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Produção industrial cai em oito dos 14 locais pesquisados

09/05/2017 11h26 | Atualizado em 03/08/2017 16h24

 

A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março de 2017, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por oito dos 14 locais pesquisados.

Os destaques foram Santa Catarina (-4,0%), que interrompeu quatro meses consecutivos de taxas positivas e que acumularam expansão de 7,0%. Ceará (-3,1%), Paraná (-2,9%), Minas Gerais (-2,8%) e Pará (-2,7%) também apontaram recuos mais intensos do que o verificado em nível nacional (-1,8%), enquanto São Paulo (-1,7%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,7%) completaram o conjunto de locais que mostraram redução na produção nesse mês. Pernambuco (0,0%) repetiu o patamar registrado em fevereiro último.

Por outro lado, Amazonas (5,7%) apontou o resultado positivo mais acentuado em março de 2017, eliminando, dessa forma, o recuo de 2,5% observado no mês anterior. As demais taxas positivas foram assinaladas por Bahia (2,0%), Rio de Janeiro (0,7%), Goiás (0,5%) e Região Nordeste (0,1%).

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Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Março de 2017

 

 

Locais Variação (%)
Março 2017/
Fevereiro 2017*
Março 2017/
Março 2016
Acumulado
Janeiro-Março
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
5,7
-7,3
1,3
-5,2
Pará
-2,7
-2,6
0,6
6,9
Região Nordeste
0,1
-2,5
-2,5
-2,5
Ceará
-3,1
-3,8
-2,2
-2,7
Pernambuco
0
-0,8
4,2
-1,4
Bahia
2
-4,3
-8,3
-7,8
Minas Gerais
-2,8
2,4
3,6
-2,6
Espírito Santo
-0,7
2,4
4
-13
Rio de Janeiro
0,7
6,1
4,8
-0,7
São Paulo
-1,7
0,9
0,1
-2,3
Paraná
-2,9
4,9
4,6
-1,4
Santa Catarina
-4
5,9
5,2
-0,1
Rio Grande do Sul
-1,2
7,4
1,9
-1,9
Mato Grosso
-
-0,3
0,4
-3,3
Goiás
0,5
8
6,6
-2,1
Brasil
-1,8
1,1
0,6
-3,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 0,7% no trimestre encerrado em março de 2017 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a sequência de taxas positivas iniciada em dezembro de 2016. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, dez locais mostraram resultados negativos, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Ceará (-2,8%), Pernambuco (-1,5%) e Pará (-1,0%). Por outro lado, Goiás (2,3%), Rio de Janeiro (1,3%) e Amazonas (1,3%) registraram os principais avanços em março de 2017.

Em relação a março de 2016, indústria cresceu em oito dos 15 locais pesquisados

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,1% em março de 2017, com oito dos 15 locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que março de 2017 (23 dias) teve um dia útil a mais do que março de 2016 (22). Nesse mês, Goiás (8,0%) e Rio Grande do Sul (7,4%) assinalaram os avanços mais intensos, impulsionados, principalmente, pelo crescimento na produção vindo dos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite esterilizado/UHT/Longa Vida e em pó, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja refinado e em bruto), no primeiro local; e de bebidas (vinhos de uvas) e máquinas e equipamentos (tratores agrícolas e máquinas para colheita), no segundo. Rio de Janeiro (6,1%), Santa Catarina (5,9%), Paraná (4,9%), Espírito Santo (2,4%) e Minas Gerais (2,4%) também registraram taxas positivas mais elevadas do que a média da indústria (1,1%), enquanto São Paulo (0,9%) completou o conjunto de locais com expansão na produção nesse mês. Por outro lado, Amazonas (-7,3%) apontou o recuo mais acentuado em março de 2017, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo dos setores de bebidas (preparações em pó para elaboração de bebidas) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva). Os demais resultados negativos foram observados na Bahia (-4,3%), Ceará (-3,8%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%), Pernambuco (-0,8%) e Mato Grosso (-0,3%).

Acumulado no ano mostra crescimento em 12 dos 15 locais

No indicador acumulado para o período janeiro-março de 2017, frente a igual período do ano anterior, o acréscimo observado na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Goiás (6,6%), Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (4,8%), Paraná (4,6%), Pernambuco (4,2%), Espírito Santo (4,0%) e Minas Gerais (3,6%). Rio Grande do Sul (1,9%), Amazonas (1,3%), Pará (0,6%), Mato Grosso (0,4%) e São Paulo (0,1%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento do primeiro trimestre do ano. Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor agrícola e para construção); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia, autopeças e derivados da extração da soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”); e de bens de consumo semi e não-duráveis (carnes de aves, bebidas, produtos têxteis e vestuário). Por outro lado, Bahia (-8,3%) apontou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo vindo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica) e de metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre). Os demais resultados negativos foram assinalados por Região Nordeste (-2,5%) e Ceará (-2,2%).

Os sinais de aumento no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice do último trimestre de 2016 com o resultado dos três primeiros meses de 2017, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que 12 dos 15 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -3,3% para 0,6%. Nesse mesmo tipo de confronto, Goiás (de -9,7% para 6,6%), Espírito Santo (de -6,8% para 4,0%), Mato Grosso (de -8,2% para 0,4%), Minas Gerais (de -3,6% para 3,6%), Santa Catarina (de -0,8% para 5,2%) e Pernambuco (de -0,7% para 4,2%) apontaram os maiores avanços, enquanto Pará (de 7,0% para 0,6%) assinalou a principal perda entre os dois períodos.

Em 12 meses, indústria permanece com recuo em 14 dos 15 locais

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,8% em março de 2017 para o total da indústria nacional, permaneceu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Em termos regionais, 14 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em março de 2017, mas treze apontaram maior dinamismo frente aos índices de fevereiro último. Os principais ganhos de ritmo entre fevereiro e março de 2017 foram registrados por Pernambuco (de -3,4% para -1,4%), Espírito Santo (de -14,9% para -13,0%), Rio Grande do Sul (de -3,5% para -1,9%), Rio de Janeiro (de -2,1% para -0,7%), Goiás (de -3,4% para -2,1%), São Paulo (de -3,5% para -2,3%) e Santa Catarina (de -1,3% para -0,1%), enquanto Pará (de 7,6% para 6,9%) e Mato Grosso (de -2,7% para -3,3%) mostraram as perdas entre os dois períodos.

 

Comunicação Social
9 de maio de 2017