Em maio, setor de serviços cai 3,8% frente a abril
13/07/2018 09h00 | Atualizado em 13/07/2018 12h12
Em maio, o volume de serviços no Brasil caiu 3,8% frente a abril (série com ajuste sazonal). Foi o resultado negativo mais intenso da série histórica iniciada em janeiro de 2011, fortemente influenciado pela greve dos caminhoneiros que ocorreu nos últimos dez dias de maio. Em relação a maio de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços recuou 3,8%, sua maior queda desde abril de 2017 (-5,7%). Com isso, o acumulado do ano até maio (-1,3%) mostrou recuo mais intenso do que o primeiro quadrimestre de 2018 (-0,7%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Maio de 2018 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Maio 18 / Abril 18* | -3,8 | -3,7 |
Maio 18 / Maio 17 | -3,8 | -2,1 |
Acumulado Janeiro-Maio | -1,3 | 1,1 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -1,6 | 2,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
Já o acumulado nos últimos doze meses foi de -1,6%, contra -1,4% em abril de 2018, interrompendo uma trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-5,1%).
O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviço está à direita desta página.
O recuo do volume de serviços foi acompanhado pelas cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que apontou a retração mais intensa (-9,5%) da série histórica iniciada em janeiro de 2011. O transporte terrestre também alcançou a taxa negativa mais baixa da série (-15,0%) em maio. Os demais resultados negativos vieram dos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%), de outros serviços (-2,7%), de serviços de informação e comunicação (-0,4%) e de serviços prestados às famílias (-0,3%).
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral caiu 1,0% no trimestre encerrado em maio, frente ao mês anterior, eliminando o avanço de 0,3% verificado em abril e alcançando a taxa negativa mais acentuada da série, iniciada em abril de 2011.
Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,0%) teve a queda mais intensa da série, após a variação positiva (0,2%) de abril. Os demais resultados negativos vieram dos segmentos de outros serviços (-1,3%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%). Já os serviços prestados às famílias (1,4%) e os serviços de informação e comunicação (0,3%) subiram, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2018.
Em relação a maio de 2017, o volume do setor de serviços assinalou retração de 3,8%, com resultados negativos em todas as cinco atividades de divulgação e em 62,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,8%) tiveram o principal impacto negativo sobre o índice global, pressionados, sobretudo, pela greve dos caminhoneiros. Os demais recuos vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,0%), serviços de informação e comunicação (-1,4%), outros serviços (-1,7%) e de serviços prestados às famílias (-1,3%).
O acumulado do ano caiu 1,3%, com taxas negativas em quatro das cinco atividades e em 58,4% dos 166 serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-2,7%) exerceram o principal impacto negativo sobre o índice global. As outras influências negativas foram: serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%), serviços prestados às famílias (-1,5%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%). O único impacto positivo veio de outros serviços (2,5%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgaçãoMaio 2018 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
MAR | ABR | MAI | MAR | ABR | MAI | JAN-MAR | JAN-ABR | JAN-MAI | Até MAR | Até ABR | Até MAI | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,3 | 1,1 | -3,8 | -0,9 | 2,0 | -3,8 | -1,5 | -0,7 | -1,3 | -2,1 | -1,4 | -1,6 |
1. Serviços prestados às famílias | 3,0 | 1,6 | -0,3 | 1,0 | 1,1 | -1,3 | -2,4 | -1,6 | -1,5 | -0,5 | -0,1 | -0,3 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 2,7 | 1,8 | -0,8 | 2,2 | 2,0 | -0,7 | -1,7 | -0,8 | -0,8 | 0,4 | 0,8 | 0,5 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 0,8 | 0,0 | 0,2 | -5,0 | -3,9 | -4,5 | -6,1 | -5,5 | -5,3 | -5,2 | -4,9 | -5,1 |
2. Serviços de informação e comunicação | 1,8 | -0,5 | -0,4 | -0,9 | -1,1 | -1,4 | -3,7 | -3,1 | -2,7 | -2,8 | -2,6 | -2,5 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 3,4 | -1,2 | -0,3 | 0,3 | -1,5 | -1,6 | -3,3 | -2,8 | -2,6 | -1,7 | -1,8 | -1,8 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,9 | -1,0 | 0,6 | -4,3 | -4,3 | -4,6 | -5,9 | -5,5 | -5,4 | -4,1 | -4,3 | -4,7 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 7,5 | -2,2 | -2,0 | 11,5 | 5,6 | 5,9 | 3,3 | 3,9 | 4,3 | 2,1 | 2,4 | 3,2 |
2.2 Serviços audiovisuais | -4,4 | 3,8 | -1,8 | -8,4 | 1,3 | 0,0 | -6,3 | -4,5 | -3,6 | -8,0 | -7,0 | -6,0 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -1,8 | 1,5 | -1,3 | -2,7 | 1,8 | -3,0 | -2,6 | -1,5 | -1,8 | -5,7 | -4,6 | -4,5 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | -4,2 | 4,8 | -0,3 | -2,1 | 6,7 | 2,8 | -1,6 | 0,5 | 1,0 | -8,9 | -6,8 | -5,7 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,5 | 0,7 | -1,5 | -2,9 | 0,2 | -5,0 | -2,9 | -2,1 | -2,7 | -3,8 | -3,2 | -3,4 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,2 | 0,7 | -9,5 | -0,8 | 4,3 | -7,8 | 1,1 | 1,9 | -0,2 | 3,3 | 3,8 | 2,8 |
4.1 Transporte terrestre | -2,1 | 4,5 | -15,0 | 1,4 | 5,8 | -11,2 | 1,6 | 2,7 | -0,3 | 2,6 | 3,4 | 2,1 |
4.2 Transporte aquaviário | -6,2 | 4,1 | 0,4 | 1,2 | -7,0 | -7,1 | 8,4 | 3,9 | 1,4 | 21,0 | 18,2 | 15,8 |
4.3 Transporte aéreo | 7,3 | 10,8 | -1,8 | -14,4 | 7,8 | 8,2 | -11,2 | -6,7 | -3,6 | -18,9 | -17,0 | -15,1 |
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio | -2,4 | 0,9 | -6,2 | -0,6 | 3,9 | -6,9 | 2,4 | 2,8 | 0,7 | 8,0 | 8,0 | 6,5 |
5. Outros serviços | -0,5 | -0,6 | -2,7 | 2,2 | 9,2 | -1,7 | 1,8 | 3,6 | 2,5 | -6,3 | -4,3 | -3,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | ||||||||||||
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal | (3) Base: igual período do ano anterior | |||||||||||
(2) Base: igual mês do ano anterior | (4) Base: 12 meses anteriores |
Resultados regionais
Regionalmente, 23 dos 27 estados assinalaram retração no volume dos serviços em maio, em relação ao mês anterior (série com ajuste sazonal). Os destaques negativos foram São Paulo (-2,7%), que teve a queda mais intensa desde março de 2017 (-4,7%), Paraná (-8,6%), Minas Gerais (-5,0%), Rio Grande do Sul (-5,4%) e Rio de Janeiro (-1,7%). Já a principal contribuição positiva foi do Distrito Federal (1,4%), com sua terceira alta seguida.
Em relação a maio de 2017, a retração do volume de serviços no Brasil (-3,8%) foi acompanhada por 25 das 27 unidades da federação, com São Paulo (-1,9%), Paraná (-11,6%) e Minas Gerais (-6,7%) exercendo os principais impactos negativos. Outras contribuições negativas importantes vieram do Rio Grande do Sul (-7,2%), Bahia (-9,8%) e Ceará (-12,6%). Já o avanço regional mais importante veio do Distrito Federal (4,8%).
Agregado especial de atividades turísticas
O índice de atividades turísticas caiu 2,4% de abril para maio. Nove das doze unidades da federação tiveram quedas, com destaque para Bahia (-4,9%). Outros impactos negativos vieram de São Paulo (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-4,1%). Já os avanços regionais vieram das atividades turísticas de Pernambuco (1,5%), Goiás (2,0%) e Ceará (0,9%).
Em relação a maio de 2017, o volume de atividades turísticas no Brasil subiu 1,9%, impulsionado, principalmente, pelo aumento dos serviços de hotéis e de transporte aéreo. Em sentido oposto, os restaurantes exerceram a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos. O turismo nacional registra a segunda taxa positiva seguida neste tipo de confronto, após quatorze taxas negativas e uma estável.
Em nove dos doze estados onde o indicador é investigado houve avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (4,1%), com sua terceira taxa positiva seguida e a mais intensa desde dezembro de 2016 (7,3%). Outras contribuições positivas vieram de Minas Gerais (5,5%) e de Santa Catarina (8,6%). Já os impactos negativos mais relevantes ficaram com Bahia (-8,2%) e Rio de Janeiro (-1,9%), com o primeiro assinalando a quarta taxa negativa seguida; e o segundo, a vigésima quinta.