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IPCA foi de 1,26% em junho

06/07/2018 09h00 | Atualizado em 06/07/2018 11h41

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho foi de 1,26%, a maior taxa para o mês desde 1995 (2,26%), e 0,86 ponto percentual (p.p.) acima do 0,40% registrado em maio. É a primeira vez desde janeiro de 2016 (1,27%) que o índice fica acima de 1,00%.

Período Taxa
Junho de 2018 1,26%
Maio de 2018 0,40%
Junho de 2017 -0,23%
Acumulado no ano 2,60%
Acumulado nos 12 meses 4,39%

O acumulado no ano (2,60%) ficou acima do registrado em igual período do ano passado (1,18%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,39%, enquanto havia registrado 2,86% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2017, a taxa atingiu -0,23%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário (-0,16%) apresentou deflação em junho, enquanto os demais variaram entre 0,00% (Comunicação) e 2,48% (Habitação). Os grupos Alimentação e bebidas (2,03%), Habitação (2,48%) e Transportes (1,58%), que concentram, aproximadamente, 60% das despesas das famílias, foram os que mais influenciaram o IPCA de junho, com 1,18 p.p. de impacto, ou cerca de 93% do índice.

IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal 
Grupo  Variação (%) Impacto (p.p.)  
Maio  Junho  Maio  Junho   
Índice Geral  0,40 1,26 0,40 1,26
Alimentação e Bebidas 0,32 2,03 0,08 0,50
Habitação 0,83 2,48 0,13 0,39
Artigos de Residência -0,06 0,34 0,00 0,01
Vestuário 0,58 -0,16 0,03 -0,01
Transportes 0,40 1,58 0,07 0,29
Saúde e Cuidados Pessoais 0,57 0,37 0,07 0,04
Despesas Pessoais 0,11 0,33 0,01 0,04
Educação 0,06 0,02 0,00 0,00
Comunicação 0,16 0,00 0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços       

Alimentação e bebidas teve forte aceleração de maio (0,32%) para junho (2,03%), com variações entre 0,81% na região metropolitana de Belém e 2,87% na de Curitiba. Desde janeiro de 2016 (2,28%), o grupo não apresentava taxas acima de 2,00% e, para os meses de junho, desde 2008 (2,11%). A alta em junho foi reflexo da paralisação dos caminhoneiros ocorrida no final de maio, que também impactou o grupo Transportes (1,58%).

O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio subiu 3,09% após variar 0,36% em maio. As principais altas ficaram com a batata-inglesa (de 17,51% em maio para 17,16% em junho), o leite longa vida (de 2,65% em maio para 15,63% em junho), o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho) e as carnes (de -0,38% em maio para 4,60% em junho).

No grupo Habitação (2,48%), o destaque foi a energia elétrica, com alta de 7,93%, praticamente o dobro dos 3,53% de maio, e o maior impacto individual do mês (0,29 p.p.) no índice geral. Desde 1º de junho está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 0,05 a cada kwh consumido. Além disso, as seguintes áreas pesquisadas sofreram reajustes nas tarifas de energia:

IPCA - Energia elétrica 
Região Variação (%) Reajuste (%) Vigor em: 
Curitiba 9,37 15,06 24/06
Brasília 8,60 8,78 22/06
Porto Alegre 7,86 21,51 19/06
Belo Horizonte 21,78 18,53 28/05
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O gás encanado aumentou 2,37% devido ao reajuste de 1,87% nas tarifas no Rio de Janeiro (0,17%), em vigor desde 1º de maio, e de 3,35% nas tarifas em São Paulo (6,13%), vigentes desde 31 de maio. O gás de botijão, com alta de 4,08% e 0,05 p.p. de impacto, variou entre -0,14% na região metropolitana de Fortaleza e 12,58% na de Campo Grande. Destaca-se também a alta de 1,10% na taxa de água e esgoto, influenciada pelos reajustes em Curitiba (5,12%), Salvador (4,09%), São Paulo (3,50%) e Recife (2,78%).

Nos Transportes (1,58%), a gasolina (5,00% e 0,22 p.p.) e o etanol (4,22% e 0,04 p.p.) contribuíram com, aproximadamente, 21% do IPCA de junho. As quedas de 5,66% no óleo diesel e de 2,05% nas passagens aéreas não tiveram impacto expressivo no índice. Juntos, os dois itens tiveram influência de -0,02 p.p.

IPCA - Gasolina, Etanol e Óleo Diesel
Região Variação mensal (%)
Gasolina Etanol Óleo Diesel
Goiânia 7,64 14,57 -5,21
Curitiba 7,13 7,47 -6,66
Rio de Janeiro 7,07 3,10        -
Belo Horizonte 6,66 6,23 -2,42
Recife 6,53 8,36        -
São Luís 5,96 2,03 3,24
Porto Alegre 5,56 1,69 -5,88
Campo Grande 5,55 1,34 -3,91
Fortaleza 4,24 2,70 -4,86
Brasília 4,20 1,84        -
São Paulo 3,67 3,63 -9,12
Vitória 3,60 1,49 -9,29
Aracaju 2,81 3,66        -
Belém 1,60        - -4,46
Rio Branco 1,36 -0,06 -4,94
Salvador  -0,14 -0,45 -7,51
Brasil 5,00 4,22 -5,66
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Ainda nos Transportes, a variação de 0,42% no ônibus urbano decorreu do reajuste de 9,72% na passagem no Rio de Janeiro (2,22%), em vigor desde 21 de junho. Em Porto Alegre (5,64%), houve alta de 0,66% no ônibus intermunicipal, em razão do reajuste médio de 8,94% nas tarifas, em vigor desde 17 de junho. Em São Paulo (0,50%), o reajuste foi de 4,50%, vigente desde 18 de junho.

O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (1,86%). A localidade teve variação de 21,78% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio, aliado à cobrança adicional de R$ 0,05 para cada kwh consumido, decorrente da vigência, em junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Destacam-se, também, as altas de 6,66% na gasolina e de 23,50% no leite longa vida. O menor índice foi na região metropolitana de Belém (0,69%), motivado pelas quedas nos pescados (-4,18%) e na refeição fora (-1,45%).

IPCA - Variação mensal, ano e 12 meses por região 
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%) 
Maio Junho Ano 12 meses 
Belo Horizonte 10,86 0,18 1,86 3,21 4,69
Curitiba 7,79 0,44 1,56 2,56 4,74
Recife 4,20 0,75 1,47 2,55 3,61
Porto Alegre 8,40 0,75 1,43 3,50 4,97
Aracaju 0,79 0,37 1,31 1,69 1,69
São Luís 1,87 0,89 1,30 2,20 2,20
Vitória 1,78 0,64 1,29 2,72 3,99
Goiânia 3,59 0,53 1,25 1,74 5,19
Rio de Janeiro 12,06 0,28 1,20 3,08 4,13
Brasília 2,80 0,15 1,20 1,81 4,36
Fortaleza 2,91 0,34 1,15 2,37 3,15
São Paulo 30,67 0,19 1,11 2,14 4,78
Campo Grande 1,51 1,02 0,87 2,60 3,90
Salvador 6,12 1,11 0,86 2,97 3,82
Rio Branco 0,42 0,40 0,77 1,17 1,17
Belém  4,23 0,28 0,69 2,01 2,43
Brasil 100,00 0,40 1,26 2,60 4,39
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços        

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

INPC cresce 1,43% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC variou 1,43% em junho, a maior alta para o mês desde 1995 (2,18%), e ficou 1,00 p.p. acima da taxa de 0,43% de maio. É a primeira vez desde janeiro de 2016 (1,51%) que o índice ficou acima de 1,00%. O acumulado no ano ficou em 2,57%, acima do 1,12% registrado em igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 3,53%, bem acima do 1,76% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2017, a taxa atingiu -0,30%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 2,24% em junho, enquanto, no mês anterior, a alta havia sido de 0,29%. Os não alimentícios cresceram 1,08%, enquanto, em maio, variaram 0,49%.

O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (2,12%). A localidade teve variação de 21,70% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio, aliado a cobrança adicional de R$ 0,05 para cada kwh consumido, decorrente da vigência, em junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Destacam-se, também, as altas de 6,66% na gasolina e de 23,50% no leite longa vida. O menor índice ficou com a região metropolitana de Belém (0,71%), motivado pelas quedas nos pescados (-4,46%) e na refeição fora (-1,45%).

INPC - Variação mensal, ano e 12 meses por região 
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%) 
Maio Junho Ano 12 meses 
Belo Horizonte 10,60 0,13 2,12 3,08 3,86
Curitiba 7,29 0,61 1,84 2,73 4,51
Porto Alegre 7,38 0,84 1,69 3,75 4,88
Rio de Janeiro 9,51 0,29 1,65 3,48 2,98
Vitória 1,83 0,64 1,58 2,93 3,45
Recife 5,88 0,63 1,43 2,10 2,56
Brasília 1,88 0,18 1,43 2,06 3,29
São Luís 3,11 0,81 1,33 2,15 2,15
São Paulo 24,24 0,24 1,32 2,19 4,05
Aracaju 1,29 0,20 1,32 1,52 1,52
Fortaleza 5,42 0,15 1,21 2,12 2,57
Campo Grande 1,64 1,12 1,17 2,44 2,89
Goiânia 4,15 0,57 1,16 1,31 4,33
Salvador 8,75 0,98 1,00 2,61 2,96
Rio Branco 0,59 0,44 0,84 1,28 1,28
Belém  6,44 0,15 0,71 1,93 1,80
Brasil 100,00 0,43 1,43 2,57 3,53
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços        

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.