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Vendas no varejo variam 1% em abril

13/06/2018 09h00 | Atualizado em 13/06/2018 14h21

Em abril de 2018, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou 1,0% frente a março, na série com ajuste sazonal, após avançar 1,1% de março para fevereiro. Com isso, a média móvel trimestral ficou em 0,7% e manteve o ritmo do trimestre anterior, encerrado em março (0,7%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 0,6% em relação a abril de 2017. Foi a décima terceira taxa positiva seguida, embora a menos acentuada. Vale citar o efeito do deslocamento da Páscoa, que exerceu influência negativa nas vendas de abril de 2018. Com isso, o varejo acumulou alta de 3,4% no ano. O acumulado nos últimos doze meses cresceu 3,7%, praticamente mantendo o ritmo de março (3,8%).

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas variou 1,3% em relação a março e a média móvel trimestral ficou em 1,1% no trimestre encerrado em abril. Frente a abril de 2017, houve alta de 8,6%, décima segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 7,4% no ano. O acumulado nos últimos doze meses (7,0%) mantém trajetória ascendente iniciada em julho de 2016 (-10,4%) foi o maior desde maio de 2013 (7,6%). O material de apoio desta divulgação da PMC está à direita desta página.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Abril / Março* 1,0 1,1 1,3 0,8
Média móvel trimestral* 0,7 0,7 1,1 0,9
Abril 2018 / Abril 2017 0,6 1,2 8,6 8,5
Acumulado 2017 3,4 3,7 7,4 7,5
Acumulado 12 meses 3,7 3,0 7,0 6,0
*Série ajustada sazonalmente    

Crescimento atinge todas as oito atividades pesquisadas

A variação de 1,0% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de março para abril de 2018, série ajustada sazonalmente, alcançou todas as oito atividades investigadas. As maiores taxas foram em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,8%), Combustíveis e lubrificantes (3,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%), Livros, jornais, revistas e papelarias (0,9%), Móveis e eletrodomésticos (0,7%), Tecidos, vestuário e calçados (0,3%), enquanto Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,0%) ficou estável.

Em relação a abril de 2017, o volume do comércio varejista subiu 0,6%, décimo terceiro resultado positivo seguido, alcançando três das oito atividades. Por ordem de contribuição à taxa global estão: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,3%), Móveis e eletrodomésticos (5,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%). Os segmentos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%) mantiveram-se estáveis. Tecidos, vestuário e calçados (-7,3%), Combustíveis e lubrificantes (-1,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,1%) pressionaram negativamente a taxa global.

Frente a abril de 2017, o setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,3%) exerceu o maior impacto positivo no desempenho global do varejo. O resultado de abril de 2018 marca a décima segunda taxa positiva consecutiva, e a mais elevada desde setembro de 2014 (10,4%). A redução dos preços de produtos farmacêuticos pode ser um dos fatores relevantes para este desempenho positivo. No acumulado nos últimos doze meses a atividade avançou 5,5%, mantendo-se em trajetória ascendente, com acumulado no ano de 6,3%.

 Tabela 1 - BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:  Abril 2018
 ATIVIDADES   MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
 COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,0 1,1 1,0 1,5 8,0 0,6 3,4 3,7
 1 - Combustíveis e lubrificantes -1,3 1,9 3,4 -6,4 -4,9 -1,3 -4,1 -2,9
 2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,9 0,1 1,0 2,0 15,4 0,0 5,0 3,5
        2.1 - Super e hipermercados -1,4 0,0 1,5 1,9 16,6 -0,4 5,2 4,0
3 - Tecidos, vest. e calçados -0,9 0,8 0,3 -4,6 -0,7 -7,3 -3,1 4,8
4 - Móveis e eletrodomésticos 1,6 0,7 0,7 3,6 -3,2 5,6 2,6 9,6
        4.1 - Móveis - - - 2,4 -6,2 0,0 -1,1 4,2
        4.2 - Eletrodomésticos - - - 5,5 -0,9 9,4 6,1 11,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,3 1,2 1,5 4,4 5,0 10,3 6,3 5,5
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,6 -0,7 0,9 -5,9 -12,7 -4,1 -7,6 -5,2
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 3,6 -3,8 4,8 7,1 -6,7 4,9 2,1 0,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,7 0,7 0,0 8,4 13,9 -0,1 8,0 5,6
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,8 1,1 1,3 5,3 8,8 8,6 7,4 7,0
9 - Veículos e motos, partes e peças 3,1 3,2 1,9 20,0 16,0 36,5 22,2 13,0
10- Material de construção 0,6 0,4 1,7 5,9 -1,5 15,9 6,6 10,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.       
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.   
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Móveis e eletrodomésticos voltou a mostrar avanço (5,6%) frente a abril de 2017 e foi a segunda maior influência positiva sobre a taxa global.  Esse resultado, acima da média geral das vendas, está associado à maior disponibilidade de crédito à pessoa física. O acumulado do ano ficou em 2,6% e, para os últimos doze meses, 9,6%.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, avançou 4,9% frente a abril de 2017, após recuo de 6,7% em março. Com isso, o acumulado no ano teve expansão de 2,1% e o acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável (0,1%).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo mostrou estabilidade (0,0%) frente a abril de 2017. Este resultado reflete o deslocamento do feriado móvel de Páscoa, com impactos negativos particularmente  neste  setor. Ainda assim, o segmento acumulou expansão de 5,0% nos quatro primeiros meses do ano, beneficiado pela manutenção da massa de rendimentos reais habitualmente recebida e pela redução sistemática da inflação de alimentação no domicílio. No acumulado de doze meses, a atividade avançou 3,5%, mantendo trajetória ascendente desde março de 2017 (-3,0%).  

Outros artigos de uso pessoal e doméstico também mostrou estabilidade (-0,1%) na comparação com abril de 2017, também afetado negativamente pelo feriado móvel de Páscoa. Com o resultado de abril, o acumulado no ano foi de 8,0%. O acumulado nos últimos doze meses (5,6%) mantém recuperação iniciada em setembro de 2016 (-10,4%).

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados foi a principal pressão negativa para a taxa global (-7,3% frente a abril de 2017). Foi a terceira taxa negativa seguida, acumulando queda de 3,1% nos quatro primeiros meses do ano. O acumulado nos últimos doze meses (4,8%) teve a taxa menos acentuada desde novembro de 2017 (4,9%).

Combustíveis e lubrificantes (-1,3% frente a abril de 2017) teve a quadragésima taxa negativa consecutiva, porém a menor desde outubro de 2017 (-0,9%). A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços é fator relevante que ainda vem influenciando negativamente o desempenho do setor. Assim, o segmento mostrou queda de 4,1% nos primeiros quatro meses do ano, com o acumulado nos últimos doze meses apresentando queda (-2,9%), mas em trajetória ascendente desde fevereiro de 2017 (-8,9%).

Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,1% frente a abril de 2017) foi influenciado, em especial os jornais e revistas, pela substituição dos produtos impressos por eletrônicos. Com isso, o segmento acumula no ano recuo de 7,6%. O acumulado nos últimos doze meses, apesar de negativo (-5,2%), vem sinalizando recuperação desde outubro 2016 (-16,8%).

Frente a abril de 2017, o comércio varejista ampliado cresceu 8,6%, décima segunda taxa positiva consecutiva. O resultado foi impactado, principalmente, pelo desempenho positivo de Veículos, motos, partes e peças (36,5%), que respondeu por quase 80% da taxa global. Com isso, o comércio varejista ampliado acumulou ganho de 7,4% nos primeiros quatro meses de 2018, comparado a igual período do ano anterior.

Tabela 2 - BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Abril 2018
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,1 1,0 1,1 1,7 8,6 1,2 3,7 3,0
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,6 2,4 3,3 4,7 8,9 15,0 8,6 3,3
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,2 -0,4 0,9 -0,6 11,9 -3,3 2,0 0,9
       2.1 - Super e hipermercados -0,6 -0,6 1,0 -0,8 13,1 -3,8 2,1 1,4
3 - Tecidos, vest. e calçados -0,9 1,0 0,7 -2,7 1,7 -4,8 -0,8 7,4
4 - Móveis e eletrodomésticos 0,7 -0,1 1,2 1,2 -5,1 4,4 0,5 6,9
       4.1 - Móveis - - - 1,2 -6,9 -0,1 -1,8 4,3
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 2,6 -3,6 7,3 3,2 7,6
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,4 1,0 0,9 8,2 8,2 13,2 9,9 10,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,4 -1,1 1,2 -2,9 -10,1 -0,8 -4,4 -0,7
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 3,5 -5,5 7,0 0,3 -11,4 0,4 -3,9 -7,9
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,7 1,0 -0,2 9,0 14,2 0,7 8,6 7,4
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,2 1,8 0,8 5,3 9,3 8,5 7,5 6,0
9 - Veículos e motos, partes e peças 3,1 3,3 2,1 20,0 16,1 36,4 22,6 13,0
10- Material de construção 0,1 0,5 1,9 7,2 0,2 17,7 8,1 11,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.      
(1) Séries com ajuste sazonal. 

O setor de Veículos, motos, partes e peças (36,5% frente a abril de 2017) teve a taxa mais elevada desde novembro de 2009 (37,2%). É o décimo segundo resultado positivo seguido, contribuindo para o acumulado de 22,2% no ano. O acumulado nos últimos doze meses (13,0%) registrou o resultado mais elevado desde julho de 2011 (13,5%) e permaneceu em trajetória ascendente desde fevereiro 2017 (-13,2%).

Material de construção, com taxa de 15,9% em abril de 2018, voltou a mostrar crescimento na comparação com abril de 2017. Foi a variação mais acentuada desde outubro de 2017 (18,6%).

Para os primeiros quatro meses do ano o setor acumula expansão de 6,6%. O acumulado em doze meses (10,3%) mantém trajetória ascendente desde julho 2016 (-12,9%).

Resultados regionais: avanço em 14 estados em abril

Na passagem de março para abril de 2018, as vendas no comércio varejista avançam em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para São Paulo (3,6%), Rondônia (2,8%) e Espírito Santo (1,8%), enquanto Pernambuco, Alagoas e Ceará registraram estabilidade (0,0%). O recuo mais intenso foi no Amazonas (-8,5%). As vendas do comércio varejista ampliado aumentam em 19 das 27 atividades, com destaque para Espírito Santo (4,0%), Sergipe (3,7%) e Paraíba (3,6%). O maior recuo se deu no Acre (-4,8%).

Frente a abril de 2017, o comércio varejista registrou crescimento nas vendas em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Tocantins (13,8%), Rondônia (7,9%) e Acre (7,7%), enquanto São Paulo e Rio de Janeiro mostraram estabilidade (0,0%). Pernambuco (-3,9%) e Mato Grosso do Sul (-3,7%) tiveram as taxas negativas mais elevadas. Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo, destacaram-se: Santa Catarina (5,0%), Rio Grande do Sul (2,2%) e Espírito Santo (5,8%).

Considerando o comércio varejista ampliado, na comparação com abril de 2017, as 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas no volume de vendas em abril de 2018, com destaque para Rondônia (20,1%), Espírito Santo (18,7%) e Tocantins (16,5%). Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo ampliado (8,6%), destacaram-se, pela ordem: São Paulo (10,8%), Santa Catarina (15,4%) e Minas Gerais (8,7%).