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Índice de Preços ao Produtor sobe 1,05% em março

26/04/2018 09h00 | Atualizado em 26/04/2018 09h23

Em março de 2018, os preços das indústrias extrativas e de transformação subiram 1,05% em relação ao mês anterior, resultado superior ao observado em fevereiro (0,38%). Esta foi a maior alta desde novembro de 2017 (1,40%). Das 24 atividades, 21 apresentaram variações positivas de preços, exatamente como no mês anterior.
O material de apoio do IPP pode ser acessado à direita desta página.

Período Taxa
mar/18 1,05%
fev/18 0,38%
mar/17 0,06%
Acumulado no ano 1,91%
Acumulado em 12 meses 6,23%

Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JAN/18 FEV/18 MAR/18 JAN/18 FEV/18 MAR/18 JAN/18 FEV/18 MAR/18
Indústria Geral 0,47 0,38 1,05 0,47 0,86 1,91 4,33 5,19 6,23
B - Indústrias Extrativas 1,23 2,25 4,37 1,23 3,50 8,03 10,65 19,16 20,23
C - Indústrias de Transformação 0,44 0,30 0,91 0,44 0,75 1,67 4,08 4,68 5,70
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        

Na comparação com fevereiro de 2018, as quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (4,37%), outros produtos químicos (2,86%), metalurgia (1,56%) e confecções de artigos do vestuário e acessórios (1,31%).

Em termos de influência, na comparação com fevereiro, os destaques de março foram: produtos químicos (0,28 p.p.), alimentos (0,21 p.p.), indústrias extrativas (0,18 p.p.) e metalurgia (0,13 p.p.).

Em março/2018, o indicador acumulado no ano (março/2018 contra dezembro de 2017) atingiu 1,91%, contra 0,86% em fevereiro/2018. Entre as atividades que, em março/2018, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (8,03%), outros produtos químicos (5,97%),confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,46%) e metalurgia (4,04%).

Neste indicador, os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (0,58 p.p.), metalurgia (0,32 p.p.), indústrias extrativas (0,31 p.p.) e veículos automotores (0,18 p.p.).

Na comparação com março de 2017, a variação de preços em março de 2018 foi de 6,23%, contra 5,19% em fevereiro de 2018. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (20,23%), refino de petróleo e produtos de álcool (18,50%), papel e celulose (14,79%) e outros produtos químicos (11,70%). Os setores de maior influência nessa comparação foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,87 p.p.), outros produtos químicos (1,11 p.p.), metalurgia (0,80 p.p.) e indústrias extrativas (0,74 p.p.).

Em março de 2018, a variação de preços de 1,05% frente a fevereiro repercutiu entre as grandes categorias econômicas da seguinte maneira: 0,72% em bens de capital; 1,52% em bens intermediários; e 0,34% em bens de consumo, sendo que 0,14% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,40% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JAN/18 FEV/18 MAR/18 JAN/18 FEV/18 MAR/18 JAN/18 FEV/18 MAR/18
Indústria Geral 0,47 0,38 1,05 0,47 0,86 1,91 4,33 5,19 6,23
Bens de Capital (BK) 0,27 0,33 0,72 0,27 0,61 1,34 4,71 5,34 5,27
Bens Intermediários (BI) 0,86 0,78 1,52 0,86 1,64 3,19 6,37 7,59 8,93
Bens de consumo(BC) -0,12 -0,26 0,34 -0,12 -0,38 -0,04 1,00 1,35 2,15
Bens de consumo duráveis (BCD) 1,25 0,06 0,14 1,25 1,31 1,45 4,95 5,02 4,77
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) -0,55 -0,37 0,40 -0,55 -0,91 -0,51 -0,19 0,23 1,34
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        

A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria geral (1,05%) foi a seguinte: 0,06 p.p. de bens de capital, 0,87 p.p. de bens intermediários e 0,12 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,10 p.p. deveu-se às variações de preços dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,02 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Em março, o acumulado no ano foi de 1,91%, sendo 1,34% a variação de bens de capital (com influência de 0,11 p.p.), 3,19% de bens intermediários (1,82 p.p.) e -0,04% de bens de consumo (-0,01 p.p.). No último caso, o resultado foi influenciado em 0,12 p.p. pelos bens de consumo duráveis e - 0,13 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (M/M-12), a variação de preços da indústria alcançou, em março, 6,23%, com as seguintes variações: bens de capital, 5,27% (0,45 p.p.); bens intermediários, 8,93% (5,02 p.p.); e bens de consumo, 2,15% (0,76 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,40 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,36 p.p.

Seis setores são destaques em março

Indústrias extrativas: neste mês, os preços variaram 4,37%, em relação a fevereiro. Com isso, a variação acumulada, nos três primeiros meses de 2018, ficou em 8,03%. Na comparação com março de 2017, observou-se variação de 20,23% nos preços do setor. Assim, as Indústrias Extrativas apresentaram as maiores variações de preços nos três indicadores analisados (M/M-1; acumulado; e contra mesmo mês do ano anterior, M/M-12), para o mês de março deste ano, na indústria geral.

Destacaram-se os preços dos produtos: “minérios de ferro” e “óleos brutos de petróleo”. Na influência, os indicadores M/M-1, acumulado no ano e M/M-12 do setor representaram 0,18 p.p. em 1,05%, 0,31 p.p. em 1,91% e 0,74 p.p. em 6,23%, sobre os indicadores da indústria geral respectivamente.

Alimentos: em março, os preços do setor variaram, em média, 1,13%. Na série, o primeiro resultado positivo que supera o atual foi o de julho de 2016, 1,74%. Nos 21 meses que separam julho de 2016 de março de 2018, 10 resultados foram positivos e 11 negativos, mas, vale dizer, a variação acumulada neste período foi de - 3,90%.

Em março, depois de 14 meses com taxas negativas, o acumulado no ano apresentou uma variação positiva, de 0,90% (em dezembro de 2016, a primeira taxa positiva antes de março de 2018, havia sido de 8,79%). Já na perspectiva do M/M-12, as variações permaneceram negativas, como tem sido nos últimos 10 meses, porém com uma taxa menos intensa do que aquelas observadas de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018, -2,15% (em dezembro de 2017, -7,28%; janeiro de 2018, -6,18%; e fevereiro, -4,07%).

O destaque ao setor se deu pelo fato de, além de ser o de maior importância no cálculo das indústrias extrativas e de transformação, ter sido a segunda maior influência na comparação de março de 2018 contra fevereiro de 2018, ou seja, a variação observada respondeu por 0,21 p.p. em 1,05% (a primeira atividade em influência foi Outros produtos químicos, 0,28 p.p.).

Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor variaram, em média, 0,74%, resultado que ocorre depois de as taxas de janeiro (3,15%) e fevereiro (-3,15%) praticamente terem se anulado. Deste modo, em março o acumulado no ano foi de 0,63%. Já na comparação março de 2018/março de 2017, a variação foi de 18,50%, depois de ter sido de 13,81% em fevereiro.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de aparecer em segundo lugar tanto em termos de variação e em primeiro em termos de influência (1,87 p.p., em 6,23%), na perspectiva da comparação anual (março de 2018/março de 2017). O comportamento dos preços do setor, no último ano, levou a série de número-índice ao seu ponto máximo, os últimos quatro pontos são os mais altos, o de janeiro de 2018, 132,46, o mais alto, e o de março, 129,23, o segundo.

Outros produtos químicos: a indústria química no mês de março apresentou uma variação média de preços, em relação a fevereiro, de 2,86%, a segunda mais elevada entre as atividades analisadas na pesquisa, completando sete meses seguidos de elevação de preços (15,97% neste período).

Com isso resultou em uma variação positiva de 5,97% no acumulado do ano e 11,70% nos 12 últimos meses, situação bem diversa da que ocorreu em março de 2017, quando o acumulado em 12 meses alcançou -3,39%.

Os produtos em destaque no caso de influência no mês contra mês anterior foram: “PEAD”, “herbicidas para uso na agricultura”, “PEBD” e “polipropileno (PP)”, sendo que destes, quando se consideram os quatro que mais influenciaram os resultados acumulados no ano, sai “PEBD” e entra “etileno (eteno) não saturado”. Os que mais influenciaram os resultados nos últimos 12 meses apresentam a entrada de “propeno (propileno) não saturado” e “soda ou potassa cáustica”, com a saída de “herbicidas para uso na agricultura” e “PEAD”.

Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior influenciaram o resultado líquido positivo em 1,33 p.p., no resultado de variação de 2,86% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 1,53 p.p.

Metalurgia: de fevereiro para março de 2018, houve uma variação de 1,56%, sexta variação positiva nos sete últimos meses (em janeiro de 2018 a variação foi de -0,06%) e terceira maior variação positiva entre todas as variações das atividades analisadas pelo IPP. Desta forma, a atividade acumulou no ano uma variação de 4,04% e nos últimos 12 meses 10,10% (17ª variação positiva consecutiva neste tipo de indicador). Uma análise dos números-índices da série indica que, entre dezembro de 2013 (base da série) e março de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 35,73%.

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando os resultados do mês contra mês anterior, todos os que são derivados do aço tiveram valores positivos e apenas “ligas de alumínio em formas brutas”, que é um produto do grupo dos metais não ferrosos, apresentou um valor negativo.

Dentre os produtos que mais influenciaram o resultado no mês aparecem praticamente os mesmos produtos, apenas “vergalhões de aços ao carbono” sendo substituído por “alumínio não ligado em formas brutas”. Estes quatro produtos representaram 1,43 p.p. da variação no mês, ou seja, 0,13 p.p. é a influência dos demais 18 produtos.

Veículos automotores: em março, a variação observada no setor foi de 0,20%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Essa foi a sétima variação positiva consecutiva e a 19ª nos últimos 20 meses (apenas agosto de 2017 apresentou variação negativa de preços, na faixa de -0,08%). Com este resultado, a variação acumulada no ano alcançou 1,71%. A título de comparação, em março de 2017 o acumulado era de 0,85%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 5,45%.  

Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 11,24% - atrás apenas dos setores de alimentos (19,68%) e refino de petróleo e produtos de álcool (11,78%) – a atividade de veículos automotores também se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por apresentar a quarta maior influência na variação acumulada no ano (0,18 p.p. em 1,91%).

Entre os quatro produtos de maior influência em relação ao mês anterior, três deles tiveram impacto positivo no índice: “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão trator para reboques e semi-reboques” – todos estão entre aqueles que apresentam os maiores pesos no setor. Apenas o produto “caixas de marcha para veículos automotores” apresentou variação negativa no indicador.

A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação mensal foi de 0,18 p.p., ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com o restante para que a variação mensal de 0,20% fosse atingida.