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Produção industrial cresce 2,8% em dezembro e fecha 2017 com alta de 2,5%

01/02/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h51

Em dezembro de 2017, a produção industrial nacional cresceu 2,8% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, a maior alta desde junho de 2013 (3,5%). Nos quatro últimos meses, as taxas foram positivas, acumulando alta de 4,2%.

Período Taxa
Dezembro 2017/Novembro 2017 2,8%
Dezembro 2017/Dezembro 2016 4,3%
Acumulado em 2017 2,5%
Média móvel trimestral 1,2%

Em relação a dezembro de 2016, a indústria teve alta de 4,3%, a oitava taxa positiva consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste), mas inferior às taxas de outubro (5,5%) e novembro (4,7%). Com isso, frente ao mesmo período de 2016, indústria cresceu 4,9% no quarto trimestre e 4,0% no segundo semestre.

No acumulado de 2017, a produção industrial cresceu 2,5%, após quedas em 2014 (-3,0%), 2015 (-8,3%) e 2016 (-6,4%).

A publicação completa, a apresentação e a série história da Pesquisa da Indústria Mensal (PIM PF Brasil) estão à direita desta página.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Dezembro de 2017
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Dezembro 2017/
Novembro 2017*
Dezembro 2017/
Dezembro 2016
Acumulado
Janeiro-Dezembro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 0,0 8,8 6,0 6,0
Bens Intermediários 1,7 4,2 1,6 1,6
Bens de Consumo 2,7 3,9 3,2 3,2
  Duráveis 5,9 20,8 13,3 13,3
  Semiduráveis e não Duráveis 3,0 0,2 0,9 0,9
Indústria Geral 2,8 4,3 2,5 2,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

De novembro para dezembro de 2017, houve altas em 20 dos 24 ramos industriais

Na comparação de dezembro frente a novembro de 2017, a indústria teve alta em três das quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências positivas foram veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%), que reverteu a queda de 0,8% no mês anterior, e produtos alimentícios (3,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou crescimento de 4,3%.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos de borracha e material plástico (6,9%), de metalurgia (4,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,3%), de outros equipamentos de transporte (15,2%), de produtos diversos (21,2%), de produtos de metal (6,0%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,8%).

Entre os quatro ramos que reduziram a produção em dezembro, destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e indústrias extrativas (-1,5%). O primeiro eliminou parte do avanço de 22,8% acumulado em outubro e novembro de 2017, o segundo tem perdas de 5,6% desde outubro de 2017 e o terceiro recuou após avançar 0,6% em novembro.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com novembro de 2017, bens de consumo duráveis tiveram a maior alta (5,9%) e o segundo resultado positivo consecutivo, com um acumulado de 8,9% nesse período. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (3,0%) e de bens intermediários (1,7%) também cresceram, com o primeiro revertendo a perda de 2,4% do mês anterior, e o segundo com um avanço acumulado de 3,0% em dois meses consecutivos de crescimento. Bens de capital (0,0%) mostrou variação nula, o que interrompeu o comportamento positivo iniciado em abril de 2017, período em que acumulou expansão de 12,4%.

Média móvel trimestral tem alta de 1,2% em dezembro de 2017

A evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 1,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2017 frente ao mês anterior, e manteve a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (2,4%) teve a maior alta em dezembro e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em abril de 2017. Os setores produtores de bens intermediários (0,9%), de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) e de bens de capital (0,5%) também tiveram altas em dezembro de 2017. O primeiro aumentou o ritmo de crescimento frente a novembro de 2017 (0,6%), o segundo interrompeu três meses seguidos de taxas negativas, que acumularam redução de 1,6%, e o último teve a nona expansão consecutiva e acumulou ganhos de 12,3% nesse período.

Produção industrial sobe 4,3% em relação a dezembro de 2016

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 4,3% em dezembro de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, em 20 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e 54,0% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (25,1%) exerceu a maior influência positiva. Outras contribuições relevantes sobre o total vieram de metalurgia (18,1%), de produtos alimentícios (2,9%), de celulose, papel e produtos de papel (10,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,9%), de produtos de borracha e de material plástico (8,0%), de outros produtos químicos (2,6%), de produtos de metal (5,8%), de produtos têxteis (11,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,6%), de outros equipamentos de transporte (10,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,8%) e de produtos de madeira (8,3%).

Das cinco atividades em queda, as principais influências negativas ocorreram nas indústrias extrativas (-3,0%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-15,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (20,8%) e bens de capital (8,8%) tiveram as maiores altas em dezembro de 2017, frente ao mesmo período de 2016. Os segmentos de bens intermediários (4,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) também cresceram, mas ficaram abaixo da média nacional (4,3%).

Bens de consumo duráveis avançou 20,8% em dezembro de 2017, a 14ª taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde fevereiro de 2014 (23,3%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (24,5%), motocicletas (112,5%), eletrodomésticos da “linha branca” (5,7%) e da “linha marrom” (5,0%), móveis (6,1%) e outros eletrodomésticos (19,8%).

Bens de capital cresceu 8,8% em dezembro de 2017, oitavo resultado positivo consecutivo e ligeiramente mais intenso do que o de novembro último (8,4%). O segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (21,4%). As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital de uso misto (29,4%), para construção (50,1%), para fins industriais (4,4%) e para energia elétrica (4,9%). O único impacto negativo foi no grupamento de bens de capital agrícola (-28,2%).

O segmento de bens intermediários cresceu 4,2% em dezembro de 2017, a oitava taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde abril de 2013 (6,8%). O resultado foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de metalurgia (18,1%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (18,4%), de produtos alimentícios (7,1%), de celulose, papel e produtos de papel (12,1%), de produtos de borracha e de material plástico (8,5%), de produtos de metal (7,7%), de outros produtos químicos (2,4%), de produtos têxteis (9,7%), de máquinas e equipamentos (6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%) e de produtos de minerais não metálicos (1,0%).

Ainda entre bens intermediários, outros resultados positivos relevantes vieram dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (7,3%), que marcou a expansão mais acentuada desde abril de 2013 (9,6%), e de embalagens (5,4%), que mostrou a quinta taxa positiva consecutiva. O único resultado negativo veio das indústrias extrativas (-3,0%).

Bens de consumo semi e não duráveis variou 0,2% em dezembro de 2017, terceiro resultado positivo consecutivo, mas o menos elevado dessa sequência. O desempenho foi explicado, em grande parte, pelas altas nos grupamentos de não duráveis (4,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,9%). As taxas negativas nessa categoria foram registradas nos subsetores de semiduráveis (-6,5%) e de carburantes (-1,6%).

Indústria cresceu 4,9% no último trimestre de 2017

Frente ao mesmo período de 2016, a produção industrial avançou 4,9% no quarto trimestre de 2017, a maior alta desde o segundo trimestre de 2013 (5,1%) e manteve o comportamento positivo registrado nos três primeiros trimestres de 2017: janeiro-março (1,3%), abril-junho (0,4%) e julho-setembro (3,2%). O resultado interrompeu 11 trimestres consecutivos de taxas negativas nessa comparação.

O aumento no ritmo de produção na passagem do terceiro (3,2%) para o quarto trimestre de 2017 (4,9%) foi observado em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de 14,6% para 17,8%) e bens de capital (de 7,6% para 10,7%). O primeiro segmento foi influenciado, em grande parte, pela produção de eletrodomésticos (de 8,5% para 11,1%), móveis (de 7,6% para 16,1%) e motocicletas (de   -8,6% para 32,5%), enquanto o segundo teve impacto de bens de capital para equipamentos de transporte (de 13,0% para 19,6%), para construção (de 50,2% para 62,8%) e para fins industriais (de -2,0% para 4,5%).

Bens intermediários (de 1,7% para 3,9%) também teve ganhos entre os dois períodos, enquanto o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (de 2,9% para 2,8%) mostrou ligeira redução na intensidade do crescimento.

Em 2017, a indústria do país acumulou alta de 2,5%

No acumulado de 2017, na comparação com 2016, a indústria cresceu 2,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e 56,4% dos 805 produtos pesquisados.

Veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%) foi a atividade que exerceu a maior influência positiva, seguida pelas indústrias extrativas (4,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,6%), de metalurgia (4,7%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e de material plástico (4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%), de máquinas e equipamentos (2,6%) e de produtos do fumo (20,4%).

Das sete atividades com queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,1%) teve a maior contribuição negativa, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Outras baixas importantes vieram de outros equipamentos de transporte (-10,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%), de produtos de minerais não metálicos (-3,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, destaque para bens de consumo duráveis (13,3%) e bens de capital (6,0%), que tiveram a influência da baixa base de comparação, com -14,4% e -10,2%, respectivamente, no acumulado de 2016. Dessas duas grandes categorias, a primeira foi impulsionada pela ampliação na fabricação de automóveis (20,1%) e eletrodomésticos (10,5%) e a segunda pelos bens de capital para equipamentos de transporte (7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%).

Os setores produtores de bens intermediários (1,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) também cresceram no acumulado no ano, mas com avanços abaixo da média nacional (2,5%).