Em abril, IPCA-15 fica em 1,07%
17/04/2015 11h00 | Atualizado em 09/08/2017 10h26
Período
|
TAXA
|
---|---|
Abril 2015
|
1,07%
|
Março 2015
|
1,24%
|
Abril 2014
|
0,78%
|
Acumulado no ano
|
4,61%
|
Acumulado 12 meses
|
8,22%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 1,07% em abril e ficou 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (1,24%). Foi a taxa mais elevada registrada nos meses de abril desde 2003, quando atingiu 1,14%. Com este resultado, o índice acumulado no ano situou-se em 4,61%, acima da taxa de 2,91% registrada em igual período de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 8,22%, o maior desde janeiro de 2004 (8,46%). Em abril de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,78%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Habitação ficou com a maior variação, 3,66%, enquanto a menor foi registrada em Comunicação, com queda de 0,30%.
Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral |
1,24
|
1,07
|
1,24
|
1,07
|
Alimentação e Bebidas |
1,22
|
1,04
|
0,3
|
0,26
|
Habitação |
2,78
|
3,66
|
0,41
|
0,55
|
Artigos de Residência |
0,44
|
0,68
|
0,02
|
0,03
|
Vestuário |
-0,11
|
0,94
|
-0,01
|
0,06
|
Transportes |
1,91
|
0,33
|
0,36
|
0,06
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,96
|
0,44
|
0,11
|
0,05
|
Despesas Pessoais |
0,41
|
0,57
|
0,04
|
0,06
|
Educação |
0,74
|
0,14
|
0,04
|
0,01
|
Comunicação |
-0,78
|
-0,3
|
-0,03
|
-0,01
|
Individualmente, com 0,45 p.p., coube à energia elétrica a liderança no ranking dos principais impactos. A forte elevação de 13,02% ocorrida nas contas refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 02 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) - que aumentou 83,33%, ao passar de R$3,00 para R$5,50 - quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários. Na tabela a seguir, os resultados por região pesquisada, incluindo, também, os reajustes contratuais no Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Energia elétrica | ||
---|---|---|
Área | Variação no mês (%) |
Reajuste extraordinário (%) |
Curitiba |
20,17
|
31,86
|
Rio de Janeiro |
16,81
|
21,05
|
Goiânia |
15,59
|
25,12
|
Belo Horizonte |
14,28
|
21,39
|
Brasília |
14,03
|
21,98
|
Porto Alegre |
13,97
|
26,31
|
São Paulo |
13,79
|
27,91
|
Fortaleza |
13,17
|
8,91
|
Belém |
2,43
|
3,02
|
Salvador |
2,09
|
4,64
|
Recife |
0,67
|
1,45
|
Brasil |
13,02
|
-
|
Juntos, o grupo Habitação (3,66%), com impacto de 0,55 (p.p.), e Alimentação e Bebidas (1,04%), com 0,26 p.p., responderam por 75,70% do índice do mês, somando 0,81 p.p.
No grupo Habitação, além da energia, ocorreram aumentos em outros itens, com destaque para taxa de água e esgoto (1,05%); artigos de limpeza (0,93%); condomínio (0,87%); gás de botijão (0,82%); aluguel residencial (0,74%); mão de obra pequenos reparos ( 0,74%).
Nos alimentos, a alta foi de 1,04%, sobressaindo os aumentos nos preços da cebola (6,72%), alho (6,61%), ovos (5,49%), leite (4,96%), tomate (4,28%) e óleo de soja (3,68%). Considerando as regiões pesquisadas, observou-se que, foi em Curitiba que os preços mais aumentaram nesse grupo, atingindo alta de 1,64%, enquanto a mais baixa variação foi verificada em Goiânia, com 0,37%.
Quanto aos demais destaques em alta, os principais foram: passagem aérea (10,30%); serviços bancários (1,32%); telefone com internet (1,18%); empregado doméstico (1,12%); cabeleireiro (1,07%); vestuário (0,94%); conserto de automóvel (0,89%); remédios (0,81%).
Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,79%) especialmente em virtude da expressiva alta da energia elétrica (20,17%) e dos alimentos (1,64%). O menor índice foi o de Recife(0,63%), onde a energia elétrica (0,67%) apresentou o menor resultado. A seguir os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação Mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
||
Curitiba |
7,79
|
1,72
|
1,79
|
5,41
|
9,03
|
Brasília |
3,46
|
0,82
|
1,48
|
3,34
|
7,40
|
Rio de Janeiro |
12,46
|
1,10
|
1,28
|
5,43
|
9,47
|
Porto Alegre |
8,40
|
1,38
|
1,24
|
5,03
|
8,99
|
Goiânia |
4,44
|
1,34
|
1,12
|
4,97
|
9,35
|
Belo Horizonte |
11,23
|
1,16
|
1,05
|
4,27
|
7,47
|
São Paulo |
31,68
|
1,25
|
0,95
|
4,78
|
7,92
|
Fortaleza |
3,49
|
1,38
|
0,81
|
3,76
|
8,02
|
Belém |
4,65
|
0,76
|
0,74
|
3,48
|
8,10
|
Salvador |
7,35
|
1,33
|
0,67
|
3,81
|
7,11
|
Recife |
5,05
|
1,15
|
0,63
|
3,64
|
7,64
|
Brasil |
100,00
|
1,24
|
1,07
|
4,61
|
8,22
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de março a 13 de abril de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 13 de março de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
17 de abril de 2015