,6 17º               4,0 10º
Rio Grande do Norte 4.709,83 0,6 18º  17.168,60 0,6 18º               3,6 18º
Sergipe 5.529,80 0,7 15º 17.153,91 0,6 19º               3,1 24º
Bahia 4.388,28 0,5 20º 16.931,10 0,6 20º               3,9 13º
Acre 4.876,17 0,6 17º 16.837,69 0,6 21º               3,5 19º
Pará 4.043,64 0,5 22º 16.689,55 0,5 22º               4,1
Ceará 3.712,24 0,4 24º 15.437,75 0,5 23º               4,2
Paraíba 3.627,98 0,4 25º 14.774,41 0,5 24º               4,1
Alagoas 3.962,88 0,5 23º 14.723,70 0,5 25º               3,7 16º
Piauí 2.440,70 0,3 27º 12.890,25 0,4 26º               5,3
Maranhão 2.718,05 0,3 26º 12.264,28 0,4 27º               4,5
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus  SUFRAMA

 Tocantins foi o estado com maior crescimento no PIB de 2002 a 2016

Entre 2002 e 2016, o volume do PIB do Brasil cresceu 40,6%, 2,5% ao ano (a.a.), em média. O estado que mais cresceu foi Tocantins (5,2% a.a.), seguido por Mato Grosso (4,7% a.a.) e Roraima (4,3% a.a.). Em Tocantins, o destaque no período foi  Indústrias de transformação, que cresceu 10,4% a.a.. No Mato Grosso, a variação foi impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu 5,9% a.a., acompanhando o desenvolvimento do cultivo de soja.

Em Roraima, a variação mais importante foi da atividade Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que cresceu 3,5% a.a. e responde por quase 50% da economia do estado. A exemplo do Tocantins, todos os estados da região Norte tiveram variação em volume do PIB maior que a média nacional.

Por região, a Região Norte obteve o maior crescimento na série de 2002 a 2016. A região cresceu 3,7% a.a., seguido de Centro-Oeste (3,6% a.a.) e Nordeste (2,8% a.a.). Os menores resultados são das regiões Sudeste e Sul, 2,2% a.a. e 2,1% a.a., respectivamente.

Posição da variação em volume acumulada, variação em volume acumulada, variação em volume média ao ano, participação percentual e posição relativa do PIB por Unidade da Federação - 2002-2016
Unidades da Federação Produto Interno Bruto
Posição da variação em volume acumulada 2002-2016 Variação
em volume acumulada (%)
2002-2016
Variação
em volume média ao ano (%)
2002-2016
Participação no PIB do Brasil (%) 2002 Participação no PIB do Brasil (%) 2016
               Brasil   40,6 2,5    
          Norte  65,5 3,7 4,7 5,4
Rondônia 71,9 3,9 0,5 0,6
Acre 76,8 4,2 0,2 0,2
Amazonas 14º 56,9 3,3 1,5 1,4
Roraima 79,5 4,3 0,2 0,2
Pará 11º 59,2 3,4 1,8 2,2
Amapá 67,6 3,8 0,2 0,2
Tocantins 103,4 5,2 0,4 0,5
          Nordeste  46,4 2,8 13,1 14,3
Maranhão 66,5 3,7 1,1 1,4
Piauí 72,7 4,0 0,5 0,7
Ceará 16º 50,6 3,0 1,9 2,2
Rio Grande do Norte 24º 34,6 2,1 0,9 1,0
Paraíba 10º 62,7 3,5 0,9 0,9
Pernambuco 18º 42,6 2,6 2,4 2,7
Alagoas 17º 43,6 2,6 0,8 0,8
Sergipe 19º 41,4 2,5 0,7 0,6
Bahia 21º 38,2 2,3 4,0 4,1
          Sudeste  35,8 2,2 57,4 53,2
Minas Gerais 25º 34,1 2,1 8,3 8,7
Espírito Santo 15º 53,6 3,1 1,8 1,7
Rio de Janeiro 27º 25,3 1,6 12,4 10,2
São Paulo 20º 39,0 2,4 34,9 32,5
          Sul  33,6 2,1 16,2 17,0
Paraná 22º 38,2 2,3 5,9 6,4
Santa Catarina 23º 37,0 2,3 3,7 4,1
Rio Grande do Sul 26º 27,6 1,8 6,6 6,5
          Centro-Oeste 63,3 3,6 8,6 10,1
Mato Grosso do Sul 65,7 3,7 1,1 1,5
Mato Grosso  89,1 4,7 1,3 2,0
Goiás 13º 57,1 3,3 2,6 2,9
Distrito Federal 12º 57,4 3,3 3,6 3,8
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
Nota: A série 2002 a 2009 refere-se à série retropolada das Contas Regionais tendo por referência o ano de 2010 e, a partir de 2010 a série é estimada.

 Remuneração dos empregados representava 60,7% do PIB de Roraima em 2016

Em 2016, sob a ótica da renda, o excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto respondeu por 40,8% do PIB do país, aumento de 0,4 p.p. frente a 2015, enquanto a remuneração dos empregados (44,7%), avançou 0,1 p.p.. Já os impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação, reduziram sua participação em 0,5 p.p. e tiveram a menor participação na série iniciada em 2010 (14,5%).

Na região Norte, em 2016, existe uma equivalência entre as proporções de remuneração dos empregados e o excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto, além de ser a região em que este segundo quesito detém o maior peso no PIB (44,3%), influência direta de Pará e Amazonas. Já a remuneração dos empregados tem 44,2% de participação, influenciado por Roraima (60,7%) e Amapá (57,9%), onde essa componente tem o maior peso entre as unidades da federação, influenciado por Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.

No Nordeste, a remuneração dos empregados tem a maior participação no PIB (47,3% em 2016). A perda de participação verificada entre 2015 e 2016 (0,5 p p.) foi influenciada por Pernambuco e Bahia, que viram o excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto ganhar participação em virtude do ganho do peso da Industria em suas economias.

A remuneração dos empregados no Sudeste elevou sua participação no PIB regional entre 2015 e 2016, de 44,1% para 44,5%, influenciada pelo fato de Rio de Janeiro e Espírito Santo verificarem reduções em suas Indústrias Extrativas no período.

Os estados da Região Sul possuem distribuição similar das componentes do PIB pela ótica da renda. Já a Região Centro-Oeste destaca-se pelos altos índices de participação do excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto de Mato Grosso (53,8%) e Mato Grosso do Sul (48,9%), os maiores em todo o Brasil. Na tabela abaixo estão as informações do PIB das unidades da federação segundo a ótica da renda.

Participação dos componentes do PIB pela ótica da renda segundo as Unidades da Federação (%) - 2016
Brasil e Unidades
da Federação
Remuneração dos empregados Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto Impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação
Brasil 44,7 40,8 14,5
Rondônia 47,0 41,9 11,0
Acre 53,7 36,8 9,5
Amazonas 40,4 43,9 15,8
Roraima 60,7 31,5 7,8
Pará 41,7 48,1 10,2
Amapá 57,9 35,4 6,7
Tocantins 46,5 43,5 10,0
Maranhão 44,0 44,4 11,6
Piauí 52,4 36,4 11,2
Ceará 50,2 37,0 12,8
Rio Grande do Norte 49,9 38,3 11,8
Paraíba 51,7 37,0 11,3
Pernambuco 47,0 38,2 14,8
Alagoas 46,6 43,3 10,1
Sergipe 49,5 39,1 11,3
Bahia 44,4 43,1 12,5
Minas Gerais 45,2 41,7 13,1
Espírito Santo 43,2 40,1 16,7
Rio de Janeiro 49,7 33,8 16,5
São Paulo 42,8 40,5 16,7
Paraná 41,8 44,8 13,4
Santa Catarina 44,7 39,2 16,1
Rio Grande do Sul 41,7 44,7 13,6
Mato Grosso do Sul 40,5 48,9 10,5
Mato Grosso 36,7 53,8 9,5
Goiás 42,2 46,2 11,6
Distrito Federal 56,3 30,6 13,1
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.