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Em março, produção industrial varia -0,1%

03/05/2018 09h00 | Atualizado em 03/05/2018 18h49

Em março de 2018, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, após variar 0,1% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, em relação a março de 2017, a indústria cresceu 1,3% em março, 11ª taxa positiva consecutiva e a menor desde junho de 2017 (0,8%).

Março 2018 / Fevereiro 2018 -0,1%
Março 2018 / Março 2017 1,3%
Acumulado em 2018 3,1%
Acumulado em 12 meses 2,9%
Média Móvel Trimestral -0,7%

A indústria acumulou alta de 3,1% em 2018 e 2,9% nos últimos doze meses. Este último acumulado repetiu o resultado de fevereiro e permaneceu o mais elevado desde junho de 2011 (3,6%), prosseguindo na trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Com esse resultado, a produção industrial encontra-se 15,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessada ao lado desta página.

Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Março 2018/Fevereiro 2018* Março 2018/Março 2017 Acumulado Janeiro-Março Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 2,1 8,3 10,8 7,4
Bens Intermediários -0,7 -0,2 1,7 2,0
Bens de Consumo 0,2 2,0 3,9 3,5
  Duráveis 1,0 15,8 16,3 14,6
  Semiduráveis e não Duráveis 0,2 -1,7 0,8 0,9
Indústria Geral -0,1 1,3 3,1 2,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria   
*Série com ajuste sazonal    

De fevereiro para março, 14 dos 26 ramos industriais recuaram

No decréscimo de 0,1% da atividade industrial, na passagem de fevereiro para março de 2018, 14 dos 26 ramos pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos registrados por bebidas (-3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%), produtos de metal (-3,2%), produtos de madeira (-6,1%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,7%). Vale ressaltar que, com exceção das duas primeiras atividades que também apontaram resultados negativos no mês anterior, as demais haviam mostrado taxas positivas em fevereiro de 2018: 1,1%, 2,6%, 2,6% e 3,9%, respectivamente.

Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (3,9%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%), com o primeiro devolvendo parte do recuo de 5,2% verificado no mês anterior; e o último apontando o segundo resultado positivo consecutivo e acumulando expansão de 11,0% nesse período.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com fevereiro, bens intermediários, ao recuar 0,7%, assinalou a única taxa negativa nesse mês e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 3,9%. Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (2,1%) e de bens de consumo duráveis (1,0%) mostraram as expansões mais acentuadas em março de 2018, com ambos apontando dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam ganho de 2,9% e 4,2%, respectivamente. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também apontou resultado positivo nesse mês, revertendo, dessa forma, a perda de 0,8% registrada em fevereiro último.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel trimestral para a indústria mostrou recuo de 0,7% no trimestre encerrado em março de 2018 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a fevereiro, os resultados negativos foram bens intermediários (-1,3%) e bens de consumo duráveis (-0,5%), com o primeiro assinalando o segundo mês seguido de queda; e o último interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em outubro de 2016. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao crescer 0,9%, prosseguiu com o comportamento positivo presente desde fevereiro de 2017. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) mostrou variação nula em março de 2018, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2017.

Na comparação com março de 2017, o setor industrial cresceu 1,3% em março de 2018, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 12 dos 26 ramos, 44 dos 79 grupos e 48,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2018 (21 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (17,6%) exerceu a maior influência positiva na indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,5%), de metalurgia (6,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,5%), de celulose, papel e produtos de papel (6,5%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (10,7%), de máquinas e equipamentos (3,5%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,3%), de produtos de borracha e de material plástico (2,3%) e de móveis (7,0%).

Por outro lado, ainda em relação a março de 2017, entre as quatorze atividades com queda na produção, a principal influência no total da indústria foi de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), pressionada, em grande parte, pelos itens gasolina automotiva, óleo diesel e óleos combustíveis. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de outros produtos químicos (-6,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%), de couro, artigos para viagem e calçados (-8,7%), de indústrias extrativas (-1,3%), de produtos de metal (-4,8%), de bebidas (-4,0%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,7%), de produtos de minerais não-metálicas (-3,0%) e de outros equipamentos de transporte (-6,5%).

Ainda no confronto com março de 2018, bens de consumo duráveis (15,8%) e bens de capital (8,3%) assinalaram, em março de 2018, os resultados positivos entre as grandes categorias econômicas. Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,7%) apontaram as taxas negativas nesse mês.

O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 15,8% em março de 2018 frente a igual período do ano anterior, décima sétima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro último (13,2%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (14,8%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (51,2%). Vale citar também as expansões assinaladas por motocicletas (14,6%), móveis (5,5%) e outros eletrodomésticos (5,0%). Por outro lado, o principal impacto negativo foi verificado em eletrodomésticos da “linha branca” (-8,3%).

O setor produtor de bens de capital cresceu 8,3% em março de 2018, décimo primeiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, praticamente repetindo o crescimento verificado em fevereiro último (8,5%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (17,4%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de caminhões. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital de uso misto (18,8%) e para construção (42,0%). Por outro lado, os impactos negativos foram nos grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-10,7%), para fins industriais (-1,6%) e agrícola (-2,9%).

Ainda em relação a março de 2017, o segmento de bens intermediários apontou variação negativa de 0,2% e interrompeu dez meses de taxas positivas consecutivas. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de outros produtos químicos (-6,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%), de indústrias extrativas (-1,3%), de produtos de metal (-3,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,0%), de produtos têxteis (-2,8%) e de produtos alimentícios (-0,1%), enquanto as pressões positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (10,1%), metalurgia (6,1%), celulose, papel e produtos de papel (7,8%), produtos de borracha e de material plástico (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,8%).

A produção de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 1,7% no índice mensal de março de 2018, interrompeu cinco meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pelas quedas observadas nos grupamentos de carburantes (-12,8%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,1%) e de semiduráveis (-4,9%). Por outro lado, o subsetor de não-duráveis (6,7%) apontou a única taxa positiva nessa categoria.

O índice acumulado no ano, frente a igual período de 2017, cresceu 3,1%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (20,0%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (26,1%), de metalurgia (8,1%), de produtos alimentícios (2,5%), de máquinas e equipamentos (6,3%), de celulose, papel e produtos de papel (7,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), de produtos de borracha e de material plástico (4,4%), de bebidas (4,1%), de produtos de madeira (11,7%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (7,6%) e de móveis (8,9%). Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%) e indústrias extrativas (-2,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, os resultados no primeiro trimestre de 2018 mostraram maior dinamismo para bens de consumo duráveis (16,3%) e bens de capital (10,8%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (13,2%) e eletrodomésticos (26,0%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (21,8%), para construção (56,5%) e de uso misto (18,0%), na segunda. Os setores de bens intermediários (1,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,8%) também acumulara taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (3,1%).