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Índice de Preços ao Produtor (IPP) de abril cai 0,35%

31/05/2016 12h50 | Atualizado em 03/08/2017 16h26

 

Período
Taxa
ABRIL 2016
-0,35%
Março 2016
-1,20%
Abril 2015
0,22%
Acumulado em 2016
-1,50%
Acumulado em 12 meses
4,66%

Em abril de 2016, os preços da indústria geral variaram, em média, -0,35% quando comparados ao mês anterior, resultado superior ao de março (-1,20%). O acumulado no ano foi de -1,50% em abril, contra -1,15% em março. O acumulado em 12 meses foi de 4,66%, contra 5,26% em março. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra oito do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.


Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
FEV/16
MAR/16
ABR/16
FEV/16
MAR/16
ABR/16
FEV/16
MAR/16
ABR/16
Indústria Geral
-0,63
-1,20
-0,35
0,04
-1,15
-1,50
8,52
5,26
4,66
B - Indústrias Extrativas
-0,46
6,56
13,35
-14,83
-9,23
2,88
-23,64
-20,17
-6,57
C - Indústrias de Transformação
-0,63
-1,38
-0,71
0,46
-0,92
-1,63
9,63
6,14
5,03
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Em abril de 2016, a variação de preços de -0,35% frente a março repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -1,29% em bens de capital; -0,11% em bens intermediários; e -0,49% em bens de consumo, sendo que -0,62% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,45% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das grandes categorias econômicas foi de -0,11 p.p. para bens de capital, -0,06 p.p. para bens intermediários e -0,17 p.p. para bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,12 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,05 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano, as variações de preços da indústria acumularam, até abril, variação de -1,50%, sendo -0,32% a variação de bens de capital (com influência de -0,03 p.p.), -3,11% de bens intermediários (-1,76 p.p.) e 0,84% de bens de consumo (0,29 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,10 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,19 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou, em abril, 4,66%, com as seguintes variações: bens de capital, 7,75% (0,66 p.p.); bens intermediários, 2,33% (1,33 p.p.); e bens de consumo, 7,74% (2,66 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,30 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 2,36 p.p.


Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
FEV/16
MAR/16
ABR/16
FEV/16
MAR/16
ABR/16
FEV/16
MAR/16
ABR/16
Indústria Geral
-0,63
-1,2
-0,35
0,04
-1,15
-1,5
8,52
5,26
4,66
Bens de Capital (BK)
-0,41
-0,98
-1,29
1,98
0,98
-0,32
11,98
8,13
7,75
Bens Intermediários (BI)
-1,5
-1,8
-0,11
-1,22
-3
-3,11
7,72
3,1
2,33
Bens de consumo(BC)
0,74
-0,29
-0,49
1,63
1,34
0,84
8,95
8,09
7,74
Bens de consumo duráveis (BCD)
0,51
-0,07
-0,62
1,94
1,87
1,24
5,73
4,61
3,57
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)
0,81
-0,35
-0,45
1,53
1,18
0,72
9,97
9,21
9,09
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Onze das 24 atividades industriais tiveram alta

Em abril/2016, 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra oito do mês anterior. As quatro maiores variações se deram entre indústrias extrativas (13,35%), farmacêutica (3,76%), fumo (-3,08%) e impressão (2,96%). As maiores influências vieram de indústrias extrativas (0,34 p.p.), outros produtos químicos (- 0,28 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (- 0,12 p.p.) e veículos automotores (- 0,09 p.p.).

O indicador acumulado no ano atingiu -1,50% em abril/2016, contra -1,15% em março/2016. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: outros produtos químicos (-8,94%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,52%), refino de petróleo e produtos de álcool (-5,33%) e fumo (-4,99%). Os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (- 0,96 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (- 0,56 p.p.), papel e celulose (- 0,13 p.p.) e produtos de metal (0,12 p.p.).

No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida em abril de 2016 foi de 4,66%, contra 5,26% em março/2016. As quatro maiores variações ocorreram em perfumaria, sabões e produtos de limpeza (15,18%), outros equipamentos de transporte (14,02%), fumo (13,13%) e alimentos (12,66%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (2,40 p.p.), veículos automotores (0,48 p.p.), metalurgia (- 0,40 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,32 p.p.).

Indústrias extrativas: no mês de abril, os preços das indústrias extrativas apresentaram uma variação de 13,35% em relação a março. No acumulado do ano, o setor apresentou variação positiva de 2,88% e, em 12 meses, observou-se queda de 6,57%.

A variação mensal positiva dos preços do setor teve a maior influência (0,34 p.p.) sobre a indústria geral. A alta observada nos preços da atividade deveu-se principalmente à recuperação dos preços do minério de ferro no mercado internacional. Os “óleos brutos de petróleo” também influenciaram positivamente a alta de preços mensal da atividade.

Alimentos: em abril, contra março, houve o segundo resultado negativo da série em 2016: -0,10%. Com isso, o acumulado, que havia chegado a 1,95% em fevereiro, regride para 0,22%. No acumulado em 12 meses, o resultado de 12,66% foi maior do que o de março (11,92%).

Entre os produtos que mais se destacaram em termos de variação, apenas um, 'carnes de bovinos congeladas', teve variação negativa. Em contrapartida, entre os destacados em termos de influência, apenas um teve variação positiva, 'resíduos da extração de soja'.

Os quatro produtos mais influentes ('resíduos da extração de soja', 'açúcar cristal', 'sucos concentrados de laranja' e 'carnes de bovinos frescas ou refrigeradas') responderam por -0,31 p.p. da variação de - 0,10%, o que significa que a influência dos demais 39 produtos foi positiva, fator que evitou uma queda de preços maior da atividade.

Papel e celulose: o setor apresentou, em abril, queda de 0,86% em relação à março, terceira queda seguida do ano e a sexta queda do setor desde abril de 2015. Com isso, o setor acumula queda de 3,41% em 2016, mas uma variação positiva de 8,56% nos últimos 12 meses.

Os quatro produtos que mais influenciaram o setor em abril foram: “celulose”, “papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”, “cadernos”, e “papel kraft para embalagem não revestido”. Esses quatro produtos foram responsáveis por -0,98 p.p. da variação de -0,86% do setor.

Refino de petróleo e produtos de álcool: como tem acontecido desde dezembro de 2015 (-0,17%), a variação mensal foi negativa em abril (-1,53%), segundo maior ponto negativo nesse intervalo de tempo, que tem como destaque o resultado de fevereiro (-3,10%). O acumulado no ano alcançou assim a variação de -5,33%, resultado que coloca a atividade em destaque tanto em variação quanto em influência entre todas as atividades da pesquisa. Por sua vez, no acumulado em 12 meses, os preços de abril de 2016 estavam 1,70% maiores do que os de abril de 2015.

O grande destaque, tanto em variação quanto em influência, se dá com a queda de preços do produto 'álcool etílico (anidro ou hidratado)', em linha com o período de safra da cana-de-açúcar. Em termos de influência no mês, este foi o único resultado negativo, mas, mesmo assim, os quatro produtos mais influentes ('óleo diesel e outros óleos combustíveis', “gasolina automotiva”, “álcool etílico” e “naftas”) responderam por -1,07 p.p. da variação de -1,53%.

Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de abril uma variação negativa de 2,78% (segunda maior queda no setor desde fevereiro de 2015, neste tipo de comparação), o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de -8,94% e de -1,16% em 12 meses.

Os quatro produtos de maior influência no mês (“superfosfatos”, “adubos e fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e “herbicidas para uso na agricultura”) representaram -2,39 p.p. no resultado de -2,78%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com - 0,39 p.p.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em abril de 2016 contra março de 2016 houve uma variação negativa de preços de 1,18%, terceira queda consecutiva. Desta forma, o setor acumulou no ano uma queda de 0,91% e nos últimos 12 meses uma variação negativa de preços de 5,11% (maior queda neste tipo de comparação desde agosto de 2011).

Os quatro produtos de maior peso na atividade apresentaram as maiores influências no mês: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono” e “alumínio não ligado em formas brutas” com variações/influências no mês negativas e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidas” e “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos” com variações/influências positivas.

Esses produtos representaram -0,80 p.p. da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos do setor influenciaram em -0,38 p.p.

Produtos de metal: o setor apresentou variação de -0,80% em relação a março de 2016. No acumulado em 12 meses, houve variação positiva de 9,23%, acima da média observada na indústria em geral, 4,66%.

Nos quatro primeiros meses de 2016, os preços do setor acumularam variação de 4,02%. Esta variação acumulada nos preços da atividade de janeiro a abril de 2016 representou a principal influência positiva (0,12 p.p.) sobre o acumulado no ano da indústria em geral.

Os produtos com maior influência sobre a variação positiva acumulada no ano pela atividade foram: “ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais ou máquinas-ferramenta”, “latas de alumínio para embalagem”, e “aparelhos de barbear de lâminas não-substituíveis”.

Veículos automotores: o resultado observado nos preços dos produtos que compõem esta atividade coloca-a em destaque, em termos de influência, tanto no indicador que compara abril contra março quanto no acumulado em 12 meses.

A variação observada em abril contra março foi de -0,83%, mais uma variação negativa em um ano que só teve uma positiva (janeiro: 2,13%). Com isso, o acumulado no ano ficou em 0,91%. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 4,45%, destacando-se entre as atividades com segunda maior influência positiva, de 0,48 p.p. em 4,66%.

Os quatro produtos destacados em termos de influência em relação ao mês anterior tiveram variação negativa de preços, entre eles o de maior peso no cálculo do setor, 'automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência'. O mesmo produto se destaca no acumulado em 12 meses, dessa vez com variação positiva. Em janeiro, houve um aumento mais forte do produto e, em abril, as empresas deram descontos nos produtos com modelos que estavam sendo substituídos por novos.

Outros equipamentos de transporte: em abril de 2016, observou-se variação de -2,76% nos preços do setor em relação ao mês anterior. Nos quatro primeiros meses de 2016, a atividade acumulou variação negativa de -4,30%.

No acumulado em 12 meses, houve variação positiva de 14,02% nos preços do setor, sendo a segunda maior variação neste indicador verificada entre todas as atividades investigadas na pesquisa. A variação de preços observada para a atividade em relação ao mesmo mês do ano anterior teve, em termos absolutos, a quarta maior influência observada (0,32 p.p.) sobre o acumulado em 12 meses da indústria geral.

 

Comunicação Social
31 de maio de 2016