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Em dezembro, IPCA-15 vai a 0,79% e IPCA-E fecha o ano em 6,46%

19/12/2014 07h00 | Atualizado em 19/12/2014 07h00


Período

TAXA

Dezembro 2014

0,79%

Novembro 2014

0,38%

Dezembro 2013

0,75%

Acumulado no ano

6,46%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,79% em dezembro e mais do que dobrou em relação à taxa de 0,38% de novembro. Com isso, o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado, fechou o ano em 6,46%, acima de 2013 (5,85%). Em dezembro de 2013, a variação do IPCA-15 havia sido de 0,75%. Os dados completos sobre o IPCA-15 podem ser acessados em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Conforme mostra a tabela a seguir, o resultado da maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados superou o resultado do mês anterior.

Grupo
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Outubro
Novembro
Dezembro
Trimestre
Ano
Índice Geral
0,48
0,38
0,79
1,66
6,46
Alimentação e Bebidas
0,69
0,56
0,94
2,21
7,91
Habitação
0,80
0,56
0,71
2,08
8,76
Artigos de Residência
0,13
0,31
0,05
0,49
5,94
Vestuário
0,70
0,42
0,44
1,57
3,40
Transportes
0,25
0,20
1,59
2,05
4,15
Saúde e Cuidados Pessoais
0,37
0,36
0,46
1,19
6,95
Despesas Pessoais
0,40
0,37
0,71
1,49
8,53
Educação
0,08
0,18
0,10
0,36
8,49
Comunicação
0,00
-0,21
-0,08
-0,29
-1,62

Em dezembro, os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,56% em novembro para 0,94% em dezembro) e Transportes (de 0,20% para 1,59%) exerceram forte pressão sobre o índice e foram responsáveis por 66% dele já que, juntos, tiveram impacto de 0,52 ponto percentual, com os alimentos em 0,23 p.p. e os transportes, em 0,29 p.p.

O grupo Transportes teve a maior variação (1,59%) e o maior impacto (0,29 p.p). O item passagens aéreas foi destaque, com aumento de 42,42% e 0,19 p.p, o principal impacto do mês. A gasolina (2,15% e 0,08 p.p.) também se destacou, refletindo, nas bombas, a complementação do reajuste de 3,00% em vigor desde 07 de novembro.

Com a expressiva alta de dezembro, as passagens aéreas saíram de uma queda de 24,78% acumulada de janeiro a novembro para fechar o ano com alta de 7,13%, pouco acima do IPCA-15, enquanto a gasolina ficou em 5,42%, abaixo do índice. O grupo Transportes fechou o ano com variação de 4,15%, também abaixo do IPCA-15.

No grupo dos alimentos (0,94%), sobressai o item carnes, cujos preços subiram 4,02%, sendo que em Salvador a alta atingiu 7,83% e em Goiânia, 7,81%. Outros itens importantes também ficaram mais caros de novembro para dezembro, como batata-inglesa (27,20%), cebola (9,83%) e refeição fora de casa (1,37%). Considerando o índice no ano, o item carnes, com 22,22%, deteve o mais elevado impacto individual, 0,54 p.p. No grupo Alimentação e Bebidas a alta foi de 7,91% no ano.

No grupo Habitação (0,71%) foi a energia elétrica que exerceu pressão. O aumento foi de 1,54% nas contas, em decorrência, principalmente, da variação de 9,85% registrada na região metropolitana do Rio de Janeiro, tendo em vista o reajuste de 17,75% em uma das concessionárias, em vigor desde 07 de novembro. No ano, a alta da energia atingiu 17,14% e as despesas com Habitação subiram 8,76%, a mais elevada variação de grupo.

Assim, exceto os grupos Artigos de Residência (de 0,31% em novembro para 0,05% em dezembro) e Educação (de 0,18% para 0,10%), os demais mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços de novembro para dezembro.

Os maiores índices regionais foram os de Goiânia (1,33%) e Rio de Janeiro (1,32%). Em Goiânia, a pressão veio dos alimentos consumidos no domicílio (3,87%), impulsionados pelas carnes, que subiram 7,81%, além dos combustíveis (4,24%), com alta de 4,44% na gasolina e 3,15% no etanol. No Rio de Janeiro (1,32%) o maior resultado do mês foi decorrente da energia elétrica (9,85%), que refletiu o reajuste de 17,75% em uma das concessionárias, em vigor desde 7 de novembro. O menor índice foi o de Recife (0,37%), onde os alimentos subiram 0,03%, bem abaixo da média desse grupo para o país (0,94%).

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Outubro
Novembro
Dezembro
Trimestre
Ano
Goiania
4,44
0,70
0,77
1,33
2,83
7,13
Rio de Janeiro
12,46
0,56
0,25
1,32
2,14
7,42
Fortaleza
3,49
0,41
0,49
1,14
2,05
6,08
Brasília
3,46
0,73
0,15
1,14
2,03
6,20
Belém
4,65
-0,04
0,66
0,94
1,57
6,44
Salvador
7,35
0,46
0,18
0,81
1,46
6,20
Curitiba
7,79
0,38
0,28
0,77
1,44
6,58
São Paulo
31,68
0,53
0,38
0,67
1,59
6,25
Porto Alegre
8,40
0,61
0,53
0,57
1,72
6,74
Belo Horizonte
11,23
0,34
0,37
0,41
1,12
5,89
Recife
5,05
0,31
0,39
0,37
1,07
6,58
Brasil
100,00
0,48
0,38
0,79
1,66
6,46

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 12 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 12 de novembro (base).O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.