Em abril, IPCA varia 0,71%
08/05/2015 10h16 | Atualizado em 09/08/2017 10h14
Período | TAXA |
---|---|
ABRIL 2015
|
0,71%
|
Março 2015
|
1,32%
|
Abril 2014
|
0,67%
|
Acumulado 2015
|
4,56%
|
Acumulado em 12 meses
|
8,17%
|
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,71% e ficou 0,61 ponto percentual abaixo da taxa de março (1,32%). Constituiu-se no menor índice mensal deste ano, que acumula 4,56% nos quatro primeiros meses, sendo a maior taxa para o primeiro quadrimestre desde 2003 (6,15%). Em igual período do ano anterior, a taxa era 2,86%. O índice acumulado nos últimos doze meses (8,17%) foi um pouco maior do que nos doze meses imediatamente anteriores (8,13%). Em abril de 2014, a taxa havia ficado em 0,67%.
Os dados completos sobre o IPCA podem ser acessados em
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.
O IPCA mostrou que os preços subiram, em média, menos do que em março, levando-se em conta, principalmente, a energia elétrica. Este item, de grande importância no orçamento das famílias, teve variação de 1,31% em abril, mais moderada em comparação ao expressivo aumento de 22,08% apropriado no mês anterior, quando refletiu a revisão das tarifas em todas as regiões pesquisadas, ocorrendo aumentos extras a partir do dia 02 de março, fora do reajuste anual, além da alta de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente.
A taxa de 1,31% registrada no mês refletiu a pressão exercida pelas regiões a seguir, enquanto as demais tiveram aumentos menores ou até quedas, tendo em vista redução nos valores dos impostos.
Região | Variação (%) | Reajuste Anual(%) | Vigência |
---|---|---|---|
Salvador
|
4,69
|
10,34
|
22 de abril
|
Belo Horizonte
|
3,50
|
6,56
|
8 de abril
|
Rio de Janeiro
|
3,05
|
34,91(*)
|
15 de março
|
Fortaleza
|
1,60
|
8,58
|
22 de abril
|
Recife
|
1,23
|
11,13
|
29 de abril
|
(*) - Na região metropolitana do Rio de Janiero o reajuste anual incorpora, também, o reajuste extraordinário. Ambos ocorreram em uma das concessionárias a partir de 15 de março. |
Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 59,93% mais caras. A tabela a seguir contém as variações na energia elétrica, no ano e em doze meses, por região pesquisada.
Região | Variação (%) | |
---|---|---|
Ano | 12 meses | |
Curitiba |
49,81
|
85,51
|
São Paulo |
47,93
|
72,03
|
Porto Alegre |
45,96
|
71,89
|
Goiânia |
41,76
|
65,16
|
Campo Grande |
40,12
|
52,37
|
Belo Horizonte |
38,48
|
41,05
|
Rio de Janeiro |
36,61
|
54,24
|
Brasília |
35,82
|
56,68
|
Fortaleza |
30,37
|
47,95
|
Vitória |
26,34
|
65,10
|
Salvador |
18,31
|
36,04
|
Belém |
16,21
|
52,05
|
Recife |
13,87
|
36,55
|
Brasil |
38,12
|
59,93
|
Dessa forma, o grupo Habitação, onde se encontra o item energia, teve variação de 0,93%. Nele, sobressaíram, ainda, os seguintes itens: Gás de botijão (1,05%); Condomínio (0,85%); Mão de obra para pequenos reparos (0,73%); Aluguel residencial (0,72%); Artigos de limpeza (0,64%); Taxa de água e esgoto (0,61%).
Na taxa de água e esgoto, o resultado foi influenciado pelas regiões:
Região | Variação (%) | Reajuste (%) | Vigência |
---|---|---|---|
Recife
|
5,86
|
8,35
|
20 de março
|
Curitiba
|
5,53
|
6,49
|
24 de março
|
Brasília
|
0,50
|
16,20
|
1 de março
|
Conforme mostra a tabela a seguir, entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, foram os gastos comSaúde e Cuidados Pessoais (1,32%) os que mais subiram em abril, enquanto a menor variação ficou registrada nos Transportes (0,11%).
Em abril, foi com o item remédios, do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que ficou a maior contribuição individual. Detendo 0,11 p.p., os preços dos remédios subiram 3,27%, resultado dos reajustes de 5,00%, 6,35% ou 7,70%, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor a partir do dia 31 de março. Os aumentos registrados nos serviços médicos e dentários (0,93%), produtos óticos (0,91%) e plano de saúde (0,77%) também se destacaram no grupo.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral |
1,32
|
0,71
|
1,32
|
0,71
|
Alimentação e Bebidas |
1,17
|
0,97
|
0,29
|
0,24
|
Habitação |
5,29
|
0,93
|
0,79
|
0,14
|
Artigos de Residência |
0,35
|
0,66
|
0,01
|
0,03
|
Vestuário |
0,59
|
0,91
|
0,04
|
0,06
|
Transportes |
0,46
|
0,11
|
0,09
|
0,02
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,69
|
1,32
|
0,08
|
0,15
|
Despesas Pessoais |
0,36
|
0,51
|
0,04
|
0,05
|
Educação |
0,75
|
0,21
|
0,03
|
0,01
|
Comunicação |
-1,16
|
0,31
|
-0,05
|
0,01
|
Alimentação e Bebidas, com 0,97%, veio logo em seguida ao grupo Saúde. Liderados pelo tomate, cujos preços subiram 17,90%, vários alimentos tiveram aumentos significativos em abril. Os principais encontram-se a seguir.
Item | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | |
Tomate |
4,46
|
17,9
|
48,65
|
11,54
|
Cebola |
15,1
|
7,05
|
47,84
|
47,35
|
Feijão-mulatinho |
2,06
|
6,55
|
24,04
|
3,32
|
Leite longa vida |
2,74
|
4,80
|
2,84
|
-0,70
|
Alho |
7,66
|
4,74
|
19,28
|
27,91
|
Açaí |
4,56
|
3,96
|
26,37
|
26,27
|
Pescado |
0,62
|
3,12
|
9,79
|
7,89
|
Óleo de soja |
3,95
|
2,84
|
8,40
|
-1,66
|
Sorvete |
-0,75
|
2,24
|
1,23
|
4,43
|
Carne seca e de sol |
0,92
|
1,85
|
4,30
|
14,66
|
Pão francês |
0,93
|
1,75
|
4,05
|
7,31
|
Doces |
0,82
|
1,61
|
5,00
|
12,99
|
Café moído |
1,35
|
1,38
|
3,42
|
9,03
|
Refeição fora |
1,03
|
1,19
|
3,73
|
10,38
|
Queijo |
0,40
|
0,87
|
2,91
|
6,45
|
Frutas |
1,77
|
0,72
|
6,74
|
4,16
|
Carnes |
0,06
|
0,63
|
2,06
|
16,22
|
Lanche fora |
1,87
|
0,62
|
5,25
|
10,46
|
Em contraposição às altas, os produtos a seguir se destacaram pela queda de preços:
Item | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | |
Batata-inglesa |
-2,40
|
-10,02
|
15,41
|
-16,56
|
Mandioca (aipim) |
4,14
|
-8,38
|
6,49
|
7,66
|
Farinha de mandioca |
0,65
|
-2,78
|
5,76
|
-21,18
|
Feijão-preto |
0,41
|
-2,26
|
4,72
|
-3,31
|
Feijão-carioca |
3,40
|
-1,61
|
28,24
|
14,96
|
Cenoura |
4,85
|
-1,50
|
27,97
|
23,34
|
Frango inteiro |
-0,01
|
-0,82
|
-0,98
|
2,59
|
Arroz |
0,44
|
-0,82
|
0,56
|
6,47
|
Cerveja |
0,72
|
-0,33
|
0,83
|
9,54
|
Ovos |
12,75
|
-0,30
|
17,96
|
4,16
|
No grupo Vestuário (0,91%), a alta foi pressionada pelas roupas masculinas, cujos preços aumentaram 1,39%, seguidas das femininas (0,93%) e dos calçados (0,89%). O item empregado doméstico, com 1,14%, foi destaque no grupo das Despesas Pessoais (0,51%), enquanto os eletrodomésticos (0,79%) sobressaíram nosArtigos de Residência (0,66%).
Transportes, com 0,11%, embora a alta de 10,21% nas passagens aéreas, ficou com o menor resultado de grupo em razão, principalmente, da queda de 0,91% registrada nos combustíveis, com os preços da gasolina mais baratos em 0,67% e os do etanol em 2,33%.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,46%), onde os alimentos aumentaram 2,34%, bem acima da média nacional (0,97%), além dos remédios (7,87%) que também pressionaram o resultado. Salvador (0,50%) apresentou o menor índice. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
||
Curitiba |
7,79
|
1,69
|
1,46
|
5,59
|
9,28
|
Belém |
4,65
|
0,58
|
0,89
|
3,60
|
8,32
|
Brasília |
2,80
|
1,18
|
0,85
|
3,44
|
7,42
|
Rio de Janeiro |
12,06
|
1,35
|
0,81
|
5,16
|
9,53
|
Recife |
5,05
|
0,56
|
0,78
|
3,59
|
7,47
|
Campo Grande |
1,51
|
1,79
|
0,68
|
4,61
|
8,59
|
Fortaleza |
3,49
|
1,57
|
0,66
|
4,18
|
7,84
|
Belo Horizonte |
10,86
|
1,48
|
0,65
|
4,36
|
7,28
|
Porto Alegre |
8,40
|
1,81
|
0,60
|
4,82
|
8,62
|
São Paulo |
30,67
|
1,31
|
0,58
|
4,72
|
7,95
|
Goiânia |
3,59
|
1,43
|
0,55
|
4,69
|
9,22
|
Vitória |
1,78
|
1,45
|
0,54
|
3,94
|
7,82
|
Salvador |
7,35
|
0,87
|
0,50
|
3,97
|
7,02
|
Brasil |
100,00
|
1,32
|
0,71
|
4,56
|
8,17
|
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (base). O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Em abril, INPC varia 0,71%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,71% em abril, abaixo do resultado de 1,51% de março em 0,80 p.p.. Com esse resultado, o acumulado no ano situou-se em 4,95%, bem acima do percentual de 2,90% registrado em igual período de 2014. Considerando-se os últimos doze meses o índice foi para 8,34%, abaixo da taxa de 8,42% dos doze meses anteriores. Em abril de 2014, o INPC foi de 0,78%.
Os produtos alimentícios apresentaram-se com 0,96% em abril, enquanto em março a taxa foi de 1,21%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,60% em abril, bem abaixo da taxa de 1,64% de março.
Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,52%), onde os alimentos aumentaram 2,36%, bem acima da média nacional (0,96%), além dos remédios (7,63%) que também pressionaram o resultado. Os menores índices foram os de Salvador e Campo Grande, ambos com taxa de 0,51%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
||
Curitiba |
7,29
|
2,30
|
1,52
|
6,55
|
9,97
|
Recife |
7,17
|
0,64
|
0,85
|
3,89
|
7,57
|
Belém |
7,03
|
0,55
|
0,84
|
3,41
|
8,00
|
Rio de Janeiro |
9,51
|
1,84
|
0,81
|
6,33
|
10,48
|
Belo Horizonte |
10,60
|
1,68
|
0,78
|
4,58
|
7,46
|
Fortaleza |
6,61
|
1,40
|
0,62
|
4,17
|
7,51
|
Brasília |
1,88
|
1,86
|
0,59
|
4,04
|
7,80
|
Vitória |
1,83
|
1,74
|
0,58
|
4,25
|
7,63
|
São Paulo |
24,24
|
1,52
|
0,56
|
5,51
|
8,22
|
Goiânia |
4,15
|
1,97
|
0,55
|
5,27
|
10,01
|
Porto Alegre |
7,38
|
2,17
|
0,53
|
5,06
|
8,65
|
Salvador |
10,67
|
0,94
|
0,51
|
4,09
|
7,14
|
Campo Grande |
1,64
|
1,92
|
0,51
|
4,43
|
8,34
|
Brasil |
100,00
|
1,51
|
0,71
|
4,95
|
8,34
|
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Comunicação Social
8 de maio de 2015