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Índice de Preços ao Produtor varia 1,50% em setembro

26/10/2017 09h00 | Atualizado em 26/10/2017 09h15

Em setembro de 2017, os preços das indústrias extrativas e de transformação subiram 1,50%, valor acima do observado em agosto (0,29%). Entre as 24 atividades, 19 apresentaram variações positivas de preços, contra 12 do mês anterior. O acumulado do ano atingiu 0,48%, contra -1,00% em agosto.

Período Taxa
Setembro de 2017 1,50%
Agosto de 2017 0,29%
Setembro de 2016 0,47%
Acumulado no ano 0,48%
Acumulado em 12 meses 2,68%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.

Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JUL/17 AGO/17 SET/17 JUL/17 AGO/17 SET/17 JUL/17 AGO/17 SET/17
Indústria Geral -1,01 0,29 1,50 -1,29 -1,00 0,48 1,09 1,64 2,68
B - Indústrias Extrativas -1,81 6,21 14,05 -16,88 -11,72 0,69 12,26 14,47 20,68
C - Indústrias de Transformação -0,98 0,11 1,08 -0,70 -0,60 0,48 0,77 1,26 2,10
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria         

Entre as 24 atividades, 19 tiveram variações positivas de preços, contra 12 do mês anterior.

As quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (14,05%), refino de petróleo e produtos de álcool (4,47%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,64%) e  outros produtos químicos (2,35%).

Em termos de influência, na comparação entre setembro e agosto de 2017, os destaques foram: refino de petróleo e produtos de álcool (0,47 p.p.), indústrias extrativas (0,46 p.p.), outros produtos químicos (0,22 p.p.) e metalurgia (0,15 p.p.).

Em setembro, o acumulado no ano (setembro de 2017 contra dezembro de 2016) atingiu 0,48%, contra -1,00% em agosto de 2017. Neste indicador, as atividades que, em setembro, tiveram as maiores variações percentuais foram: alimentos (-8,27%), refino de petróleo e produtos de álcool (7,72%),metalurgia (6,54%) e papel e celulose (6,06%).

Ainda no acumulado, os setores de maior influência foram: alimentos (-1,77 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,77 p.p.), metalurgia (0,48 p.p.) e veículos automotores (0,40 p.p.).

Na comparação com setembro de 2016, a variação de preços foi de 2,68%, contra 1,64% em agosto de 2017. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (20,68%), refino de petróleo e produtos de álcool (11,39%), metalurgia (10,96%) e alimentos (-7,60%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (-1,65 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,13 p.p.), metalurgia (0,79 p.p.) e indústrias extrativas (0,64 p.p.).

Em setembro de 2017, a variação de preços de 1,50% frente a agosto repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas (Tabela 4): -0,29% em bens de capital; 2,24% em bens intermediários; e 0,78% em bens de consumo, sendo que 0,48% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,88% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
JUL/17 AGO/17 SET/17 JUL/17 AGO/17 SET/17 JUL/17 AGO/17 SET/17
Indústria Geral -1,01 0,29 1,50 -1,29 -1,00 0,48 1,09 1,64 2,68
Bens de Capital (BK) -0,63 -0,26 -0,29 1,45 1,18 0,89 4,05 3,87 2,61
Bens Intermediários (BI) -1,07 -0,01 2,24 -1,17 -1,18 1,03 1,02 1,47 3,11
Bens de consumo(BC) -1,00 0,92 0,78 -2,13 -1,24 -0,47 0,48 1,38 2,03
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,20 0,07 0,48 3,25 3,32 3,81 5,14 4,25 4,91
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) -1,38 1,19 0,88 -3,74 -2,60 -1,74 -0,92 0,50 1,16
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        

A influência do resultado da indústria geral (1,50%) nas Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: -0,03 p.p. de bens de capital, 1,25 p.p. de bens intermediários e 0,28 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,24 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,04 p.p. nos bens de consumo duráveis.

No acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até setembro, variação de 0,48%, sendo 0,89% a variação de bens de capital (com influência de 0,08 p.p.), 1,03% de bens intermediários (0,57 p.p.) e -0,47% de bens de consumo (-0,17 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,31 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,48 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Em setembro, o acumulado dos últimos 12 meses na indústria alcançou 2,68%, com as seguintes variações: bens de capital, 2,61% (0,22 p.p.); bens intermediários, 3,11% (1,73 p.p.); e bens de consumo, 2,03% (0,72 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,41 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,32 p.p.

Seis setores se destacam no mês de setembro

Indústrias extrativas: alta de 14,05%, uma aceleração em relação a agosto, quando os preços já haviam subido 6,21%. Com isso, o acumulado do ano voltou a ser positivo (0,69%), algo que não se observava desde abril de 2017. Em relação a setembro de 2016, houve alta de 20,68%.

Alimentos: em setembro, os preços do setor tiveram a oitava variação negativa no ano
(-0,19%). Com este resultado, os acumulados no ano e nos 12 meses, alcançaram as variações mais negativas da série: -8,27% e -7,60%, respectivamente. No acumulado, 2017 tem as três variações negativas mais intensas da série. A quarta foi em março de 2013
(-5,23%). No acumulado em 12 meses, a série (iniciada em dezembro de 2010) tem apenas cinco resultados negativos, sendo quatro deles nos últimos quatro meses.

Os derivados de soja impactaram positivamente o resultado, que foi contrabalançado pelas variações nos preços de “açúcar cristal” e “leite esterilizado/UHT/Longa Vida”. A influência desses quatro produtos foi de 0,00 p.p.

Os aumentos dos derivados da soja estão em linha com o período de entressafra, aliado com uma demanda externa acelerada. Já os preços de “açúcar cristal” e “leite esterilizado/UHT/ Longa Vida” caíram em consonância com a safra de cana e a maior captação nas bacias leiteiras.

Refino de petróleo e produtos de álcool: ao longo de 2017, os preços do setor tiveram variação positiva em quatro meses e negativa nos outros cinco. Mesmo assim, com a variação de setembro contra agosto, de 4,47%, a série alcançou o maior resultado no acumulado no ano (7,72%) e também no acumulado em 12 meses (11,39%).

Os quatro produtos de maior influência no resultado de setembro contra agosto responderam por 4,04 p.p. em 4,47%. Todos os produtos pertencem ao refino.

Em termos de influência, o setor foi destaque nos três indicadores: no M/M-1, foi o principal impacto, 0,47 p.p., em 1,50%; no acumulado, o segundo: 0,77 p.p., em 0,48%; e no acumulado em 12 meses, novamente o segundo: 1,13 p.p., em 2,68%.

Outros produtos químicos: os preços do setor variaram, em média, 2,35%, revertendo a queda de agosto (-2,12%) e possibilitando que o patamar de preços acumulados no ano da atividade retornasse a um valor positivo (1,68%). Em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, o índice ficou em 1,94%, maior valor alcançado desde março de 2016 (5,34%), para este indicador. Estes resultados se devem a uma pressão de alta nos preços dos produtos químicos, ligada a interrupções de operações em algumas plantas que foram afetadas pelos problemas climáticos recentes.

Entre os destaques, em termos de variação positiva de preços, aparecem os produtos “estireno”, “propeno (propileno) não saturado” e “sulfato de amônio ou uréia” e, na direção oposta, “oxigênio”. Já, em termos de influência, todos os quatro produtos em destaque nos resultados são positivos: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “herbicidas para uso na agricultura”, “polipropileno (PP)” e “propeno (propileno) não saturado”, com influência de 1,36 p.p. em 2,35%.

Metalurgia: alta de 1,87%, sexto resultado positivo no ano, quebrando uma sequência de três variações negativas consecutivas. Desta forma, o setor acumulou no ano uma variação de 6,54% e, nos últimos 12 meses, de 10,96%, sendo em ambos os casos a terceira maior variação observada na pesquisa. Para efeito de comparação, em setembro de 2016 o setor metalúrgico apresentava uma variação positiva de 0,05% no acumulado em 12 meses.

Os produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra o mês anterior foram os de maior peso na atividade, sendo três com resultados positivos (“alumínio não ligado em formas brutas”, “bobinas a frio de aços carbono, não revestidos” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”) e apenas um com variação negativa (“lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”). Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, os quatro com destaque na análise de influências do mês atual contra o mês imediatamente anterior, mencionados anteriormente, representaram 1,28 p.p. da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos influenciaram em 0,59 p.p.

Veículos automotores: em setembro, a variação observada no setor foi de 0,68%, quando comparada ao mês de agosto, invertendo o sinal observado no mês passado e apresentando o terceiro maior aumento no ano, atrás apenas de janeiro (cuja variação foi de 0,74%) e de maio (1,35%). Com isso, a variação acumulada no ano alcançou 3,69% (em setembro de 2016 era de 2,39%). Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 5,21%, segunda maior variação para o mês de setembro em toda a série histórica, menor apenas que o resultado de setembro de 2015 (8,00%).

Entre os quatro produtos de maior influência no mês, todos tiveram impacto positivo no índice: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” (explicado, em parte, pelo fato de que algumas empresas iniciaram, neste mês analisado, as vendas de modelos do próximo ano), “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”, “carrocerias para ônibus” e “chassis com motor para ônibus ou para caminhões”, sendo que apenas os dois primeiros estão entre os quatro produtos de maior peso na atividade. A influência dos quatro produtos que mais impactaram a variação mensal foi de 0,60 p.p., dessa forma os demais 21 produtos da atividade contribuíram com o restante para que a variação de 0,68%, no mês atual contra o imediatamente anterior, fosse alcançada.