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Setor de Serviços varia 0,1% em fevereiro

13/04/2018 09h00 | Atualizado em 13/04/2018 12h00

Em fevereiro de 2018, o volume de serviços no Brasil assinalou variação positiva de 0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação a fevereiro de 2017, o volume de serviços caiu (-2,2%). Com isso, o volume de serviços acumulou queda de 1,8% no ano.  O acumulado nos últimos doze meses também ficou negativo (-2,4%) em fevereiro de 2018.

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Fevereiro/Janeiro* 0,1 -0,2
Fevereiro 18/Fevereiro 17 -2,2 0,3
Acumulado no Ano -1,8 0,6
Acumulado nos Últimos 12 Meses -2,4 2,4

Entre as atividades, em relação a janeiro (série com ajuste sazonal) houve alta somente em serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). As quatro outras atividades mostraram recuo: serviços prestados às famílias (-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%). Já em relação a fevereiro de 2017, foram duas variações positivas: outros serviços (1,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%). As três quedas foram em serviços prestados
às famílias (-5,2%), serviços de informação e comunicação (-4,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,6%).

O índice de atividades turísticas recuou em ambas as comparações: -3,4% em relação a janeiro e -5,2% na comparação com fevereiro de 2017. O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) está à direita desta página.

Pesquisa Mensal de Serviços - Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades
Fevereiro 2018 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV JAN-DEZ JAN-JAN JAN-FEV Até DEZ Até JAN Até FEV
Volume de Serviços - Brasil 1,1 -1,9 0,1 0,6 -1,5 -2,2 -2,8 -1,5 -1,8 -2,8 -2,7 -2,4
1. Serviços prestados às famílias -2,9 -0,2 -0,8 -3,5 -3,0 -5,2 -1,1 -3,0 -4,0 -1,1 -1,0 -0,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação -3,8 -0,1 -0,7 -2,4 -2,4 -4,8 -0,3 -2,4 -3,5 -0,3 0,0 0,0
1.2 Outros serviços prestados às famílias -1,3 -0,4 -1,5 -9,5 -5,9 -7,6 -5,5 -5,9 -6,7 -5,5 -6,3 -5,5
2. Serviços de informação e comunicação -0,1 -1,0 -0,6 2,3 -5,0 -4,9 -2,0 -5,0 -4,9 -2,0 -2,4 -2,8
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -0,1 -0,8 -0,6 2,6 -4,8 -5,3 -0,8 -4,8 -5,1 -0,8 -1,3 -1,9
2.1.1 Telecomunicações 2,1 -1,4 -1,2 0,4 -6,7 -6,8 -2,8 -6,7 -6,7 -2,8 -3,3 -3,9
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -2,5 1,7 -0,8 0,7 0,0 -1,7 2,0 0,0 -0,8 2,0 1,7 1,0
2.2 Serviços audiovisuais 1,7 -2,0 -0,6 1,5 -6,2 -2,1 -7,6 -6,2 -4,3 -7,6 -7,6 -7,5
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,1 -2,3 1,7 -3,5 -3,5 -1,6 -7,3 -3,5 -2,6 -7,3 -7,0 -6,3
3.1 Serviços tecnico-profissionais 5,6 -3,7 1,6 -5,1 -2,8 -0,1 -12,3 -2,8 -1,5 -12,3 -11,8 -10,2
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,4 -2,3 1,6 -2,7 -3,8 -2,1 -4,5 -3,8 -2,9 -4,5 -4,4 -4,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,7 -1,2 -0,3 4,8 3,7 0,6 2,3 3,7 2,2 2,3 2,8 3,2
4.1 Transporte terrestre -0,4 -0,6 -0,6 2,7 3,0 0,5 0,9 3,0 1,8 0,9 1,5 1,9
4.2 Transporte aquaviário -1,0 1,4 -2,4 22,2 11,9 13,3 17,5 11,9 12,6 17,5 18,7 20,9
4.3 Transporte aéreo 6,6 0,8 -11,4 -17,5 1,7 -19,9 -19,4 1,7 -9,3 -19,4 -18,0 -18,4
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio 0,5 -0,9 0,6 11,4 4,0 4,5 8,1 4,0 4,3 8,1 8,1 8,5
5. Outros serviços 1,7 2,2 -0,7 -5,5 1,6 1,5 -8,9 1,6 1,6 -8,9 -8,4 -7,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria  (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal  (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores  

O setor de serviços voltou a mostrar variação positiva em fevereiro de 2018 (0,1%), após recuar 1,9% em janeiro, quando praticamente devolveu o ganho acumulado dos dois últimos meses de 2017 (2,0%). O ligeiro acréscimo no volume de serviços se deu de forma concentrada tanto em termos setoriais como regionais. Apenas uma das cinco atividades e quinze dos vinte e sete estados brasileiros mostraram taxas positivas no mês.

A variação positiva do volume de serviços (0,1%) em fevereiro deveu-se apenas aos serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). As demais atividades recuaram: serviços prestados às famílias (-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%).

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços recuou 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2018 frente ao nível do mês anterior, interrompendo assim a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado.

Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os serviços prestados às famílias (-1,3%) mostraram a queda mais intensa neste mês e mantiveram o comportamento predominantemente negativo desde agosto de 2017. Os demais segmentos que também recuaram em fevereiro foram serviços de informação e comunicação (-0,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%).

Em contrapartida, outros serviços (1,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) assinalaram as taxas positivas em fevereiro de 2018.

Em relação a fevereiro de 2017, o volume do setor de serviços recuou 2,2% em fevereiro de 2018, com resultados negativos em três das cinco atividades de divulgação e 51,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-4,9%) foram os que mais impactaram negativamente o índice global.

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2017, as duas atividades que apontaram aumento no volume de serviços foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%) e outros serviços (1,5%).

No índice acumulado de janeiro a fevereiro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou queda de 1,8%, com taxas negativas em três das cinco atividades de divulgação e 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-4,9%) exerceram o principal impacto negativo sobre o índice global. As demais influências negativas vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%) e dos serviços prestados às famílias (-4,0%).

Já os impactos positivos do acumulado do primeiro bimestre do ano ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,2%) e outros serviços (1,6%).

RESULTADOS REGIONAIS

Regionalmente, 15 dos 27 estados tiveram avanço no volume dos serviços em fevereiro, em relação a janeiro, na série com ajuste sazonal. São Paulo, que representa cerca de 43% de todo o volume de serviços gerado no Brasil, mostrou variação nula (0,0%) em fevereiro de 2018, contribuindo para que o índice nacional também ficasse próximo à estabilidade.

Nos locais, os destaques positivos nesse mês foram: Paraná (2,0%); Rio de Janeiro (0,5%), Santa Catarina (0,5%); Pará (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,5%). Já as principais influências negativas vieram da Bahia (-9,0%), Ceará (-16,8%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%).

Em relação a fevereiro de 2017, a queda do volume de serviços no Brasil (-2,2%) foi acompanhada por 22 das 27 unidades da federação. Os recuos mais importantes foram: Rio de Janeiro (-2,6%), São Paulo (-0,7%), Bahia (-8,6%), Minas Gerais (-3,5%), Distrito Federal (-8,6%) e Ceará (-12,7%). Por outro lado, a expansão mais relevante para a formação do índice nacional veio do Paraná (2,7%).

No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, 23 das 27 unidades da federação mostraram taxas negativas. Os recuos de maior magnitude ocorreram no Rio Grande do Norte (-11,5%), Piauí (-10,7%), Ceará (-9,4%), Tocantins (-8,9%), Distrito Federal (-8,8%) e Pará (-8,1%). Já a maior alta foi em Mato Grosso (2,9%), enquanto São Paulo obteve variação nula (0,0%) no acumulado dos dois primeiros meses de 2018.

AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS

O índice de atividades turísticas recuou 4,0% em relação a janeiro de 2018. Todas as doze unidades da federação acompanharam este movimento de queda, com destaque para São Paulo (-0,7%), Bahia (-9,4%), Minas Gerais (-6,7%), Rio de Janeiro (-3,6%) e Distrito Federal (-6.1%).

Na comparação com fevereiro de 2017, o volume de atividades turísticas recuou 5,2% no Brasil, após ter ficado estável em janeiro (0,0%). Em termos regionais, nove dos doze estados onde o indicador é investigado mostraram queda dos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-5,2%) e Rio de Janeiro (-7,9), que juntos representam cerca de 50% das receitas dos serviços ligados a atividades turísticas do Brasil.