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Pecuária Municipal 2016: Centro-Oeste concentra 34,4% do rebanho bovino do país

28/09/2017 10h00 | Atualizado em 29/09/2017 10h11

Em 2016, o efetivo de bovinos no país era de 218,23 milhões de cabeças, com alta de 1,4% em relação a 2015. O Centro-Oeste continuou a liderar, com 34,4% do total nacional e crescimento de 3,3% em relação a 2015. Mato Grosso tinha o maior rebanho bovino, com 30,30 milhões de cabeças de gado (ou 13,9% do total brasileiro) e alta de 3,2% em relação a 2015. Entre os municípios, os líderes em gado bovino foram São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS). Já o número de vacas ordenhadas recuou 6,8% chegando a 19,67 milhões, ou 9,0% do total de bovinos do país. A produção brasileira de leite em 2016 foi de 33,62 bilhões de litros, com retração de 2,9% em relação a 2015. Minas Gerais continua sendo o maior produtor, com 8,97 bilhões de litros ou 26,7% da produção nacional. Mas entre os municípios a liderança era de Castro, no Paraná, que alcançou 255,00 milhões de litros. A comparação entre os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Pesquisa Trimestral do Leite mostra 31% do leite produzido no país não passaram por inspeção sanitária.

O efetivo de suínos foi de 39,95 milhões em 2016, com alta de 0,4% em relação a 2015. Paraná (17,9%) e Santa Catarina (17,2%) tinham as maiores participações no rebanho nacional de suínos e Toledo (PR) foi o município com o maior efetivo.

A produção de peixes provenientes da aquicultura no país foi de 507,12 mil toneladas em 2016, com alta de 4,4% em relação a 2015. Rondônia manteve a primeira posição do ranking, com 90,64 mil toneladas (ou 17,9% da produção nacional) e alta de 7,3% em relação a 2015. Rio Preto da Eva (AM) foi novamente o principal produtor nacional, com 13,38 mil toneladas.

A principal espécie de peixes produzida no país foi a tilápia, com 239,09 mil toneladas, ou 47,1% do total da piscicultura. A produção aumentou 9,3% em relação a 2015. Já a produção de camarão (52,12 mil toneladas), também da aquicultura, teve redução de 26,1% em relação a 2015, causada pelo vírus da mancha branca, que atingiu as criações no Nordeste. O Ceará continua na liderança, respondendo por 48,8% da produção do país. Aracati (CE), o líder em camarões da aquicultura, produziu 7,6 mil toneladas, com queda de 39,5% em relação a 2015.

A PPM contemplou ainda a produção de ostras, vieiras e mexilhões (20,83 mil toneladas) em 2016. Santa Catarina foi o principal produtor, com 97,9% da produção brasileira. Em 2016, houve uma queda de 1,3% na produção no estado, causada pela maré vermelha. Dos 10 principais municípios produtores, nove são catarinenses e Palhoça (SC) é o líder, responsável por 65,7% da produção nacional.

Houve um recuo de 20,4% no efetivo de codornas e uma queda de 28,6% na produção de ovos desta ave, que chegou a 273,3 milhões de dúzias em 2016.

A produção brasileira de mel foi de 39,59 mil toneladas, com alta de 5,1% em relação a 2015. O valor da produção (R$ 470,51 milhões) também teve alta, de 31,5%.
O município de Ortigueira (PR) foi o maior produtor.

Em 2016, foram produzidas 2,86 mil toneladas de casulos de bicho da seda no país, com redução de 5,0% em relação a 2015. O Paraná detém 83,0% da produção nacional e o município de Nova Esperança (PR) liderou.

A Pesquisa Pecuária Municipal também tem informações sobre bubalinos (búfalos) equinos, caprinos, ovinos, galinhas e ovos de galinhas. A seguir, as principais informações captadas pela pesquisa, cuja publicação completa pode ser acessada aqui.

Corumbá (MS) tem o maior rebanho de equinos do país

O efetivo de equinos foi de 5,58 milhões de cabeças em 2016, com alta de 0,5% em relação a 2015. Os três líderes do ranking estadual eram Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia com, respectivamente, 13,7%, 9,6% e 8,6% do plantel nacional.

A criação de equinos foi identificada em 5 511 municípios em 2016. Os maiores efetivos estavam em Corumbá (MS), com 35.250 cabeças, Monte Alegre (PA), Santana do Livramento (RS), Uruguaiana (RS) e Rio Branco (AC).

Bahia e Pernambuco abrigam mais de 50% do rebanho de caprinos do país

O efetivo de caprinos foi de 9,78 milhões de cabeças em 2016, uma alta de 1,7% em relação a 2015. Bahia e Pernambuco abrigaram mais de 50% do efetivo nacional, com 28,0% e 25,5% do total, respectivamente, seguidos por Piauí (12,6%) e Ceará (11,6%). Os quatro estados citados responderam por 77,7% desse efetivo no país.

Entre os 50 municípios com os maiores rebanhos de cabras, 22 estavam na Bahia e 20 em Pernambuco. Casa Nova (BA) continuou liderando, seguida por Floresta (PE), Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Em 2016, 5 052 municípios tinham criação de caprinos.

Rio Grande do Sul concentrou 91,4% da produção de lã em 2016

Em 2016, a produção de lã proveniente de ovinos foi de 9,76 mil toneladas, queda de 10,7% em relação a 2015. O Rio Grande do Sul permaneceu líder, com 91,4% da produção nacional. Paraná (4,5%) e Santa Catarina (2,9%) vinham a seguir.

A produção de lã ocorreu em 882 municípios em 2016 e Santana do Livramento, Alegrete e Quaraí, todos no Rio Grande do Sul, mantiveram a liderança nacional.

O efetivo de ovinos foi de 18,43 milhões de cabeças em 2016, alta de 0,1% em relação a 2015. Bahia e Rio Grande do Sul destacaram-se, somando 38,0% do efetivo nacional. Pernambuco (13,4%) e Ceará (12,6%) vieram em seguida.

Em 2016, houve criação de ovinos em 5 277 municípios. Casa Nova (BA), Santana do Livramento (RS) e Alegrete (RS) eram os líderes.

Em 2016, Bastos (SP) foi o maior produtor de ovos de galinha do país

A produção nacional de ovos de galinha foi de 3,82 bilhões de dúzias em 2016, alta de 1,3% em relação a 2015 e rendimento de R$ 11,46 bilhões. O estado de São Paulo concentrou 26,7% da produção, ou 1,02 bilhão de dúzias.

Houve produção de ovos de galinha em 5 414 municípios em 2016. Bastos (SP) seguiu na liderança, com 250,5 milhões de dúzias de ovos, ou 6,6% da produção nacional. Santa Maria de Jetibá (ES), Itanhandu (MG) e Primavera do Leste (MT) vinham a seguir.

O país tinha 218,73 milhões de galinhas poedeiras em 2016, que representavam 16,2% do total de galináceos. O efetivo de poedeiras recuou 1,5% em relação a 2015. O município líder foi Santa Maria de Jetibá (ES), seguido por Bastos (SP), seguido por Itanhandu (MG), Primavera do Leste (MT) e São Bento do Una (PE).

Produção de ovos de codorna teve queda de 28,6% em 2016

Em 2016, o efetivo nacional de codornas foi de 15,1 milhões, com queda de 20,4% em relação a 2015. O maior plantel de codornas estava em Santa Maria do Jetibá (ES), com Suzano (SP), Bastos (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Perdões (MG) a seguir.

Já a produção brasileira de ovos de codorna foi de 273,30 milhões de dúzias, 28,6% menor que em 2015. O valor gerado foi R$ 265,76 milhões.

Houve produção de ovos de codorna em 876 municípios em 2016. Santa Maria de Jetibá (ES) passou da terceira para a primeira colocação, com 4,84 milhões de dúzias ovos, queda de 4,7% em relação a 2015. Com redução de 50,0% na produção, Bastos (SP) caiu da primeira para a segunda posição, seguido por Perdões (MG).

Valor da produção de mel teve alta de 31,5% em 2016

A produção brasileira de mel foi de 39,59 mil toneladas, com alta de 5,1% em relação a 2015. O valor da produção foi de R$ 470,51 milhões, com alta de 31,5%.

O Rio Grande do Sul foi responsável por 15,8% da produção nacional, com alta de 26,6% em relação a 2015. Em segundo vinha o Paraná, onde a produção caiu 4,7% com o excesso de chuvas e à contaminação por inseticidas. Em 2016, houve produção de mel em 3 961 municípios e Ortigueira (PR) foi o líder, seguido por Itatinga (SP) e Arapoti (PR).

Paraná produzia 83,0% dos casulos do bicho-da-seda do país

A produção brasileira de casulos de bicho da seda foi de 2,86 mil toneladas em 2016, com redução de 5,0% em relação a 2015. O Paraná detém 83,0% da produção nacional.

A produção de casulos ocorreu em 220 municípios em 2016. Nova Esperança (PR) liderou, seguida por Bastos (SP), Astorga (PR), Diamante do Sul (PR) e Cândido de Abreu (PR).

Piscicultura cresce 4,4% e Rondônia mantém a liderança

A produção de peixes no país foi de 507,12 mil toneladas em 2016, com alta de 4,4% em relação a 2015. Rondônia manteve a liderança, com 90,64 mil toneladas de peixes (ou 17,9% da produção nacional) e alta de 7,3% em relação a 2015. O Paraná continuou na segunda posição (76,06 mil toneladas, ou 15,0% da produção nacional), com alta de 9,8% em relação a 2015. São Paulo subiu para a terceira posição (48,35 mil toneladas, ou 9,5% do total nacional), com alta de 47,5%. Mato Grosso teve queda de 14,8% e foi para a quarta posição (40,41 mil toneladas, ou 8,0% do total nacional).

Quantidade produzida e valor da produção de peixes, segundo as espécies ou grupos de peixes – Brasil - 2016
Espécie ou grupo de peixes, em ordem decrescente de quantidade produzida Total (Kg) Percentual (%) Valor da produção Percentual (%)
Total 507.121.920 100,0 3.264.611.462 100,0
Tilápia 239.090.927 47,1 1.335.024.158 40,9
Tambaqui 136.991.478 27,0 879.037.488 26,9
Tambacu e tambatinga 44.948.272 8,9 328.151.919 10,1
Carpa 20.336.354 4,0 139.100.275 4,3
Pintado, cachara, cachapira, pintachara, surubim 15.860.113 3,1 167.036.559 5,1
Pacu e patinga 13.065.144 2,6 101.474.150 3,1
Matrinxã 8.766.980 1,7 69.578.057 2,1
Pirarucu 8.637.473 1,7 91.034.450 2,8
Jatuarana, piabanha e piracanjuba 6.076.014 1,2 46.865.112 1,4
Outros peixes 2.932.920 0,6 19.309.435 0,6
Piau, piapara, piauçu e piava 2.747.251 0,5 22.249.438 0,7
Curimatã, curimbatá 2.734.329 0,5 21.651.797 0,7
Pirapitinga 2.099.685 0,4 15.123.803 0,5
Truta 1.690.630 0,3 19.129.262 0,6
Traíra, trairão 806.365 0,2 6.690.254 0,2
Lambari 234.711 0,0 1.933.007 0,1
Dourado 63.394 0,0 861.573 0,0
Tucunaré 39.880 0,0 360.726 0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Pesquisa da Pecuária Municipal 2016

Rio Preto da Eva (AM) foi novamente o principal produtor nacional de peixes, com 13,38 mil toneladas. Ariquemes (RO) subiu para a segunda posição (13,04 mil toneladas), seguido por Orós (CE) com 8,74 mil toneladas e Morada Nova de Minas (MG) com 8,49 mil toneladas.

A tilápia permanece sendo a principal espécie produzida, com 239,09 mil toneladas, ou 47,1% do total da piscicultura. A produção aumentou 9,3% em relação a 2015. Com a queda na produção de Jaguaribara (CE), Orós (CE) passou a liderar a produção de tilápia, com 8,74 mil toneladas. Em seguida, vinha Morada Nova de Minas (MG), que estava na 11ª posição em 2015 e teve alta de 85,4%, com o aumento do nível dos reservatórios.

A segunda espécie mais importante foi o tambaqui, com 27,0% (ou 136,99 mil toneladas) do total de peixes em 2016. Sua despesca teve alta de 0,2% em relação a 2015. Da região Norte vieram 79,8% do total nacional e Rondônia foi o principal produtor, com 50,8%. Ariquemes (RO) e Rio Preto da Eva (AM) foram os líderes municipais de tambaqui.

Já a produção de alevinos (filhotes de peixes) foi de 1 134,22 mil milheiros em 2016, com alta de 14,2% em relação a 2015. A região Sul foi a principal produtora (31,2%), seguida pelo Nordeste (28,1%), Sudeste (16,6%), Centro-Oeste (13,8%) e Norte (10,3%). O Paraná foi responsável pela produção de 22,9% do total de alevinos do país. Entre os municípios, Paulo Afonso (BA) liderou, com 112 786 milheiros.

Vírus provoca queda de 26,1% na produção de camarão

Em 2016, a produção de camarão foi de 52,12 mil toneladas, com redução de 26,1% em relação a 2015, causada pelo vírus da mancha branca, que atingiu as criações no Nordeste.

O Ceará continua na liderança, respondendo por 48,8% da produção do país, seguido pelo Rio Grande do Norte (28,1%). Aracati (CE) é o município líder e produziu 7,60 mil toneladas de camarão, uma queda de 39,5% em relação a 2015. Jaguaruana (CE), Acaraú (CE), Canguaretama (RN) e Cajueiro da Praia (PI) vêm a seguir.

Já a produção de larvas e pós-larvas de camarão foi de 12,61 milhões de milheiros em 2016, com queda de 26,0% em relação a 2015, consequência também do vírus da mancha branca.

Santa Catarina concentra 97,9% da produção de ostras, vieiras e mexilhões

A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,83 mil toneladas em 2016, com queda de 1,1% em relação a 2015. Santa Catarina foi o principal produtor, com 97,9% da produção brasileira. Houve queda de 1,3% na produção no estado, causada pela maré vermelha. Dos 10 principais municípios produtores, nove são catarinenses, sendo Palhoça o líder, responsável por 65,7% da produção nacional.

A pesquisa também identificou produção de outros animais da aquicultura em oito estados e 19 municípios: criação de rã, jacaré, siri e caranguejo, com valor de produção de R$ 2,53 milhões, um aumento de 12,0% em relação a 2015.