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Emprego industrial cai 0,7% em setembro

Em setembro de 2014, o pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior...

12/11/2014 07h00 | Atualizado em 12/11/2014 07h00

Em setembro de 2014, o pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 3,5%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral teve queda de 0,6% no trimestre encerrado em setembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em abril do ano passado. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o emprego na indústria apontou retração de 1,8% no período julho-setembro de 2014, sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, um ritmo de queda mais intenso do que o observado no primeiro (-0,3%) e segundo (-1,0%) trimestres de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 3,9% em setembro de 2014, 36º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%). Com isso, o total do pessoal ocupado assalariado recuou tanto no fechamento do terceiro trimestre de 2014 (-3,7%) como no índice acumulado dos nove meses do ano (-2,8%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 2,6% em setembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Brasil - Setembro de 2014


Variáveis Variação (%)
Setembro 2014/ Agosto 2014*
Setembro 2014/ Setembro 2013
Acumulado Janeiro-Setembro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,7
-3,9
-2,8
-2,6
Número de Horas Pagas
-0,2
-4,2
-3,4
-3,1
Folha de Pagamento Real
-1,3
-3,5
-0,1
-0,5

*Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

No confronto com igual mês do ano anterior, o contingente de trabalhadores recuou em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu em São Paulo (-4,7%), pressionado pela redução no pessoal ocupado em 16 das 18 atividades, com destaque para as indústrias de meios de transporte (-7,0%), máquinas e equipamentos (-6,1%), produtos de metal (-9,0%), alimentos e bebidas (-2,7%), outros produtos da indústria de transformação (-11,1%), calçados e couro (-15,5%), produtos têxteis (-8,3%), borracha e plástico (-3,7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-3,5%). Outros resultados negativos foram assinalados por Paraná (-5,2%), Minas Gerais (-3,9%), Rio Grande do Sul (-4,7%), região Norte e Centro-Oeste (-3,2%) e região Nordeste (-2,2%). Setorialmente, o pessoal ocupado assalariado recuou em 14 dos 18 ramos pesquisados, com pressões negativas vindas de meios de transporte (-7,8%), máquinas e equipamentos (-6,9%), produtos de metal (-8,4%), calçados e couro (-8,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,2%), outros produtos da indústria de transformação (-6,5%), vestuário (-4,2%), alimentos e bebidas (-1,0%) e metalurgia básica (-5,8%). Os principais impactos positivos vieram de minerais não-metálicos (1,1%) e de produtos químicos (1,0%).

Na análise por trimestres, o emprego industrial, ao recuar 3,7% no terceiro trimestre de 2014, apontou o 12º trimestre consecutivo de resultados negativos, aumentando a intensidade no ritmo de queda frente aos índices do primeiro (-1,0%) e segundo (-2,8%) trimestres do ano, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Essa perda de dinamismo foi observada em 12 dos 18 setores e em 12 dos 14 locais pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de 0,2% no período abril-junho de 2014 para -1,1% no trimestre seguinte, meios de transporte (de -4,4% para -7,3%), borracha e plástico (de 0,1% para -2,1%), vestuário (de -2,8% para -4,6%) e máquinas e equipamentos (de -4,3% para -6,0%), entre as atividades, e Pernambuco (de 1,3% para -0,5%), Ceará (de -1,6% para -3,0%), Minas Gerais (de -2,0% para -3,2%), região Norte e Centro-Oeste (de -1,1% para -2,3%) e Santa Catarina (de -0,4% para -1,6%), entre os locais.

No índice acumulado nos nove meses de 2014, o emprego industrial recuou 2,8%, com taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 15 dos 18 setores investigados. São Paulo (-4,0%) apontou o principal impacto negativo, seguido por Rio Grande do Sul (-4,2%), Paraná (-4,2%), Minas Gerais (-2,2%), região Nordeste (-1,4%) e Rio de Janeiro (-2,3%). Pernambuco, com avanço de 0,9%, exerceu a única pressão positiva. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de produtos de metal (-7,0%), máquinas e equipamentos (-5,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,9%), calçados e couro (-8,0%), meios de transporte (-4,6%), produtos têxteis (-4,7%), vestuário (-3,0%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,0%). Os impactos positivos foram registrados por produtos químicos (1,6%), minerais não-metálicos (1,0%) e alimentos e bebidas (0,2%).

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 2,6% em setembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%).

Número de horas pagas varia -0,2% em setembro

Em setembro de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 3,3%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,4% no trimestre encerrado em setembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria recuou 1,9% no período julho-setembro de 2014, quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, e mostrou ritmo de queda mais intenso do que os observados no primeiro (-0,4%) e segundo (-1,2%) trimestres do ano.

Na comparação com setembro de 2013, o número de horas pagas recuou 4,2%, com perfil disseminado de queda, já que 13 dos 14 locais e 15 dos 18 ramos pesquisados apontaram taxas negativas. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-8,3%), meios de transporte (-7,7%), produtos de metal (-10,1%), calçados e couro (-9,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,4%), outros produtos da indústria de transformação (-6,3%), vestuário (-3,9%), metalurgia básica (-6,9%) e alimentos e bebidas (-0,8%). Os setores de produtos químicos (1,1%), de minerais não-metálicos (0,8%) e de fumo (12,3%) assinalaram os impactos positivos nesse mês. Regionalmente, São Paulo (-5,2%) apontou a principal influência negativa, pressionado pela redução no número de horas pagas nos setores de máquinas e equipamentos (-9,2%), meios de transporte (-7,6%), produtos de metal (-12,8%), outros produtos da indústria de transformação (-11,5%), alimentos e bebidas (-2,4%), borracha e plástico (-4,7%), produtos têxteis (-7,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-11,0%). Outros impactos negativos foram assinalados por Minas Gerais (-4,1%), Rio Grande do Sul (-5,3%), Paraná (-5,6%), região Norte e Centro-Oeste (-3,3%), e região Nordeste (-2,3%). Pernambuco, com avanço de 3,0%, assinalou o único resultado positivo, impulsionado pelas expansões vindas de alimentos e bebidas (10,2%), vestuário (21,6%), produtos químicos (4,9%) e produtos têxteis (10,7%).

Em bases trimestrais, o número de horas pagas recuou 4,3% no período julho-setembro de 2014, 13ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, e intensificou o ritmo de queda frente aos resultados do primeiro (-2,3%) e segundo (-3,6%) trimestres de 2014, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A perda de dinamismo no total do número de horas pagas entre abril-junho de 2014 e o terceiro trimestre do ano foi acompanhada por 12 setores e 11 locais, com destaque para alimentos e bebidas (de –0,2% para -1,4%), máquinas e equipamentos (de -5,7% para -7,6%) e borracha e plástico (de -0,3% para -2,4%), entre as atividades, e Rio de Janeiro (de -1,1% para -3,3%), região Norte e Centro-Oeste (de -0,8% para -2,5%), Santa Catarina (de -1,2% para -2,0%), Ceará (de -2,4% para -3,2%) e Minas Gerais (de -3,1% para -3,9%), entre os locais.

No índice acumulado nos nove meses de 2014 houve recuo de 3,4% no número de horas pagas, com redução em 16 dos 18 setores pesquisados. Os impactos negativos mais relevantes ocorreram nos ramos de produtos de metal (-8,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,0%), máquinas e equipamentos (-6,6%), meios de transporte (-5,7%), calçados e couro (-8,5%), produtos têxteis (-5,6%) e vestuário (-3,4%). Minerais não-metálicos (1,3%) e produtos químicos (1,0%) exerceram as contribuições positivas. Em nível regional, todos os 14 locais investigados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,6% em São Paulo, vindo a seguir as perdas verificadas no Rio Grande do Sul (-5,4%), Paraná (-5,2%), Minas Gerais (-3,0%) e região Nordeste (-2,4%).

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -2,9% em agosto para -3,1% em setembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Valor da folha de pagamento real recua 1,3% em setembro

Em setembro de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando o avanço de 0,5% registrado em agosto. Verifica-se a influência negativa da indústria de transformação (-1,5%), já que o setor extrativo mostrou avanço de 3,2%. Com isso, o índice de média móvel trimestral caiu 1,2% no trimestre encerrado em setembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro último. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real recuou 3,9% no período julho-setembro de 2014 e intensificou o ritmo de queda frente ao resultado do segundo trimestre do ano (-0,2%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real recuou 3,5% em setembro de 2014, quarta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde novembro de 2013 (-3,6%). Com isso, o valor da folha de pagamento real apontou perda tanto no fechamento do terceiro trimestre (-2,9%), como no índice acumulado dos nove meses do ano (-0,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Os resultados foram negativos em dez dos 14 locais investigados. A principal influência negativa foi assinalada por São Paulo (-5,4%), pressionado pela queda nos setores de meios de transporte (-12,5%), alimentos e bebidas (-7,2%), máquinas e equipamentos (-5,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,8%), produtos de metal (-9,2%) e metalurgia básica (-8,6%). Outras contribuições negativas vieram do Rio Grande do Sul (-5,1%), Paraná (-5,2%), região Nordeste (-2,7%) e Minas Gerais (-2,2%). Os principais impactos positivos foram verificados na região Norte e Centro-Oeste (0,9%) e no Espírito Santo (2,6%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real recuou em 13 dos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%), máquinas e equipamentos (-4,4%), produtos de metal (-8,1%), metalurgia básica (-6,4%), borracha e plástico (-3,7%) e alimentos e bebidas (-1,1%). Por outro lado, os principais impactos positivos foram verificados nos setores de papel e gráfica (2,5%) e de produtos químicos (1,8%).

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real, ao recuar 2,9% no terceiro trimestre de 2014, mostrou clara perda de ritmo frente aos resultados dos três primeiros meses do ano (2,1%) e do segundo trimestre (0,5%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Este movimento de perda de dinamismo do valor da folha de pagamento real entre o segundo e o terceiro trimestres do ano ocorreu em 12 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas (de 6,8% para -1,5%), meios de transporte (de -0,5% para -6,6%), indústrias extrativas (de 4,5% para -3,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (de 3,1% para -6,4%). Regionalmente, todos os 14 locais reduziram o ritmo entre esses dois períodos, com destaque para Espírito Santo, que passou de 5,2% para -1,3%, Pernambuco (de 3,1% para -2,0%), São Paulo (de -0,1% para -4,1%), Paraná (de 0,6% para -3,6%) e região Nordeste (de 1,6% para -2,5%).

No índice acumulado dos nove meses do ano, o valor da folha de pagamento real assinalou decréscimo de 0,1%, com taxas negativas em sete dos 14 locais pesquisados. O impacto negativo mais relevante foi registrado por São Paulo (-0,7%). Vale destacar também, embora em menor escala, os recuos vindos de Rio Grande do Sul (-1,6%), região Nordeste (-0,6%) e Rio de Janeiro (-0,6%). Em sentido contrário, a principal contribuição positiva foi assinalada pela região Norte e Centro-Oeste (3,5%), seguida por Santa Catarina (1,8%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real recuou em dez das 18 atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,4%), de produtos de metal (-4,4%), de máquinas e equipamentos (-2,0%) e de meios de transporte (-1,0%). Os setores de alimentos e bebidas (3,3%), de minerais não-metálicos (4,5%) e de borracha e plástico (2,7%) apresentaram as principais contribuições negativas no índice acumulado dos nove meses do ano.

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar variação negativa de 0,5% em setembro de 2014, marcou o primeiro resultado negativo desde junho de 2010 (-0,1%) e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro último (1,6%).