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IPCA de outubro fica em 0,42%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro variou 0,42%, abaixo da taxa de...

07/11/2014 07h00 | Atualizado em 07/11/2014 07h00

Período TAXA
OUTUBRO de 2014
0,42%
Setembro de 2014
0,57%
Outubro de 2013
0,57%
No ano 2014
5,05%
Acumulado nos 12 meses
6,59%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro variou 0,42%, abaixo da taxa de 0,57% de setembro. Com isso, o acumulado no ano fechou em 5,05%, acima dos 4,38% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,59%, abaixo dos 6,75% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2013, a taxa havia sido 0,57%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Embora em alta, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes, donos de 43,23% das despesas das famílias, apresentaram menor ritmo de crescimento na taxa de variação de preços de setembro para outubro e, assim, foram os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA do mês. A tabela a seguir mostra os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral
0,57
0,42
0,57
0,42
Alimentação e Bebidas
0,78
0,46
0,19
0,11
Habitação
0,77
0,68
0,11
0,10
Artigos de Residência
0,34
0,19
0,02
0,01
Vestuário
0,57
0,62
0,04
0,04
Transportes
0,63
0,39
0,12
0,07
Saúde e Cuidados Pessoais
0,33
0,39
0,04
0,04
Despesas Pessoais
0,39
0,36
0,04
0,04
Educação
0,18
0,11
0,01
0,01
Comunicação
0,13
-0,05
0,00
0,00

O tomate (de -9,42% em setembro para 12,37% em outubro), por ter voltado a subir, se destaca no grupo Alimentação e Bebidas (de 0,78% para 0,46%). Mas outros produtos perderam força de um mês para o outro, especialmente as carnes, que passaram de 3,17% para 1,46%. Mesmo assim, o item carnes, com 0,04 ponto percentual, permaneceu com o status de principal impacto adquirido no mês passado. Seguem outros destaques entre os alimentos.

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Setembro
Outubro
Ano
12 meses
Frutas
2,11
1,70
4,15
9,47
Carnes
3,17
1,46
13,87
17,60
Cerveja
3,48
1,46
7,15
8,68
Frango em pedaços
1,68
1,14
4,20
6,51
Refrigerante
1,24
0,98
7,29
8,62
Cerveja fora
1,02
0,88
7,21
9,39
Carnes industrializadas
0,40
0,21
8,31
10,73
Pão francês
0,38
0,19
6,03
7,98
Refeição
1,02
0,15
7,80
9,65
Farinha de mandioca
2,52
-0,34
-26,79
-27,44
Hortaliças
-1,68
-0,40
2,78
8,04
Queijo
0,86
-0,69
5,79
7,93
Óleo de Soja
-2,62
-1,10
-2,44
-2,95
Leite longa vida
1,75
-1,83
3,10
-4,21
Alho
-0,50
-1,97
7,79
1,78
Feijão-mulatinho
-4,92
-3,75
-25,37
-27,52
Batata-inglesa
-9,17
-5,95
-34,26
-33,65
Cebola
10,17
-12,60
16,14
18,16

No grupo dos Transportes (de 0,63% em setembro para 0,39% em outubro), foi o item passagem aérea que mostrou forte recuo, indo para 1,94% após a alta de 17,85% de setembro. Além deste, outros itens recuaram, a exemplo do conserto de automóvel (de 1,35% para 0,92%) e do automóvel novo (de 0,76% para 0,61%). Por outro lado, tanto a gasolina quanto o etanol foram para 0,18%, enquanto haviam registrado queda de, respectivamente, 0,07% e 0,01% em setembro.

Junto com Alimentos e Transportes outros cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados reduziram suas taxas. No caso de Habitação (de 0,77% em setembro para 0,68% em outubro), ainda que tenha desacelerado, ficou com o maior resultado de grupo. Os destaques foram a energia elétrica (de 1,37% para 1,20%), aluguel (de 0,57% para 0,61%) e mão de obra para pequenos reparos (de 1,04% para 0,82%). A propósito da mão de obra, o resultado de 0,82% sobressai tendo em vista que as informações de rendimentos da Pesquisa Mensal de Emprego–PME das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador não estiveram disponíveis para cálculo dos índices de julho, agosto e setembro, o que levou à adaptação da metodologia. Já no IPCA de outubro, de posse dos rendimentos efetivamente coletados pela PME nestas duas regiões, excepcionalmente, os cálculos dos meses anteriores foram refeitos através da metodologia normalmente adotada e, para obter o resultado mensal, a partida foi o acumulado do item no período de julho a outubro (rendimentos referentes aos meses de maio a agosto), o que resultou em 2,38% em Porto Alegre e 2,25% em Salvador. A seguir, do acumulado de julho a outubro foi retirada a variação que havia sido registrada nos índices de julho a setembro, sendo 2,23% em Porto Alegre e 1,57% em Salvador. Assim foram obtidos os resultados do mês de outubro, que ficou em 0,14% em Porto Alegre e 0,66% em Salvador.

O mesmo procedimento foi aplicado ao item empregado doméstico do grupo Despesas Pessoais. O acumulado dos últimos quatro meses foi de -1,91% em Salvador e 3,79% em Porto Alegre. Retirada a variação acumulada em julho, agosto e setembro, que ficou em 2,52% em Porto Alegre e 2,34% em Salvador, o resultado de outubro situou-se em 1,25% e -4,15%, respectivamente.

Também no grupo Habitação, cabe destacar que a taxa de água e esgoto apresentou variação de 0,26% após a queda de 0,45% de setembro em decorrência da região metropolitana de São Paulo, cujo resultado de 1,28% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal. Quanto às contas de energia elétrica a variação foi de 1,20% em função de Goiânia (6,65%), onde as tarifas foram reajustadas em 19,00% a partir do dia 12 de setembro, além da ocorrência de alterações na parcela do PIS/PASEP/COFINS ou complementação de reajustes em outras regiões.

Ainda no grupo Habitação, foi registrada variação de 0,91% no gás de botijão após a alta de 2,55% de setembro.

Quanto aos grupos com variação crescente de setembro para outubro, se restringiram ao Vestuário (de 0,57% em setembro para 0,62% em outubro) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,33% para 0,39%).

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Campo Grande (0,79%) e de Goiânia (0,78%). Em Campo Grande, os combustíveis (3,23%) foram responsáveis por 0,18 ponto percentual do índice do mês, com alta de 3,82% na gasolina e de 0,83% no etanol. Além disso, a energia elétrica teve aumento de 3,16% em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. Em Goiânia a pressão também veio dos combustíveis (2,12%) e da energia elétrica (6,65%). Os preços da gasolina aumentaram 2,12% e os do etanol, 2,84%. O resultado da energia elétrica (6,65%) foi decorrente do reajuste de 19,00% nas tarifas em vigor desde 12 de setembro. O menor índice foi o de Salvador (0,05%), onde as contas de energia elétrica ficaram 4,15% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. A queda de 4,15% no item empregado doméstico também influenciou o resultado do mês. A seguir encontra-se tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Campo Grande
1,51
0,87
0,79
5,05
-
Goiânia
3,59
0,16
0,78
4,75
6,11
Porto Alegre
8,40
0,41
0,74
5,51
6,86
Rio de Janeiro
12,06
0,36
0,53
5,58
7,61
Brasília
2,80
0,98
0,47
4,78
6,42
Vitória
1,78
0,95
0,44
5,25
-
São Paulo
30,67
0,65
0,42
4,92
6,38
Fortaleza
3,49
0,45
0,38
4,52
6,35
Belo Horizonte
10,86
0,46
0,37
4,94
6,34
Belém
4,65
0,47
0,29
4,74
5,95
Curitiba
7,79
0,49
0,28
5,31
6,75
Recife
5,05
0,57
0,25
5,29
6,72
Salvador
7,35
0,99
0,05
4,62
6,44
Brasil
100,00
0,57
0,42
5,05
6,59

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de setembro a 28 de outubro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (base).

INPC varia 0,38% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,38% em outubro, abaixo do resultado de 0,49% de setembro. Com isto, a variação no ano foi para 5,02%, acima dos 4,25% relativos a igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 6,34%, abaixo dos 6,59% dos 12 meses anteriores. Em outubro de 2013, o INPC havia sido 0,61%.

Os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,44% em outubro, enquanto os não alimentícios ficaram em 0,35%. Em setembro, os resultados foram 0,73% e 0,39%, respectivamente.

Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,70%), em função da alta da energia elétrica (6,57%), que teve reajuste de 19,00% desde o dia 12 de setembro. O menor índice foi o de Salvador (0,10%), onde as contas de energia elétrica ficaram 4,01% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. A queda de 4,15% no item empregado doméstico também influenciou o resultado do mês. A seguir encontra-se tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Setembro
Outubro
Ano
12 meses
Goiânia
4,15
0,36
0,70
4,93
6,06
Porto Alegre
7,38
0,39
0,65
5,53
6,74
Campo Grande
1,64
0,87
0,58
5,01
-
Brasília
1,88
0,86
0,46
5,27
6,31
Rio de Janeiro
9,51
0,22
0,45
5,77
7,60
São Paulo
24,24
0,53
0,43
4,49
5,69
Fortaleza
6,61
0,45
0,42
4,58
6,38
Belo Horizonte
10,60
0,43
0,37
5,23
6,50
Curitiba
7,29
0,36
0,31
5,46
6,54
Belém
7,03
0,41
0,27
4,84
5,84
Vitória
1,83
0,87
0,27
5,19
-
Recife
7,17
0,56
0,20
5,20
6,71
Salvador
10,67
0,76
0,10
4,80
6,27
Brasil
100,00
0,49
0,38
5,02
6,34

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de setembro a 28 de outubro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (base).