IPCA fica em 0,16% em setembro
06/10/2017 09h00 | Atualizado em 06/10/2017 14h25
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro ficou em 0,16%, abaixo dos 0,19% de agosto. No ano, o índice acumula 1,78%, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de setembro desde 1998 (1,42%). Considerando os últimos doze meses o índice ficou em 2,54%, resultado superior aos 2,46% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,08%. Clique aqui para acessar a publicação completa.
Período | TAXA |
---|---|
Setembro de 2017 | 0,16% |
Agosto de 2017 | 0,19% |
Setembro de 2016 | 0,08% |
Acumulado no ano 2017 | 1,78% |
Acumulado nos 12 meses | 2,54% |
Em setembro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,41%) e Habitação (-0,12%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Transportes com 0,79% de variação e 0,14 ponto percentual (p.p.) de impacto no índice do mês. A tabela a seguir apresenta os resultados apurados por cada grupo de produtos e serviços pesquisados.
IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Agosto | Setembro | Agosto | Setembro | |
Índice Geral | 0,19 | 0,16 | 0,19 | 0,16 |
Alimentação e Bebidas | -1,07 | -0,41 | -0,27 | -0,10 |
Habitação | 0,57 | -0,12 | 0,09 | -0,02 |
Artigos de Residência | 0,20 | 0,13 | 0,01 | 0,00 |
Vestuário | 0,29 | 0,28 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | 1,53 | 0,79 | 0,27 | 0,14 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,41 | 0,32 | 0,05 | 0,04 |
Despesas Pessoais | 0,29 | 0,56 | 0,03 | 0,06 |
Educação | 0,24 | 0,04 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,56 | 0,50 | -0,02 | 0,02 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Pelo quinto mês consecutivo o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,41%), sendo essa menos intensa que a registrada em agosto (-1,07%). Os alimentos para consumo em casa passaram de -1,84% em agosto para -0,74% em setembro, sob influência de itens importantes no consumo das famílias como as carnes (que passaram de -1,75% em agosto para 1,25% em setembro) e as frutas (de -2,57% em agosto para 1,74% em setembro). Por outro lado, vieram em queda: o tomate (-11,01%), o alho (-10,42%), o feijão-carioca (-9,43%), a batata-inglesa (-8,06%) e o leite longa vida (-3,00%). Todas as regiões pesquisadas vieram em queda em setembro, indo dos -1,70% registrados na região metropolitana de Recife até -0,08% em Goiânia.
Já a alimentação fora teve alta de 0,18%. As regiões pesquisadas variaram dos -2,71% em Brasília até 0,96% no Rio de Janeiro. A tabela a seguir mostra os resultados.
IPCA - Alimentação em casa e fora - Variação Mensal | ||
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Região | Variação mensal (%) | |
Alimentação em casa | Alimentação fora | |
Recife | -1,70 | 0,51 |
Salvador | -1,41 | -0,37 |
Fortaleza | -1,04 | 0,75 |
Porto Alegre | -0,80 | -0,15 |
Belo Horizonte | -0,79 | 0,02 |
Curitiba | -0,76 | -0,38 |
Vitória | -0,60 | 0,88 |
São Paulo | -0,59 | 0,37 |
Brasília | -0,52 | -2,71 |
Rio de Janeiro | -0,42 | 0,96 |
Belém | -0,29 | -0,10 |
Campo Grande | -0,13 | 0,45 |
Goiânia | -0,08 | 0,38 |
Brasil | -0,74 | 0,18 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Habitação (-0,12%), a queda ficou na conta da energia elétrica, em média 2,48% mais barata, em razão, principalmente, da entrada em vigor da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de setembro, representando uma cobrança adicional de R$ 0,02 a cada Kwh consumido. Em agosto, a bandeira tarifária vigente era a vermelha, incidindo um adicional de R$ 0,03 a cada Kwh consumido.
Ainda no grupo Habitação, cabe destacar as variações no gás de botijão (4,81%) e na taxa de água e esgoto (0,28%). No primeiro, há o reflexo do reajuste de 12,20%, em média, no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 06 de setembro.
Já na taxa de água e esgoto ocorreu a apropriação da variação de 17,17%, em Belém, que reproduz o reajuste médio de 17,50% em vigor desde junho de 2017 e ainda não apropriado nos índices de preços. Além disso, a variação de 0,78% em Fortaleza reflete o reajuste médio de 4,33%, a partir de 23 de setembro, em complemento ao já aplicado em junho de 2017. Em Vitória, o aumento de 2,99% é devido ao reajuste de 4,10% em vigor desde de 22 de agosto.
No grupo Transportes (0,79%), os combustíveis, com variação de 1,91%, foram o maior impacto individual no índice do mês, 0,10 p.p. O litro da gasolina ficou, em média, 2,22% mais caro de agosto para setembro. As passagens aéreas, com 0,07p.p. de impacto no índice, apresentaram variação de 21,90%.
Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre o -0,26% registrado na região metropolitana de Recife e o 0,54% da região metropolitana de Vitória. Nesta, o aumento foi impulsionado pela passagem aérea (37,51%) e pelos combustíveis (2,32%), com destaque para o preço da gasolina, em média 2,39% mais cara. Em Recife, o feijão-mulatinho apresentou queda de 20,39%, e a gasolina registrou redução de 2,29%.
A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada.
IPCA - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Agosto | Setembro | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,78 | 0,38 | 0,54 | 2,27 | 3,05 |
Belém | 4,65 | -0,22 | 0,33 | 0,94 | 1,52 |
Campo Grande | 1,51 | 0,21 | 0,33 | 1,13 | 2,81 |
Salvador | 7,35 | -0,06 | 0,24 | 1,84 | 2,62 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,30 | 0,24 | 1,43 | 2,18 |
Brasília | 2,80 | 0,45 | 0,22 | 2,19 | 3,99 |
São Paulo | 30,67 | 0,29 | 0,19 | 1,90 | 2,75 |
Fortaleza | 3,49 | -0,19 | 0,16 | 1,47 | 2,62 |
Curitiba | 7,79 | 0,35 | 0,14 | 2,26 | 2,55 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,02 | 0,13 | 2,11 | 2,56 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,33 | 0,07 | 1,35 | 1,94 |
Goiânia | 3,59 | -0,03 | 0,04 | 0,74 | 0,85 |
Recife | 5,05 | 0,18 | -0,26 | 2,47 | 3,85 |
Brasil | 100,00 | 0,19 | 0,16 | 1,78 | 2,54 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro (referência) com os preços vigentes no período de 1º de agosto a 29 de agosto de 2017 (base).
INPC varia -0,02% em setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de -0,02% em setembro. Esta é a menor variação para o mês de setembro desde 1998, quando foi registrado -0,31%. No ano, o acumulado foi de 1,24%, bem abaixo dos 6,18% registrados em igual período do ano passado. Considerando-se os últimos doze meses, o índice desceu para 1,63%, ficando abaixo do 1,73% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. As variações acumuladas no ano e em 12 meses são as menores para um mês de setembro desde a implantação do Plano Real. Em setembro de 2016, o INPC registrou 0,08%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,57% em setembro. Em agosto, o resultado havia sido de -1,18%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,22%, abaixo da taxa de 0,48% de agosto.
Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,48% registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro e 0,32% na região metropolitana de Belém. Em Belém, as carnes registraram alta de 3,47% e o gás de botijão ficou, em média, 7,59% mais caro. No Rio de Janeiro, a queda foi impulsionada pelo ônibus urbano (-4,74%) e pelas contas de energia elétrica (-1,81%). A tabela abaixo apresenta os resultados por região pesquisada.
INPC - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Agosto | Setembro | Ano | 12 meses | ||
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,14 | -0,48 | 0,97 | 0,88 |
Recife | 7,17 | -0,16 | -0,28 | 2,04 | 3,31 |
Brasília | 1,88 | 0,17 | -0,16 | 1,96 | 3,40 |
Fortaleza | 6,61 | -0,25 | -0,04 | 1,28 | 2,44 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,26 | -0,02 | 1,02 | 1,33 |
Curitiba | 7,29 | 0,35 | -0,01 | 2,26 | 2,13 |
São Paulo | 24,24 | 0,02 | 0,02 | 1,19 | 1,45 |
Campo Grande | 1,64 | -0,16 | 0,03 | -0,02 | 1,21 |
Goiânia | 4,15 | -0,27 | 0,03 | 0,15 | 0,00 |
Salvador | 10,67 | -0,20 | 0,09 | 1,75 | 2,29 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,08 | 0,09 | 0,73 | 1,01 |
Vitória | 1,83 | 0,31 | 0,24 | 1,84 | 2,18 |
Belém | 7,03 | -0,35 | 0,32 | 0,81 | 1,11 |
Brasil | 100,00 | -0,03 | -0,02 | 1,24 | 1,63 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro (referência) com os preços vigentes no período de 1º de agosto a 29 de agosto de 2017 (base).