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Em janeiro, produção industrial cai 2,4%

06/03/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h51

Em janeiro de 2018, a produção industrial nacional mostrou redução de 2,4% frente dezembro de 2017 (série com ajuste sazonal), interrompendo, assim, quatro meses de resultados positivos seguidos, que acumularam ganho de 4,3%. Essa foi a maior queda desde fevereiro de 2016 (-2,5%).

Janeiro 2018/Dezembro 2017 -2,4%
Janeiro 2018/Janeiro 2017 5,7%
Acumulado em 2018 5,7%
Acumulado 12 meses 2,8%
Média móvel trimestral 0,3%

Em relação a janeiro de 2017, (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 5,7%, nona taxa positiva consecutiva e a mais acentuada desde abril de 2013 (9,8%).

No acumulado dos últimos doze meses, ao avançar 2,8% em janeiro de 2018, a produção industrial marcou o resultado positivo mais elevado desde junho de 2011 (3,6%) e prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%).

A publicação completa, a apresentação e a série história da Pesquisa da Indústria Mensal (PIM PF Brasil) estão à direita desta página.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias EconômicasBrasil - Janeiro de 2018
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Janeiro 2018/
Dezembro 2017*
Janeiro 2018/
Janeiro 2017

Acumulado
Janeiro-Janeiro

Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital -0,3 18,3 18,3 6,9
Bens Intermediários -2,4 4,2 4,2 1,8
Bens de Consumo -1,6 6,2 6,2 3,4
Duráveis -7,1 20,0 20,0 14,5
Semiduráveis e
não Duráveis
0,5 3,0 3,0 0,9
Indústria Geral -2,4 5,7 5,7 2,8
  Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria   
 *Série com ajuste sazonal    

De dezembro para janeiro, 19 dos 24 ramos pesquisados apresentaram queda

Na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, a atividade industrial teve perfil generalizado de queda, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,6%), devolvendo, assim, parte da expansão de 9,1% verificada no mês anterior.

Outras contribuições negativas relevantes sobre a indústria vieram de metalurgia (-4,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), de produtos alimentícios (-1,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,4%), de outros equipamentos de transporte (-12,1%), de produtos de metal (-4,9%), de produtos diversos (-11,2%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,3%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%). Com exceção da última atividade, que recuou pelo quarto mês consecutivo e acumulou perda de 7,5% nesse período, as demais apontaram taxas positivas em dezembro de 2017: 5,1%, 6,7%, 3,3%, 1,3%, 15,3%, 6,2%, 21,4% e 4,2%, respectivamente.

Entre os cinco ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,0%), indústrias extrativas (2,2%) e bebidas (5,0%), com os dois primeiros eliminando os recuos de 3,7% e de 1,6% observados no mês anterior; e o último avançando pelo segundo mês consecutivo e acumulando ganho de 5,5% nesse período.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-7,1%) mostrou a queda mais acentuada e eliminou parte da expansão de 9,8% acumulada nos dois últimos meses de 2017. Essa foi a taxa negativa mais intensa desde março de 2017 (-7,5%). Os segmentos de bens intermediários (-2,4%) e de bens de capital (-0,3%) também recuaram nesse mês, com o primeiro devolvendo parte do ganho de 3,6% registrado em novembro e dezembro de 2017; e o segundo interrompendo o comportamento positivo presente desde abril de 2017, período em que acumulou expansão de 12,4%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,5%) apontou a única taxa positiva nesse mês, segundo avanço consecutivo nesse tipo de comparação e acumulando nesse período crescimento de 4,2%.

Média Móvel trimestral varia 0,3%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2018 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (0,7%) apontou o avanço mais elevado nesse mês e prosseguiu com o comportamento positivo presente desde abril de 2017.

Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%), de bens intermediários (0,4%) e de bens de capital (0,2%) também registraram resultados positivos em janeiro de 2018, com o primeiro avançando pelo segundo mês seguido; o segundo mantendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em maio de 2017; e o último com a décima primeira expansão consecutiva e acumulando alta de 12,4% no período.

Indústria cresceu 5,7% em relação a janeiro de 2017

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 5,7% em janeiro de 2018, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 58 dos 79 grupos e 60,0% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (15,6%), de produtos alimentícios (4,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (32,0%), de metalurgia (10,0%), de bebidas (11,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (15,2%), de produtos de borracha e de material plástico (5,7%), de celulose, papel e produtos de papel (5,3%), de produtos de metal (5,7%), de produtos de madeira (12,8%), de móveis (12,4%), de produtos têxteis (9,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,0%).

Bens de consumo duráveis (20,0%) e bens de capital (18,3%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens intermediários (4,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (3,0%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas ambos com crescimento abaixo da média nacional (5,7%).

O segmento de bens de consumo duráveis avançou 20,0% em janeiro de 2018 frente a igual período do ano anterior, décima quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas ligeiramente menos elevada do que a observada em dezembro de 2017 (21,1%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (17,3%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (50,4%).

Vale citar também as expansões assinaladas por eletrodomésticos da “linha branca” (4,7%), motocicletas (8,8%) e móveis (13,9%). Por outro lado, o principal impacto negativo foi verificado no grupamento de outros eletrodomésticos (-0,6%).

O setor produtor de bens de capital mostrou crescimento de 18,3% no índice mensal de janeiro de 2018, nono resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2013 (24,1%). O segmento foi influenciado pelos avanços observados em todos os seus grupamentos, com destaque para a expansão de 30,7% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para construção (81,4%), de uso misto (20,3%), para fins industriais (6,7%), agrícola (19,3%) e para energia elétrica (3,4%).

Bens intermediários (4,2%) apontou a nona taxa positiva consecutiva, mas ligeiramente abaixo da observada no mês anterior (4,4%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (22,9%), de metalurgia (10,0%), de produtos alimentícios (7,0%), de máquinas e equipamentos (24,2%), de produtos de metal (6,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,4%), de celulose, papel e produtos de papel (6,1%), de produtos têxteis (5,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (1,3%), enquanto as pressões negativas foram em coque, derivados do petróleo e biocombustíveis
(-5,4%), outros produtos químicos (-0,6%) e indústrias extrativas (-0,1%).

Também apresentaram resultados positivos os grupamentos de insumos típicos para construção civil (4,1%), que marcou a quarta expansão seguida; e de embalagens (5,4%), que mostrou a sexta taxa positiva consecutiva.

A produção de bens de consumo semi e não-duráveis apontou expansão de 3,0% no índice mensal de janeiro de 2018, quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e mais elevado do que o verificado no mês anterior (0,4%). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pelas expansões observadas nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,1%) e de não-duráveis (6,8%). O subsetor de semiduráveis (2,3%) também assinalou resultado positivo, enquanto o grupamento de carburantes (-4,5%) mostrou a única taxa negativa nessa categoria.