Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA fica em 0,19% em agosto

06/09/2017 09h00 | Atualizado em 06/09/2017 11h02

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto ficou em 0,19%, após variação de 0,24% em julho. Para os meses de agosto, esta foi a menor variação desde 2010 (0,04%). No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados em agosto de 2016.

Período TAXA
Agosto de 2017 0,19%
Julho de 2017 0,24%
Agosto de 2016 0,44%
No ano 2017 1,62%
Acumulado nos 12 meses 2,46%

 Este foi o menor acumulado no ano para um mês de agosto desde a implantação do Plano Real (1994). O acumulado dos últimos doze meses desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Esta foi a menor variação acumulada em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em agosto de 2016, o índice havia registrado variação de 0,44%. Clique aqui para acessar a publicação completa.

Em agosto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados Alimentação e Bebidas
(-1,07%) e Comunicação (-0,56%) apresentaram sinal negativo. Entre os demais, destacam-se os grupos Transportes (1,53%) e Habitação (0,57%). O primeiro, com 0,27 ponto percentual (p.p.) de impacto no índice do mês praticamente anulou o impacto de -0,27 p.p. do grupo Alimentação. Na tabela a seguir, os resultados dos grupos de produtos e serviços:

IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal   
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)  
Julho Agosto Julho Agosto 
Índice Geral 0,24 0,19 0,24 0,19
Alimentação e Bebidas -0,47 -1,07 -0,12 -0,27
Habitação 1,64 0,57 0,25 0,09
Artigos de Residência -0,23 0,20 -0,01 0,01
Vestuário -0,42 0,29 -0,02 0,02
Transportes 0,34 1,53 0,06 0,27
Saúde e Cuidados Pessoais 0,37 0,41 0,04 0,05
Despesas Pessoais 0,36 0,29 0,04 0,03
Educação -0,02 0,24 0,00 0,01
Comunicação -0,02 -0,56 0,00 -0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

 Pelo quarto mês consecutivo, o grupo dos alimentos teve queda (-1,07%), por causa da safra recorde. Os alimentos para consumo em casa recuaram 1,84%, após a queda de 0,81% de julho. Os destaques foram: feijão-carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), açúcar cristal
(-5,90%), leite longa vida (-4,26%), frutas (-2,57%) e carnes (-1,75%). Todas as regiões pesquisadas tiveram queda em agosto: de -2,75% em Goiânia até -1,16% em Fortaleza.

Já a alimentação fora, que havia ficado 0,15% mais cara em julho, subiu 0,35% em agosto. Com exceção das regiões metropolitanas de Belém (-0,79%) e de Curitiba (-0,54%), as demais tiveram variações positivas entre 0,03% (Belo Horizonte) e 2,49% (Salvador).

No grupo Comunicação (-0,56%), o destaque ficou com as contas de telefone celular que ficaram, em média, 1,57% mais baratas.

As passagens aéreas, do grupo Transportes (1,53%), apresentaram, em agosto, queda de 15,16%. Por outro lado, os combustíveis, com variação de 6,67%, foram o maior impacto no índice do mês 0,32 p.p. O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro. Já a gasolina subiu 7,19% em razão do aumento na alíquota do PIS/COFINS em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis. Dentro do período de coleta do IPCA de agosto, foram anunciados 19 reajustes de preços da gasolina que, acumulados, resultam em um aumento de 3,40%. Na tabela a seguir, as variações regionais da gasolina e do etanol:

IPCA - Gasolina e Etanol - Variação Mensal
Região Variação mensal (%)
Gasolina Etanol
Recife 15,24 4,97
Curitiba 13,15 9,30
Brasília 12,26 1,91
Porto Alegre 8,44 2,38
Belo Horizonte 8,33 7,49
Campo Grande 8,21 4,16
Vitória 6,91 1,88
Goiânia 6,06 5,36
São Paulo 5,60 6,22
Rio de Janeiro 5,20 3,78
Belém 4,04        -
Salvador 2,29 0,88
Fortaleza 2,02 0,73
Brasil 7,19 5,71
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços  

 Ainda nos Transportes, foi apropriada parcela ainda não incorporada relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém (3,59%) em vigor desde 07 de abril.

No grupo Habitação (0,57%), os destaques foram a energia elétrica (1,97% e 0,07 p.p. de impacto) e a taxa de água e esgoto (1,78% e 0,03 p.p.). Na energia elétrica (tabela a seguir), houve altas na maioria das regiões pesquisadas, principalmente, pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha, desde 1º de agosto, representando uma cobrança adicional de R$ 0,03 por Kwh consumido. 

IPCA - Energia Elétrica Residencial
Variação Mensal

Região Variação
(%)
Vitória 7,81
Belém 7,01
Porto Alegre 3,86
Curitiba 3,67
São Paulo 3,64
Brasília 3,61
Rio de Janeiro 2,05
Campo Grande 2,03
Goiânia -1,36
Fortaleza -1,48
Belo Horizonte -2,49
Salvador -3,03
Recife -4,73
Brasil 1,97

 Desde 7 de agosto, houve reajustes de 6,87% em Belém (7,01%) e de 8,53% em Vitória (7,81%). Já as quedas em Recife (-4,73%), Salvador (-3,03%), Belo Horizonte (-2,49%), Fortaleza (-1,48%) e Goiânia (-1,36%) devem-se às reduções nas alíquotas do PIS/COFINS.

A taxa de água e esgoto (1,78%) teve seu resultado influenciado pelas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (10,58%) onde ocorreu reajuste médio de 8,69% nas tarifas a partir de 30 de julho, Rio de janeiro (3,60%), cujo reajuste de 3,60% entrou em vigor em 01 de agosto e Vitória (1,14%) com reajuste de 4,10% a partir de 22 de agosto.

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,41%) o destaque é o plano de saúde, com variação de 1,07%. Já a Educação, com 0,24% refletiu o resultado apurado na coleta realizada em agosto a fim de captar a realidade dos preços praticados no segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,09%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 0,87%.

Os resultados regionais ficaram entre os -0,22% de Belém e os 0,45% de Brasília. Nesta, o aumento foi impulsionado pelos combustíveis (11,24%) com destaque para o preço da gasolina, que subiu 12,26%. Além disso, as contas de energia elétrica subiram 3,61%. Em Belém, destacam-se as quedas do feijão-carioca (-21,46%) e das carnes (-3,56%).

IPCA - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses 
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Brasília 2,80 0,28 0,45 1,96 3,99
Vitória 1,78 0,03 0,38 1,73 2,34
Curitiba 7,79 0,49 0,35 2,12 2,55
Porto Alegre 8,40 -0,12 0,33 1,29 2,07
Belo Horizonte 10,86 0,31 0,30 1,19 1,88
São Paulo 30,67 0,38 0,29 1,70 2,62
Campo Grande 1,51 -0,24 0,21 0,79 2,96
Recife 5,05 0,29 0,18 2,74 4,52
Rio de Janeiro 12,06 -0,03 0,02 1,98 2,25
Goiânia 3,59 0,38 -0,03 0,70 1,00
Salvador 7,35 0,35 -0,06 1,59 2,40
Fortaleza 3,49 0,01 -0,19 1,31 2,90
Belém 4,65 0,10 -0,22 0,61 1,49
Brasil 100,00 0,24 0,19 1,62 2,46
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 1º de agosto e 29 de agosto (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 31 de julho de 2017 (base).

INPC varia -0,03% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de -0,03% em agosto, ficando abaixo da taxa de 0,17% de julho. No ano, o acumulado foi de 1,27% bem abaixo dos 6,09% registrados em igual período do ano passado. Considerando-se os últimos doze meses, o índice desceu para 1,73%, ficando abaixo dos 2,08% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2016, o INPC registrou 0,31%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 1,18% em agosto. Em julho, o resultado havia sido de -0,45%. Já o agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,48%, acima da taxa de 0,45% de julho.

Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,35% (Belém) e 0,35% (Curitiba). Em Belém, o feijão-carioca recuou 21,46% e as carnes tiveram redução de 3,37%. Em Curitiba, o aumento foi impulsionado pelos combustíveis (12,52%) com destaque para o preço da gasolina (13,15%) e do etanol (9,30%). Além disso, as contas de energia elétrica subiram 3,80%. Na tabela abaixo, os resultados regionais.

INPC - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses 
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Belém 7,03 -0,03 -0,35 0,48 1,10
Goiânia 4,15 0,25 -0,27 0,12 0,11
Fortaleza 6,61 0,11 -0,25 1,32 3,00
Salvador 10,67 0,36 -0,20 1,65 2,36
Recife 7,17 0,32 -0,16 2,32 4,11
Campo Grande 1,64 -0,30 -0,16 -0,06 1,62
Rio de Janeiro 9,51 -0,16 -0,14 1,46 1,22
São Paulo 24,24 0,31 0,02 1,18 1,37
Belo Horizonte 10,60 0,19 0,08 0,64 0,81
Brasília 1,88 0,08 0,17 2,12 3,74
Porto Alegre 7,38 -0,13 0,26 1,04 1,40
Vitória 1,83 -0,06 0,31 1,59 1,70
Curitiba 7,29 0,42 0,35 2,28 2,15
Brasil 100,00 0,17 -0,03 1,27 1,73
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

 Para cálculo do INPC do mês foram comparados os preços coletados entre 1º de agosto e 29 de agosto (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho a 31 de julho de 2017 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.