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Em setembro, produção industrial cai 1,8%

01/11/2018 09h00 | Atualizado em 05/11/2018 14h51

Em setembro de 2018, a produção industrial nacional recuou (-1,8%) frente a agosto (série com ajuste sazonal), terceira taxa negativa seguida e acumulando nesse período redução de 2,7%. No confronto com setembro de 2017 (série sem ajuste sazonal), a indústria caiu 2,0%, primeiro resultado negativo nesta comparação, após três altas consecutivas.

Setembro 2018 /Agosto 2018 -1,8%
Setembro 2018 / Setembro 2017 -2,0%
Acumulado em 2018 1,9%
Acumulado em 12 meses 2,7%
Média Móvel Trimestral -0,9%

Os índices acumulados do ano (1,9%) e nos últimos doze meses (2,7%) continuam positivos, mas o setor mostrou perda de ritmo frente aos meses anteriores.
A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) pode ser acessada à direita.

Produção Industrial - Grandes Categorias Econômicas - Brasil - Setembro de 2018     
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
 Setembro 2018/Agosto 2018*  Setembro 2018/Setembro 2017  Acumulado Janeiro-Setembro  Acumulado nos Últimos 12 Meses
 Bens de Capital  -1,3  3,9  8,5  9,2
Bens Intermediários -1,0 -2,6 1,0 1,7
Bens de Consumo -1,5 -2,0 2,4 3,2
Duráveis -5,5 -4,5 11,6 13,1
Semiduráveis e não Duráveis -0,7 -1,4 0,1 0,8
Indústria Geral  -1,8 -2,0 1,9 2,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria   *Série com ajuste sazonal   

16 dos 26 ramos industriais recuaram

O recuo de 1,8% da indústria na passagem de agosto para setembro de 2018 mostrou taxas negativas nas quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências negativas mais relevantes foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,1%), máquinas e equipamentos (-10,3%) e bebidas (-9,6%). Com esses resultados, o primeiro setor voltou a recuar, após avançar 2,2% no mês anterior; o segundo interrompeu três meses seguidos de crescimento, período em que cresceu 10,3%; e o último recuou pelo terceiro mês consecutivo e acumulou perda de 19,2% no período.

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (-1,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,7%), de outros produtos químicos (-1,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-2,4%). Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o mais relevante para a média global foi assinalado por metalurgia, que avançou 5,4%, após mostrar variação negativa de 0,2% em agosto último.

Entre as grandes categorias, ainda em relação a agosto, bens de consumo duráveis, ao recuar 5,5%, mostrou a queda mais acentuada em setembro de 2018, influenciada, em grande parte, pela menor produção de automóveis. Esse segmento manteve-se predominantemente em queda e acumulou perda de -6,4% desde julho. Os setores de bens de capital (-1,3%), bens intermediários (-1,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%) também recuaram, embora menos intensamente do que a média nacional (-1,8%).

Com esses resultados, o primeiro setor eliminou parte da alta de 5,5% verificada no mês anterior; o segundo acumulou redução de 3,4% em dois meses consecutivos de queda; e o último teve o terceiro resultado negativo seguido, acumulando queda de -2,2% no período.

Média Móvel Trimestral recua 0,9%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou recuo de 0,9% no trimestre encerrado em setembro de 2018 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-2,1%) assinalou o resultado negativo mais intenso em setembro de 2018, após avançar 8,5% em agosto último.

Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%), bens intermediários (-0,6%) e bens de capital (-0,5%) também recuaram, com o primeiro revertendo o comportamento positivo presente desde junho último; o segundo interrompendo a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018; e o terceiro voltando a recuar após crescer 7,3% no mês anterior.

Indústria recuou 2,0% em relação a setembro de 2017

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou recuo de 2,0% em setembro de 2018, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos. Vale citar que setembro de 2018 (19 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20).

Entre as atividades, o principal impacto negativo na indústria foi registrado por produtos alimentícios (-11,8%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas e rações. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%), de bebidas (-12,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,3%), de máquinas e equipamentos (-3,6%) e de móveis (-9,4%).

Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2017, entre os treze setores que apontaram ampliação na produção, metalurgia (9,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (22,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,9%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de celulose, papel e produtos de papel (6,8%), de outros produtos químicos (2,1%) e de produtos de metal (4,1%).

Ainda em relação a setembro de 2017, bens de consumo duráveis (-4,5%) e bens intermediários (-2,6%) tiveram os recuos mais intensos entre as grandes categorias econômicas. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,4%) também recuou, embora menos intensamente que a média nacional (-2,0%). A única alta veio de bens de capital (3,9%).

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou recuo de 4,5% em setembro de 2018 frente a igual período do ano anterior, interrompendo, dessa forma, três meses consecutivos de crescimento na produção: junho (14,6%), julho (17,0%) e agosto (9,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-2,6%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-14,7%). Também houve recuos em móveis (-11,6%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-1,0%). Já os impactos positivos mais importantes vieram de motocicletas (4,8%) e de outros eletrodomésticos (0,8%).

A produção de bens intermediários, ao recuar 2,6% no índice mensal de setembro de 2018, interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas: junho (2,1%), julho (3,8%) e agosto (0,9%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de produtos alimentícios (-21,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%), de produtos têxteis (-4,9%), de máquinas e equipamentos (-2,5%) e de produtos de borracha e de material plástico (-0,6%), enquanto as pressões positivas vieram da metalurgia (9,0%), celulose, papel e produtos de papel (7,9%), produtos de metal (5,0%), outros produtos químicos (2,1%), produtos de minerais não-metálicos (1,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e indústrias extrativas (0,2%).

Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos de insumos típicos para construção civil (1,0%), quarto mês consecutivo de crescimento na produção; e de embalagens (3,9%), que marcou o quarto avanço seguido nesse tipo de comparação, mas que foi o menos acentuado dessa sequência.

Ainda em relação a igual mês de 2017, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,4% em setembro de 2018, segunda taxa negativa consecutiva e mais intensa que a do mês anterior (-0,6%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,1%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas, cervejas, chope, refrigerantes e vinhos de uvas. Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos subsetores de carburantes (-4,5%) e de semiduráveis (-3,7%).

Por outro lado, o grupamento de não-duráveis (6,8%) apontou a única taxa positiva nessa categoria, impulsionado, principalmente, pela expansão na produção de medicamentos e impressos para fins publicitários ou promocionais em papel.

O setor produtor de bens de capital apontou expansão de 3,9% no índice mensal de setembro de 2018, quarto resultado positivo seguido, mas o menos acentuado dessa sequência. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pelo avanço no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (14,9%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhões, reboques e semirreboques, caminhão-trator para reboques e semirreboques e aviões.

As demais taxas positivas foram de bens de capital para construção (10,0%), agrícolas (5,6%) e para energia elétrica (3,2%). Já os impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-9,3%) e de uso misto (-0,8%).

Indústria avança 1,2% no 3º trimestre de 2018

Em bases trimestrais, o setor industrial, ao avançar 1,2% no terceiro trimestre de 2018, manteve o comportamento positivo presente desde o primeiro trimestre de 2017 (1,5%), mas mostrou perda de ritmo frente aos resultados do primeiro (2,8%) e segundo trimestres desse ano (1,7%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.

A redução na intensidade do crescimento da produção industrial também foi observada em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis, que passou de 11,3% no segundo trimestre para 7,1% no terceiro. Os setores de bens de capital (de 7,8% para 6,8%) e bens de consumo semi e não-duráveis (de 0,6% para -0,2%) também fizeram esse movimento entre esses dois períodos, enquanto o segmento de bens intermediários (de 0,6% para 0,7%) foi o único que apontou ganho.

Em 2018, Indústria acumula 1,9%

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,9%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 51,8% dos 805 produtos.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (16,5%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques e autopeças.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de metalurgia (5,5%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de celulose, papel e produtos de papel (5,8%), de máquinas e equipamentos (4,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,4%). Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a de produtos alimentícios (-3,9%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria. Vale destacar também os resultados negativos vindos dos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-4,3%).

Entre as grandes categorias, os resultados em 2018 mostram maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,6%) e bens de capital (8,5%), impulsionadas, em grande parte, por automóveis (15,2%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (11,1%), na primeira; e bens de capital para equipamentos de transporte (16,4%), na segunda.

Os setores de bens intermediários (1,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,1%) também acumularam taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (1,9%).