IPCA varia 0,48% em setembro
05/10/2018 09h00 | Atualizado em 16/10/2018 16h36
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,48%, acima da taxa de -0,09% registrada em agosto. Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA registrou 0,54%. O acumulado no ano ficou em 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%, acima dos 4,19% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa atingiu 0,16%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período | TAXA |
SETEMBRO de 2018 | 0,48% |
Agosto de 2018 | -0,09% |
Setembro de 2017 | 0,16% |
Acumulado no ano | 3,34% |
Acumulado nos 12 meses | 4,53% |
À exceção dos grupos Vestuário (-0,02%) e Comunicação (-0,07%), os demais apresentaram variação positiva nos níveis de preços de agosto para setembro. Respondendo por cerca de 43% das despesas das famílias, os grupos Alimentação e bebidas e Transportes, que em agosto apresentaram deflação, -0,34% e -1,22%, respectivamente, em setembro apresentaram altas de 0,10% e 1,69%, conforme mostra a tabela a seguir.
IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Agosto | Setembro | Agosto | Setembro | |
Índice Geral | -0,09 | 0,48 | -0,09 | 0,48 |
Alimentação e Bebidas | -0,34 | 0,10 | -0,08 | 0,03 |
Habitação | 0,44 | 0,37 | 0,07 | 0,06 |
Artigos de Residência | 0,56 | 0,11 | 0,02 | 0,00 |
Vestuário | 0,19 | -0,02 | 0,01 | 0,00 |
Transportes | -1,22 | 1,69 | -0,23 | 0,31 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,53 | 0,28 | 0,07 | 0,03 |
Despesas Pessoais | 0,36 | 0,38 | 0,04 | 0,04 |
Educação | 0,25 | 0,24 | 0,01 | 0,01 |
Comunicação | 0,03 | -0,07 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Após a queda de 1,22% em agosto, o grupo dos Transportes (1,69%) apresentou-se com a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,31 ponto percentual (p.p.). Para um mês de setembro, a variação de 1,69% é a maior desde a implantação do Plano Real em 1994, sendo, também, a segunda variação acima de 1,00% no período (em setembro de 1994 a alta foi de 1,22%).
O destaque do grupo foram os combustíveis que saíram da queda de 1,86%, em agosto, para 4,18%, em setembro, representando 0,24 p.p. de impacto no IPCA, ou 50% do índice. Com exceção do gás veicular, que desacelerou de agosto (2,41%) para setembro (0,85%), os demais combustíveis pesquisados apresentaram taxas positivas após deflação em agosto: gasolina (de -1,45% em agosto para 3,94% em setembro), etanol (de -4,69% em agosto para 5,42% em setembro) e óleo diesel (de -0,29% em agosto para 6,91% em setembro). Cabe destacar que o preço do óleo diesel nas refinarias foi reajustado em 13,00% a partir de 31 de agosto.
Ainda nos Transportes, o item passagem aérea também se destacou com alta de 16,81%, após a queda de 26,12% registrada em agosto.
O grupo Alimentação e bebidas, após duas quedas consecutivas, -0,12% em julho e -0,34% em agosto, apresentou variação positiva em setembro, 0,10%. A alimentação no domicílio (0,00%) apresentou, na média, estabilidade nos níveis de preços, e deixou para trás a queda de 0,72% de agosto. Os destaques foram as frutas (4,42%), o arroz (2,16%) e o pão francês (0,96%). No lado das quedas sobressaíram: cebola (-12,85%), batata-inglesa (-8,11%), leite longa vida (-5,82%), farinha de mandioca (-5,54%) e ovos (-2,15%).
Já o grupamento da alimentação fora variou 0,29%, com destaque para o lanche (0,57%) e a refeição (0,19%).
No grupo Habitação (0,37%), a principal influência veio da energia elétrica (0,46%). Houve reajuste nas tarifas nas seguintes áreas: 16,94% em São Luís (12,72%) a partir de 28 de agosto; 12,00% em Belém (1,09%) e 15,98% em Vitória (5,97%), ambos em vigor desde 07 de agosto. As demais regiões pesquisadas variaram entre os -6,20% da região metropolitana de Belo Horizonte e o 1,74% da de Porto Alegre, em razão dos aumentos ou reduções nas alíquotas de PIS/COFINS.
Cabe destacar que, desde junho, encontra-se em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido.
Ainda no grupo Habitação, a variação de 0,30% no item taxa de água e esgoto foi em razão dos reajustes nas tarifas das seguintes regiões pesquisadas:
IPCA - Taxa de água e esgoto | |||
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Região | Variação (%) | Reajuste (%) | Data |
Belém | 9,30 | 9,98 | 01/09 |
Vitória | 2,21 | 3,89 | 16/08 |
Rio de Janeiro | 0,68 | 5,94 | 01/08 |
Belo Horizonte | 0,43 | 4,31 | 01/08 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O item gás encanado (0,77%), também do grupo Habitação, refletiu os reajustes de 14,89% em Curitiba (7,20%) a partir de 14 de setembro e de 2,52% no Rio de Janeiro (0,30%), em vigor desde 1º de agosto.
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, o maior índice ficou com Brasília (1,06%) em virtude da alta de 22,48% nas passagens aéreas e de 7,99% na gasolina. O menor índice (0,06%) ficou com Belém, onde sobressaíram as quedas no açaí (-9,89%) e na farinha de mandioca (-3,03%).
IPCA - Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Agosto | Setembro | Ano | 12 meses | ||
Brasília | 2,80 | -0,72 | 1,06 | 2,76 | 4,33 |
Vitória | 1,78 | -0,04 | 0,88 | 3,78 | 4,05 |
São Luís | 1,87 | -0,51 | 0,72 | 2,13 | 2,13 |
São Paulo | 30,67 | 0,12 | 0,61 | 3,53 | 5,30 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,10 | 0,57 | 4,04 | 5,23 |
Curitiba | 7,79 | -0,20 | 0,57 | 3,23 | 4,39 |
Goiânia | 3,59 | 0,30 | 0,49 | 2,49 | 5,56 |
Campo Grande | 1,51 | -0,18 | 0,46 | 2,50 | 3,50 |
Rio Branco | 0,42 | 0,26 | 0,42 | 2,38 | 2,38 |
Rio de Janeiro | 12,06 | -0,38 | 0,38 | 3,68 | 4,62 |
Salvador | 6,12 | -0,27 | 0,35 | 3,30 | 3,60 |
Fortaleza | 2,91 | -0,28 | 0,28 | 2,27 | 3,07 |
Belo Horizonte | 10,86 | -0,01 | 0,27 | 3,66 | 4,27 |
Recife | 4,20 | -0,09 | 0,15 | 2,55 | 3,39 |
Aracaju | 0,79 | 0,03 | 0,08 | 1,74 | 1,74 |
Belém | 4,23 | -0,12 | 0,06 | 1,95 | 2,15 |
Brasil | 100,00 | -0,09 | 0,48 | 3,34 | 4,53 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 29 de agosto de 2018 (base).
INPC varia 0,30% em setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,30% em setembro, após a estabilidade na média de preços em agosto (0,00%). Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o INPC registrou 0,51%. O acumulado no ano ficou em 3,14%, acima do 1,24% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 3,97%, acima dos 3,64% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa foi de -0,02%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,05% em setembro enquanto, no mês anterior, registraram queda de 0,44%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,41% enquanto, em agosto, havia registrado 0,19%.
Na ótica dos índices regionais, o maior índice ficou com Vitória (0,75%), em virtude do reajuste de 15,98% na energia elétrica (5,84%), em vigor desde 07 de agosto e da gasolina (4,36%). O menor índice ficou com Aracaju (-0,17%), onde sobressai a queda no item perfume (-3,56%) e na energia elétrica (-2,34%) motivada pela redução de 31,37% na alíquota do PIS/COFINS.
INPC - Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
Agosto | Setembro | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,83 | 0,30 | 0,75 | 3,94 | 3,95 |
Brasília | 1,88 | -0,40 | 0,54 | 2,40 | 3,54 |
São Luís | 3,11 | -0,45 | 0,53 | 1,72 | 1,72 |
São Paulo | 24,24 | 0,23 | 0,47 | 3,66 | 5,19 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,01 | 0,45 | 4,20 | 5,21 |
Curitiba | 7,29 | -0,01 | 0,44 | 3,40 | 4,39 |
Goiânia | 4,15 | 0,39 | 0,41 | 2,08 | 5,12 |
Campo Grande | 1,64 | -0,13 | 0,35 | 2,29 | 3,19 |
Rio Branco | 0,59 | 0,63 | 0,24 | 2,81 | 2,81 |
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,31 | 0,21 | 4,16 | 4,45 |
Salvador | 8,75 | -0,13 | 0,20 | 2,82 | 2,92 |
Fortaleza | 5,42 | -0,17 | 0,15 | 1,95 | 2,58 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,05 | 0,13 | 3,36 | 3,77 |
Recife | 5,88 | -0,05 | 0,06 | 1,94 | 2,52 |
Belém | 6,44 | -0,09 | -0,13 | 1,66 | 1,59 |
Aracaju | 1,29 | 0,07 | -0,17 | 1,24 | 1,24 |
Brasil | 100,00 | 0,00 | 0,30 | 3,14 | 3,97 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 29 de agosto de 2018 (base).