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PNAD Contínua: taxa de subutilização da força de trabalho fica em 24,1% no 1º trimestre/2017

18/05/2017 10h19 | Atualizado em 07/08/2017 17h34

 

No 1º trimestre de 2017, a taxa composta da subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) ficou em 24,1%, o que representa 26,5 milhões de pessoas. No 4º trimestre de 2016, para Brasil, essa taxa foi de 22,2% e, no 1º trimestre de 2016, de 19,3%.

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas) foi de 18,8%, o que representa 5,3 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 14,2 milhões de desocupados. No 4º trimestre de 2016, para Brasil, essa taxa foi de 17,2% e, no 1º trimestre de 2016, de 15,0%.

A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 19,3%, o que representa 21,3 milhões de pessoas. No 4º trimestre de 2016, para Brasil, essa taxa foi de 17,4% e, no 1º trimestre de 2016, de 15,4%.

A taxa de desocupação (13,7% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 1º trimestre de 2017 em relação ao 4º trimestre de 2016: Norte (de 12,7% para 14,2%), Nordeste (de 14,4% para 16,3%), Sudeste (de 12,3% para 14,2%), Sul (de 7,7% para 9,3%) e Centro-Oeste (de 10,9% para 12,0%). A Região Nordeste permanece registrando a maior taxa de desocupação dentre todas as regiões.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 2.110) nas regiões Sudeste (R$ 2.425), Centro-Oeste (2.355) e Sul (R$ 2.281), enquanto Nordeste (R$ 1.449) e Norte (R$ 1.602) ficaram abaixo da média.

Na comparação entre as Grandes Regiões, do 4º trimestre de 2016 para o 1º trimestre de 2017, ocorreu variação positiva no rendimento nas Regiões Norte (2,6%) e Nordeste (3,0%) enquanto nas demais o quadro foi de estabilidade. Em relação ao primeiro trimestre de 2016 apenas para as Regiões Nordeste (4,0%) e Sul (4,4%) foram observados aumentos do rendimento enquanto nas demais regiões não foram registradas variações significativas no rendimento.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 182,9 bilhões de reais para o país com um todo) com maior registro regional no Sudeste (R$ 95,1 bilhões).

A publicação completa da PNAD Contínua, com os dados divulgados hoje e os quadros sintéticos por Unidade da Federação, está disponível aqui. Os principais resultados para o Brasil como um todo já haviam sido divulgados no dia 28/04/2017. Na atual divulgação, estão disponíveis novos indicadores de subutilização da força de trabalho para o 1º trimestre de 2017, além de todas as informações segundo os recortes regionais e detalhamentos dos principais indicadores do mercado de trabalho por sexo, idade e nível de instrução.

Nordeste e Sudeste têm maiores aumentos na taxa de desocupação

No 1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em 13,7%. Esta estimativa apresentou elevação de 1,7 ponto percentual em comparação com o 4º trimestre de 2016 (12,0%) e frente ao 1º trimestre de 2016 (10,9%) apresentou elevação de 2,8 pontos percentuais. Também no confronto anual, houve crescimento desse indicador em todas as Grandes Regiões: Norte (de 10,5% para 14,2%), Nordeste (de 12,8% para 16,3%), Sudeste (de 11,4% para 14,2%), Sul (de 7,3% para 9,3%) e Centro-Oeste (de 9,7% para 12,0%). A Região Nordeste permanece registrando a maior taxa de desocupação dentre todas as regiões, seguida pelo Sudeste.

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, 28,8%, continuou a apresentar patamar superior ao estimado para a taxa média total. Este comportamento foi verificado tanto para o Brasil, quanto para cada uma das cinco Grandes Regiões, onde a taxa oscilou entre 19,1% no Sul e 32,9% no Nordeste. Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 12,8% e 7,9%, respectivamente.

Proporção de pretos e pardos na população desocupada aumentou entre 2012 e 2017

O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi estimado em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população; seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 1º trimestre de 2017, esse contingente subiu para 14,1 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 52,1%; a dos brancos 35,7% e dos pretos subiu para 11,5%.

Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao de homens. No 1º trimestre de 2017 elas representavam 50,6% dessa população.

Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, a exceção foi a Região Nordeste, na qual este percentual representava 48,8%. Na Região Norte, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 52,2% das pessoas desocupadas.

Região Norte tem o menor contingente de mulheres na população ocupada

A população ocupada, no 1º trimestre de 2017, estimada em 88,9 milhões de pessoas, era composta por 68,0% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,5% de trabalhadores familiares auxiliares. Ao longo da série histórica da pesquisa essa composição não se alterou significativamente. Nas Regiões Norte (31,7%) e Nordeste (30,3%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.

Na análise por sexo, verificou-se a predominância de homens (56,9%). Este fato foi confirmado em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 60,9% dos trabalhadores no 1º trimestre de 2017.

Do contingente de ocupados, 12,5% deles eram jovens, de 18 a 24 anos, enquanto os adultos nas faixas de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 78,4% e que os idosos correspondiam a 7,3%.

No 1º trimestre de 2017, a pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas ocupadas, 27,6% não tinham concluído o ensino fundamental, 57,0% tinham concluído pelo menos o ensino médio e 18,8% tinham concluído o nível superior.

Regionalmente, a análise destacou um quadro diferenciado. Nas Regiões Norte (35,4%) e Nordeste (36,7%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não tinham concluído o ensino fundamental) era superior ao observado nas demais regiões. Nas Regiões Sudeste (63,2%) e Sul (56,3%) o percentual das pessoas em idade de trabalhar que tinham completado pelo menos o ensino médio era superior ao das demais regiões. A Região Sudeste (22,2%) foi a que apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto a Região Norte teve o menor (13,3%).

Todas as Grandes Regiões registram queda no nível de ocupação

O nível da ocupação, estimado em 53,1% no 1º trimestre de 2017 para o Brasil, apresentou queda de 0,9 pp na comparação com o trimestre anterior (54,0%) e registrou redução de 1,7 ponto percentual frente ao 1º trimestre de 2016 (54,7%). Quando se compara o nível da ocupação frente ao 4º trimestre de 2016, todas as Grandes Regiões registraram queda neste indicador. Também no confronto com o 1º trimestre de 2016, todas as Grandes Regiões assinalaram declínios, tendo o maior ocorrido na Região Norte (3,6 pontos percentuais) e o menor na Região Sudeste (0,6 ponto percentual).

No 1º trimestre de 2017, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 63,2% e o das mulheres, em 43,8%. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (24,0 pontos percentuais), e Sudeste, com a menor diferença (17,9 pontos percentuais).

Na análise por cor ou raça, este indicador mostra queda desde 2012 para as pessoas brancas, contudo os pretos e os pardos apresentaram entre 2013 e 2014 ligeiro aumento seguido de redução nos anos seguintes, sendo que de 2016 para 2017 foram os pardos que registraram maior redução (2,4 pontos percentuais).

Idosos representam 36,1% da população fora da força de trabalho

No Brasil, no 1º trimestre de 2017, a distribuição da população em idade de trabalhar, composta pelas pessoas que estavam na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas) e pelas pessoas fora da força de trabalho foi de 61,6% e 38,4%, respectivamente.

Regionalmente, verificou-se que no Nordeste, a taxa de participação na força de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho da população de 14 anos ou mais de idade), no 1º trimestre de 2017, foi de 54,7%, inferior à taxa observada nas demais regiões; por outro lado, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa, 65,2%.

Do contingente da população em idade de trabalhar que estava na força de trabalho, 86,3% se encontravam ocupados e 13,7% desocupados.

No 1º trimestre de 2017, no Brasil, cerca de 36,1% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles com menos de 25 anos de idade somavam 27,8% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,0%. As Regiões Sul (42,8%) e Sudeste (40,9%) apresentaram os maiores percentuais de idosos fora da força de trabalho.

A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres. No 1º trimestre de 2017, elas representavam 65,2%. Em todas as regiões o comportamento foi similar. Essa configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível.

 

Comunicação Social
18 de maio de 2017