Em dezembro, IPCA-15 fica em 0,35% e IPCA-E fecha o ano em 2,94%
21/12/2017 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h51
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em dezembro, pouco acima da taxa de 0,32% de novembro. Dessa forma, o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado, fechou o ano de 2017 em 2,94%, menor resultado acumulado desde 1998, quando havia registrado 1,66%. Em dezembro de 2016, a taxa havia sido 0,19%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
PERÍODO | TAXA |
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Dezembro | 0,35% |
Novembro | 0,32% |
Dezembro 2016 | 0,19% |
Acumulado no ano | 2,94% |
Conforme mostra a tabela a seguir, três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados em queda: Artigos de residência (-0,27%), Comunicação (-0,26%) e Alimentação e Bebidas (-0,02%).
IPCA-15 e IPCA-E - Variação e impacto nos grupos | ||||||
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Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto | Variação Acumulada (%) | |||
(p.p.) | ||||||
Outubro | Novembro | Dezembro | Dezembro | Trimestre | 12 meses | |
Índice Geral | 0,34 | 0,32 | 0,35 | 0,35 | 1,01 | 2,94 |
Alimentação e Bebidas | -0,15 | -0,25 | -0,02 | -0,01 | -0,42 | -2,15 |
Habitação | 0,66 | 1,33 | 0,43 | 0,07 | 2,44 | 6,15 |
Artigos de Residência | -0,13 | -0,35 | -0,27 | -0,01 | -0,75 | -1,51 |
Vestuário | 0,48 | 0,32 | 0,32 | 0,02 | 1,12 | 2,55 |
Transportes | 0,60 | 0,27 | 1,16 | 0,21 | 2,04 | 4,31 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,54 | 0,51 | 0,27 | 0,03 | 1,33 | 6,68 |
Despesas Pessoais | 0,50 | 0,43 | 0,44 | 0,05 | 1,38 | 4,75 |
Educação | 0,01 | 0,01 | 0,03 | 0,00 | 0,05 | 6,96 |
Comunicação | 0,48 | 0,28 | -0,26 | -0,01 | 0,50 | 1,50 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
A queda de 0,02% em Alimentação e Bebidas foi menos intensa que a registrada nos seis meses anteriores:
Mês | Variação (%) |
---|---|
junho | -0,47 |
julho | -0,55 |
agosto | -0,65 |
setembro | -0,94 |
outubro | -0,15 |
novembro | -0,25 |
Vários produtos influenciaram o resultado, a exemplo do feijão-carioca (-5,02%), da batata-inglesa (-3,75%), do tomate (-2,88%), das frutas (-1,40%) e das carnes industrializadas (-1,29%).
Mesmo com o grupo em queda, alguns alimentos apresentaram aumento de preços, especialmente, o óleo de soja (1,92%) e as carnes (0,41%).
Nos Artigos de Residência (-0,27%), a queda foi influenciada pelos itens: TV, som e informática (-1,61%) e eletrodomésticos (-0,51%).
No grupo Comunicação (-0,26%), além das quedas no item aparelho telefônico (-2,24%), o telefone fixo (-0,76%) registrou o realinhamento nos valores do minuto e da assinatura nos planos de algumas operadoras a partir de 08 de novembro.
No lado das altas, a energia elétrica (0,77%), do grupo Habitação (0,43%), desacelerou em relação ao mês de novembro (4,42%). Isto devido à vigência, a partir de 1º de dezembro, da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com custo adicional de R$ 0,03 a cada quilowatt-hora consumido, nas tarifas cobradas aos consumidores em substituição à bandeira tarifária vermelha patamar 2, que implicava em um custo adicional de R$ 0,05 por cada quilowatt-hora consumido. Ocorreu ainda, em Goiânia (5,86%), reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas a partir de 22 de outubro. Na mesma data, em Brasília (0,07%), passou a vigorar o reajuste médio de 6,84% e, em uma das empresas pesquisadas na região metropolitana de São Paulo (1,06%), houve reajuste de 22,59% a partir de 23 de outubro.
Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 0,80%. Em 05 de dezembro, a Petrobrás autorizou reajuste médio, nas refinarias, de 8,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg. Além disso, a partir de 1º de novembro, o gás encanado, com variação de 0,48%, reflete o reajuste de 1,54% ocorrido no Rio de Janeiro (0,93%) em 1º de novembro.
A taxa de água e esgoto, com variação de 0,92%, refere-se ao reajuste de 7,89% nas tarifas em São Paulo (3,55%) a partir de 10 de novembro.
A mais elevada variação de grupo ficou com Transportes (1,16%), sob pressão da gasolina (2,75%), item que liderou o ranking dos principais impactos individuais, com 0,11 ponto percentual (p.p.). Houve pressão, também, dos itens passagens aéreas (22,34%) e etanol (4,34%). Cabe destacar que o item ônibus urbano (-1,04%), exerceu o maior impacto negativo no índice do mês (-0,03 p.p.) em razão da redução de tarifa ocorrida no Rio de Janeiro (-5,28%) a partir de 15 de novembro.
Outros destaques em alta foram: plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (0,52%) e roupa masculina (0,99%).
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi registrado em Brasília (0,83%), onde a gasolina (4,91%) e as passagens aéreas (16,50%) se destacaram com, respectivamente, 0,28 p.p. e 0,26 p.p. de impacto no índice do mês. O menor resultado foi o de Salvador (-0,09%), sob influência do resultado de -2,10% da refeição fora e de -5,17% das frutas.
A seguir, tabela com os resultados por região pesquisada.
IPCA-15 e IPCA-E - Variação nas regiões | ||||||
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Região | Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | |||
Outubro | Novembro | Dezembro | Trimestre | 12 Meses | ||
Brasília | 3,46 | 0,22 | 0,27 | 0,83 | 1,32 | 3,74 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,19 | 0,33 | 0,58 | 1,10 | 2,54 |
Goiânia | 4,44 | 0,62 | 1,62 | 0,56 | 2,82 | 3,52 |
São Paulo | 31,68 | 0,45 | 0,44 | 0,55 | 1,45 | 3,53 |
Rio de Janeiro | 12,46 | -0,08 | 0,18 | 0,45 | 0,55 | 2,89 |
Fortaleza | 3,49 | 0,55 | -0,05 | 0,24 | 0,74 | 2,40 |
Recife | 5,05 | -0,07 | 0,21 | 0,22 | 0,36 | 3,20 |
Curitiba | 7,79 | 0,66 | 0,07 | 0,09 | 0,82 | 3,06 |
Belém | 4,65 | 0,23 | 0,13 | 0,02 | 0,38 | 1,47 |
Belo Horizonte | 11,23 | 0,25 | 0,29 | 0,00 | 0,54 | 2,03 |
Salvador | 7,35 | 0,64 | -0,03 | -0,09 | 0,52 | 2,35 |
Brasil | 100,00 | 0,34 | 0,32 | 0,35 | 1,01 | 2,94 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 13 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 13 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.