Índice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto fica em 0,97%
25/09/2015 09h33 | Atualizado em 03/08/2017 16h26
Período |
Taxa
|
---|---|
agosto/2015
|
0,97%
|
julho/2015
|
0,72%
|
agosto/2014
|
0,44%
|
Acumulado no ano
|
4,63%
|
Acumulado em 12 meses
|
7,27%
|
Em agosto de 2015, os preços da indústria variaram 0,97% em relação ao mês anterior, resultado superior ao de julho (0,72%). O acumulado no ano foi de 4,63% em agosto, contra 3,63% em julho. O acumulado em 12 meses foi de 7,27%, contra 6,71% em julho. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 20 apresentaram variações positivas de preços.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes. A partir deste mês, o IBGE começa a divulgar o Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação, ampliando o âmbito da pesquisa, que passa a incluir empresas das indústrias extrativas, com nova série histórica iniciada em janeiro de 2014. Também passam a ser divulgadas as informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).
A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.
Em agosto, a variação dos preços da Indústria Geral em relação ao mês anterior foi de 0,97%, resultado acima do observado em julho (0,72%). Nessa mesma comparação, 20 das 24 atividades tiveram variações positivas de preços, contra 17 do mês anterior.
As quatro maiores variações de agosto foram nas seguintes atividades: Indústrias extrativas (-8,70%), outros equipamentos de transporte (6,83%), fumo (6,67%) e papel e celulose (3,96%). Quanto à influência, em pontos percentuais (p.p.) e em relação com o mês anterior, os destaques foram alimentos (0,32 p.p.), Indústrias extrativas (-0,29 p.p.), outros equipamentos de transporte (0,16 p.p.) e papel e celulose (0,15 p.p.).
Índices de Preços ao Produtor, segundo as Seções e Atividades de Indústria (%) - 2015
Seções e atividades | Variação | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
|
Indústria Geral
|
0,47
|
0,72
|
0,97
|
2,89
|
3,63
|
4,63
|
5,35
|
6,71
|
7,27
|
B - Indústrias Extrativas
|
4,39
|
1,86
|
-8,70
|
0,55
|
2,42
|
-6,50
|
-22,00
|
-14,68
|
-21,60
|
C - Indústrias de Transformação
|
0,34
|
0,68
|
1,29
|
2,97
|
3,67
|
5,01
|
6,60
|
7,63
|
8,49
|
10 - Fabricação de produtos alimentícios |
0,13
|
1,28
|
1,68
|
1,15
|
2,44
|
4,17
|
3,91
|
6,53
|
7,57
|
11 - Fabricação de bebidas |
-0,16
|
-0,04
|
0,63
|
0,75
|
0,71
|
1,35
|
12,65
|
12,46
|
11,07
|
12 - Fabricação de produtos do fumo |
0,54
|
2,63
|
6,67
|
12,05
|
15,00
|
22,66
|
25,27
|
29,01
|
35,90
|
13 - Fabricação de produtos têxteis |
0,54
|
0,24
|
0,18
|
7,20
|
7,46
|
7,65
|
6,65
|
7,87
|
7,64
|
14 - Confecção de artigos do vestuário e acessórios |
-0,98
|
-0,76
|
0,88
|
3,21
|
2,42
|
3,32
|
4,81
|
4,92
|
6,05
|
15 - Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados |
0,25
|
1,64
|
2,08
|
6,63
|
8,38
|
10,63
|
13,32
|
16,80
|
17,30
|
16 - Fabricação de produtos de madeira |
0,71
|
-0,57
|
3,22
|
10,21
|
9,58
|
13,11
|
20,09
|
20,56
|
22,53
|
17 - Fabricação de celulose, papel e produtos de papel |
2,74
|
1,14
|
3,96
|
11,26
|
12,53
|
16,99
|
21,16
|
22,21
|
25,95
|
18 - Impressão e reprodução de gravações |
0,67
|
0,32
|
2,95
|
5,51
|
5,85
|
8,97
|
1,82
|
3,55
|
8,81
|
19 - Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
0,42
|
1,42
|
-0,38
|
-2,61
|
-1,22
|
-1,60
|
0,50
|
1,41
|
1,48
|
20B - Fabricação de sabões, detergentes, produtosde limpeza e artigos de perfumaria |
0,15
|
1,21
|
0,22
|
4,80
|
6,07
|
6,30
|
8,11
|
9,61
|
8,83
|
20C - Fabricação de outros produtos químicos |
4,43
|
0,36
|
1,07
|
7,38
|
7,77
|
8,92
|
10,46
|
11,04
|
11,17
|
21 - Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
-1,26
|
-0,64
|
-0,04
|
1,50
|
0,85
|
0,81
|
-1,26
|
-1,38
|
-1,23
|
22 - Fabricação de produtos de borracha e de material plástico |
0,55
|
1,37
|
0,36
|
2,93
|
4,34
|
4,72
|
2,42
|
3,87
|
5,29
|
23 - Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
-0,66
|
0,16
|
0,76
|
3,11
|
3,27
|
4,06
|
2,87
|
2,44
|
3,48
|
24 - Metalurgia |
-3,56
|
-0,59
|
1,21
|
-1,17
|
-1,76
|
-0,56
|
2,79
|
2,46
|
3,34
|
25 - Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
0,84
|
-0,35
|
2,15
|
6,50
|
6,12
|
8,40
|
9,93
|
9,88
|
11,65
|
26 - Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos |
-2,67
|
0,53
|
-0,26
|
-7,48
|
-6,99
|
-7,24
|
-5,66
|
-4,80
|
-6,19
|
27 - Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos |
-0,58
|
0,60
|
0,74
|
6,82
|
7,46
|
8,25
|
10,42
|
11,27
|
11,55
|
28 - Fabricação de máquinas e equipamentos |
0,96
|
0,84
|
1,27
|
4,52
|
5,40
|
6,74
|
5,14
|
6,06
|
7,77
|
29 - Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
-0,25
|
0,22
|
0,93
|
3,32
|
3,54
|
4,50
|
8,27
|
8,27
|
8,58
|
30 - Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores |
1,11
|
2,38
|
6,83
|
13,85
|
16,56
|
24,52
|
27,22
|
30,41
|
36,74
|
31 - Fabricação de móveis |
0,22
|
-0,13
|
1,61
|
5,93
|
5,79
|
7,50
|
10,97
|
10,38
|
11,12
|
O acumulado no ano atingiu 4,63%, contra 3,63% em julho. As atividades com as maiores variações acumuladas foram: outros equipamentos de transporte (24,52%), fumo (22,66%), papel e celulose (16,99%) e madeira (13,11%). Os setores que mais influenciaram o acumulado no ano foram: outros produtos químicos (0,93 p.p.), alimentos (0,79 p.p.), papel e celulose (0,58 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,52 p.p.).
Já o acumulado em 12 meses chegou a 7,27%, contra 6,71% em julho. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (36,74%), fumo (35,90%), papel e celulose (25,95%) e madeira (22,53%). Os setores de maior influência nesse acumulado foram: alimentos (1,43 p.p.), outros produtos químicos (1,17 p.p.), veículos automotores (0,91 p.p.) e Indústrias extrativas (-0,88 p.p.).
As variações das grandes categorias econômicas, em relação ao mês anterior foram: 2,44% em bens de capital; 0,81% em bens intermediários; e 0,86% em bens de consumo, sendo 0,78% em “bens de consumo duráveis” e 0,88% em ”bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.
Tabela 2
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções | Variação | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
|
Indústria Geral |
0,47
|
0,72
|
0,97
|
2,89
|
3,63
|
4,63
|
5,35
|
6,71
|
7,27
|
Bens de Capital (BK) |
1,08
|
1,31
|
2,44
|
5,47
|
6,85
|
9,46
|
11,35
|
12,32
|
14,47
|
Bens Intermediários (BI) |
0,81
|
0,82
|
0,81
|
2,90
|
3,75
|
4,58
|
4,02
|
5,81
|
6,39
|
Bens de consumo(BC) |
-0,23
|
0,41
|
0,86
|
2,24
|
2,65
|
3,53
|
6,16
|
6,87
|
7,01
|
Bens de consumo duráveis (BCD) |
-0,16
|
-0,25
|
0,78
|
4,41
|
4,15
|
4,96
|
8,77
|
8,50
|
8,36
|
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) |
-0,26
|
0,62
|
0,88
|
1,55
|
2,18
|
3,08
|
5,35
|
6,36
|
6,58
|
A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria (0,97%) foi: 0,21 p.p. de bens de capital, 0,46 p.p. de bens intermediários e 0,29 p.p. de bens de consumo, com 0,06 p.p. em “bens de consumo semiduráveis e não duráveis” e 0,23 p.p. nos “bens de consumo duráveis”.
No ano, a indústria acumulou variação de 4,63%, sendo 9,46% em bens de capital (com influência de 0,80 p.p.), 4,58% em bens intermediários (2,61 p.p.) e 3,53% em bens de consumo (1,22 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,41 p.p. pelos produtos de “bens de consumo duráveis” e 0,81 p.p., pelos “bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.
Em 12 meses, as grandes categorias econômicas acumularam as seguintes variações: bens de capital, 14,47% (1,20 p.p.); bens intermediários, 6,39% (3,67 p.p.); e bens de consumo, 7,01% (2,40 p.p.), sendo que a influência de “bens de consumo duráveis” foi de 0,69 p.p. e a de “bens de consumo semiduráveis e não duráveis” de 1,72 p.p.
20 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços
A seguir, as atividades que se destacaram em agosto, com suas variações em cada uma das comparações:
Extrativas: em agosto, os preços das indústrias extrativas recuaram, em média, em 8,70%, quarta maior taxa negativa da série que teve início em janeiro de 2014. Com o resultado de agosto, o acumulado no ano chegou a - 6,50% e o em 12 meses a - 21,60%. Na série dos acumulados em 12 meses, todos os resultados são negativos.
Alimentos: em agosto de 2015, os preços dos alimentos variaram, em média, 1,68%, segundo maior resultado no ano (1,70% em março de 2015). Com isso, até agosto houve uma variação acumulada de 4,17%, resultado que só foi suplantado recentemente pelo de dezembro de 2013 (6,80%). A comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, em agosto, foi de 7,57%, maior resultado observado entre maio de 2014 (9,20%) e este.
Os produtos de maior influência são: 'carnes de bovinos congeladas', 'resíduos da extração de soja', 'sucos concentrados de laranja' e 'óleo de soja refinado', todos com variações positivas de preços. Os quatro produtos de maior influência respondem por 1,17 p.p. da variação de 1,68%.
Com a desvalorização cambial (aproximadamente 9,0% em agosto, 33,0% ao longo de 2015 e 55,0% em doze meses), produtos voltados à exportação estão entre os mais influentes nas várias comparações. Nesse sentido, justifica-se a influência positiva de 'sucos concentrados de laranja', 'carne de bovino congelada' e mesmo a 'carne de bovino fresca ou refrigerada' e os derivados de soja. Mas outros fatores também influenciam esses preços, como os problemas de oferta da soja americana, a entressafra atual de soja e o retorno da carne brasileira ao mercado da China.
Papel e Celulose: a variação de preços em agosto, de 3,96%, é a quarta maior da série, que teve seu ápice em março de 2015 (4,94%). Entre as indústrias de transformação, o setor teve o terceiro maior aumento de preços no mês; o terceiro maior aumento acumulado no ano (16,99%) e o terceiro maior aumento (25,95%) acumulado em 12 meses. Comparado a julho (1,14%), o índice de agosto teve um aumento de 2,82 p.p.
Com o desempenho de agosto, a indústria de papel e celulose influiu em 0,15 p.p. no aumento de 1,25% das indústrias de transformação, ficando atrás apenas de “Produtos Alimentícios” (0,32 p.p.) e “Outros Equipamentos de Transporte” (0,16 p.p.).
Os produtos do setor que tiveram maior influência na variação de agosto foram “celulose”, “papel kraft para embalagem não revestido”, “papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica” e ‘fraldas descartáveis”. Em conjunto, da variação de 3,96%, estes produtos tiveram influência de 3,84 p.p.
Outros produtos químicos: a indústria química teve alta de preços pelo terceiro mês seguido, neste caso de 1,07%; acumulando 8,92% no ano (maior taxa neste tipo de comparação em toda série do IPP) e 11,17% em 12 meses.
A indústria dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligada aos valores internacionais e aos preços da nafta, que tiveram queda entre dezembro de 2014 e março de 2015, mas se recuperaram nos últimos meses. Também merecem menção os produtos químicos inorgânicos, especificamente aqueles ligados à fabricação de adubos e fertilizantes, que tendem a seguir os preços internacionais.
Além do aumento da nafta, o setor apresentou uma elevação dos custos associados à energia, à compra de matérias-primas e aos custos atrelados à cotação do dólar (desvalorização do real frente ao dólar em 55,0%, nos últimos 12 meses).
Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram 0,26 p.p. no resultado de 1,07%, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com 0,81 p.p.
Veículos automotores: em agosto, a variação foi de 0,93%, a segunda maior do ano (1,33%, em janeiro). Com isso, o setor acumula, no ano, uma variação de 4,50% e em 12 meses, 8,58%. Neste último caso, é a segunda maior variação da série (8,61%, em maio de 2015), que teve início em dezembro de 2010. Esse setor exerceu a terceira maior (0,91 p.p. em 7,27%) sobre o acumulado em 12 meses entre todas as atividades da indústria.
Dois produtos são destaques em termos de variação e de influência: 'caixas de marcha para veículos automotores' e 'chassis com motor para ônibus ou para caminhões'. Em termos de influências, os outros dois são: 'automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência' e 'peças para motor de veículos automotores'. Em conjunto, os quatro produtos influenciam o resultado de 0,93% em 0,74 p.p.
Outros equipamentos de transporte: em agosto de 2015, os preços do setor subiram 6,83% em relação ao mês anterior, com influência, em grande parte, da taxa de câmbio.
Em agosto o setor teve aumento de preços para todos os índices analisados (mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses) e seus resultados foram os maiores para os acumulados no ano (24,52%) e nos doze meses (36,74%) desde o início da série, em dezembro de 2009.
Comunicação Social
25 de setembro de 2015