IPCA-15 varia 0,58% em outubro
23/10/2018 09h00 | Atualizado em 23/10/2018 09h14
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,58% em outubro, ficando 0,49 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (0,09%). Configura-se no maior resultado para um mês de outubro desde 2015 (0,66%). A variação acumulada no ano foi de 3,83% e, em relação aos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%, acima dos 4,28% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa foi de 0,34%.
Período | TAXA |
---|---|
Outubro de 2018 | 0,58% |
Setembro de 2018 | 0,09% |
Outubro de 2017 | 0,34% |
Acumulado no ano | 3,83% |
Acumulado nos 12 meses | 4,53% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e Bebidas (0,44%) e Transportes (1,65%) apresentaram forte aceleração de setembro para outubro, conforme pode ser observado na tabela abaixo. Estes dois grupos respondem por cerca de 70% do IPCA-15 do mês. Os demais grupos oscilaram entre o 0,01% de Comunicação e o 0,66% de Saúde e Cuidados Pessoais.
IPCA-15 - Grupos - Variação e Impacto | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,09 | 0,58 | 0,09 | 0,58 |
Alimentação e Bebidas | -0,41 | 0,44 | -0,10 | 0,11 |
Habitação | 0,30 | 0,15 | 0,05 | 0,02 |
Artigos de Residência | 0,32 | 0,49 | 0,01 | 0,02 |
Vestuário | 0,00 | 0,28 | 0,00 | 0,02 |
Transportes | 0,21 | 1,65 | 0,04 | 0,30 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,26 | 0,66 | 0,03 | 0,08 |
Despesas Pessoais | 0,46 | 0,22 | 0,05 | 0,02 |
Educação | 0,10 | 0,21 | 0,01 | 0,01 |
Comunicação | 0,02 | 0,01 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
O grupo Alimentação e bebidas, após a queda apresentada em setembro (-0,41%), registrou aceleração nos preços em outubro (0,44%), por conta do grupamento da alimentação no domicílio, que apresentou alta de 0,52% frente a queda de 0,70% de setembro. Esse resultado foi influenciado pela alta nos preços de alguns itens como tomate (16,76%), frutas (1,90%) e carnes (0,98%). Por outro lado, a cebola (-8,48%), o leite longa vida (-4,10%) e os ovos (-2,26%) permanecem com queda de preços.
A alimentação fora também acelerou de setembro (0,12%) para outubro (0,30%), com destaque para as altas no lanche (0,06% em setembro para 0,74% em outubro) e na refeição (de 0,06% em setembro para 0,26% em outubro).
O grupo dos Transportes apresentou a maior variação entre os grupos no mês de outubro (1,65%) por conta dos combustíveis que, após a queda de 0,19% de setembro vieram, em outubro, com alta de 4,74%. O litro da gasolina, item com maior impacto individual no índice do mês com 0,21 p.p., ficou mais caro, em média, 4,57%, com as regiões pesquisadas variando entre os 2,70% da região metropolitana de Belém e os 6,72% da região metropolitana de Recife. O litro do etanol subiu, em média, 6,02% em outubro. Tanto a gasolina quanto o etanol haviam registrado, no mês anterior, variação negativa de preços: -0,07% e -1,36%, respectivamente. Já o óleo diesel, que em setembro havia subido 2,41%, acelerou em outubro, atingindo 5,71%.
Em Saúde e Cuidados Pessoais, que registrou 0,66% de variação e 0,08 p.p. de impacto no índice, sobressaem os itens higiene pessoal (de -0,49% em setembro para 1,50% em outubro) e o plano de saúde (de 0,81% em setembro para 0,75% em outubro). Este último reflete a apropriação da fração mensal dos reajustes a serem aplicados nos planos individuais antigos – aqueles com contratos vigentes anteriores a 1999. O resultado contempla a fração mensal do reajuste, descontando a variação apropriada nos meses de julho a setembro.
Na Habitação (0,15%), a variação de 0,08% no item taxa de água e esgoto reflete o reajuste de 9,98%, em Belém (5,56%), em vigor desde 1º de setembro. Já no item gás encanado (1,26%) a variação contempla o reajuste de 14,89% nas tarifas em Curitiba (14,89%), a partir de 14 de setembro. Ainda no grupo Habitação, o item energia elétrica apresentou variação de -0,08% em outubro, frente a taxa de 0,34% de setembro.
Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram aceleração no nível de preços de setembro para outubro, conforme pode ser observado na tabela a seguir. A região metropolitana de Pernambuco (0,35%) apresentou o menor resultado, em razão da queda de 2,33% registrada na energia elétrica. O maior resultado foi na região metropolitana de Porto Alegre (0,91%) influenciado pela gasolina (4,50%).
IPCA-15 - Regiões | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) |
Variação acumulada (%) |
||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,40 | 0,05 | 0,91 | 4,57 | 5,51 |
Curitiba | 7,79 | 0,18 | 0,78 | 3,97 | 4,13 |
Salvador | 7,35 | -0,42 | 0,75 | 3,77 | 3,64 |
Brasília | 3,46 | 0,36 | 0,65 | 3,13 | 4,26 |
Goiânia | 4,44 | 0,53 | 0,59 | 3,10 | 5,36 |
São Paulo | 31,68 | 0,16 | 0,58 | 4,16 | 5,20 |
Fortaleza | 3,49 | -0,03 | 0,57 | 2,94 | 3,13 |
Belém | 4,65 | 0,07 | 0,50 | 2,19 | 2,35 |
Rio de Janeiro | 12,46 | 0,02 | 0,42 | 3,95 | 4,61 |
Belo Horizonte | 11,23 | 0,18 | 0,40 | 4,12 | 4,42 |
Recife | 5,05 | -0,21 | 0,35 | 2,94 | 3,39 |
Brasil | 100,00 | 0,09 | 0,58 | 3,83 | 4,53 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema. Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2018 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 13 de setembro de 2018 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.