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Índice de Preços ao Produtor sobe 2,33% em maio

03/07/2018 09h00 | Atualizado em 03/07/2018 11h37

Os preços da indústria geral variaram 2,33% em maio, acima do observado em abril (1,58%). O resultado de maio foi o segundo maior da série iniciada em janeiro de 2014, perdendo para setembro de 2015 (2,99%). Nessa mesma comparação, 22 das 24 atividades industriais tiveram alta. Em maio de 2017, o resultado foi 0,10%. O acumulado no ano chegou a 5,96% e nos 12 meses, a 10,45%. O material de apoio da divulgação do Índice de Preços ao Produtor está à direita dessa página.

Período TAXA
Maio 2018 2,33%
Abril 2018 1,58%
Maio 2017 0,10%
Acumulado no ano 5,96%
Acumulado 12 meses 10,45%

Em maio, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral), variaram 2,33% quando comparados a abril, resultado superior ao observado na comparação abril/março (1,58%). No mês, 22 das 24 atividades industriais tiveram alta nos preços.  

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/18 ABR/18 MAI/18 MAR/18 ABR/18 MAI/18 MAR/18 ABR/18 MAI/18
Indústria Geral 1,08 1,58 2,33 1,94 3,55 5,96 6,26 8,05 10,45
B - Indústrias Extrativas 4,37 4,83 -4,10 8,03 13,25 8,61 20,23 23,91 33,56
C - Indústrias de Transformação 0,94 1,44 2,61 1,69 3,16 5,86 5,73 7,44 9,66
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria 

As quatro maiores variações em maio/2018 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: refino de petróleo e produtos de álcool (7,36%), fumo (4,80%), outros equipamentos de transporte (4,63%) e indústrias extrativas (-4,10%).

Em termos de influência, na comparação entre maio/2018 e abril/2018 (2,33%), sobressaíram refino de petróleo e produtos de álcool (0,85 p.p.), alimentos (0,60 p.p.), outros produtos químicos (0,26 p.p.) e indústrias extrativas (-0,18 p.p.).

O indicador acumulado no ano (maio/2018 contra dezembro de 2017) atingiu 5,96%, em maio, contra 3,55% em abril/2018. Entre as atividades que, em maio/2018, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: refino de petróleo e produtos de álcool (12,69%), outros produtos químicos (9,91%), papel e celulose (9,12%) e indústrias extrativas (8,61%). Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,45 p.p.), alimentos (1,02 p.p.), outros produtos químicos (0,95 p.p.) e metalurgia (0,68 p.p.).

Para o indicador acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida foi de 10,45%, contra 8,05% em abril/2018. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (33,56%), refino de petróleo e produtos de álcool (33,32%), papel e celulose (18,62%) e outros produtos químicos (16,97%).

Neste indicador, os setores de maior influência (tabela 3) foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,36 p.p.), outros produtos químicos (1,60 p.p.), indústrias extrativas (1,11 p.p.) e metalurgia (1,10 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, em maio a variação de preços de 2,33% repercutiu da seguinte maneira: 1,48% em bens de capital; 3,03% em bens intermediários; 1,33% em bens de consumo, sendo 0,49% em bens de consumo duráveis e 1,59% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. A influência das grandes categorias econômicas foi a seguinte: 0,13 p.p. de bens de capital, 1,76 p.p. de bens intermediários e 0,44 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,40 p.p. se deveu às variações em bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,04 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até maio, variação de 5,96%, sendo 4,78% a variação de bens de capital (com influência de 0,41 p.p.), 8,80% de bens intermediários (5,01 p.p.) e 1,58% de bens de consumo (0,54 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,17 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,37 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (M/M-12), a variação de preços da indústria alcançou, em maio, 10,45%, com as seguintes variações: bens de capital, 7,99% (0,69 p.p.); bens intermediários, 15,49% (8,66 p.p.); e bens de consumo, 3,10% (1,10 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,29 p.p. e de 0,81 p.p. a de bens semiduráveis e não duráveis.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/18 ABR/18 MAI/18 MAR/18 ABR/18 MAI/18 MAR/18 ABR/18 MAI/18
Indústria Geral 1,08 1,58 2,33 1,94 3,55 5,96 6,26 8,05 10,45
Bens de Capital (BK) 0,73 1,88 1,48 1,34 3,25 4,78 5,28 7,15 7,99
Bens Intermediários (BI) 1,56 2,30 3,03 3,23 5,61 8,80 8,97 11,79 15,49
Bens de consumo(BC) 0,35 0,28 1,33 -0,04 0,25 1,58 2,16 2,33 3,10
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,15 0,13 0,49 1,47 1,60 2,10 4,79 4,48 3,38
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 0,41 0,33 1,59 -0,51 -0,18 1,41 1,34 1,66 3,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Tiveram destaque nos resultados, os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em maio, os preços do setor recuaram (-4,10%), sendo a principal queda de preços observada no mês para a indústria geral. O acumulado no ano ficou em 8,61%. Já no indicador que compara o mês atual ao mesmo mês do ano anterior, observou-se variação de 33,56% (a maior variação entre as atividades pesquisadas).

A atividade destacou-se por seu impacto principalmente sobre o indicador mensal, em termos de variação (a maior negativa) e em termos de influência (-0,18 p.p. em 2,33% da indústria geral). A variação negativa observada para o indicador mensal deveu-se principalmente à oscilação dos preços do minério de ferro no mercado internacional.

Alimentos: a variação de 3,21% em relação ao mês anterior, é a maior desde setembro de 2015, 5,47%. Vale observar que, em setembro de 2015, o Real havia depreciado em relação ao Dólar em 11,2% (48% no ano), enquanto em maio deste ano houve uma depreciação também importante (a maior desde aquele setembro), 6,7% (10,4% no ano).

No acumulado, a variação em 2018 alcançou, em maio, o terceiro resultado consecutivo positivo, 5,38% (em abril, 2,10%), que é o maior resultado observado desde o fechamento de 2016, 8,79%. Por fim, na comparação com igual mês do ano anterior, desde maio de 2017 (0,98%) não se alcançava um resultado positivo, 2,11%.

Na comparação na ponta da série, todos os destaques (quer em termos de variação, quer em termos de influência) são positivos, sendo que dois produtos aparecem tanto em termos de variação quanto de influência: “resíduos da extração de soja” e “farinha de trigo”. No caso da influência, os outros dois produtos são “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “sucos concentrados de laranja”. Os quatro produtos tiveram influência de 2,15 p.p. em 3,21%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: os resultados de maio de 2018 são os mais altos da série iniciada em dezembro de 2009. A variação contra abril foi de 7,36%; o acumulado no ano, 12,69% (o maior resultado para maio e o terceiro maior resultado da série, que perde para o fechamento de dezembro de 2017, 18,70%, e novembro de 2017, 17,73%); e a variação contra maio de 2017, 33,32% (o maior da série).

O setor foi o primeiro, em termos de variação, em relação ao mês anterior e contra dezembro de 2017 e o segundo na comparação com o mesmo mês de 2017 (perde para indústrias extrativas, 33,56%). Já em termos de influência, desponta como o principal nos três casos: 0,85 p.p. em 2,33% no mês; 1,45 p.p. em 5,96% (acumulado no ano); e 3,36 p.p. em 10,45% acumulados nos últimos 12 meses.

Em relação aos produtos, todas as variações e influências destacadas de produtos derivados de petróleo são positivas, enquanto “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, quando aparece (influência nos resultados maio de 2018 contra abril de 2018 e acumulado no ano), impacta negativamente os resultados.

Outros produtos químicos: a indústria química no mês de maio apresentou uma variação média de preços, em relação a abril, de 2,59%, completando, assim, nove meses seguidos de elevação de preços (20,28% neste período). Com isso houve alta de 9,91% no acumulado do ano e 16,97% nos 12 últimos meses (maior variação alcançada para esta atividade, neste tipo de índice desde o início da série do IPP em dezembro de 2010), situação bem diversa da que ocorreu em maio de 2017, quando o acumulado em 12 meses alcançou -2,45%.

Em termos de variação, entre os que tiveram elevação de preços no mês, os destaques foram “borracha de estireno-butadieno”, “dióxidos de titânio” e “fenol (hidróxibenzeno) e seus sais”. Em contrapartida houve queda de preços de “estireno”, o único que, entre os quatro produtos listados, também figura entre as principais influências. Os demais três produtos, com influências positivas no resultado final, foram: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não saturado” e “polipropileno (PP)”. Em relação ao acumulado no ano e ao acumulado nos últimos 12 meses, todos os produtos tiveram resultados positivos e são os mesmos citados em relação aos resultados contra o mês anterior, apenas retirando “estireno” e, colocando em seu lugar, “herbicidas para uso na agricultura”.

Metalurgia: ao comparar os preços de maio de 2018 contra abril de 2018, houve uma variação de 2,08%, oitava variação positiva nos nove últimos meses (em janeiro de 2018 a variação foi de -0,06%), desta forma, a atividade acumulou no ano uma variação de 8,43% e nos últimos 12 meses 13,86% (19ª variação positiva consecutiva neste tipo de indicador).

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, todos os resultados obtidos foram positivos. Interessante reparar que três dos quatro produtos que mais influenciaram o resultado no mês (variação x contribuição) aparecem também com as maiores variações; são eles: “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, “ligas de alumínio em formas brutas” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”. O quarto produto com maior influência nos resultados é “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”. Os quatro representaram 1,83 p.p. da variação no mês, ou seja, apenas 0,25 p.p. é a influência dos demais 18 produtos.