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Vendas no varejo variam -0,9% em março

14/05/2015 09h31 | Atualizado em 07/08/2017 09h34

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Março/Fevereiro
-0,9%
-0,4%
-1,6%
-1,5%
Média móvel trimestral
-0,4%
0,4%
-1,1%
-0,4%
Março 2015 / Março 2014
0,4%
6,5%
-0,7%
5,1%
Acumulado 2015
-0,8%
5,5%
-5,3%
0,5%
Acumulado 12 meses
1,0%
7,3%
-3,4%
2,3%

Em março, as vendas no varejo variaram -0,9% no volume de vendas e -0,4% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. No caso do volume, o resultado é o segundo consecutivo com taxa negativa. Já o da receita nominal volta a ser negativo depois de dois meses positivo. Quanto à média móvel trimestral, o volume de vendas registrou variação de -0,4%, enquanto a receita apresentou taxa de 0,4%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimo da ordem de 0,4% sobre março do ano anterior. Em termos acumulados, as variações foram de -0,8% no trimestre e de 1,0% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 6,5%, 5,5% e de 7,3%, respectivamente.

O varejo ampliado, que inclui, ainda, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, continuou a registrar variação negativa sobre o mês anterior na série com ajuste sazonal. A taxa foi de -1,6% para o volume de vendas e de -1,5% para a receita nominal. Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve variações de -0,7% para o volume de vendas e de 5,1% na receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram de -5,3% no ano e de -3,4% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de 0,5% e 2,3% para a receita nominal, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Sete das dez atividades pesquisadas apresentaram variação negativa

No terceiro mês do ano, sete das dez atividades investigadas na pesquisa registraram resultados negativos para o volume de vendas, na relação com o mês anterior na série com ajuste sazonal. As taxas negativas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%); material de construção (-0,3%); tecidos, vestuário e calçados (-1,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%); móveis e eletrodomésticos (-3,0%); e veículos e motos, partes e peças (-4,6%). As atividades com resultados positivos foram combustíveis e lubrificantes (2,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%).

Na comparação de março de 2015 com março de 2014 (série sem ajuste), considerando o volume de vendas, três das oito atividades do comércio varejista registraram variações positivas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (17,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,2%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (21,8%). As atividades que exerceram impactos negativos na composição do resultado do varejo foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,4%); móveis e eletrodomésticos (-6,8%); combustíveis e lubrificantes (-2,1%); e tecidos, vestuário e calçados (-1,2%). O comércio de livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou variação de -5,9%, não exerceu, praticamente, impacto na formação do resultado global.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Março 2015
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
JAN
FEV
MAR
JAN
FEV
MAR
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
0,3
-0,4
-0,9
0,5
-3,3
0,4
-0,8
1,0
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,9
-4,9
2,8
-0,2
-10,0
-2,1
-4,0
-0,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,3
-0,3
-2,2
0,2
-1,8
-2,4
-1,3
0,4
2.1 - Super e hipermercados
0,0
0,1
-2,0
0,3
-1,4
-2,4
-1,2
0,4
3 - Tecidos, vest. e calçados
1,3
-0,9
-1,4
-0,7
-7,5
-1,2
-3,0
-1,7
4 - Móveis e eletrodomésticos
1,0
-2,0
-3,0
-3,4
-10,7
-6,8
-6,7
-2,5
4.1 - Móveis
-
-
-
-11,5
-11,4
-7,9
-10,3
-3,8
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
0,3
-10,3
-6,2
-5,0
-1,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,0
0,1
1,2
5,0
1,8
10,2
5,7
7,4
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
14,4
-1,2
-0,2
21,0
8,2
21,8
16,9
2,3
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-0,5
0,2
-2,3
-9,9
-6,3
-5,9
-7,8
-9,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
0,0
1,9
1,2
4,5
3,1
17,4
8,3
8,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-0,4
-1,3
-1,6
-4,9
-10,4
-0,7
-5,3
-3,4
9 - Veículos e motos, partes e peças
-1,4
-3,8
-4,6
-16,3
-23,8
-3,7
-14,8
-11,9
10- Material de Construção
-1,8
-0,7
-0,3
-2,8
-12,9
2,8
-4,4
-2,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, registrou o maior impacto na formação da taxa do varejo do volume de vendas em relação a março de 2014. Este resultado reflete o efeito calendário, já que o Carnaval no ano passado ocorreu em março, enquanto, neste ano, em fevereiro, gerando três dias úteis a mais em março de 2015. Para os três primeiros meses do ano, a variação acumulada foi de 8,3%, e para os últimos 12 meses de 8,1%. Este resultado positivo é também influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a segunda participação positiva, apresentou taxa de 10,2% na relação março 2015/março 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 5,7% e 7,4%, respectivamente. O desempenho setorial favorável da atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo da inflação oficial (IPCA).

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com taxa de -2,4% no volume de vendas em março de 2015 sobre igual mês do ano anterior, foi a principal contribuição negativa. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -1,3% e nos últimos 12 meses de 0,4%. Apesar do crescimento dos preços de alimentação no domicílio se encontrarem abaixo da média geral, este desempenho negativo foi influenciado pelo menor poder de compra da população.

A venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com aumento de 21,8% no volume de vendas em comparação a março de 2014, registrou a terceira maior participação positiva. Os resultados em termos acumulados, variação de 16,9% no ano e de 2,3% nos últimos 12 meses, podem ser explicados pelo comportamento dos preços dos computadores, importante produto que compõe a atividade.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com variação de -6,8% no volume de vendas em relação a março do ano passado, registrou o segundo maior impacto negativo na formação da taxa. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram: -6,7% e -2,5%, respectivamente. Tal comportamento pode ser atribuído à retirada gradual dos incentivos (redução do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI) direcionados à linha branca, somado ao menor ritmo de crescimento do crédito.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, com taxa de -2,1% no volume de vendas em relação a março de 2014, responde pela terceira maior contribuição negativa à taxa do varejo. A taxa de crescimento acumulada no trimestre (-4,0%) e a dos últimos 12 meses (-0,3%) refletem o comportamento do crescimento dos preços de combustíveis acima da média, com 10,0% de variação em 12 meses, contra os 8,1% do índice geral, segundo o IPCA.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - Março 2015
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
      Taxa Global
0,4
0,4
-0,7
-0,7
1 - Combustíveis e lubrificantes
-2,1
-0,2
-2,1
-0,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-2,4
-1,2
-2,4
-0,8
3 - Tecidos, vest. e calçados
-1,2
-0,1
-1,2
-0,1
4 - Móveis e eletrodomésticos
-6,8
-0,8
-6,8
-0,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
10,2
0,7
10,2
0,5
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
21,8
0,3
21,8
0,2
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-5,9
0,0
-5,9
0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
17,4
1,7
17,4
0,9
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-3,7
-1,1
10- Material de Construção
-
-
2,8
0,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composiçaõ da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Varejo ampliado cai 0,7% na comparação com março de 2014

O comércio varejista ampliado, composto do varejo, mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou na relação março de 2015/março de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -0,7%, taxa acumulada no ano de -5,3% e em 12 meses de -3,4%. Este comportamento ocorre em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -3,7%, acumulando no ano taxa de -14,8% e, em 12 meses, de -11,9%. Mesmo com três de dias úteis a mais em março deste ano, a redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da diminuição real da massa de salários. Material de construção variou, no volume de vendas, de 2,8% na comparação com março de 2014. Este resultado positivo foi influenciado pelo maior número de dias úteis em março. Em relação aos resultados acumulados, as taxas foram de -4,4% no ano e de -2,7 nos últimos 12 meses, refletindo as expectativas negativas sobre o quadro macroeconômico.

Resultados do varejo foram positivos em 13 das 27 unidades da federação

No comércio varejista, das 27 unidades da federação 13 apresentaram variações positivas no volume de vendas, na comparação de março de 2015 com igual mês do ano anterior (série sem ajuste), com destaque para Roraima (22,5%); Acre (13,6%); Sergipe (7,4%) e Rondônia (6,5%). Quanto às maiores participações positivas, destacaram-se Rio de Janeiro (4,2%); Santa Catarina (3,3%); e Paraná (2,4%). Em relação aos maiores impactos negativos, os resultados foram: -8,3% em Mato Grosso; -0,4% em São Paulo; e -6,7% em Goiás.

Para o volume de vendas, na comparação março de 2015 sobre o mês anterior (com ajuste sazonal), os resultados do varejo foram negativos para 16 estados, ressaltando-se Amazonas (-3,3%); Rio de Janeiro (-3,1%); Pernambuco (-2,9%); e Paraíba (-2,5%). As maiores taxas positivas ocorreram no Pará (2,2%); Roraima (1,4%); Acre (1,2%) e Santa Catarina (1,2%).

Em relação ao comércio varejista ampliado, 16 estados registraram resultados positivos em termos de volume de vendas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando-se Roraima (12,4%); Acre (10,1%); Sergipe (7,6%); e Rio Grande do Norte (7,1%). Os estados com maiores impactos positivos foram Rio de Janeiro (2,9%); Minas Gerais (3,3%); e Ceará (2,9%). Entretanto, as participações negativas de três estados na composição da taxa do varejo influenciaram o resultado negativo global (-0,7). São eles: São Paulo (-3,1%); Santa Catarina (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,1%).

Vendas no varejo variam -1,7% no primeiro trimestre de 2015

O comércio varejista apresentou, no primeiro trimestre de 2015, em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal), diminuição do volume de vendas, em que a taxa passou de 1,7% para -1,7%. O mesmo ocorreu no varejo ampliado (2,6% para -4,0%).

Das dez atividades investigadas, sete tiveram taxas negativas para o volume de vendas: veículos, motos, partes e peças (-9,8%); móveis e eletrodomésticos (-5,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (-4,0%); combustíveis e lubrificantes (-3,8%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); material de construção (-1,9%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%). As atividades com resultados positivos foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,9%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,1%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 0,6%.

Na comparação do primeiro trimestre de 2015 com igual período do ano anterior, o varejo registrou taxa de -0,8%, resultado inferior ao do quarto trimestre de 2014 (1,2%). Este movimento também foi observado em combustíveis e lubrificantes, que passou de 1,4% no quarto trimestre de 2014 para -4,0% nos três primeiros meses de 2015. As atividades que permaneceram com taxas negativas e com desempenho inferior ao último trimestre de 2014 foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de -0,2% para -1,3%); tecidos, vestuário e calçados (de -1,0% para -3,0); e móveis e eletrodomésticos (de -1,2% para -6,7%). Duas atividades permaneceram com taxas positivas e aumentaram seu ritmo de desempenho no primeiro trimestre de 2015: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de 4,6% para 16,9%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 7,9% para 8,3%). Já o comércio de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria permaneceu com taxa positiva, mas diminuiu o ritmo de crescimento, passando de 7,9% para 5,7%. A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria continua apresentando taxa negativa no primeiro trimestre de 2015, porém reduziu o ritmo de queda (de -9,3% para -7,8%).

No varejo ampliado, o volume de vendas do primeiro trimestre de 2015, comparado com o mesmo período do ano anterior, apresentou variação variou -5,3%, inferior a taxa do quarto trimestre de 2014 (-2,3%). Este movimento também ocorreu em veículos, motos, partes e peças, que passou de -9,8% para -14,8%, e material de construção, que registrou taxa de -4,4% no trimestre atual, contra -0,6% no último trimestre de 2014.

 

Comunicação Social
14 de maio de 2015