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Em abril, produção industrial avança 0,8%

05/06/2018 09h00 | Atualizado em 05/06/2018 15h18

Em abril de 2018, a produção industrial nacional avançou 0,8% frente a março, na série com ajuste sazonal, após assinalar 0,1% em fevereiro e -0,1% em março. Na série sem ajuste sazonal, em relação a abril de 2017, a indústria cresceu 8,9%, sua 12ª taxa positiva consecutiva e a mais acentuada desde abril de 2013 (9,8%).

Abril 2018/Março 2018 0,8%
Abril 2018/Abril 2017

8,9%

Acumulado em 2018

4,5%

Acumulado em 12 meses

3,9%

Média móvel trimestral

0,3%

O setor industrial acumulou alta de 4,5% no ano e de 3,9% nos 12 meses. Este último indicador foi o mais elevado desde maio de 2011 (4,5%) e mantem trajetória ascendente desde junho de 2016 (-9,7%). A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessada ao lado desta página. 

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Abril de 2018
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Abril 2018/Março 2018* Abril 2018/Abril 2017 Acumulado Janeiro-Abril Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 1,4 23,2 14,0 10,1
Bens Intermediários 1,0 4,7 2,4 2,5
Bens de Consumo 0,4 14,8 6,5 5,3
  Duráveis 2,8 36,2 21,6 17,7
  Semiduráveis e não Duráveis 0,5 9,6 2,8 2,3
Indústria Geral 0,8 8,9 4,5 3,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria   
*Série com ajuste sazonal    

De março para abril, 13 dos 26 ramos industriais avançaram

O avanço de 0,8% da indústria em abril teve predomínio de resultados positivos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas e 13 dos 26 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências positivas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,2%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), com o primeiro intensificando o crescimento de 0,8 verificado no mês anterior; e o segundo avançando pelo terceiro mês consecutivo e acumulando expansão de 8,7%.

Já entre os onze ramos que reduziram a produção em abril, os desempenhos mais importantes foram perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-7,3%), máquinas e equipamentos (-3,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,0%) e produtos de borracha e de material plástico (-2,0%), com todos revertendo os índices positivos de março: 6,0%, 2,4%, 4,1% e 0,3%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a março, bens de consumo duráveis, ao crescer 2,8%, mostrou o avanço mais acentuado em abril e o terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 7,8%. Os setores produtores de bens de capital (1,4%), de bens intermediários (1,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) também cresceram, com o primeiro avançando 5,3% nos últimos dois meses; o segundo interrompendo três meses consecutivos de queda, período em que recuou 3,6%; e o terceiro acumulando ganho de 1,1% em março e abril de 2018.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em abril de 2018 frente ao nível do mês anterior, após recuar 0,7% em março último, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a março, bens de consumo duráveis (2,5%) e bens de capital (1,5%) apontaram os resultados positivos nesse mês, com o primeiro permanecendo com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em outubro de 2016; e o segundo prosseguindo em alta desde fevereiro de 2017. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) assinalou variação nula pelo segundo mês seguido, após acumular expansão de 2,0% entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018. O segmento de bens intermediários (-0,2%) apontou a única redução em abril de 2018 e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro último.

Na comparação com abril de 2017, a indústria cresceu 8,9% em abril de 2018, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 62 dos 79 grupos e 67,3% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que abril de 2018 (21 dias) teve três dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (18). Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (40,6%) e produtos alimentícios (12,0%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (32,8%), de máquinas e equipamentos (9,6%), de metalurgia (7,4%), de bebidas (11,6%), de produtos de borracha e de material plástico (8,6%), de produtos de metal (9,5%), de celulose, papel e produtos de papel (5,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,6%), de outros equipamentos de transporte (15,0%), de produtos de madeira (12,5%), de móveis (13,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,6%), de outros produtos químicos (2,6%), de produtos de minerais não-metálicos (3,7%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (7,2%). Por outro lado, ainda na comparação com abril de 2017, as atividades de produtos do fumo (-5,6%) e de impressão e reprodução de gravações (-1,3%) apontaram as duas únicas taxas negativas.

Ainda em relação a abril de 2017, bens de consumo duráveis (36,2%) e bens de capital (23,2%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (9,6%) e de bens intermediários (4,7%) também mostraram taxas positivas nesse mês, com o primeiro crescendo acima da média nacional (8,9%) e o segundo apontando a expansão mais moderada.

O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 36,2% em abril de 2018 frente a igual período de 2017, 18ª taxa positiva consecutiva nessa comparação e a mais elevada desde dezembro de 2009 (82,7%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (44,6%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (48,3%). Vale citar também as expansões de motocicletas (35,6%), de eletrodomésticos da “linha branca” (6,7%), de móveis (10,6%) e de outros eletrodomésticos (18,9%).

O setor de bens de capital cresceu 23,2% em relação a abril de 2017, sua 12ª alta consecutiva nessa comparação e a mais acentuada desde setembro de 2013 (24,1%). Em abril, o segmento foi influenciado pelo avanço em bens de capital para equipamentos de transporte (37,9%). As demais taxas positivas foram em bens de capital de uso misto (34,6%), para construção (44,6%), para fins industriais (3,3%), agrícolas (10,9%) e para energia elétrica (11,5%).

Ainda em relação a abril de 2017, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao crescer 9,6% em abril de 2018, reverteu a queda de março último (-1,5%), quando interrompeu cinco meses de alta. O resultado de abril de 2018 foi o mais alto desde abril de 2013 (9,9%). Esse desempenho foi explicado pela expansão observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (12,0%). Vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de não-duráveis (7,5%), de semiduráveis (7,8%) e de carburantes (7,4%).

A produção de bens intermediários apontou expansão de 4,7% no índice mensal de abril de 2018, revertendo, dessa forma, a taxa negativa verificada em março último (-0,5%), quando interrompeu dez meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. Vale destacar que o resultado de abril de 2018 foi o mais elevado desde abril de 2013 (6,8%).

O crescimento observado nesse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (27,0%), de produtos alimentícios (13,4%), de metalurgia (7,4%), de produtos de metal (10,3%), de produtos de borracha e de material plástico (8,4%), de celulose, papel e produtos de papel (6,4%), de outros produtos químicos (2,6%), de produtos de minerais não-metálicos (3,6%), de máquinas e equipamentos (4,0%) e de indústrias extrativas (0,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,4%) e produtos têxteis (-0,4%).

No índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial subiu 4,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 59 dos 79 grupos e 59,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (25,2%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos alimentícios (4,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (27,6%), de metalurgia (8,0%), de máquinas e equipamentos (7,7%), de celulose, papel e produtos de papel (7,1%), de produtos de borracha e de material plástico (5,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,3%), de bebidas (4,5%), de produtos de madeira (10,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (7,8%) e de móveis (10,0%). Por outro lado, entre as oito atividades em queda, as principais influências vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%) e indústrias extrativas (-2,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, no ano, houve maior dinamismo em bens de consumo duráveis (21,6%) e bens de capital (14,0%), impulsionadas pela alta na fabricação de automóveis (21,6%) e eletrodomésticos (27,4%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (25,4%), para construção (53,2%) e de uso misto (21,6%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (2,8%) e de bens intermediários (2,4%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado no ano, mas com avanços abaixo da média nacional (4,5%).

Em bases quadrimestrais, o setor industrial, ao avançar 4,5% no primeiro quadrimestre de 2018, manteve o comportamento positivo registrado nos dois últimos quadrimestres de 2017: janeiro-abril (-0,2%), maio-agosto (3,1%) e setembro-dezembro (4,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse ganho de ritmo também foi observado em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de capital (de 10,0% para 14,0%) e bens de consumo duráveis (de 17,7% para 21,6%), impulsionadas, em grande parte, pelos avanços na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (de 17,3% para 25,4%), na primeira; e de eletrodomésticos da “linha marrom” (de 13,1% para 47,3%), na segunda. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (de 2,0% para 2,8%) também cresceu entre os dois períodos, enquanto o segmento de bens intermediários (de 3,4% para 2,4%) foi o único que desacelerou.