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Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,31% em abril

28/05/2015 09h57 | Atualizado em 07/08/2017 09h25

 

ABRIL 2015
0,31%
Março 2015
1,86%
Abril 2014
-0,41%
Acumulado em 2015
2,47%
Acumulado em 12 meses
5,63%

Em abril de 2015, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou, em média, 0,31% quando comparados ao mês anterior, número inferior ao observado em março (1,86%). O acumulado em 2015 ficou em 2,47% em abril, contra 2,15% em março. Na comparação com o mesmo mês de 2014 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 5,63%, contra 4,87% em março.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos 'na porta de fábrica', sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.

14 das 23 atividades pesquisadas apresentam alta de preços

Em abril de 2015, na comparação contra o mês anterior, 14 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 21 do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em abril se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: outros produtos químicos (3,50%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,14%), produtos de metal (2,83%) e fumo (-2,41%). Em termos de influência, sobressaíram outros produtos químicos (0,37 p.p.), alimentos (-0,18 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,12 p.p.) e metalurgia (-0,09 p.p.).

Já o indicador acumulado no ano atingiu 2,47%, contra 2,15% em março/15. Entre as atividades que, em abril/15, tiveram as maiores variações no acumulado no ano sobressaíram: outros equipamentos de transporte (12,15%), fumo (10,88%), madeira (8,57%) e papel e celulose (7,72%). Já em termos de influência, os setores em destaque foram: refino de petróleo e produtos de álcool (-0,38 p.p.), outros produtos químicos (0,32 p.p.), veículos automotores (0,30 p.p.) e alimentos (0,30 p.p.).

No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida foi de 5,63%, contra 4,87% em março. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (26,03%), fumo (23,18%), papel e celulose (17,46%) e madeira (16,50%), e as principais influências vieram de veículos automotores (0,85 p.p.), alimentos (0,80 p.p.), metalurgia (0,65 p.p.) e papel e celulose (0,58 p.p.).

Alimentos: em abril de 2015, os preços do setor de alimentos variaram -0,91% em relação a março, exercendo o maior impacto negativo (-0,18 p.p) no resultado global. O resultado acumulado até abril ficou em 1,51%, e o resultado acumulado em 12 meses foi de 4,02%. Os produtos em destaque, em termos de influência, na comparação com o mês anterior, foram 'carnes e miudezas de aves congeladas', 'resíduos da extração de soja', 'óleo de soja refinado' e 'açúcar cristal', que impactaram em -0,89 p.p. na variação de – 0,91%. A queda no preço de 'carnes e miudezas de aves congeladas' se deve ao arrefecimento do mercado interno; já as demais quedas são explicadas pelo período de safra (particularmente no caso da soja), mas também pela valorização do real no período.

Papel e celulose: o setor apresentou uma queda de -1,07% em abril, contra um índice positivo de 4,94% de março, acumulando, assim, alta de 7,72% nos quatro primeiros meses de 2015. No acumulado nos últimos doze meses, o aumento nos preços do setor foi de 17,46%. A influência do setor no índice geral do IPP foi de -0,04 p.p., com destaque para 'caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina, impressas ou não'; 'cadernos'; 'celulose'; e 'caixas de papelão ondulado ou corrugado', que juntos responderam por -1,20 p.p. no resultado da atividade.

Refino de petróleo e produtos de álcool: entre março e abril, os preços do setor variaram, em média, 1,14%, primeiro resultado positivo do ano. Com isso, o acumulado no ano, que em março havia sido de -4,43%, chegou a -3,34%. Na comparação com abril de 2014, os preços estiveram 2,13% menores. O resultado do setor em abril teve a segunda maior influência positiva (0,12 p.p.) no resultado das indústrias de transformação. As variações positivas observadas no setor foram todas de derivados de petróleo ('naftas', 'querosene de aviação' e 'gasolina automotiva'), compensadas, em parte, pelo preço do 'álcool etílico (anidro ou hidratado)', cuja variação negativa de preços está de acordo com o período de safra de cana. Os preços de derivados de petróleo seguiram, por sua vez, o comportamento dos preços internacionais, influenciados pelos níveis baixos de petróleo nos Estados Unidos e também por uma maior demanda daquele país. Estes quatro produtos contribuíram com 1,17 p.p. (em 1,14%).

Outros produtos químicos: a indústria química registrou em abril de 2015 uma variação positiva de preços de 3,50%; maior taxa entre todas as das indústrias de transformação. Com essa variação, o acumulado no ano reverteu de um resultado negativo em março (-0,46%) para um positivo (3,02%) e na comparação com o mesmo mês de 2014, os preços atuais estão em um patamar 3,10% maiores. Os preços dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras são muito ligados aos valores internacionais e aos preços da nafta, que junto aos aumentos dos custos associados à energia e às matérias-primas, além da cotação acumulada do dólar em 12 meses, que foi de 36,3%, explicam a taxa.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em abril contra março de 2015, houve uma variação negativa de -1,11%, primeira variação negativa no ano. Com isso, o setor acumulou variação de 8,28% nos últimos 12 meses e 2,65% no acumulado do ano. Os produtos 'alumínio não ligado em formas brutas', 'lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono', 'bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos' e 'bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras' foram os destaques em termos de influência na análise contra o mês imediatamente anterior, representando -1,15 p.p. da variação de -1,11%.

Veículos automotores: a variação de 0,08% do setor em abril de 2015 é a menor taxa desde junho de 2014 (0,06%). Com esse resultado, a taxa acumulada chegou a 2,71%. Na comparação contra abril 2014, os preços estão 7,73% maiores do que os do ano anterior, resultado que reflete em grande parte o aumento observado na passagem de agosto para setembro de 2014 (1,69%), o maior da série que teve início em janeiro de 2010.

Os quatro produtos de maior influência no indicador abril contra março foram 'automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência', 'caminhão-trator para reboques e semi-reboques', 'peças para motor de veículos automotores' e 'caixas de marcha para veículos automotores', que responderam por -0,03 p.p.

 

Comunicação Social
28 de maio de 2015