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Índice de Preços ao Produtor (IPP) aumenta 0,67% em outubro

Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,67% na comparação com o mês anterior...

27/11/2014 07h00 | Atualizado em 27/11/2014 07h00

OUTUBRO 2014
0,67%
Setembro 2014
0,95%
Outubro 2013
-0,45%
Acumulado em 2014
2,76%
Acumulado em 12 meses
4,04%

Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,67% na comparação com o mês anterior, número inferior ao observado na comparação entre agosto e setembro (0,95%). O acumulado em 2014 ficou em 2,76%, contra 2,07% do mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2013 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 4,04%, contra 2,89% em setembro. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.

17 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

Em outubro, 17 das 23 atividades subiram de preço, contra 16 do mês anterior. As quatro maiores altas se deram entre os produtos das atividades de fumo (3,63%), outros equipamentos de transporte (3,44%), madeira (3,43%) e calçados e artigos de couro (1,50%). Em termos de influência, sobressaíram alimentos (0,19 p.p.), outros produtos químicos (0,10 p.p.), outros equipamentos de transporte (0,07 p.p.) e veículos automotores (0,07 p.p.).

O indicador acumulado no ano (outubro/14 contra dezembro/13) atingiu 2,76%, contra 2,07% em setembro. Entre as atividades que tiveram as maiores altas, sobressaíram metalurgia (9,04%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,73%), bebidas (6,94%) e calçados e artigos de couro (6,81%). Neste indicador, os setores de maior influência foram metalurgia (0,69 p.p.), veículos automotores (0,56 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,36 p.p.) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,22 p.p.).

No acumulado em 12 meses (outubro/14 contra outubro/13), houve alta de 4,04%, contra 2,89% em setembro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (11,43%), fumo (10,82%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,58%) e outros equipamentos de transporte (10,13%). As principais influências vieram de metalurgia (0,67 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,67 p.p.), veículos automotores (0,61 p.p.) e outros produtos químicos (0,33 p.p.).

Alimentos: o resultado de 0,99% é o terceiro positivo consecutivo, além de ser a maior taxa positiva do ano. Com ele, o acumulado de 2014 passou para - 0,74%, taxa superior a - 1,0%, o que não se via desde fevereiro de 2014 (- 0,97%). Na comparação com o mesmo mês de 2013, a taxa voltou a ser positiva (0,87%), depois da negativa de setembro (- 0,90%), mas em níveis bem menores do que aqueles observados entre janeiro (6,80%) e julho (2,59%), período em que foi observada a taxa de 11,55% em março a maior desde fevereiro de 2013, 11,88%). Os quatro principais produtos em destaque, em termos de influência, somaram 0,65 p.p. da variação de 0,99%. Desses, apenas leite esterilizado/UHT/Longa Vida contribuiu com variação negativa. Os demais, resíduos da extração de soja, óleo de soja em bruto, mesmo degomado e sucos concentrados de laranja, contribuíram positivamente. Leite esterilizado/UHT/Longa Vida e óleo de soja em bruto, mesmo degomado também foram destacados em termos de variação. As variações destes produtos ocorreram, no caso do leite, por causa do nível de captação maior nas bacias leiteiras e estoques elevados na indústria; no caso da soja, demanda aquecida em ambiente de oferta restrita (início do plantio); e, no caso do suco de laranja, por conta da desvalorização do real (em torno de 5% em outubro), que também repercute nos derivados de soja. No quadro dos impactos do indicador acumulado, apenas resíduos da extração de soja, entre os listados anteriormente, também aparece como destaque em termos de influência, embora negativa. Açúcar cristal também apareceu com impacto negativo. Esses produtos foram contrabalanceados por carnes e miudezas de aves congeladas e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas. No acumulado em 12 meses, as carnes e resíduos da extração de soja impactam negativamente o indicador, o que os coloca entre os destaques em termos de influência. O quarto produto passa a ser suco concentrado de laranja.

Refino de petróleo e produtos de álcool: A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool variou -0,32%. O indicador mês/mês anterior vem registrando, nos últimos três meses, inversões de trajetória, com -0,45% em agosto, 0,04 em setembro e -0,32% em outubro. No ano, o setor acumula 3,25% de variação, enquanto nos últimos 12 meses a variação chega a 6,15%. Em termos de influência, dos quatro produtos em destaque do indicador mensal, dois apresentaram viés positivo (naftas e óleo diesel e outros óleos combustíveis) e dois, negativo (álcool etílico – anidro ou hidratado – e querosenes para aviação). Os quatro produtos em destaque explicam -0,31 p.p. do total de - 0,32% do indicador de outubro frente a setembro. O cenário de dispersão dos indicadores de produtos também se apresenta no acumulado do ano: dois com viés negativo (álcool etílico – anidro ou hidratado – e óleos lubrificantes básicos) e dois com viés positivo (óleo diesel e outros óleos combustíveis e naftas). Nos últimos 12 meses, apenas um dos produtos registrou sinal negativo (querosenes para aviação), enquanto três apresentaram viés positivo (óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina e naftas).

Outros produtos químicos: a indústria química registrou 0,94% em outubro com relação a setembro, terceira alta consecutiva do indicador setorial, após cinco meses consecutivos de diminuição de nível no início de 2014. Após ligeira aceleração em setembro (1,17%), o indicador mês/mês anterior volta ao ritmo de variação de agosto (0,94%). No ano, o setor vinha acumulando variação negativa até agosto (-0,57%), passando a 0,60% em setembro e 1,54% em outubro. O mesmo movimento acontece no indicador mês/mesmo mês do ano anterior: em agosto, a indústria química registrava -0,32%, passando a 0,16% em setembro e 2,96% em outubro. Os quatro produtos em destaque no indicador de outubro frente a setembro foram etileno (eteno) não-saturado, adubos ou fertilizantes à base de NPK, amoníaco e PVC. Dos quatro, apenas o primeiro registrou variação negativa. Na soma das influências, os quatro explicam 0,17 p.p de um total de 0,94% do setor, evidenciando o baixo impacto dos produtos em destaque na composição da influência total. No acumulado do ano, o cenário, em termos de produtos, se mantém: dos quatro produtos em destaque, apenas o PVC não aparece como destaque do acumulado do ano, dando lugar ao propeno (propileno) não-saturado. No entanto, além do etileno, com viés negativo também para esse indicador, o propeno também teve variação negativa. Nos últimos 12 meses, etileno (eteno) não-saturado, adubos ou fertilizantes à base de NPK e propeno (propileno) não-saturado se mantém entre os destaques, além do PEAD, todos com sinal positivo para esse indicador, exceto etileno.

Metalurgia: houve variação positiva de 0,48%. Com isso, o setor acumulou em 2014 alta de 9,04%, maior variação positiva entre todas as atividades e também deste indicador. Houve grande influência na taxa de janeiro de 2014 contra dezembro de 2013 (4,30%), maior variação na comparação mês contra mês imediatamente anterior deste setor desde o início da série do IPP. Já no acumulado em 12 meses, o resultado foi de 8,65%. Na comparação com setembro, três produtos (alumínio não ligados em formas brutas; barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ligas de alumínio em formas brutas) figuram tanto em termos de variação quanto de influência, todos pressionando o resultado positivamente e pertencendo ao grupo da metalurgia dos metais não ferrosos. O último produto em destaque, em termos de variação e de influência, foi vergalhões de aços ao carbono, mas com resultados negativos. Os quatro produtos de maior influência no indicador responderam por 0,63 p.p. (em 0,48%). Em relação aos produtos com maior destaque nas influências acumulada no ano e em 12 meses, todos foram positivos e apenas o alumínio não ligados em forma bruta aparece em todas as comparações. Os demais produtos são bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos, bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono.

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: houve elevação de 0,97% (terceira taxa consecutiva positiva). Com isso, o acumulado atingiu 7,73%, maior que a variação observada no ano 2013 (7,37%). Em relação a essa taxa, no primeiro bimestre o setor havia acumulado 4,26%; no segundo, 4,16%; no terceiro, 6,15%; no quarto, 6,59%; e 7,73%, no quinto. Já em relação aos preços de outubro de 2013, a variação foi de 10,58%, voltando a um patamar de dois dígitos, maior que as taxas de agosto (9,84%) e setembro (9,55%) e menor que a julho (11,45%). Refrigeradores ou congeladores para uso doméstico, condutores elétricos com capa isolante, para tensão menor ou igual a 1000v, fogões de cozinha, para uso doméstico e quadros e semelhantes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção são os destaques em termos de influência e contribuíram com 0,66 p.p. (na variação de 0,97%). Destes produtos, dois também se destacaram em termos de variação: fogões de cozinha, para uso doméstico e quadros e semelhantes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, o primeiro com variação positiva de preços, o segundo com negativa. Numa perspectiva de mais longo prazo, seja no acumulado no ano ou em 12 meses, sobressai a variação positiva dos preços de refrigeradores ou congeladores para uso doméstico.

Veículos automotores: os preços do setor subiram 0,61%. Com isso, a atividade registra o maior valor da série histórica no acumulado em 12 meses (5,54%). O acumulado do ano (5,16%) também está acima do resultado de 2013 (em dezembro de 2013 o acumulado foi de 2,81%). Na comparação com setembro, os produtos que tiveram maior importância foram caminhão diesel com capacidade superior a 5t, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, peças para motor de veículos automotores, com variações de preços positivas, e ainda automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, com variação negativa. Esses produtos em conjunto totalizaram 0,49 p.p. Já no indicador acumulado do ano, os produtos são automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, caixas de marcha para veículos automotores, caminhão diesel com capacidade superior a 5t e peças para motor de veículos automotores, todos com variações positivas. Os produtos que tiveram maior participação no acumulado em 12 meses, todos com variações positivas, foram automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, caminhão diesel com capacidade superior a 5t e chassis com motor para ônibus ou para caminhões.

Outros equipamentos de transporte: em outubro, os preços subiram 3,44%. Esta é a segunda maior variação e a terceira maior influência no índice. O resultado do mês elevou o acumulado do ano a 5,31%. Com relação aos últimos 12 meses, a atividade subiu 10,13%. O produto que mais se evidenciou nos resultados do mês, acumulado em 12 meses e acumulado no ano foi aviões, produto diretamente afetado pela valorização do dólar no período.