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Índice de Preços ao Produtor sobe 1,13% em julho

29/08/2018 09h00 | Atualizado em 29/08/2018 11h58

Os preços da indústria variaram 1,13% em julho, resultado inferior ao de junho (2,27%). Na mesma comparação, 20 das 24 atividades tiveram variações positivas de preços, contra 19 no mês anterior. Em julho de 2017, o resultado fora -1,01%.

O acumulado no ano chegou a 9,84% e nos 12 meses, a 15,89%. O material de apoio da divulgação do Índice de Preços ao Produtor está à direita.  

Período

TAXA

Julho 2018

1,13%

Junho 2018

2,27%

Julho 2017

-1,01%

Acumulado no ano

9,84%

Acumulado 12 meses

15,89%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). 

 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses 
Indústria Geral e Seções Variações (%) 
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12 
MAI/18 JUN/18 JUL/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 
Indústria Geral 2,55 2,27 1,13 6,20 8,61 9,84 10,70 13,44 15,89
B - Indústrias Extrativas 0,81 5,72 2,37 14,17 20,69 23,55 40,39 59,02 65,79
C - Indústrias de Transformação 2,63 2,12 1,08 5,87 8,12 9,28 9,68 11,98 14,31
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Em julho, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral), variaram 1,13% em relação a junho, resultado inferior ao observado em junho/maio (2,27%).

As quatro maiores variações observadas em julho/2018 se deram nas seguintes atividades industriais: outros produtos químicos (4,98%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,37%), indústrias extrativas (2,37%) e produtos de metal (1,89%).

Em termos de influência, na comparação entre julho/2018 e junho/2018 (1,13%), sobressaíram outros produtos químicos (0,51 p.p.), metalurgia (0,15 p.p.), indústrias extrativas (0,10 p.p.) e veículos automotores (0,10 p.p.).

O indicador acumulado no ano (julho/2018 contra dezembro/2017) atingiu 9,84%, contra 8,61% em junho/2018. Entre as atividades com as maiores variações percentuais neste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (23,55%), outros produtos químicos (20,74%), refino de petróleo e produtos de álcool (16,17%) e metalurgia (13,47%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (2,00 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,85 p.p.), alimentos (1,64 p.p.) e metalurgia (1,08 p.p.).  

O indicador acumulado em 12 meses (julho/2018 contra julho/2017) chegou a 15,89%, contra 13,44% em junho/2018. As quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (65,79%), refino de petróleo e produtos de álcool (42,41%), outros produtos químicos (29,32%) e metalurgia (21,63%). Já os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (4,18 p.p.), outros produtos químicos (2,78 p.p.), indústrias extrativas (2,02 p.p.) e metalurgia (1,70 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, em julho a variação de preços de 1,13% repercutiu da seguinte maneira: 1,57% em bens de capital; 1,56% em bens intermediários; e 0,25% em bens de consumo, sendo que 0,43% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,19% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. 

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas  - Últimos três meses 
Indústria Geral e Seções Variações (%) 
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12 
MAI/18 JUN/18 JUL/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 
Indústria Geral 2,55 2,27 1,13 6,20 8,61 9,84 10,70 13,44 15,89
Bens de Capital (BK) 1,48 1,00 1,57 4,78 5,83 7,49 7,99 8,04 10,43
Bens Intermediários (BI) 3,41 2,86 1,56 9,21 12,33 14,08 15,92 19,70 22,89
Bens de consumo (BC) 1,33 1,55 0,25 1,58 3,15 3,41 3,11 4,91 6,23
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,46 0,36 0,43 2,06 2,43 2,87 3,35 3,74 3,98
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 1,61 1,92 0,19 1,43 3,38 3,58 3,04 5,28 6,95
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria         

Tiveram destaque nos resultados, os seguintes setores:

Outros produtos químicos: a indústria química, no mês de julho, subiu 4,98%, em relação a junho, maior valor desde março de 2015 e maior variação entre todas as atividades analisadas pelo IPP, completando onze meses seguidos de elevação de preços. Com isso houve uma variação positiva de 20,74% no acumulado do ano (a maior ocorrida, em um mês de julho, desde o início da série em 2010) e 29,32% nos 12 últimos meses (maior variação alcançada para esta atividade em toda a série), situação bem diversa da que ocorreu em julho de 2017, quando, por exemplo, o acumulado em 12 meses alcançou -0,16%.

Entre os que tiveram maior elevação de preços no mês, destacam-se “amoníaco”, “copolímero de etileno / acetato de vinila (EVA)”, “fenol (hidróxibenzeno) e seus sais” e “propeno (propileno) não saturado”. Em relação aos produtos de maior influência, todos com valores positivos, aparecem “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não saturado”, “polipropileno (PP)” e “propeno (propileno) não saturado”.

Metalurgia: houve uma variação de 1,86% em relação a junho, 10 variações positivas nos últimos 11 meses (em janeiro de 2018 a variação foi de -0,06%). O acumulado no ano foi 13,47% e nos últimos 12 meses, 21,63%, ambas as maiores taxas desde o início da série. Considerando a base do IPP de extração e transformação em dezembro de 2013, a variação acumulada no setor foi de 48,04%.

Entre os quatro produtos com as maiores variações de preços, em relação a junho, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, todos os resultados foram positivos, exceto “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”. Dois dos quatro produtos com as maiores influencias estão entre as maiores variações: “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “folhas-de-flandres”.

Também com destaque em influência no resultado do mês, com resultado positivo, aparece o produto “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos” e, com valor negativo, o produto “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”. Os quatro produtos de maior influência no mês representaram 1,19 p.p. da variação e os demais 18 produtos responderam por apenas 0,67 p.p.

Considerando as principais influências nos acumulados no ano e em 12 meses aparecem os mesmos produtos, que são também os de maior peso na atividade: “alumínio não ligado em formas brutas”, “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”.

Indústrias extrativas: em julho, os preços das indústrias extrativas subiram 2,37%, em relação a junho. Essa alta teve influência de 0,10 p.p. sobre o IPP da indústria geral. A variação acumulada no ano foi 23,55%. Em relação a julho de 2017, os preços das indústrias extrativas subiram 65,79%. Na influência, o setor teve contribuição de 2,02 p.p. sobre a variação de 15,89% observada para o indicador de 12 meses da indústria geral.

Além de “minérios de ferro”, influenciaram positivamente o resultado mensal da atividade a variação de preços de “óleos brutos de petróleo” e “gás natural”.

Veículos automotores: em julho, a variação no setor foi de 0,94%, comparada a junho, a maior desde janeiro deste ano (quando apresentou resultado de 1,27%). Com este resultado, a variação acumulada no ano alcançou 4,11%. A título de comparação, em julho de 2017 o acumulado era de 3,07%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 5,62%.

Essa variação mensal foi o 11º resultado positivo consecutivo e o 23º nos últimos 24 meses (apenas agosto de 2017 apresentou variação negativa de preços, na faixa de -0,08%). Entre agosto de 2016 e julho de 2018, houve uma variação acumulada de 11,90%.

A atividade de veículos automotores, além de apresentar o quarto maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 10,71% - atrás apenas dos Alimentos (19,71%), Refino de petróleo e produtos de álcool (12,66%) e Outros produtos químicos (11,07%) – exerceu a quarta maior influência na variação mensal (0,10 p.p.).

Entre os quatro produtos de maior influência no mês, todos tiveram impacto positivo no índice: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, “caminhão-trator para reboques e semi-reboques” e “caixas de marcha para veículos automotores”, sendo que os três primeiros estão entre os quatro produtos de maior peso do setor. A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação mensal foi de 0,60 p.p. Ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com 0,34 p.p. para o resultado de 0,94%.

Alimentos: em julho, os preços do setor recuaram (-0,29%), primeiro resultado negativo desde janeiro de 2018. No ano o setor acumula uma variação de 8,61%, cenário bem distinto daquele de julho de 2017 (-6,56%). Em relação a julho de 2017, os preços subiram 7,77%.

O setor foi a terceira influência no acumulado no ano, 1,64 p.p., em 9,84% - perdendo para Outros produtos químicos, 2,00 p.p., e Refino de petróleo e produtos de álcool, 1,85 p.p. Alimentos está também entre as quatro maiores contribuições, é a maior, entrando, no mês de julho, com 19,71% no cálculo do agregado das indústrias extrativas e de transformação.

Entre os produtos destacados, não há coincidência entre aqueles que se destacaram em termos de variação (“leite condensado”, “leite em pó, blocos ou grânulos”, “carnes e miudezas de aves, frescas ou refrigeradas” e “preparações e conservas de peixes”) - todos com variações positivas de preços, com exceção de “carnes e miudezas de aves, frescas ou refrigeradas” - e influência (“resíduos da extração de soja”, “farinha de trigo”, “açúcar refinado de cana” e “arroz descascado branqueado, parboilizado ou não”. No caso da influência, os quatro produtos influenciaram em -0,59 p.p. (sobre um índice de -0,29%), com duas contribuições positivas (farinha e arroz) e duas negativas (resíduos de soja e açúcar). A influência líquida dos demais 39 produtos foi positiva (0,30 p.p.).

Refino de petróleo e produtos de álcool: variação de 0,24%, o quinto resultado positivo consecutivo. A variação acumulada em 2018 (16,17%) ficou muito acima da acumulada no ano de 2017 até julho (-3,17%). Em relação à variação nos últimos 12 meses, o resultado de 42,41% foi a maior taxa da série, quando a média desse indicador foi de 6,65% em toda a pesquisa

Os quatro produtos com a maiores influências responderam por -0,32 p.p. de 0,24%. Isso se deveu às quedas em “álcool etílico (anidro ou hidratado)” e “naftas”. A variação positiva se deveu às altas nos dois produtos de maior peso na atividade (“óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “gasolina automotiva”) e ao saldo líquido dos demais seis produtos.